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Biópsias

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Biópsia 
 Conceito 
 É a retirada de células ou fragmentos de tecido do organismo vivo para o exame da 
natureza das alterações neles existentes 
 Em grego  bios (vida) e opsis (aparência, visão) 
 Etapa fundamental para o diagnóstico e tratamento de diversas doenças 
 
 Indicações 
 É indicada quando há suspeita de doenças que produzem alterações morfológicas nos 
tecidos afetados 
Ex: hiperplasias, displasias e neoplasias – ondem existem alterações tissulares especificas 
 Principal método diagnóstico em oncologia 
 Indicada nos processos inflamatórias, degenerativos, imunológicos e nas doenças 
infecciosas e parasitárias 
1. Diagnóstico de doenças que provocam alterações morfológicas características: 
 Hiperplasias 
 Displasias 
 Neoplasias 
 Granulomas específicos 
2. Diagnostico diferencial por exclusão de doenças que mesmo não produzindo 
alterações morfológicas específicas, determinam padrões morfológicas 
características de determinado grupo 
3. Estabelecimento do grau de diferenciação tumoral 
 Bem diferenciado 
 Moderadamente diferenciado 
 Pouco diferenciado 
 Indiferenciado 
4. Avaliação da extensão de uma lesão neoplásica 
 Invasão de outros tecidos ou não 
 Metástase 
5. Verificação da totalidade da ressecção de uma lesão para verificar e examinar as 
margens em lateralidade e em profundidade para avaliar se estão livre de células 
tumorais 
6. Avaliação do resultado de um tratamento 
Ex: Pacientes em tratamento com quimioterapia ou radioterapia – avaliar presença 
de neoplasia tecidual 
7. Identificação de estruturas normais difíceis para que cirurgião dê diagnóstico de 
certeza macroscopicamente 
 Gânglios simpáticos no curso de simpatectomias 
 Paratireoides no curso de paratireoidectomias 
 Nervo vago no curso de vagotomias 
 Ducto deferente no curso de vasectomias 
8. Avaliação do funcionamento normal de certos tecidos ou órgãos: 
 Endométrio 
 Células do epitélio vaginal 
 Testículo 
9. Avaliação da etiologia, comportamento e reposta terapêutica de doenças de 
evolução progressiva 
 Tireoidites 
 Doenças autoimunes 
 Hepatites 
 Cirrose hepática 
 Glomerulonefrites 
10. Avaliação da presença e intensidade de rejeição em órgãos transplantados 
 
 
 Princípios básicos 
 
 Realizar uma avaliação clínica minuciosa do paciente 
 Apesar de ser procedimento cirúrgico de pequeno porte, pode haver complicações, 
algumas vezes graves e até fatais 
 Pesquisar alergia a produtos que serão utilizados  soluções de anti-sepsia, 
anestésicos locais, látex, talco de luvas, esparadrapos 
 Avaliar coagulação sanguínea 
 Uma anamnese e exame físico cuidadosos são suficientes 
 Anamnese: 
 História de hemorragia espontânea ou após cirurgias previas 
 Exame físico: 
 Pesquisar equimoses ou hematomas 
 Exames laboratoriais 
 SE alteração do exame físico 
 ANTES de biópsias percutâneas de órgãos internos (pulmões, fígado, 
baço, pâncreas, rins) e biopsias excisionais com grande deslocamento de 
tecidos 
 Contagem de plaquetas 
 Tempo de tromboplastina parcial (PTTa - mede a via intrínseca da 
coagulação 
 Atividade de protrombina 
(Fator II da coagulação- via extrínseca- é uma proteína que é ativada 
durante o processo de coagulação e que tem como função promover a 
conversão do fibrinogênio em fibrina, formando o tampão plaquetário 
secundário ou definitivo. Após o contato do sangue com a 
tromboplastina cálcica, a via extrínseca é ativada, havendo ativação 
dos fatores VII e X da coagulação e, consequentemente do fator II, que 
é a protrombina, promovendo a conversão do Fibrinogênio em Fibrina, 
parando o sangramento. Esse processo normalmente acontece entre 
10 e 14 segundos. Valores aumentados normalmente acontecem em 
caso de uso de anticoagulantes, deficiência de vitamina K, deficiência 
de fator VII e problemas no fígado. Em casos raros, o TP pode estar 
diminuído, como no caso do uso de suplemento de vitamina K ou de 
pílulas anticoncepcionais com estrogênio) 
 Tempo de Tromboplastina Parcial Ativado (TTPA) 
avaliar a hemostasia, no entanto permite que seja verificada a presença 
ou ausência dos fatores da coagulação presentes na via intrínseca da 
cascata de coagulação. importante para acompanhar os pacientes que 
fazem uso de Heparina, que é um anticoagulante, ou que apresentam 
problemas na coagulação sanguínea, sendo útil para identificar 
alterações relacionadas aos fatores de coagulação. 
 Tempo de Trombina (TT) 
tempo necessário para que o coágulo seja formado após a adição de 
trombina, que é o fator necessário da coagulação para que haja a ativação 
do fibrinogênio em fibrina, que garante a estabilidade do coágulo. 
 RNI 
RNI (Relação Normatizada Internacional) é a relação do valor do tempo 
de protrombina (TP) do paciente e a média dos valores do TP de 
plasmas frescos normais, elevado ao ISI (International Sensitivity 
Index) 
 Na maioria das vezes dos candidatos a biopsias hepáticas apresentam algum grau 
de insuficiência hepática com distúrbios da coagulação sanguínea 
 Os pacientes hipertensos e diabéticos devem estar controlados 
 Os diabéticos não controlados têm um risco maior de apresentar distúrbios de 
cicatrização e/ou infecções 
 HIPERTENSOS  usar anestésicos locais com vasoconstritores com extrema 
cautela ( se possível evitar) 
 Analisar se há necessidades de realizar procedimentos cirúrgicos complementares 
no mesmo tempo cirúrgico e programar antecipadamente a operação 
Ex: Biopsia esxcisional de grandes lesões pode ser necessária a realização 
de enxerto ou rotação de retalho para cobrir a área cruenta 
 
 Usar cuidados inerentes a uma pequena cirurgia 
 
 Utilizar agulhas e/ou lâminas novas 
 Realizar antissepsia vigorosa e ampla da região 
 Campos cirúrgicos estéreis devem cobrir uma área ampla ao redor da lesão para 
que o cirurgião e os auxiliares tenham liberdade de movimentos 
 A anestesia varia conforme o tipo de biópsia 
 A anestesia em punções aspirativas é quase sempre desnecessária 
 Infiltração local ou bloqueio de plexo são suficientes em: 
 Punções biopsias 
 Biopsias com punch 
 Biopsias incisionais 
 Biopsias excisionais (grande parte) 
 Em biopsias excisionais de grande lesões pode ser necessário bloqueio troncular ou 
eventualmente sedação ou ate mesmo anestesia geral 
 
 Retirar uma amostra significativa 
 Punções aspirativas  colher material de diversos pontos da lesão 
 Punções biopsias  retirar + de 1 fragmento 
 Lesões pequenas  realizar exérese total (Biopsia excisional) com margem de 
segurança de tecido sadio que varia de acordo com a suspeita clinica 
 Lesões grandes submetidas a exérese parcial (Biopsia incisional) – a amostra 
deve abranger tecido doentes e sadio 
 Linfonodos ou pequenos tumores do subcutâneo devem ser retirados por 
inteiro junto com a capsula 
 
 Evitar áreas de esmagamento, queimadura, fibrose, cicatrizes ou com uma 
infecção secundária 
 
 Nas doenças inflamatórias, incluir uma porção significativa da erupção 
 Quando a erupção é caracterizada por lesões de um mesmo tipo, porem em 
vários estágios de desenvolvimento  melhor selecionar uma bem desenvolvida 
 Deve-se evitar lesões em fase inicial e lesões em fase tardia, já em regressão 
 EXCEÇÃO: em vesículas, bolhas ou pústulas deve-se preferir por lesão recente 
e intacta – de preferencia entre 24 e 48 hrs de evolução, após esse período pode 
ocorrer reepitelização subepidérmica das bolhas levando a erro diagnóstico 
A composição do infiltrado inflamatório (neutrófilos, eosinófilos, etc) destas lesões 
também se altera com o tempo, confundindo o patologista 
 Nas erupções com lesões diversas (vesículas, pápulas, crostas )  realizar 
biopsias em diferentes tipos de lesões 
 Em doenças inflamatórias as áreas de escoriações devem ser evitadas Nas lesões difusas, biopsiar a área mais representativa 
 No local não deve haver alterações regionais especificas que possam haver 
atrapalhar a intepretação 
 Em erupções generalizadas, preferir  tronco, braços e coxas 
 Em dermatite por uso de drogas  retirar preferencialmente as lesões do tronco 
 Lesões das pernas estão sujeitas a erro de diagnostico devido à estase 
vascular e a cicatrização é mais lenta 
 Evitar palma das mãos e planta dos pés pela dificuldade tanto aproximação dos 
tecidos de cicatrização 
 Evitar joelhos e cotovelos sempre que possível por serem áreas de tensão 
 
 
 
 Nas lesões pigmentares, suspeitas clinicamente de malignidade, realizar sempre 
que possível uma biopsia excisional 
 
 Respeitar as margens de segurança quando a biospsia for ao mesmo tempo 
diagnostico e curativa 
 
 
 Manipular adequadamente o material 
 Punções aspirativas  não espalhar o material com força na lâmina nem 
esmaga-la entre 2 lâminas 
 Punções biópsias  retirar delicadamente o material de dentro da agulha 
evitando fragmentá-la 
 Não esmagar o tecido com pinças 
 Biópsias incisionais e excisionais  o material utilizado deve ser delicado- de 
preferência pinças dente de rato em vez de pinças anatômicas 
 Dividir o material e acondicionar adequadamente  quando forem necessário 
realizar vários exames (citológico, anatomopatológico, microbiológico, bioquímico, 
sorológico) 
 Identificar os frascos com nome, registro do paciente, data e tipo de fixador 
utilizado 
 Peças maiores devem ser abertas e presas com alfinete em papelão para 
evitar que se retraiam 
 O material deve ser fixado rapidamente evitando-se exposição prolongada ao 
ar 
 Leões de maior volume devem ser seccionadas ao meio, para permitir uma 
melhor fixação da peça 
 
 
 Usar fixador adequado 
 Formol a 10% 
  fixador universal 
 Quantidade usada deve ser 10 a 20x o volume do material retirado 
tempo necessário para fixação depende da espessura do material 
espécimes com 4 mm de espessura necessitam de 8 hrs 
espécimes com 6 mm ou mais necessitam de 24 hrs 
fixação ocorre de fora para dentro 
lesões maiores devem ser seccionadas ao meio para permitir que aconteça 
rapidamente 
NÃO utilizar formol quando se for pesquisar melanócitos pela coloração DOPA 
 
 Álcool absoluto a 95% 
indicado para a realização de exame citológico, esfregaços de secreções, 
punções aspirativas e outros materiasi para citodiagnóstico 
a fixação é rápida 
a coloração pode proceder em 15 a 20 minutos 
 
 Glutaraldeído a 3% 
utilizado para microscopia eletrônica 
 
 NÃO se deve fixar o material quando for necessário utilizar colorações para 
enzimas ou imuno histoquímicas  transportar em Nitrogênio líquido ou em 
solução de transporte de Michel 
 Exame de congelação  o material da biopsia deve ser transportado 
imediatamente em solução salina 0,9% sem ser fixado 
 
 Proporcionar o maior número possível de informações ao anatomopatologista 
 
 Enviar a peça ao laboratório de anatomia patológica com informações clinicas e 
cirúrgicas detalhadas 
 Informar o tempo de evolução da doença, achados clínicos, aspecto macroscópico 
da lesão e as hipóteses diagnosticas 
 Manter contato estreito com anatomopatologista em casos duvidosos ou quando 
diagnostico anatomapatológico 
 
 
 
 
 Tipos de biópsia 
 
 Incisional 
 Retira-se apenas uma PARTE da lesão ou de um órgão 
 Ex: Punções com agulhas finas e especiais, biopsia com pinça saca – bocado, 
biopsias com punch de diâmetro pequeno 
 Indicada p / Biopsia de: 
 Músculos 
 Ossos 
 Tecido subcutâneo 
 Processos inflamatórios ou infecciosos disseminados de pele ou de outros 
órgãos 
 Retirar fragmento com tecido doente junto com tecido sadio 
 No caso de tumores de partes moles e ossos, deve-se ter cuidado de realizar uma boa 
hemostasia, pois as células tumorais são capazes de passar por entre os planos 
tissulares da mesma maneira que as células sanguíneas extravasadas 
 Complicações como qualquer procedimento cirúrgico: infecção da ferida, hemorragia 
per ou pos operatória, distúrbios de cicatrização, possibilidade de disseminação local 
de células tumorais 
 
 
 Excisional 
 Retira-se TOTALMENTE a lesão a ser estudada 
 Além de diagnostica pode ser também terapêutica 
 Todas as lesões supostamente malignas devem ser submetidas a excisão cirúrgica 
completa (biopsia excisional) com margem de segurança entre 2,5 e 5 mm 
- pequenas cirurgias – ambulatoriais  anamnese 
 
 Técnica cirúrgica – biopsia de pele 
 Antissepsia rigorosa e ampla da região 
 Colocação de campos cirúrgicos que ofereçam liberdade de movimentos para o 
cirurgião e o auxiliar 
 Utilização de material delicado 
 Programas as linhas de incisão da pele – antes da injeção anestésica 
 Paralelas as linhas de força 
 Incisão em elipse ou cunha é desenhada ao redor da lesão com seu maior 
eixo paralelo as dobras ou as linhas de força da pele 
 
 Injetar o anestésico 
 deve elevar o local a ser biopsiado 
 não utilizar com vasoconstrictor em extremidades (dedos, pênis, ponta 
do nariz/orelha) 
 Bisturis com lamina 11 ou 15 
 
 
 Elevar uma das extremidades da elipse com a ajuda de uma pinça dente de 
rato delicada ou de um pequeno gancho para não esmagar a pele 
 Mantendo esta extremidade elevada, liberar a base da lesão com tesoura ou 
com bisturi em direção à outra extremidade. O ponto de clivagem para as 
lesões cutâneas é o subcutâneo, que pode ser parcialmente retirado 
 A hemostasia por compressão local, uso de eletrocautério ou ligadura com 
fios 
 
 Suturar com 
 Pontos simples 
 Donatti 
 Intradérmico 
 Realizar curativo oclusivo com gaze seca 
 Colocar peça em frasco com fixador adequado e devidamente identificado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Biópsia por punch 
 
 Comum entre os dermatologistas 
 Geralmente empregada na pele e mucosa oral 
 Instrumento lamina circular cortante (punch) 
 Pode variar em diâmetros 
 Retirar sempre lesão junto com área de tecido sadio 
 Pode ser INCISIONAL ou EXCISIONAL 
 Desvantagens: 
 Pequeno tamanho do material retirado – dificuldade analise histopatológica 
 Contraindicação 
 Áreas sobre artérias – sobrancelhas (A. temporal) 
 Área nasolabial (A. ANGULAR) 
 
 Inadequada para diagnostico de : 
 doenças do tecido adiposo – ex: paniculite 
 melanoma 
 lesões muito espessas – pele hipertrófica, liquen plano ou hipertorfico, blastomicose 
 calosidades nas plantas dos pés – não é profunda o suficiente 
 
 Complicação 
 Sangramento 
 
 
 
 
 Biópsia em Barbear - Shaving 
 Remove porção elevada, acima do plano do tecido adjacente (lesões de natureza 
exofítica) 
 É realizada entre a camda papilar profunda da derme e camada médio – reticular 
 Após a injeção de anestésico, secção da lesão através de movimentos de vaivém com 
lamina de bisturi paralela a superfície da pele 
 Indicada para lesões exofiticas como: 
 Ceratose seborreica 
 Ceratose solar 
 Verrugas vulgates 
 Nevos melanócitos 
 Contra indicada 
 Doenças inflamatórias da pele 
 Neoplasias infiltrativas na pele 
 
 
 Biópsias por punção 
 
 As agulhas podem ser Manuais (Menghini, Vim Silverman, Cope, Abrams) ou 
Automáticas (Tru-Cut, Biopty Gun) 
Agulhas finas 
 Retira-se material para exame citológico 
 Indicadas para: 
 análise de líquidos de lesões císticas ou de cavidade corporais 
(tórax, abdome, articulações) 
 estudo de lesões superficiais 
(mama, tireoide, massas cervicais) 
 lesões em órgãos intracavitários (pulmão, baço, pâncreas) – em menor frequência 
 
Agulhas calibrosas (agulhas especiais) 
 Retira-se material para exame histológico 
 Indicadas para: 
 Retirar material para estudo de órgãos intracavitários 
(fígado, rins,próstata, pâncreas, pulmões) 
 Pode também em órgãos superficiais (mama, tireoide) 
Métodos para localização das lesões 
 Punções com ambos tipos de agulhas podem ser guiadas por palpação, ultrassom, 
estereotaxia, TC ou RM 
 O método utilizado varia de acordo com o órgão-alvo e com tamanho da lesão 
 Palpação: 
 é utilizada para guiar punções de lesões localizadas nos tecidos subcutâneo e 
muscular e em órgão superficiais (mama, tireoide, linfonodos) ou acessíveis ao 
toque ( próstata) 
 Desvantagem 
 depender do tato em detrimento da visão 
(o profissional “sente” que a agulha está no interior da lesão)- pode-se biopsiar 
erroneamente áreas de fibrose 
pode não ser possível diferenciar áreas de necrose, hemorragia ou reação 
desmoplástica durante o procedimento 
 Técnica: 
a lesão é imobilizada entre o dedos da mão não dominante, enquanto a mão 
dominante realiza a biopsia da área central 
 Biopsias dos quadrantes laterais são mais difíceis de serem executadas utilizando-
se a palpação 
 Ultrassom: 
 é útil na localização de praticamente qualquer lesão – superficial ou profunda 
 pode ser utilizado nas punções de fígado, próstata, mama, tireoide, etc 
 quando ela é feita pela mesma pessoa que maneja ou segura o transdutor, e o 
transdutor e agulha são movimentadas em sincronia  Técnica da mão livre 
 Biópsia estereotáxica 
 Utilizam-se imagens Radiológicas obtidas em planos diferentes e calculam-se o 
ângulo e o trajeto da agulha necessários para se atingir o centro da lesão 
 Utilizada para biopsia de lesões que não soa bem identificadas ao US 
Ex: lesões profundas de mamas grandes e com muita substituição por tec gorduroso 
 Pode-se obter imagens da agulha no interior da lesão (antes e após o procedimento) 
 As principais limitações ao seu uso incluem a necessidade do paciente permanecer 
imóvel durante todo o procedimento e período de grande tempo necessário para a 
sua realização 
 TC e RM 
 A lesão é localizada e encontra-se o melhor local para a punção 
 Calculam-se o ângulo e a distância a ser percorrida pela agulha para se atingir o 
centro da lesão 
Tipos de punções 
 Punção aspirativa com agulha fina 
 é um método diagnóstico amplamente utilizado 
 ela se baseia no estudo de células ou de pequenos grupos de células que são 
retiradas das lesões por aspiração com agulha de pequeno calibre 
 Vantagem: 
baixo custo 
pode ser feita em nível ambulatorial 
sem necessidade de material sofisticado 
pode ser feita sem anestesia 
apresenta baixa incidência de complicações 
 Complicação: 
a + frequente é um pequeno hematoma no local da punção sem maiores 
consequências 
pneumotórax (biopsia pulmonar) 
sangramento 
lesão de vísceras ocas (biopsia de órgãos intrabdominais) 
 Sensibilidade, especificidade e acurácia diagnóstico deste método são extremamente 
dependentes tanto do profissional que colhe o material quanto do o que interpreta 
 Principal limitação - apenas diagnóstico citológico e não histológico 
 Resultado: processo benigno, maligno ou infeccioso 
 Só excepcionalmente consegue diagnóstico exato do tipo celular e do grau de 
diferenciação de um tumor 
 Principal indicação: diferenciação entre tumores benignos e malignos 
 90 a 95% de índice de acerto 
 Maior acurácia diagnóstica nos tumores epiteliais 
 Pouca utilidade diagnóstica para Linfomas e Doenças Linfoproliferativas 
 Útil na avaliação de massas cervicais 
 Consegue preservar os planos tissulares 
evitar biopsias incisionais e excisionais nessa região 
 Diferenciação citológica entre neoplasia folicular benigna e maligna da tireoide é na 
grande maioria impossivel de ser feita 
 Áreas: 
Linfonodos 
Pulmões 
Glândulas salivares 
Tumores de partes moles 
Lesões de órgãos do Trato respiratório (brônquios e pulmões) e TGI (esôfago, 
estomago, pâncreas, cólons, reto) 
 Técnica cirúrgica: 
agulhas de 20 e 25 
áreas altamente vascularizadas (linfonodos, nódulos tireoidianos) devem ser 
aspirados com agulhas de calibre 25 ou + fino 
 Biopsia com agulha fina por capilaridade – não se realiza aspiração, o material 
penetra na agulha por diferença de tensão capilar 
1. Localizar lesão 
2. Prepara pele com solução antisséptica, geralmente álcool 70%( se usar soluções 
com polivinil pirrolidona- 1000 deve ser retirado para não impregnar o material 
aspirado e interferir na coloração) 
3. Aspirar pequena quantidade de ar (entre 1 a 2 ml) que é mantida no interior da 
seringa 
4. Introduzir a agulha conectada na seringa até o centro da lesão 
5. Retrair o embolo da seringa para produção de vácuo e realizar movimentos de 
vaivém através do interior da lesão 
De preferencia a agulha deve ir e vir pelo mesmo trajeto porque deste modo os 
fragmentados celulares são mais facilmente retirados das paredes laterais do túnel 
formado para passagem da agulha 
6. Com a agulha ainda posicionada na lesão, liberar o êmbolo da seringa para que o 
vácuo seja desfeito deste modo mantem-se o material aspirado dentro da agulha. 
Se a agulha for retirada da lesão com o êmbolo da seringa ainda retraído, ocorrem 
aspiração de ar e dispersão do material para o interior da seringa 
7. Retirar agulha da lesão 
8. Empurrar o êmbolo para expulsar o ar previamente armazenado no interior da 
seringa e com isso expelir o material coletado que se encontra no interior da agulha. 
A saída deste material é direcionada para uma lâmina 
9. Realizar um esfregaço com auxilio de outra lâmina, espalhando delicadamente o 
material 
10. Colocar rapidamente a lâmina em um frasco com álcool absoluto a 95% para 
fixação 
11. Rotular devidamente o frasco e encaminhá-lo ao lab de anatomia patológica 
 
 
 
 
 Punção biópsia com agulhas especiais 
 Fornece material para estudo histológico 
 O material é retirado através da utilização de agulhas mais calibrosas do que as 
descritas anteriormente 
 Calibre 14 a 20 
 Baixo custo 
 Pode ser realizada a nível ambulatorial 
 Necessário realizar botão anestésico por gerar um desconforto já que o calibre da 
agulha é maior 
 Complicações raras 
  sangramento (hematomas pequenos até sangramentos importantes) 
pneumotorax na biopsia pulmonar 
 Agulhas manuais 
é necessário a realização de movimentos coordenados para retirar o fragmento 
de tecido após a agulha ter atingido o alvo 
Ex: Agulhas de Cope, agulhas de Abrams (ideias para biopsia pleural) 
 Agulhas automáticas 
armadas antes da punção e disparadas as se atingir o alvo 
podem ser disparadas somente com uma mão 
útil para quando se utiliza o USG palpação para localização da lesão 
biopsia de fígado, próstata, pâncreas, rins 
 Os pacientes submetidos a punções biopsias percutâneas de orgaos intracavitários devem 
permanecer algumas horas em repouso, em decubito, devem ser avaliados quanto à 
presença de sangramento ativo antes de serem liberados 
 Ascite importante é contra indicação para pinções biopsias de orgaos intrabdominais 
(particulamente as hepáticas)  risco aumentado de sangramento  opta-se por Biopsias 
assistida por laporscopia 
 A biospias hepaticas tambem podem ser feitas por via transjugular 
 Técnica: 
1. Antissepsia da região com solução de PVP-1 
 
Agulha de Vim Silverman 
 Possui 2 cânulas – 1 Biselada que é introduzida na lesão ou no órgão a ser biopsiado e 1 
externa que avança por sobre a interna após ter atingido o alvo 
 
Agulha de Menghini 
 Utilizada de maneira semelhante à punção aspirativa por agulha fina 
 É conectada a uma seringa 
 Após atingir o alvo, procede-se à retração do embolo da seringa para produção de vácuo e 
realiza-se um movimento único de vaivém, retirando rapidamente a agulha ainda com o 
vácuo da seringa 
 O movimento de vaivém a ponta cortante da agulha secciona o material, que é aspirado 
para o seu interior 
Na base da agulha existe um obturador interno que impede o fragmento de ir para o 
interior da seringa 
 Posteriormente, injeta-se uma pequena quantidade de solução 0,9% para expulsar o 
fragmento, que é colocado em um frasco com fixador adequado 
 
 
Agulha de Cope 
 Possui cânula externa e interna com ranhura na extremidade 
 A agulha é introduzida e depois tracionada até que esta ranhura se prenda na estrutura 
 Mantendo-se tração nesta cânula interna avança-se a externa por sobre ela cortando-se o 
fragmento que fica aprisionado no seu interior 
 Retira-se então a cânula interna e colhe-se o fragmento 
 Colocado em um frasco com fixador 
 
Biópsia hepática percutânea 
 Para estudo de doenças parenquimatosas difusas do fígado (cirrose, hepatite, reação a 
drogas), doenças focais (granulomas, infiltração tumoral), 
 Para diagnostico e avaliação da extensão e gravidade de uma doença 
 O fígado pode ser biopsiado por via percutânea (orientada pela percussão ou por 
métodos de imagem), transjugular ou laparoscópica 
 Biopsia de lesões focais sempre deve ser feita com auxílio de métodos de imagem (USG, 
TC, RM) 
 Indicada: 
 Hepatomegalias 
 Hepatoesplenomegalias 
 Colestase sem causa evidente 
 Função hepática alterada 
 Doenças sistêmicas ou infiltrativas (sarcoidose tuberculose militar, febre de origem 
indeterminada) 
 Suspeita de tumor 1º ou metastático do fígado 
 Contraindicações: 
 Pacientes não cooperativos 
 Alteração de coagulação sanguínea 
 Colangite séptica 
 Suspeita de lesão vascular 
 Ascite **  prefere-se biopsia por via transjugular ou assistida por laparoscopia 
 Obstrução biliar acentuada  risco de peritonite 
 Infecção do espaço pleural direito 
**Ascite em pequena quantidade é uma contraindicação relativa, a ascite importante é contra 
indicação absoluta  teoricamente o liquido ascítico acumulado ao redor do fígado impede um 
tamponamento do orifício da punção na capsula hepática pelo diafragma 
 Complicações 
 Dor local ou no ombro ipsilateral 
 Hemorragia  Hemotórax, Hemoperitônio, Hematoma intraparenquimatoso, 
Hemobilia 
 Hipotensão arterial 
 Fístula arteriovenosa intr.-hepática 
 Sepse 
 Coleperitônio 
 Pneumotórax 
 Lesão de órgãos adjacentes  pulmão, vesícula biliar, cólon 
 Óbito 
 Técnica com Agulha de Menghini 
1. Paciente em Decúbito dorsal com mão direita sob cabeça 
2. Marcar na pele o local da punção 
- local preferido: Linha axilar média direita entre o 7º e o 10º arcos costais 
- percutir a região com paciente em EXpiração profunda para identificar uma 
área de macicez correspondente ao fígado 
3. Realizar antissepsia ampla e colocação de campos cirúrgicos 
4. Botão anestésico com agulha 14x3, em seguida com agulha 25x7  avançar 
pela margem superior da costela aspirando e anestesiando os planos mais 
profundos até se atingir a cápsula de Gilsson 
5. Retirar agulha de anestesia 
6. Fazer pequena incisão na lâmina com bisturi 11 
7. Montar agulha de Menghini e conectar em uma seringa de 10 ou 20 ml 
8. Aspirar uma pequena quantidade (3 a 4 ml) de solução salina 0,9% 
9. Introduzir a agulha no espaço intercostal (borda superior da costela) até se 
atingir o peritônio parietal 
10. Limpar a agulha, injetando um pouco de soro fisiológico 
11. Solicitar ao paciente EXpiração profunda e parada da expiração 
12. Retrair o êmbolo da seringa para produção de vácuo 
13. Rapidamente introduzir a agulha no fígado 4 a 5 cm e retirá-la totalmente 
ainda mantendo vácuo na seringa – deve durar menos 1 s 
14. Empurrar o embolo para expelir o soro fisiológico que está no interior da 
seringa junto com o material coletado que está no interior da agulha – a saída 
do material é direcionado para uma gaze 
15. Fragmentado delicadamente manipulando e colocado em um frasco com 
formol a 10% 
16. Rotular o frasco e encaminhá-lo ao laboratório

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