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Diabetes e Infecção Urinária da Gravidez

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Intolerância aos carboidratos iniciada na gestação
Fisiopatologia:
Na segunda metade da gestação ocorre um aumento
da secreção de hormônios contra insulínicos pela
placenta (ex: lactogênio placentário) que geram uma
resistência periférica à insulina e então uma maior
demanda de insulina pelo pâncreas e algumas
pacientes não conseguem aumenta a secreção
pancreática
Pacientes que já tinham um pâncreas trabalhando no
limite podem não dar conta e desenvolver diabetes
gestacional
Isso é uma modificação do organismo materno, a
ideia é deixar glicose para o feto, se isso não
ocorresse, ao se alimentar, toda a glicose iria entrar
nas células da mãe e a criança precisa dessa
glicose. Essa resistência insulínica faz com que a
glicose fique mais tempo circulando no organismo
materno até chegar no feto.
Diagnóstico:
1ª consulta (1º trimestre)
Glicemia em jejum:
Menor que 92 (normal)
- Fazer um TOTG 75g de 24 - 28 semanas
De 92 a 125 → DM Gestacional
≥ 126 → DM prévio
Glicemia sem jejum acima de 200 com sintomas
característicos: DM prévio
Hb Glicada: ≥ 6,5 → DM prévio
TOTG 75g (24 - 28 sem)
Glicemia jejum ≥ 92
Após 1 hora ≥ 180
Após 2 horas ≥ 153
1 valor alterado confirma DMG
Ministério da Saúde 2017
1ª Consulta ( < 20 sem)
Glicemia em jejum
< 92 → Fazer um TOTG 75g de 24 - 28 semanas
92 - 125 → DM Gestacional
≥ 126 → DM prévio
TOTG 75g (24 - 28 sem)
Glicemia jejum 92 - 125
Após 1 hora ≥ 180
Após 2 horas 153 - 199
É diagnosticado o DM Gestacional
Porém se:
Jejum ≥ 126
Após 2 horas ≥ 200
É diagnosticado DM prévio
Classificação Priscilla White
Classe A - Gestacional
A → Adquirido na gestação
- A1 → sem insulina
- A2 → com insulina
≥ B → Prévio (Before)
≥ D → Doença Vascular
Conduta
DM Gestacional
1º dieta fracionada + atividade física
Se não funcionar: Insulina
DM Prévio
Droga de escolha: Insulina
1º trimestre/pós parto: diminuir a dose de insulina
2º e 3º trimestre: aumentar dose de insulina
Gliburida e Metformina parecem seguras
Parto
Feto/ mãe bem → indicação obstétrica
Macrossomia, sofrimento fetal agudo → cesárea
Complicações
Macrossomia, distócia de espáduas, polidramnia e
malformações fetais
Macrossomia: devido a hiperinsulinemia fetal.
A hiperglicemia materna causa hiperglicemia fetal
que gera a hiperinsulinemia fetal. A insulina no feto
tem efeito de hormônio do crescimento, fazendo o
feto crescer demais.
Polidramnia : A hiperglicemia materna causa
hiperglicemia fetal causando uma diurese
hiperosmolar (urina muito)
Hipoglicemia neonatal: A hiperglicemia materna
causa hiperglicemia fetal que gera a hiperinsulinemia
fetal. Ao cortar o cordão, não passa mais glicose da
mãe para a criança, mas ela estava produzindo muita
insulina e ocorre uma hipoglicemia.
Distócia de espáduas: sai a cabeça e o ombro fica
preso e precisa ter cuidado para não ter lesão de
plexo braquial, hipóxia fetal, tem que fazer algumas
manobras para tirar o neném.
Malformação fetal: mais típica é a síndrome de
regressão caudal.
Prevenção: engravidar com Hb glicada < 6%
Diabetes Gestacional NÃO aumenta chance de
malformação
DM Prévia aumenta a chance de malformações
Infecção Urinária
Agente principal: Escherichia Coli
Bacteriúria assintomática
≥ 105 UFC/ml em pacientes assintomáticas
Sempre tratar gestante + urocultura de controle
ATB: amoxicilina, nitrofurantoína, fosfomicina
Cistite
Tem sintomas: disúria, polaciúria, hematúria
Tratamento/controle igual bacteriúria assintomática
Pielonefrite
Sempre internar + ATB parenteral
Gestação Gemelar
Nº de ovos fertilizados
Monozigótica: do mesmo ovo
Dizigótica: ovos diferentes
Nº de placentas
Monocoriônica: uma placenta (mais risco)
Dicoriônica: placentas diferentes
Nº cavidades amnióticas
Monoamniótica: uma cavidade
Diamniótica: cavidades diferentes
Dizigótica é sempre dicoriônica e diamniótica
Monozigótica pode ser:
- Mono ou dicoriônico
- Mono ou diamniótico
Fatores de risco:
História familiar, raça, idade → dizigótico
Técnicas de fertilização → monozigótico e dizigótico
Diagnóstico:
Monocoriônica → sinal do T
Dicoriônica → sinal Y / lambda
Sexos diferentes → dizigótica
Monocoriônica - Síndrome da Transfusão
Feto-Fetal
(especialmente monocoriônica diamniótica)
Feto doador: pálido, oligodramnia, CIUR (restrição de
crescimento intrauterino)
Feto receptor: polidramnia, hidropsia
Gemelar monocoriônico, um com oligodramnia e
menor peso e o outro com polidramnia e maior peso
Tratamento:
- Leve: amniocentese seriada
- Grave: fotocoagulação com laser

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