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1 
O setor elétrico brasileiro 
Heloisa Teixeira Firmo 
Elaborado a partir de: Fabio Cavaliere 
Pesquisador 
CEPEL 
2 
Roteiro 
 Sistema Elétrico de Potência 
 Histórico 
 Modelo Institucional 
 Sistema Elétrico Nacional 
 Mercado de Energia – Curto Prazo 
 Contratação de Energia - Longo Prazo 
 Tarifas 
 
3 
Sistema Elétrico de Potência 
 O que é? – 
 Rede elétrica composta de centrais geradoras 
(hidráulicas, térmicas, nucleares, eólicas, geotérmicas, 
etc), sistemas de transformação, transmissão e 
distribuição e cargas. 
 Qual o objetivo? 
 Gerar energia elétrica em quantidades suficientes e nos 
locais mais apropriados, transmiti-la em grandes 
quantidades aos centros de carga e então distribuí-la aos 
consumidores individuais, em forma e quantidade 
apropriada, e com o menor custo ecológico e econômico 
possível 
 
 
 
 PRODUÇÃO DE 
ENERGIA ELÉTRICA 
 TRANSPORTE DE 
ENERGIA ELÉTRICA 
 CONSUMO DE 
ENERGIA ELÉTRICA 
Sistema Elétrico de Potência 
5 
GERAÇÃO 
FONTES CONVENCIONAIS 
FONTES NÃO CONVENCIONAIS (ALTERNATIVAS) 
HIDRÁULICA 
TÉRMICA 
MAREMOTRIZ 
EÓLICA 
SOLAR 
 FOTOVOLTAICA 
GEOTÉRMICA 
6 
 TEM COMO FUNÇÃO PRIMORDIAL FAZER A DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL 
 DA ENERGIA GERADA, OU SEJA, INTERLIGAR AS USINAS GERADORAS 
 AOS LOCAIS DE CONSUMO 
 CONSTITUÍDO PELO CONJUNTO: 
LINHAS DE TRANSMISSÃO 
 CABOS 
SUBESTAÇÕES 
TRANSFORMADORES 
SISTEMA DE CONTROLE, COMANDO E PROTEÇÃO 
SAÍDA PARA O SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO (CONSUMO) 
 SISTEMA DE TRANSMISSÃO 
TRANSPORTE 
CARGAS DE PEQUENO PORTE 
 (média e baixa tensão) 
REDE DE DISTRIBUIÇÃO 
TRANSFORMADOR DE DISTRIBUIÇÃO 
SUBESTAÇÃO DE DISTRIBUIÇÃO 
rural 
spacer cable 
DISTRIBUIÇÃO E CONSUMO 
8 
Potencial Hidrelétrico Mundial 
Canadá 13% 
USA 12% 
Brasil 12% 
Rússia 9% 
China 6% 
Suécia e 
Noruega 11% 
Resto do Mundo 37% 
Canadá 13% Canadá 13% 
USA 12% USA 12% 
Brasil 12% Brasil 12% 
Rússia 9% Rússia 9% 
China 6% China 6% 
Suécia e 
Noruega 11% 
Suécia e 
Noruega 11% 
Resto do Mundo 37% 
Fonte: Sauer et al (2003) 
9 
DISTRIBUIÇÃO E CONSUMO 
10 
11 
DISTRIBUIÇÃO E CONSUMO 
12 
DISTRIBUIÇÃO E CONSUMO 
13 
Geração
Térmica 
(MW) (%) (MWmed) (%) (%)
Hidráulica 72.924 76,4 43.037,9 92,1 -
Nuclear 2.007 2,1 1.369,6 2,9 37,2
Gás 13.219 13,8 1.588,9 3,4 43,2
Carvão 2.938 3,1 709,2 1,5 19,3
Óleo 4.406 4,6 11,9 0,0 0,3
Totais 95.494 100,0 46.716,5 100,0 100,0
Geração do Sistema Interligado Nacional (SIN) 
Período: Agosto/2005 a Julho/2006
Tipo de Usina
Capacidade Instalada Geração Total
Hidráulica Nuclear Gás Carvão Óleo
Geração Total Geração TérmicaCapacidade Instalada
DILEMA SHAKESPEARIANO DA OPERAÇÃO 
DO SISTEMA ELÉTRICO BRASILEIRO 
Despachar ou não despachar as usinas térmicas, eis a questão ... 
Decisão 
Afluências 
Futuras 
Consequências 
Operativas 
Úmido 
OK 
Acertamos ! 
Utilizar os 
reservatórios 
(A energia disponível das 
usinas térmicas é capaz de 
atender apenas 20% da 
demanda do Sistema) 
Seco Risco de déficit 
OK 
Acertamos ! 
Seco 
(Desperdício de combustível 
das usinas térmicas) 
Úmido 
Vertimento 
Não utilizar os 
reservatórios 
15 
O Sistema Elétrico Brasileiro: 
A operação do Sistema Interligado 
 Função Objetivo 
 
 
 
 Sujeito às restrições: 
 Equação do balanço hídrico; 
 Limites de armazenamento e turbinamento; 
 Limites da geração térmica; 
 Atendimento da demanda; 
 Limites de Transmissão 
 
 
 
16 
Qualidade e Segurança no Sistema 
Elétrico 
O planejamento deverá levar em conta: 
 características fisico operativo e econômicas; 
 previsões de consumo do mercado; 
 Impactos ambientais 
 confiabilidade 
 Segurança 
 Adequação 
17 
DISTRIBUIÇÃO E CONSUMO 
DISTRIBUIÇÃO E CONSUMO 
19 
05/01/2011 - Folha de São Paulo 
Energia eólica deve crescer 320% nesta década no 
Brasil, prevê governo 
 
O custo da energia eólica baixou e já chega a ser mais 
vantajoso do que a energia termelétrica, que gira em torno 
de R$ 140 a R$ 150 por MWh (megawatt-hora). 
Nos três leilões feitos até hoje, o custo médio da eólica foi 
de R$ 140 por MWh. A geração hidrelétrica, a mais barata 
do mercado, custa, em média, R$ 110 por MWh. 
Anteriormente, o custo para gerar pela força dos ventos 
ultrapassava os R$ 200 por MWh. Praticamente não havia 
fabricantes no país, e era preciso importar os equipamentos 
a custos elevados. 
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/mercado/855129-energia-eolica-deve-
crescer-320-nesta-decada-no-brasil-preve-governo.shtml 
22 
Histórico 
 Primórdios 
 Criada em 7 de abril de 1899, a São Paulo Railway, Light and Power 
Empresa Cliente Ltd - SP RAILWAY (canadense). 
 Implantação 
 1903 - Aprovado pelo Congresso Nacional, o primeiro texto de lei 
disciplinando o uso de energia elétrica no país. 
 1904 - Criada a Rio de Janeiro Tramway, Light and Power 
EmpresaCliente - RJ TRAMWAY. 
 1912 – Unificação da Light SP e Light RJ. 
 1927 - AMFORP iniciou suas atividades no país adquirindo o controle de 
dezenas de concessionárias que atuavam no interior de São Paulo. 
 Regulamentação 
 1934 - Promulgação do Código de Águas, assegurando ao poder 
público a possibilidade de controlar as concessionárias de energia 
elétrica. 
 1941 - Regulamentado o "custo histórico“ para efeito do cálculo das 
tarifas de energia elétrica, fixando a taxa de remuneração dos 
investidores em 10 %. 
 1945 – Criação da CHESF. 
 
23 
Histórico (cont.) 
 Expansão 
 1952 - Criado o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico - BNDE 
para atuar nas áreas de energia e transporte. 
 1954 - Entra em operação a primeira grande hidrelétrica construída no rio 
São Francisco, a Usina Hidrelétrica Paulo Afonso I (Chesf). 
 1956 - Criação da Escelsa. 
 1957 – Criação de Furnas com o objetivo expresso de aproveitar o 
potencial hidrelétrico do rio Grande para solucionar a crise de energia na 
Região Sudeste. 
 1960 - Criado o Ministério das Minas e Energia – MME 
 1961/1962 - Criada a Eletrobrás para coordenar o setor de energia elétrica 
brasileiro 
 
 Consolidação 
 1965 - Criado o Departamento Nacional de Águas e Energia, encarregado 
da regulamentação dos serviços de energia elétrica no país (DNAEE). 
 1968 - Criada a - ELETROSUL na qualidade de empresa subsidiária da 
Eletrobrás. 
 1973 - Criadas ELETRONORTE, Itaipu Binacional – ITAIPU, NUCLEBRÁS 
e o CEPEL. 
24 
Histórico (cont.) 
 Estatização e finalização dos grandes 
empreendimentos 
 1979 - Depois de oitenta anos sob o controle estrangeiro, foi 
nacionalizada a Light Serviços de Eletricidade S.A. 
 1984 – 
 Entrou em operação a Usina Hidrelétrica Tucuruí, da Eletronorte, 
primeira hidrelétrica de grande porte construída na Amazônia. 
 Concluída a primeira parte do sistema de transmissão Norte-Nordeste, 
permitindo a transferência de energia da bacia amazônica para a região 
Nordeste. 
 Entrou em operação a Usina Hidrelétrica Itaipu , maior hidrelétrica do 
mundo com 12.600 MW de capacidade instalada. 
 1986 - Entrou em operação o sistema de transmissão Sul-Sudeste, 
o mais extenso da América do Sul, transportando energia elétrica 
da Usina Hidrelétrica Itaipu até a região Sudeste. 
25 
Histórico (cont.) 
 Privatização 
 1990 – O Presidente Fernando Collor de Mello sancionou a Lei n.º 
8.031 criando o Programa Nacional de Desestatização – PND. 
 1992 - A reforma do setor elétrico brasileiro (RESEB) iniciou-se 
através de um processo de privatizações de empresas federais, 
com a inclusão das empresas do Grupo Eletrobrás no Programa 
Nacional de Desestatização (PND). 
 1995 – Realizado o leilão de privatização da Escelsa, inaugurando 
nova fase do setor de energia elétrica brasileiro. 
 1997 - Constituído o novo órgão regulador do setor de energia 
elétrica (ANEEL). 
26 
Histórico (cont.) 
 História recente (ainda navertente de 
privatização) 
 2000 – 
 O Mercado Atacadista de Energia Elétrica - MAE foi 
regulamentado, consolidando a distinção entre as atividades de 
geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia 
elétrica. 
 Foram estabelecidas as regras de organização do Operador 
Nacional do Sistema Elétrico - ONS, para substituir o Grupo 
Coordenador para Operação Interligada - GCOI. 
 Lançamento do Programa Prioritário de Termelétricas visando a 
implantação no país de diversas usinas a gás natural. 
 Entrou em operação a usina hidrelétrica Itá (construída pela 
Gerasul, em consórcio formado por Odebrecht Química, CSN e 
Cimentos Itambé). 
 Foi instituído pela Lei nº 9.478, o Conselho Nacional de Política 
Energética (CNPE), com a atribuição de formular e propor as 
diretrizes da política energética nacional. 
27 
Histórico (cont.) 
 História recente (ainda na vertente de 
privatização) 
 2001 – 
 Entram em operação usinas termelétricas incluídas 
no PPT (Macaé Merchant – El Paso, Eletrobolt – 
Enron, ambas agora da Petrobrás). 
 Entra em operação a primeira unidade da Usina 
Hidrelétrica Lajeado (TO), construída pela Investco, 
consórcio liderado pelas empresas Rede Lajeado 
Energia, do Grupo Rede, e EDP Brasil. 
 Racionamento. 
 
28 
Mercado (demanda) de energia elétrica 
29 
Histórico (cont.) 
 História recente (ainda na vertente de 
privatização) 
 Em oposição ao ocorrido nos países desenvolvidos, o 
processo de privatização do sistema elétrico brasileiro 
não foi iniciado com a criação do órgão regulador e 
regulamentação dos setores precedendo a venda do 
controle acionário das empresas sob o poder do Estado 
para a iniciativa privada; 
 Preocupado com a crise fiscal, o governo priorizou 
nitidamente a privatização, em detrimento tanto da 
criação de condições adequadas para o investimento 
privado quanto da melhora da eficiência econômica do 
sistema elétrico. 
30 
Histórico (cont.) 
 História recente (ainda na vertente de 
privatização) 
 As características específicas da indústria elétrica – tais 
como impossibilidade de estocagem e equilíbrio em 
tempo real – não permitem que os sinais de mercado 
(preço) orientem a totalidade das decisões, criando a 
necessidade de instrumentos de coordenação. 
 Processo de privatização, que começou pelas 
distribuidoras, não chegou a ser concluído, gerando um 
setor elétrico “Frankenstein”: algumas empresas 
privatizadas, outras estatais. 
 
31 
O Modelo Atual 
 O modelo atual foi concebido com a orientação 
de revisar o modelo anterior buscando os 
seguintes objetivos principais: 
 promoção da modicidade tarifária; 
 garantia do suprimento de energia elétrica; 
 estabilidade do marco regulatório; 
 promoção da inserção social. 
 
32 
O Modelo Atual 
 
 Tem como elementos fundamentais: 
 o redirecionamento da contratação de energia para 
longo prazo, compatível com a amortização dos 
investimentos realizados; 
 a coexistência de dois ambientes de contratação de 
energia, um regulado (Ambiente de Contratação 
Regulada – ACR), protegendo o consumidor cativo, e 
outro livre (Ambiente de Contratação Livre – ACL), 
estimulando a iniciativa dos consumidores livres; 
 instituição de um pool de contratação regulada da 
energia a ser adquirida pelos concessionários de 
distribuição; 
 a desvinculação do serviço de distribuição de qualquer 
outra atividade; 
33 
Marcos Regulatórios do Novo Modelo 
 
 Lei 10.847, de 15/03/04 – Autoriza a criação da EPE 
 Lei 10.848, de 15/03/04 – Dispõe sobre a 
comercialização de energia elétrica 
 Decreto 5.163, de 30/07/04 – Regulamenta a 
comercialização de energia elétrica 
 Decreto 5.177, de 12/08/04 – Autoriza a criação da 
CCEE 
 Resolução ANEEL nº 109, de 26/10/04 – Institui a 
Convenção de Comercialização de Energia Elétrica 
34 
35 
Modelo Institucional do Setor Elétrico 
CCEE ONS 
ANEEL 
CNPE 
EPE CMSE MME 
CNPE – Conselho Nacional de 
Política Energética. 
Homologação da política 
energética, em articulação 
com as demais políticas 
públicas. 
CMSE – Comitê de 
Monitoramento do Setor 
Elétrico. Monitoramento das 
condições de atendimento e 
recomendação de ações 
preventivas para garantir a 
segurança do suprimento. 
MME – Ministério de Minas 
e Energia. Formulação e 
implementação de políticas 
para o setor energético, de 
acordo com as diretrizes 
do CNPE. 
EPE – Empresa de 
Pesquisa Energética. 
Execução de estudos para 
definição da Matriz 
Energética e planejamento 
da expansão do setor 
elétrico (geração e 
transmissão) 
ONS – Operador Nacional do 
Sistema. Coordenação e 
controle da operação da 
geração e da transmissão no 
sistema elétrico interligado. 
CCEE – Câmara de 
Comercialização de Energia 
Elétrica. Administração de 
contratos, liquidação do 
mercado de curto prazo, 
Leilões de Energia. 
ANEEL – Agência Nacional de Energia 
Elétrica. Regulação e fiscalização, 
zelando pela qualidade dos serviços 
prestados, universalização do 
atendimento e pelo estabelecimento 
de tarifas para consumidores finais, 
preservando a viabilidade econômica e 
financeira dos Agentes de 
Comercialização. 
Agentes 
Principais Agentes Institucionais e suas Atribuições 
EPE
CMSE
ONS
MME
CCEE
ANEEL
- Política energética nacional
- Definição de projetos especiais
- Critérios para garantia do suprimento
CNPE 
- Planejamento setorial
- Poder Concedente
- Licitações para aquisição de energia pelas Distribuidoras
- Coordenação e controle da operação do Sistema Interligado Nacional
- Ações preventivas para segurança do suprimento
-Regulação e fiscalização
- Estudos necessários para o planejamento da expansão
- Administração dos contratos no âmbito do ACR
- Contabilização e liquidação de diferenças no curto prazo
- Monitoramento da segurança do suprimento
37 
38 
39 
Sistema Elétrico Nacional 
 Sistemas Interligado Nacional – SIN 
 Constituído pelas instalações responsáveis pelo 
suprimento de energia elétrica, formado pelas empresas 
das regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e parte 
da região Norte, interligados eletricamente. 
 É um sistema hidrotérmico de grande porte, com 
predominância de usinas hidrelétricas e de proprietários 
múltiplos (estatais e privados). 
 Sistemas Isolados 
 Sistemas de geração de energia predominantemente 
térmicos e majoritariamente localizados e dispersos na 
Região Norte, atendendo a uma área de 45% do território e 
a cerca de 3% da população nacional, ou seja, a 
aproximadamente 1,2 milhão de consumidores. 
 
Sistemas 
Isolados 
 
41 
Sistema Elétrico Nacional 
 Sistemas Interligado Nacional – SIN 
 A integração eletroenergética permite o aproveitamento 
ótimo da água, gerando energia ou armazenando nos 
reservatórios do SIN (onde for mais conveniente). 
 A malha de transmissão existente funciona, neste caso, 
como verdadeiras usinas virtuais, transferindo energia 
entre as regiões geo-elétricas do país e tirando o melhor 
proveito da diversidade hidrológica entre as mesmas. 
 A utilização dos recursos de geração e transmissão dos 
sistemas interligados permite reduzir os custos operativos, 
minimizando a produção térmica e o consumo de 
combustíveis, sempre que houver superávits hidrelétricos 
em outros pontos do sistema. 
 
O Sistema Elétrico Brasileiro: 
Aspectos Hidrológicos 
Importância de se considerar os usos múltiplos das águas. 
Risco Hidrológico: MRE 
Importância da Complementação Térmica 
Sistema Interligado Nacional 
 
Sistema 
Interligado 
Nacional 
Integração Eletroenergética 
46 
Agentes do setor - ONS 
 O Operador Nacional do Sistema Elétrico é a 
organização responsável pela operação centralizada e 
integrada das instalações de geração e transmissão de 
energia elétrica no Sistema Interligado Nacional. 
 Atribuições do ONS 
 realizar o planejamento, programação e despacho 
centralizados dos recursos de geração e transmissão; propor ampliações e reforços para o sistema de transmissão; 
 garantir o livre acesso; e 
 administrar os serviços de transmissão 
47 
ONS (cont.) 
 As atribuições do ONS se estendem sobre uma 
rede denominada Rede de Operação - a Rede 
Básica. 
 Integram a Rede Básica as linhas de transmissão, 
os barramentos, os transformadores de potência e 
os equipamentos com tensão igual ou superior a 
230 kV, e demais instalações inerentes à prestação 
dos serviços de transmissão de energia, tais como 
os sistemas de medição, operação, proteção, 
comando, controle e telecomunicações. 
 
48 
ONS (cont.) 
49 
Exemplo ação do ONS 
 
50 
Agentes do setor - CCEE 
 A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica 
(CCEE) foi autorizada pela Lei nº 10.848, de 15/03/2004 
e instituída pelo Decreto nº 5177 de 12/08/2004, como 
pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, 
sob regulação e fiscalização da ANEEL 
 A CCEE sucedeu ao Mercado Atacadista de Energia 
Elétrica (MAE) e tem por finalidade viabilizar a 
comercialização de energia elétrica no Sistema 
Interligado Nacional – SIN 
 A operação e organização da CCEE foram 
regulamentadas pela Resolução ANEEL nº 109/2004, 
que instituiu a Convenção de Comercialização de 
Energia Elétrica 
51 
Responsabilidades da CCEE 
 Implantação e divulgação das 
Regras de Comercialização e 
dos Procedimentos de 
Comercialização 
 Administração do Ambiente de 
Contratação Regulada (ACR) e 
Ambiente de Contratação Livre 
(ACL) 
 Medição e registro da energia 
verificada através do Sistema 
de Coleta de Dados de Energia 
(SCDE), responsável pela 
coleta automática dos valores 
produzidos e consumidos no 
sistema elétrico interligado 
 Registro dos contratos firmados 
entre os Agentes da CCEE 
 Realização de Leilões Compra 
e Venda de Energia Elétrica 
 Apuração das infrações e 
cálculo de penalidades por 
variações de contratação de 
energia 
 Apuração do Preço de 
Liquidação das Diferenças 
(PLD), utilizado para liquidação 
da energia comercializada no 
curto prazo 
 Contabilização e liquidação das 
transações realizadas no 
mercado de curto prazo 
 Monitoramento das condutas e 
ações empreendidas pelos 
Agentes da CCEE 
52 
Agentes do setor 
 Agentes da Categoria Geração 
 Classe de Geradores Concessionários de Serviço Público  50 
MW instalados 
 Classe de Produtores Independentes (PIE)  50 MW instalados 
 Classe de Autoprodutores  50 MW instalados e despachados 
pelo ONS 
 Agentes da Categoria Distribuição 
 Classe de Distribuidores  500 GWh/ano e aqueles com < 500 
GWh/ano, mas que não adquirirem a totalidade da energia de 
supridor com tarifa regulada 
 Agentes da Categoria Comercialização 
 Classe de Agentes Importadores e Exportadores  50 MW 
intercambiados 
 Classe de Comercializadores  500 GWh/ano 
 Classe de Consumidores Livres 
53 
Agentes do setor - PIE e Autoprodutor 
 PIE: Produtor independente – considera-se produtor 
independente a pessoa jurídica ou empresas em 
consórcio que recebem concessão ou autorização do 
poder concedente para produzir energia elétrica 
destinada ao comércio de toda ou parte de toda a 
energia produzida, por sua conta e risco; 
 Autoprodutor – é a pessoa física ou pessoa jurídica ou 
empresas reunidas em consórcio que recebam 
concessão ou autorização para produzir EE destinada 
ao seu uso exclusivo. 
54 
Autocontratação (self-dealing) 
 Autocontração (self-dealing): para incentivar 
investimentos em geração foi permitido às distribuidoras 
o direito de contratação de até 30% da sua necessidade 
de energia de geradoras do mesmo grupo empresarial. 
55 
Mercado de Energia 
 Ambiente onde ocorre o processamento da contabilização da 
energia elétrica produzida e consumida no Brasil (mercado de 
cerca de 500 milhões de MWh anuais). 
 As empresas geradoras, distribuidoras e comercializadoras de 
energia elétrica registram na CCEE os montantes de energia 
contratada, assim como os dados de medição, para que desta 
forma se possa determinar quais as diferenças entre o que foi 
produzido ou consumido e o que foi contratado. 
 Essa diferença é liquidada na CCEE, ao Preço PLD (Preço de 
Liquidações de Diferenças), para cada submercado (Norte, Sul, 
Sudeste e Nordeste) e para cada patamar (Leve, Médio e 
Pesado), mensalmente. 
 É o chamado mercado de curto prazo ou "spot". 
 
56 
Mercado de Curto Prazo - Spot 
 A formação do preço da energia negociada no CCEE 
(PLD) se faz pela inter-relação dos dados utilizados pelo 
ONS para otimização da operação do Sistema e os 
dados informados pelos Agentes. 
 Os referidos dados são então processados através de 
modelos de otimização para obtenção do custo marginal 
de operação (CMO). São utilizados praticamente os 
mesmos modelos adotados pelo ONS para 
determinação da programação e despacho de geração 
do sistema, com as adaptações necessárias para refletir 
as condições de formação de preços no CCEE. 
 A responsabilidade pelo cálculo dos preços é da CCEE 
57 
Mercado de Curto Prazo - Spot 
 A contabilização da CCEE leva em consideração 
toda a energia contratada por parte dos Agentes e 
toda a energia efetivamente verificada (consumida 
ou gerada) 
 
Energia 
Verificada Energia 
Contratada 
Mercado 
Spot 
NOVO MODELO DO SETOR ELÉTRICO 
Contabilização de Diferenças (Preço de Liquidação de Diferenças - PLD) mercado spot 
ITAIPU 
 ELETROBRÁS 
Contratos 
pré-existentes 
Mecanismo de Realocação de Energia - MRE (hidroelétricas) 
Contratos bilaterais 
Geração 
 Distribuída 
PROINFA 
Ambiente de Contratação 
Regulada (ACR) 
Ambiente de Contratação 
Livre (ACL) 
Geradoras 
Distribuidoras 
Comerciali- 
zadores Tarifa regulada 
Consumidores cativos 
Consumidores 
livres 
Agentes sob controle federal, 
estadual ou municipal: 
leilão/oferta pública 
Preços 
 resultantes 
de licitação 
Preços 
 negociados 
59 
Mecanismo de Realocação de Energia 
 MRE – mecanismo de realocação de energia: 
mecanismo financeiro de compartilhamento dos riscos 
hidrológicos que afetam seus participantes, 
decorrentes particularmente dos efeitos da 
otimização centralizada do sistema sobre os níveis de 
geração de cada usina; 
 Gerenciado pelo ONS segundo regras pré-fixadas. O 
objetivo do MRE é a otimização centralizada do uso 
da água afluente nos reservatórios das centrais. Essa 
otimização é obtida com a ajuda de modelos que, com 
base em previsões de demanda e de vazões 
afluentes aos reservatórios, estimam as energias 
garantida e secundária total do sistema. 
 
60 
Geração Distribuída 
 Geração Distribuída (GD) é uma expressão usada 
para designar a geração elétrica realizada junto ou 
próxima do(s) consumidor(es)independente da 
potência, tecnologia e fonte de energia. As 
tecnologias de GD têm evoluído para incluir potências 
cada vez menores. A GD inclui: 
 Co-geradores 
 Geradores que usam como fonte de energia resíduos 
combustíveis de processo; 
 Geradores de emergência; 
 Geradores para operação no horário de ponta; 
 Painéis foto-voltáicos; 
 Pequenas Centrais Hidrelétricas - PCH's. 
 
61 
Geração Distribuída 
 A GD tem vantagem sobre a geração central pois 
economiza investimentos em transmissão e reduz 
as perdas nestes sistemas, melhorando a 
estabilidade do serviço de energia elétrica. 
 A geração elétrica perto do consumidor chegou a 
ser a regra na primeira metade do século, quando a 
energia industrial era praticamente toda gerada 
localmente. A partir da década de 40, no entanto, a 
geração em centrais de grande porte ficou mais 
barata, reduzindo o interesse dos consumidores 
pela GD e, como consequência, o desenvolvimento 
tecnológico para incentivar esse tipo de geração 
também parou. 
62 
Geração Distribuída 
 As crises do petróleo introduziram fatores 
perturbadores que mudaram irreversivelmente este 
panorama, revelando a importância, porexemplo, 
da economia de escopo obtida na co-geração. A 
partir da década de 90, a reforma do setor elétrico 
brasileiro permitiu a competição no serviço de 
energia, criando a concorrência e estimulando todos 
os potenciais elétricos com custos competitivos. 
 Com o fim do monopólio da geração elétrica, em 
meados dos anos 80, o desenvolvimento de 
tecnologias voltou a ser incentivado com visíveis 
resultados na redução de custos. 
Submercados: 
 intercâmbio 
 
64 
65 
66 
Expansão - Contratação de Longo 
Prazo 
 Obtenção, pelos vencedores das licitações visando 
à expansão da oferta, de contratos de suprimento 
de longo prazo (15 a 20 anos), o que tende a 
reduzir o custo do financiamento e melhora as 
condições para o investimento; 
 Exigência de contratação de 100% da demanda por 
parte de todos os agentes de consumo 
(distribuidores e consumidores livres), lastreada, 
basicamente, em contratos com prazos não 
inferiores a cinco anos; 
 Contratação da energia visando a expansão do 
mercado com antecedência de três e cinco anos e 
por meio de contratos de longo prazo; 
67 
ACR – Declarações 
Decreto nº 5.163, de julho de 2004 
 Declarações de necessidades (Art. 17 e 18) 
 Cada agente de distribuição deve declarar, até 
sessenta dias antes de cada leilão de energia, os 
montantes de energia que deverá contratar nos 
leilões 
 Deve especificar a parcela de contratação dedicada ao 
atendimento a consumidores potencialmente livres - 
balizar possíveis reduções nos contratos 
68 
Os dois Ambientes Contratação 
Geradores, Produtores Independentes, 
Comercializadores 
Ambiente de 
Contratação 
Regulada 
(ACR) 
Ambiente de 
Contratação 
Livre 
(ACL) 
CC D 
Preços dos Contratos 
resultantes de leilões 
Preços dos Contratos 
livremente negociados 
C CL 
69 
Os dois Ambientes Contratação 
CC 
D Distribuidora 
 
 
 
Consumidor cativo 
 
 
 
Consumidor livre 
 
 
 
comercializadora C 
CL 
70 
71 
72 
73 
74 
75 
DEC (Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora) 
indica o número de horas em média que um consumidor fica sem energia 
elétrica durante um período, geralmente o mês ou o ano. 
 
FEC (Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora) 
indica quantas vezes, em média, houve interrupção na unidade 
consumidora (residência, comércio, indústria etc). 
76 Dados da concessionária Eletropaulo obtidos no site da ANEEL: Os valores de DEC e FEC 
referem-se à média dos valores do período de 12 meses até a data indicada. 
77 Dados da concessionária Light obtidos no site da ANEEL: Os valores de DEC e FEC 
referem-se à média dos valores do período de 12 meses até a data indicada. 
78 
79 
Os dois Ambientes Contratação - Relações 
V1 
... D1 
Vk Vn V2 
D2 Dn CL CL CL 
C 
Ambiente de Contratação 
Regulada (ACR) Ambiente de Contratação 
Livre (ACL) 
contratos bilaterais de 
longo prazo - CCEAR 
contratos bilaterais de 
ajuste contratação por 
até 2 anos 
regime de livre 
contratação 
Preços de suprimento 
resultante de leilões 
Preços de suprimento 
livremente negociados 
CONVIVÊNCIA ENTRE MERCADO COMPETITIVO E MERCADO REGULADO 
80 
GERAÇÃO 
• competição na venda de energia 
• opção de venda no ACR e no ACL 
• mitigação de riscos na comercialização com 
a contratação de longo-prazo e na forma de 
pool no ACR 
• incentivo a novos investimentos (PPAs de 
longo prazo para novas usinas) - (PPA - Power 
Purchase Agreement ) Contratos de suprimento de energia 
celebrados entre empresas Geradoras e concessionárias 
Distribuidoras supridas. 
83 
DISTRIBUIÇÃO 
• compra de energia na forma de pool somente através 
de leilões (CCEE) 
• venda de energia somente a consumidores regulados 
• contratação para atendimento à expansão do consumo 
com 5 e 3 anos de antecedência 
• gerenciamento do risco de mercado através de: 
• trocas de contratos entre distribuidoras 
• contratação com até 2 anos de antecedência 
(contratos com até 2 anos de duração) 
• livre acesso à rede de distribuição para atendimento a 
consumidores livres 
• fim do self-dealing por meio da contratação através do 
CCEE 
Pn
Dn
D3 P2
D2 P1
D1
Montante 
de energia 
requisitado 
no leilão 
Energia 
rateada e 
contratada 
entre 
Geradoras e 
Distribuidoras 
Energia 
ofertada no 
leilão 
. 
. 
. 
Necessidades de contratação pelas Distribuidoras 
Leilões de Venda de Energia Nova ou Existente 
 Valor máximo (para leilões de 
energia existente) 
85 
CONSUMIDORES LIVRES 
• consumidores elegíveis a se tornarem livres 
• Demanda > 3 MW e tensão de atendimento >69kV 
– podem adquirir energia de qualquer supridor 
• 500kW < demanda < 3MW atendidos em qualquer 
tensão – podem adquirir energia somente de 
fontes alternativas. 
• retorno à condição de consumidor regulado 
comunicado com 5 anos de antecedência 
• segmentação dos contratos: energia, uso e 
conexão na rede elétrica 
86 
PLANEJAMENTO COM MECANISMOS DE 
MERCADO 
Planejamento com contestação pública 
• por técnica  verifica empreendimentos e projetos de 
engenharia 
• por preço  verifica o mercado e permite investimentos de PIE 
Requisitos para licitação de usinas: 
• licença ambiental prévia 
• projeto básico da usina 
Licitação de blocos de energia 
Escolha dos melhores projetos 
Eficiência econômica do processo 
USINAS 
DO PLANO 
88 
CONCESSÃO DA NOVA GERAÇÃO HIDRO 
Licitação pelo mercado 
Licitação da concessão 
características/condições: 
• licença prévia ambiental (LP) 
• projeto básico 
• PPA para o gerador (15/20 anos) 
89 
CONCESSÃO DA NOVA GERAÇÃO HIDRO 
Contratos Iniciais ou PPA (Power Purchase Agreement) 
 Contratos de suprimento de energia celebrados entre empresas 
Geradoras e concessionárias Distribuidoras supridas. Os Contratos 
Iniciais de Compra e Venda de Energia Elétrica foram válidos até 
2005, período de transição para o livre comércio de energia elétrica 
e substituíram os Contratos de Suprimento de Energia Elétrica 
conforme disposições da Lei No 9.648, de 27 de maio de 1998; do 
Decreto No 2.655, de 02 de junho de 1998, e das Resoluções 
ANEEL No 244, de 30 de julho de 1998, e ANEEL No 141, de 09 de 
junho de 1999 
90 
Responsabilidade da EPE 
• Define lista de usinas (Uk) 
• Ordena usinas por mérito econômico (pk), 
conforme preço de referência 
• Define preço marginal Pmarg, 
para participação de PIEs e autoprodutores - AP 
LICITAÇÃO DA EXPANSÃO 
P
marg 
Q
pool 
U1 U2 U3 U5 U4 
p1 
p2 
p3 
p4 
p5 
Critério de seleção 
• Menor preço de venda de energia para o pool (ACR) 
91 
LICITAÇÃO DA EXPANSÃO 
Participação de PIEs e APs 
• Empreendedores devem declarar % de energia da usina 
 pretendida que será destinada ao ACR 
• Por ter deslocado parte de uma usina planejada 
 para atendimento ao pool, 
 empreendedor paga compensação 
• Esta compensação é calculada com base na 
 parcela de energia (x) destinada ao 
 uso próprio (AP) ou à venda no ACL (PIE), pela fórmula: 
 
 x * (Pmarg – Pofer) 
 
 onde Pofer é o preço ofertado pelo empreendedor na licitação 
P
marg 
Q
pool 
U1 U2 U3 U5 U4 
p1 
p2 
p3 
p4 
p5 
A A-1 A-2 A-3 A-4 A-5 
CONTRATAÇÃO DAS DISTRIBUIDORAS 
CONTRATAÇÃO DA 
EXPANSÃO 
CONTRATAÇÃO DA 
GERAÇÃO EXISTENTE 
LIQUIDAÇÃO 
EX-POST 
CONTRATAÇÃO DE 
AJUSTE 
93 
CONTRATAÇÃO EXPANSÃO A-5 
• Consolidação previsão de mercado 
 distribuidoras 
 consumidores livres 
EPE 
• Determina à ANEEL licitação pelo 
mercado (mercado + reserva) 
 Objeto da licitação: usinas novas (na 
transição, também usinas em construção) 
MME 
• Formaliza contratação das 
distribuidoras 
CCEE 
REPASSE DO CUSTO DA 
CONTRATAÇÃO ÀS TARIFAS 
EXPANSÃO A SER 
CONTRATADA 
LICITAÇÃO DA 
EXPANSÃO 
CONTRATAÇÃO 
Contratos G  D (pool) 
• Entrega da energia a partir do ano A 
• Duração 15/20 anos 
CONTRATAÇÃO EXPANSÃO A-3 
• Consolida necessidade de mercado 
adicional distribuidoras 
Limite: 3% da carga em A – 5 
EPE 
• Determina à ANEEL licitação pelo 
mercado 
 Objeto da licitação: usinas novas (na 
transição, também usinas em 
construção) 
MME 
• Formaliza contratação das 
distribuidoras 
CCEE 
REPASSE DO CUSTO DA 
CONTRATAÇÃO ÀS TARIFAS 
• Nos 3 primeiros anos, pela média 
ponderada das contratações (VR) 
realizadas pelo CCEE e em A-5 e A-3 
EXPANSÃO A SER 
CONTRATADA 
LICITAÇÃO DA 
EXPANSÃO 
• Pequenas hidroelétricas 
• Termelétricas 
• Importação de energia 
CONTRATAÇÃO 
Contratos G  D (pool) 
• Entrega da energia a partir do ano A 
• Duração 15/20 anos 
VR = VL5*Q5 + VL3*Q3 
 Q5+Q3 
95 
96 
http://www.epe.gov.br/leiloes/Paginas/default.aspx?CategoriaID=6734 
97 
http://www.epe.gov.br/leiloes/Paginas/default.aspx?CategoriaID=6734 
98 
http://www.epe.gov.br/leiloes/Paginas/default.aspx?CategoriaID=6734 
99 
• Identificam necessidades de ajustes 
na contratação regular 
Distribuidoras 
• Promove leilões 
• Formaliza contratação das 
distribuidoras 
CCEE 
REPASSE DO CUSTO DA 
CONTRATAÇÃO ÀS TARIFAS 
• O que for menor entre o VR e o 
preço de contratação do ano em 
curso 
AJUSTE A SER 
CONTRATADO 
LEILÕES 
CONTRATAÇÃO 
Contratos G  D (bilaterais) 
• Entrega da energia a partir do ano A 
• Duração máxima de 2 anos 
CONTRATAÇÃO DE AJUSTE (entre A-2 e A) 
VR = VL5*Q5 + VL3*Q3 
 Q5+Q3 
100 
• Declaram necessidade de 
recontratar energia (usinas 
existentes) descontratada 
Distribuidoras 
• Promove leilões 
• Formaliza contratação das 
distribuidoras 
CCEE 
REPASSE DO CUSTO DA 
CONTRATAÇÃO ÀS TARIFAS 
ENERGIA A SER 
RECONTRATADA 
LEILÕES 
• Periodicidade anual 
• Ofertantes: geradores existentes 
com energia descontratada 
CONTRATAÇÃO 
Contratos G  D (pool) 
• Entrega da energia a partir do ano A 
(ano seguinte) 
• Duração 5 anos 
CONTRATAÇÃO DA GERAÇÃO EXISTENTE 
101 
http://www.ccee.org.br/cceeinterdsm/v/index.jsp?vgnextoid=57ca9f73
3d60b010VgnVCM1000005e01010aRCRD 
Entenda os Leilões 
As concessionárias, as permissionárias e as autorizadas de serviço 
público de Distribuição de energia elétrica do Sistema Interligado 
Nacional (SIN), por meio de licitação na modalidade de leilões, devem 
garantir o atendimento à totalidade de seu mercado no Ambiente de 
Contratação Regulada (ACR), de acordo com o estabelecido pelo 
artigo 11 do Decreto nº 5.163/2004 e artigo 2º da Lei nº 
10.848/2004. 
102 
http://www.ccee.org.br/cceeinterdsm/v/index.jsp?vgnextoid=57ca9f73
3d60b010VgnVCM1000005e01010aRCRD 
À ANEEL cabe a regulação das licitações para contratação regulada de 
energia elétrica e a realização do leilão diretamente ou por intermédio da 
Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), conforme 
determinado no parágrafo 11 do artigo 2º da Lei nº 10.848/2004. 
 
O critério de menor tarifa (inciso VII, do art. 20, do Decreto nº 
5.163/2004) é utilizado para definir os vencedores de um leilão, ou seja, 
os vencedores do leilão serão aqueles que ofertarem energia elétrica 
pelo menor preço por Mega-Watt hora para atendimento da demanda 
prevista pelas Distribuidoras. Os Contratos de Comercialização de 
Energia Elétrica em Ambiente Regulado (CCEAR), serão, então, 
celebrados entre os vencedores e as Distribuidoras que declararam 
necessidade de compra para o ano de início de suprimento da energia 
contratada no leilão. 
103 
http://www.ccee.org.br/cceeinterdsm/v/index.jsp?vgnextoid=57ca9f73
3d60b010VgnVCM1000005e01010aRCRD 
Se considerarmos “A” como o ano previsto para o início do 
suprimento de energia elétrica adquirida pelos Agentes de 
Distribuição nos leilões de energia, o cronograma para a realização 
dos leilões é o seguinte: 
 
No quinto ano anterior ao ano “A” (chamado ano “A” - 5), é realizado 
o leilão para compra de energia de novos empreendimentos de 
Geração; 
 
No terceiro ano anterior ao ano “A” (chamado ano “A” - 3), é 
realizado o leilão para aquisição de energia de novos 
empreendimentos de Geração; 
 
No ano anterior ao ano “A” (chamado ano “A” - 1), é realizado o 
leilão para aquisição de energia de empreendimentos de Geração 
existentes. 
104 
http://www.ccee.org.br/cceeinterdsm/v/index.jsp?vgnextoid=57ca9f73
3d60b010VgnVCM1000005e01010aRCRD 
Além disso, poderão ser promovidos Leilões de Ajuste, previstos no artigo 26 
do Decreto nº 5.163, de 30/07/2004, tendo por objetivo complementar a carga 
de energia necessária ao atendimento do mercado consumidor das 
concessionárias de distribuição, até o limite de 1% dessa carga. 
 
 
São também realizados Leilões de Reserva. 
De forma complementar à energia contratada no ambiente regulado, a partir 
do Decreto Nº 6.353, de 16 de janeiro de 2008, o Modelo do Setor Elétrico 
Nacional passou a contar com a contratação da chamada Energia de 
Reserva. Seu objetivo é elevar a segurança no fornecimento de energia 
elétrica do Sistema Interligado Nacional (SIN) com energia proveniente de 
usinas especialmente contratadas para este fim. 
105 
http://www.epe.gov.br/imprensa/PressReleases/20120420_1.pdf 
106 
http://www.epe.gov.br/imprensa/PressReleases/20120420_1.pdf 
107 
http://www.epe.gov.br/imprensa/PressReleases/20120420_1.pdf 
108 
http://www.epe.gov.br/imprensa/PressReleases/20120420_1.pdf 
109 
 Distribuidoras devem comprovar contratação de 100% do seu 
mercado 
 Se mercado realizado está acima do contratado (short): 
 Diferença é comprada pela distribuidora no Mercado de Curto Prazo 
ao preço de liquidação de diferenças - PLD 
 É permitido repasse à tarifa do custo da aquição no ano seguinte o 
valor mínimo entre PLD e VR 
 Distribuidora paga penalidade igual ao máximo entre PLD e o VR 
multiplicado pela diferença descontratada 
 
LIQUIDAÇÃO EM A (EX-POST) 
PLD = PMAE = f (CMO) 
110 
 Distribuidoras devem comprovar contratação de 100% do seu 
mercado 
 Se mercado realizado está abaixo do contratado (long): 
 Diferença pode ser vendida pela distribuidora no Mercado de Curto 
Prazo (ao PLD) 
 É permitido repassar à tarifa, no ano seguinte, até 3% da perda de 
receita do distribuidor 
 Ganhos sobre esta margem (de 3%), serão também repassados ao 
consumidor no ano seguinte (PLD > preço médio de compra do 
distribuidor) 
 
LIQUIDAÇÃO EM A (EX-POST) 
PLD = PMAE = f (CMO) 
111 
TRANSIÇÃO 
 Contratos Iniciais 
• Descontratação de 25% da energia 
• Entrada no ACR (pool) através de leilão 
• Venda para consumidor livre 
 Contratos Bilaterais 
• Respeito às disposições contratuais 
• Opção de venda para o ACR por leilão e com acordo 
das partes 
112 
Tarifas de Energia 
 Valor pago pela energia consumida em um 
determinado período 
 
 É composta por : 
 Parcela paga pela energia elétrica consumida 
(tarifa de energia); 
 Parcela paga pelo uso do sistema de distribuição 
e transmissão (tarifa de uso ou tarifa “fio”); 
 Tributos e encargos. 
 
113 
Repasse às tarifas – Mix de compra 
de Energia – Parcela Energia 
114 
Tarifas 
 Parcela de Distribuição (tarifa fio) 
 Perdas Técnicas do Sistema de Distribuição 
 Reserva Global de Reversão 
 Encargos de Conexão 
 Encargos do Operador Nacional do Sistema 
 Encargos de Uso dos Sistemas de Distribuição - 
 Pesquisa e Desenvolvimento - P&D e Eficiência Energética 
 PIS/PASEP e COFINS 
 TFSEE - Taxa de Fiscalização de Serviços de Energia Elétrica 
 
 Encargos do uso do sistema de distribuição 
 Quota de recolhimento à Conta de Consumo de Combustíveis – CCC; 
 Encargos de Serviços do Sistema – ESS; 
 Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica – Proinfa; 
 Tarifa de transporte de energia elétrica proveniente de ITAIPU; 
 Perdas comerciais de energia elétrica, reconhecidas no processo de revisão 
tarifária; 
 Pesquisa e Desenvolvimento - P&D e Eficiência Energética; 
 PIS/PASEP e COFINS; e 
115 
Tarifas 
116 
Tarifas 
117 
Tarifas 
118 
119 
Sites relacionados ao setor http://www.eletrobras.com 
 http://www.epe.gov.br 
 http://www.ons.org.br 
 http://www.aneel.gov.br 
 http://www.ccee.org.br 
 http://www.cepel.br 
 http://www.memoria.eletrobras.com 
 http://www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras/ 
120 
Contato 
Fabio Cavaliere 
e-mail: cavalier@cepel.br 
tel: (21) 2598-6467 
CEPEL- Centro de Pesquisas de Energia 
Elétrica 
DIE – Departamento de Instalações e 
Equipamentos

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