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METEOROLOGIA E CLIMATOLOGIA Mário Adelmo Varejão-Silva Versão digital 2 – Recife, 2006 299 0o 90 o270o 180o 1 2 3 4 5 6 7 8910 11 12 Fig. VII.18 - Projeção da trajetória de um balão sobre o plano do horizonte (hodógrafa), mos- trando haver advecção de ar frio nos níveis próximos à superfície e advecção de ar quente em altitude (Hemisfério Sul). Os ângulos indicados são azimutes. 11. Circulação geral da atmosfera. O movimento (tridimensional) da atmosfera se processa em diferentes escalas de espaço e de tempo. Existem turbilhões convectivos com diâmetro da ordem de centímetros e duração de segundos (escala micrometeorológica), até configurações sinóticas quase-permanentes com diâ- metro de milhares de quilômetros. Todas essas escalas de movimento envolvem transformações de energia (interna, potencial, ou cinética). O perfeito entendimento da circulação geral da atmos- fera em termos de seus aspectos comportamentais médios, ou prevalecentes, está muito longe de ser atingido, dada à complexidade dos processos intervenientes. As hipóteses tornam-se cada vez mais promissoras, na proporção em que os pesquisadores se concentram sobre esse tema e au- menta o acervo de informações meteorológicas, quer obtidas diretamente, quer através de ima- gens de satélites (usadas para monitorar o aparecimento e a evolução de sistemas atmosféricos de média e de larga escalas). A caracterização dos aspectos predominantes do movimento do ar, no tocante à troposfe- ra, complica-se bastante porque a superfície do globo é muito heterogênea. Além do mais, há ex- tensas áreas continentais desabitadas e uma vasta superfície oceânica onde é ínfima a possibili- dade de coletar dados sistematicamente, exceto através de sensoriamento remoto, usando ima- gens de satélites. A escassez de informações é muito maior na estratosfera, não atingida pelos equipamentos convencionais de prospecção aerológica. O objetivo primordial do estudo da circulação da atmosfera em escala planetária consiste em compreender os mecanismos físicos que asseguram a manutenção do equilíbrio energético. O primeiro ensaio quanto à circulação do ar em uma escala espacial mais ampla, creditado