Buscar

Fisiologia da tireóide

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Fisiologia da tireóide
Amanda Gonçalves M3 2021.1/UFRJ Macaé
Apresenta folículos tireoidianos, que são
formados por tireócitos ativos e inativos
Um tireócito ativo é capaz de secretar
quantidades muito maiores de T3 e T4 do
que um inativo
SÍNTESE DOS HORMÔNIOS
TIREOIDIANOS (HTs)
O TSH, se liga ao seu receptor específico
(TSHR), localizado na membrana basal do
tireócito, ativando-o.
Essa ativação desencadeia uma via de
sinalização que aumenta atividade do
receptor NIS, um transportador simporte
que permite a entrada de Na+ e de iodeto
para o interior do tireócito
A ativação do receptor TSHR também
estimula o aumento da síntese de
tireoglobulina (proteína formada por vários
aminoácidos tirosina). Essa tireoglobulina,
após formada, é transportada para o
colóide
O colóide consiste em uma preparação
semi-sólida formada por líquidos
gelatinosos que contêm tireoglobulina
A pendrina, localizada na membrana
apical do tireócito, consiste em um
transportador que permite a passagem de
iodeto para o colóide
A tireoperoxidase (TPO) também está
presente na membrana apical. Ela é uma
enzima responsável pela oxidação do
iodeto, e também participa do processo de
incorporação do iodo à molécula de
tireoglobulina
A medida que a incorporação do iodo
acontece na molécula de tireoglobulina,
formam-se o MIT (monoiodotirosina) e o
DIT (diiodotirosina)
MIT + DIT = triiodotirosina (T3)
DIT + DIT = Tiroxina (T4)
O grande complexo MIT+DIT+T3+T4 é
endocitado por vesículas de secreção do
tireócito, e são liberados na membrana
basal da célula, caindo no espaço
extracelular e, posteriormente, alcançando
a grande circulação
TRANSPORTE DOS HORMÔNIOS
TIREOIDIANOS NO PLASMA
Transportadores proteicos:
1. TBG (globulina ligadora de
tiroxina) - liga-se à tiroxina e ao T3
2. TBPA (Pré-albumina ligadora de
tiroxina) - liga-se aos dois
hormônios
3. Albumina - liga-se aos dois
hormônios
99,6% do T3 e do T4 circulam ligados e
0,4% circulam livres
MECANISMOS DE AÇÃO HORMONAL
Em uma célula-alvo, há proteínas que
permitem sua entrada
O T4 é convertido, por desiodases, em T3.
O T3, por sua vez, migra para o núcleo,
ligando-se ao seu receptor (TR - receptor
de hormônio tireoidiano)
Esse receptor forma um dímero com o
receptor de retinóide (RXR), tornando-se
apto para a ligação do T3 a ele
O T3, uma vez ligado a seu receptor,
estimula a síntese de diversas proteínas
para os tecidos-alvo
O T3 atua no metabolismo celular, no
sistema cardiovascular, no sistema
nervoso, na pele, no intestino, nos ossos,
nos dentes, no tecido adiposo, nas
gônadas e no tecido muscular esquelético
REGULAÇÃO DOS HORMÔNIOS
TIREOIDIANOS
No hipotálamo, há a produção e liberação
do TRH que atua na adeno-hipófise
estimulando a síntese de TSH
O TSH, por sua vez, ao ser liberado, se
liga ao seu receptor específico (TSHR)
presente no tireócito que compõe o
folículo tireoidiano. Essa ligação ativa uma
via de sinalização característica que leva
à produção de T3 e de T4
O T3 e o T4 circulam, majoritariamente,
ligados à globulinas, o que aumenta suas
meias-vidas
O T3 que circula livre se liga ao seu
receptor específico nas células-alvo,
exercendo seus efeitos.
Em dado momento, o próprio T3 e o T4
atuam inibindo a produção de TRH e de
TSH, desligando, assim, a síntese de
hormônios tireoidianos
AÇÕES DOS HORMÔNIOS NO
METABOLISMO CELULAR
Os prótons H+ localizados no espaço
intermembranar mitocondrial pode
retornar à matriz mitocondrial por 2
caminhos: pela proteína ATP sintase,
gerando ATP, ou através da proteína
desacopladora UCP, gerando calor
Os hormônios tireoidianos possuem a
capacidade de estimular a síntese de
UCPs, aumentando a termogênese
Desse modo, uma redução dos
hormônios tireoidianos na idade adulta
propicia o ganho de massa corporal,
enquanto a maior produção desses
hormônios propicia o emagrecimento
NO SISTEMA NERVOSO
O T3 e o T4 estimulam a produção da
bainha de mielina e o desenvolvimento
de neuritos (período intrauterino)
A diminuição dos hormônios tireoidianos
ao nascer está associada ao retardo da
mielinização e da capacidade mental do
bebê
Na idade adulta, a diminuição dessa
produção associa-se à apatia, lentidão
nas respostas, sonolência
Uma maior produção de T3 e de T4 na
idade adulta está associado à
irritabilidade, nervosismo e insônia
NO SISTEMA CARDIOVASCULAR
O T3 e T4 promovem a vasodilatação e
a manutenção da frequência cardíaca
A falta desses hormônios na idade adulta
causa bradicardia, enquanto seu
excesso é responsável pelo quadro de
taquicardia
NA PELE
Os HTs estimulam a produção de
glicosaminoglicanos (polissacarídeos
que compõem a matriz extracelular,
apresentando alta afinidade com íons
sódio e com a água) e,
consequentemente, a hidratação da
pele. Eles também aumentam a irrigação
da pele por meio da vasodilatação
Falta de HTs em adultos: Pele fria e
pálida
Excesso e HTs: Pele úmida, vermelha e
quente
NO INTESTINO
Os HTs estimulam a motilidade intestinal.
Assim, a privação de sua produção leva
à constipação intestinal, enquanto o
aumento de sua produção causa
diarréias frequentes
NOS MÚSCULOS ESQUELÉTICOS
Estimulam a síntese protéica e atuam na
contração muscular
NOS OSSOS E DENTES
Estimulam a formação desses tecidos
(pois atuam no metabolismo do Ca++ e
do fósforo)
Interferem na síntese do colágeno
A diminuição dos hormônios tireoideanos
ao nascer está associada ao retardo no
crescimento linear, bem como ao
prejuízo na erupção dos dentes
O excesso dos HTs nos adultos
associa-se à osteoporose (ocorre devido
à excreção exacerbada de Ca++ e
fósforo pela urina)
NO TECIDO ADIPOSO
Estimulam a lipólise
Uma diminuição exacerbada dos HTs na
idade adulta relaciona-se com o ganho
de peso corporal
A produção em excesso desses
hormônios, por sua vez, relaciona-se
com o emagrecimento
NAS GÔNADAS
Promovem a espermatogênese,
estimulam a ovulação, atuam na
maturação folicular e mantêm a gravidez
saudável
HIIPOTIREOIDISMO DO ADULTO
Primário: Disfunção na tireóide
- Doença de Hashimoto: doença
autoimune que promove uma
inflamação em parte da tireóide
- Gera a redução da produção de T3
e de T4 e, em consequência, o
aumento da produção do TSH
(tentativa de recuperar a produção
deficiente de T3 e T4, que não é
recuperada)
Secundário: Disfunção na adenohipófise
- Tumor na adeno-hipófise
- Comprometimento da produção do
TSH e, por conseguinte, da
produção de T3 e de T4
HIPERTIREOIDISMO DO ADULTO
Primário: Disfunção na tireóide
- Doença de Graves: doença
autoimune em que os anticorpos
mimetizam o TSH, se ligam ao seu
receptor específico e levam a um
aumento na produção de T3 e T4.
Em tese, o T3 e o T4, por feedback
negativo, diminuiriam a produção
de TSH. No entanto, o anticorpo
mimetizando o TSH impede que
isso aconteça, mantendo
indevidamente alta a produção de
dos HTs
Secundário: Disfunção na adeno-hipófise
- Tumor na adeno-hipófise
hipersecretante de TSH, que leva
a um aumento exacerbado da
produção de T3 e de T4

Outros materiais