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Biópsia Conceito É a retirada de células ou fragmentos de tecido do organismo vivo para o exame da natureza das alterações neles existentes Em grego bios (vida) e opsis (aparência, visão) Etapa fundamental para o diagnóstico e tratamento de diversas doenças Indicações É indicada quando há suspeita de doenças que produzem alterações morfológicas nos tecidos afetados Ex: hiperplasias, displasias e neoplasias – ondem existem alterações tissulares especificas Principal método diagnóstico em oncologia Indicada nos processos inflamatórias, degenerativos, imunológicos e nas doenças infecciosas e parasitárias 1. Diagnóstico de doenças que provocam alterações morfológicas características: Hiperplasias Displasias Neoplasias Granulomas específicos 2. Diagnostico diferencial por exclusão de doenças que mesmo não produzindo alterações morfológicas específicas, determinam padrões morfológicas características de determinado grupo 3. Estabelecimento do grau de diferenciação tumoral Bem diferenciado Moderadamente diferenciado Pouco diferenciado Indiferenciado 4. Avaliação da extensão de uma lesão neoplásica Invasão de outros tecidos ou não Metástase 5. Verificação da totalidade da ressecção de uma lesão para verificar e examinar as margens em lateralidade e em profundidade para avaliar se estão livre de células tumorais 6. Avaliação do resultado de um tratamento Ex: Pacientes em tratamento com quimioterapia ou radioterapia – avaliar presença de neoplasia tecidual 7. Identificação de estruturas normais difíceis para que cirurgião dê diagnóstico de certeza macroscopicamente Gânglios simpáticos no curso de simpatectomias Paratireoides no curso de paratireoidectomias Nervo vago no curso de vagotomias Ducto deferente no curso de vasectomias 8. Avaliação do funcionamento normal de certos tecidos ou órgãos: Endométrio Células do epitélio vaginal Testículo 9. Avaliação da etiologia, comportamento e reposta terapêutica de doenças de evolução progressiva Tireoidites Doenças autoimunes Hepatites Cirrose hepática Glomerulonefrites 10. Avaliação da presença e intensidade de rejeição em órgãos transplantados Princípios básicos Realizar uma avaliação clínica minuciosa do paciente Apesar de ser procedimento cirúrgico de pequeno porte, pode haver complicações, algumas vezes graves e até fatais Pesquisar alergia a produtos que serão utilizados soluções de anti-sepsia, anestésicos locais, látex, talco de luvas, esparadrapos Avaliar coagulação sanguínea Uma anamnese e exame físico cuidadosos são suficientes Anamnese: História de hemorragia espontânea ou após cirurgias previas Exame físico: Pesquisar equimoses ou hematomas Exames laboratoriais SE alteração do exame físico ANTES de biópsias percutâneas de órgãos internos (pulmões, fígado, baço, pâncreas, rins) e biopsias excisionais com grande deslocamento de tecidos Contagem de plaquetas Tempo de tromboplastina parcial (PTTa - mede a via intrínseca da coagulação Atividade de protrombina (Fator II da coagulação- via extrínseca- é uma proteína que é ativada durante o processo de coagulação e que tem como função promover a conversão do fibrinogênio em fibrina, formando o tampão plaquetário secundário ou definitivo. Após o contato do sangue com a tromboplastina cálcica, a via extrínseca é ativada, havendo ativação dos fatores VII e X da coagulação e, consequentemente do fator II, que é a protrombina, promovendo a conversão do Fibrinogênio em Fibrina, parando o sangramento. Esse processo normalmente acontece entre 10 e 14 segundos. Valores aumentados normalmente acontecem em caso de uso de anticoagulantes, deficiência de vitamina K, deficiência de fator VII e problemas no fígado. Em casos raros, o TP pode estar diminuído, como no caso do uso de suplemento de vitamina K ou de pílulas anticoncepcionais com estrogênio) Tempo de Tromboplastina Parcial Ativado (TTPA) avaliar a hemostasia, no entanto permite que seja verificada a presença ou ausência dos fatores da coagulação presentes na via intrínseca da cascata de coagulação. importante para acompanhar os pacientes que fazem uso de Heparina, que é um anticoagulante, ou que apresentam problemas na coagulação sanguínea, sendo útil para identificar alterações relacionadas aos fatores de coagulação. Tempo de Trombina (TT) tempo necessário para que o coágulo seja formado após a adição de trombina, que é o fator necessário da coagulação para que haja a ativação do fibrinogênio em fibrina, que garante a estabilidade do coágulo. RNI RNI (Relação Normatizada Internacional) é a relação do valor do tempo de protrombina (TP) do paciente e a média dos valores do TP de plasmas frescos normais, elevado ao ISI (International Sensitivity Index) Na maioria das vezes dos candidatos a biopsias hepáticas apresentam algum grau de insuficiência hepática com distúrbios da coagulação sanguínea Os pacientes hipertensos e diabéticos devem estar controlados Os diabéticos não controlados têm um risco maior de apresentar distúrbios de cicatrização e/ou infecções HIPERTENSOS usar anestésicos locais com vasoconstritores com extrema cautela ( se possível evitar) Analisar se há necessidades de realizar procedimentos cirúrgicos complementares no mesmo tempo cirúrgico e programar antecipadamente a operação Ex: Biopsia esxcisional de grandes lesões pode ser necessária a realização de enxerto ou rotação de retalho para cobrir a área cruenta Usar cuidados inerentes a uma pequena cirurgia Utilizar agulhas e/ou lâminas novas Realizar antissepsia vigorosa e ampla da região Campos cirúrgicos estéreis devem cobrir uma área ampla ao redor da lesão para que o cirurgião e os auxiliares tenham liberdade de movimentos A anestesia varia conforme o tipo de biópsia A anestesia em punções aspirativas é quase sempre desnecessária Infiltração local ou bloqueio de plexo são suficientes em: Punções biopsias Biopsias com punch Biopsias incisionais Biopsias excisionais (grande parte) Em biopsias excisionais de grande lesões pode ser necessário bloqueio troncular ou eventualmente sedação ou ate mesmo anestesia geral Retirar uma amostra significativa Punções aspirativas colher material de diversos pontos da lesão Punções biopsias retirar + de 1 fragmento Lesões pequenas realizar exérese total (Biopsia excisional) com margem de segurança de tecido sadio que varia de acordo com a suspeita clinica Lesões grandes submetidas a exérese parcial (Biopsia incisional) – a amostra deve abranger tecido doentes e sadio Linfonodos ou pequenos tumores do subcutâneo devem ser retirados por inteiro junto com a capsula Evitar áreas de esmagamento, queimadura, fibrose, cicatrizes ou com uma infecção secundária Nas doenças inflamatórias, incluir uma porção significativa da erupção Quando a erupção é caracterizada por lesões de um mesmo tipo, porem em vários estágios de desenvolvimento melhor selecionar uma bem desenvolvida Deve-se evitar lesões em fase inicial e lesões em fase tardia, já em regressão EXCEÇÃO: em vesículas, bolhas ou pústulas deve-se preferir por lesão recente e intacta – de preferencia entre 24 e 48 hrs de evolução, após esse período pode ocorrer reepitelização subepidérmica das bolhas levando a erro diagnóstico A composição do infiltrado inflamatório (neutrófilos, eosinófilos, etc) destas lesões também se altera com o tempo, confundindo o patologista Nas erupções com lesões diversas (vesículas, pápulas, crostas ) realizar biopsias em diferentes tipos de lesões Em doenças inflamatórias as áreas de escoriações devem ser evitadas Nas lesões difusas, biopsiar a área mais representativa No local não deve haver alterações regionais especificas que possam haver atrapalhar a intepretação Em erupções generalizadas, preferir tronco, braços e coxas Em dermatite por uso de drogas retirar preferencialmente as lesões do tronco Lesões das pernas estão sujeitas a erro de diagnostico devido à estase vascular e a cicatrização é mais lenta Evitar palma das mãos e planta dos pés pela dificuldade tanto aproximação dos tecidos de cicatrização Evitar joelhos e cotovelos sempre que possível por serem áreas de tensão Nas lesões pigmentares, suspeitas clinicamente de malignidade, realizar sempre que possível uma biopsia excisional Respeitar as margens de segurança quando a biospsia for ao mesmo tempo diagnostico e curativa Manipular adequadamente o material Punções aspirativas não espalhar o material com força na lâmina nem esmaga-la entre 2 lâminas Punções biópsias retirar delicadamente o material de dentro da agulha evitando fragmentá-la Não esmagar o tecido com pinças Biópsias incisionais e excisionais o material utilizado deve ser delicado- de preferência pinças dente de rato em vez de pinças anatômicas Dividir o material e acondicionar adequadamente quando forem necessário realizar vários exames (citológico, anatomopatológico, microbiológico, bioquímico, sorológico) Identificar os frascos com nome, registro do paciente, data e tipo de fixador utilizado Peças maiores devem ser abertas e presas com alfinete em papelão para evitar que se retraiam O material deve ser fixado rapidamente evitando-se exposição prolongada ao ar Leões de maior volume devem ser seccionadas ao meio, para permitir uma melhor fixação da peça Usar fixador adequado Formol a 10% fixador universal Quantidade usada deve ser 10 a 20x o volume do material retirado tempo necessário para fixação depende da espessura do material espécimes com 4 mm de espessura necessitam de 8 hrs espécimes com 6 mm ou mais necessitam de 24 hrs fixação ocorre de fora para dentro lesões maiores devem ser seccionadas ao meio para permitir que aconteça rapidamente NÃO utilizar formol quando se for pesquisar melanócitos pela coloração DOPA Álcool absoluto a 95% indicado para a realização de exame citológico, esfregaços de secreções, punções aspirativas e outros materiasi para citodiagnóstico a fixação é rápida a coloração pode proceder em 15 a 20 minutos Glutaraldeído a 3% utilizado para microscopia eletrônica NÃO se deve fixar o material quando for necessário utilizar colorações para enzimas ou imuno histoquímicas transportar em Nitrogênio líquido ou em solução de transporte de Michel Exame de congelação o material da biopsia deve ser transportado imediatamente em solução salina 0,9% sem ser fixado Proporcionar o maior número possível de informações ao anatomopatologista Enviar a peça ao laboratório de anatomia patológica com informações clinicas e cirúrgicas detalhadas Informar o tempo de evolução da doença, achados clínicos, aspecto macroscópico da lesão e as hipóteses diagnosticas Manter contato estreito com anatomopatologista em casos duvidosos ou quando diagnostico anatomapatológico Tipos de biópsia Incisional Retira-se apenas uma PARTE da lesão ou de um órgão Ex: Punções com agulhas finas e especiais, biopsia com pinça saca – bocado, biopsias com punch de diâmetro pequeno Indicada p / Biopsia de: Músculos Ossos Tecido subcutâneo Processos inflamatórios ou infecciosos disseminados de pele ou de outros órgãos Retirar fragmento com tecido doente junto com tecido sadio No caso de tumores de partes moles e ossos, deve-se ter cuidado de realizar uma boa hemostasia, pois as células tumorais são capazes de passar por entre os planos tissulares da mesma maneira que as células sanguíneas extravasadas Complicações como qualquer procedimento cirúrgico: infecção da ferida, hemorragia per ou pos operatória, distúrbios de cicatrização, possibilidade de disseminação local de células tumorais Excisional Retira-se TOTALMENTE a lesão a ser estudada Além de diagnostica pode ser também terapêutica Todas as lesões supostamente malignas devem ser submetidas a excisão cirúrgica completa (biopsia excisional) com margem de segurança entre 2,5 e 5 mm - pequenas cirurgias – ambulatoriais anamnese Técnica cirúrgica – biopsia de pele Antissepsia rigorosa e ampla da região Colocação de campos cirúrgicos que ofereçam liberdade de movimentos para o cirurgião e o auxiliar Utilização de material delicado Programas as linhas de incisão da pele – antes da injeção anestésica Paralelas as linhas de força Incisão em elipse ou cunha é desenhada ao redor da lesão com seu maior eixo paralelo as dobras ou as linhas de força da pele Injetar o anestésico deve elevar o local a ser biopsiado não utilizar com vasoconstrictor em extremidades (dedos, pênis, ponta do nariz/orelha) Bisturis com lamina 11 ou 15 Elevar uma das extremidades da elipse com a ajuda de uma pinça dente de rato delicada ou de um pequeno gancho para não esmagar a pele Mantendo esta extremidade elevada, liberar a base da lesão com tesoura ou com bisturi em direção à outra extremidade. O ponto de clivagem para as lesões cutâneas é o subcutâneo, que pode ser parcialmente retirado A hemostasia por compressão local, uso de eletrocautério ou ligadura com fios Suturar com Pontos simples Donatti Intradérmico Realizar curativo oclusivo com gaze seca Colocar peça em frasco com fixador adequado e devidamente identificado Biópsia por punch Comum entre os dermatologistas Geralmente empregada na pele e mucosa oral Instrumento lamina circular cortante (punch) Pode variar em diâmetros Retirar sempre lesão junto com área de tecido sadio Pode ser INCISIONAL ou EXCISIONAL Desvantagens: Pequeno tamanho do material retirado – dificuldade analise histopatológica Contraindicação Áreas sobre artérias – sobrancelhas (A. temporal) Área nasolabial (A. ANGULAR) Inadequada para diagnostico de : doenças do tecido adiposo – ex: paniculite melanoma lesões muito espessas – pele hipertrófica, liquen plano ou hipertorfico, blastomicose calosidades nas plantas dos pés – não é profunda o suficiente Complicação Sangramento Biópsia em Barbear - Shaving Remove porção elevada, acima do plano do tecido adjacente (lesões de natureza exofítica) É realizada entre a camda papilar profunda da derme e camada médio – reticular Após a injeção de anestésico, secção da lesão através de movimentos de vaivém com lamina de bisturi paralela a superfície da pele Indicada para lesões exofiticas como: Ceratose seborreica Ceratose solar Verrugas vulgates Nevos melanócitos Contra indicada Doenças inflamatórias da pele Neoplasias infiltrativas na pele Biópsias por punção As agulhas podem ser Manuais (Menghini, Vim Silverman, Cope, Abrams) ou Automáticas (Tru-Cut, Biopty Gun) Agulhas finas Retira-se material para exame citológico Indicadas para: análise de líquidos de lesões císticas ou de cavidade corporais (tórax, abdome, articulações) estudo de lesões superficiais (mama, tireoide, massas cervicais) lesões em órgãos intracavitários (pulmão, baço, pâncreas) – em menor frequência Agulhas calibrosas (agulhas especiais) Retira-se material para exame histológico Indicadas para: Retirar material para estudo de órgãos intracavitários (fígado, rins,próstata, pâncreas, pulmões) Pode também em órgãos superficiais (mama, tireoide) Métodos para localização das lesões Punções com ambos tipos de agulhas podem ser guiadas por palpação, ultrassom, estereotaxia, TC ou RM O método utilizado varia de acordo com o órgão-alvo e com tamanho da lesão Palpação: é utilizada para guiar punções de lesões localizadas nos tecidos subcutâneo e muscular e em órgão superficiais (mama, tireoide, linfonodos) ou acessíveis ao toque ( próstata) Desvantagem depender do tato em detrimento da visão (o profissional “sente” que a agulha está no interior da lesão)- pode-se biopsiar erroneamente áreas de fibrose pode não ser possível diferenciar áreas de necrose, hemorragia ou reação desmoplástica durante o procedimento Técnica: a lesão é imobilizada entre o dedos da mão não dominante, enquanto a mão dominante realiza a biopsia da área central Biopsias dos quadrantes laterais são mais difíceis de serem executadas utilizando- se a palpação Ultrassom: é útil na localização de praticamente qualquer lesão – superficial ou profunda pode ser utilizado nas punções de fígado, próstata, mama, tireoide, etc quando ela é feita pela mesma pessoa que maneja ou segura o transdutor, e o transdutor e agulha são movimentadas em sincronia Técnica da mão livre Biópsia estereotáxica Utilizam-se imagens Radiológicas obtidas em planos diferentes e calculam-se o ângulo e o trajeto da agulha necessários para se atingir o centro da lesão Utilizada para biopsia de lesões que não soa bem identificadas ao US Ex: lesões profundas de mamas grandes e com muita substituição por tec gorduroso Pode-se obter imagens da agulha no interior da lesão (antes e após o procedimento) As principais limitações ao seu uso incluem a necessidade do paciente permanecer imóvel durante todo o procedimento e período de grande tempo necessário para a sua realização TC e RM A lesão é localizada e encontra-se o melhor local para a punção Calculam-se o ângulo e a distância a ser percorrida pela agulha para se atingir o centro da lesão Tipos de punções Punção aspirativa com agulha fina é um método diagnóstico amplamente utilizado ela se baseia no estudo de células ou de pequenos grupos de células que são retiradas das lesões por aspiração com agulha de pequeno calibre Vantagem: baixo custo pode ser feita em nível ambulatorial sem necessidade de material sofisticado pode ser feita sem anestesia apresenta baixa incidência de complicações Complicação: a + frequente é um pequeno hematoma no local da punção sem maiores consequências pneumotórax (biopsia pulmonar) sangramento lesão de vísceras ocas (biopsia de órgãos intrabdominais) Sensibilidade, especificidade e acurácia diagnóstico deste método são extremamente dependentes tanto do profissional que colhe o material quanto do o que interpreta Principal limitação - apenas diagnóstico citológico e não histológico Resultado: processo benigno, maligno ou infeccioso Só excepcionalmente consegue diagnóstico exato do tipo celular e do grau de diferenciação de um tumor Principal indicação: diferenciação entre tumores benignos e malignos 90 a 95% de índice de acerto Maior acurácia diagnóstica nos tumores epiteliais Pouca utilidade diagnóstica para Linfomas e Doenças Linfoproliferativas Útil na avaliação de massas cervicais Consegue preservar os planos tissulares evitar biopsias incisionais e excisionais nessa região Diferenciação citológica entre neoplasia folicular benigna e maligna da tireoide é na grande maioria impossivel de ser feita Áreas: Linfonodos Pulmões Glândulas salivares Tumores de partes moles Lesões de órgãos do Trato respiratório (brônquios e pulmões) e TGI (esôfago, estomago, pâncreas, cólons, reto) Técnica cirúrgica: agulhas de 20 e 25 áreas altamente vascularizadas (linfonodos, nódulos tireoidianos) devem ser aspirados com agulhas de calibre 25 ou + fino Biopsia com agulha fina por capilaridade – não se realiza aspiração, o material penetra na agulha por diferença de tensão capilar 1. Localizar lesão 2. Prepara pele com solução antisséptica, geralmente álcool 70%( se usar soluções com polivinil pirrolidona- 1000 deve ser retirado para não impregnar o material aspirado e interferir na coloração) 3. Aspirar pequena quantidade de ar (entre 1 a 2 ml) que é mantida no interior da seringa 4. Introduzir a agulha conectada na seringa até o centro da lesão 5. Retrair o embolo da seringa para produção de vácuo e realizar movimentos de vaivém através do interior da lesão De preferencia a agulha deve ir e vir pelo mesmo trajeto porque deste modo os fragmentados celulares são mais facilmente retirados das paredes laterais do túnel formado para passagem da agulha 6. Com a agulha ainda posicionada na lesão, liberar o êmbolo da seringa para que o vácuo seja desfeito deste modo mantem-se o material aspirado dentro da agulha. Se a agulha for retirada da lesão com o êmbolo da seringa ainda retraído, ocorrem aspiração de ar e dispersão do material para o interior da seringa 7. Retirar agulha da lesão 8. Empurrar o êmbolo para expulsar o ar previamente armazenado no interior da seringa e com isso expelir o material coletado que se encontra no interior da agulha. A saída deste material é direcionada para uma lâmina 9. Realizar um esfregaço com auxilio de outra lâmina, espalhando delicadamente o material 10. Colocar rapidamente a lâmina em um frasco com álcool absoluto a 95% para fixação 11. Rotular devidamente o frasco e encaminhá-lo ao lab de anatomia patológica Punção biópsia com agulhas especiais Fornece material para estudo histológico O material é retirado através da utilização de agulhas mais calibrosas do que as descritas anteriormente Calibre 14 a 20 Baixo custo Pode ser realizada a nível ambulatorial Necessário realizar botão anestésico por gerar um desconforto já que o calibre da agulha é maior Complicações raras sangramento (hematomas pequenos até sangramentos importantes) pneumotorax na biopsia pulmonar Agulhas manuais é necessário a realização de movimentos coordenados para retirar o fragmento de tecido após a agulha ter atingido o alvo Ex: Agulhas de Cope, agulhas de Abrams (ideias para biopsia pleural) Agulhas automáticas armadas antes da punção e disparadas as se atingir o alvo podem ser disparadas somente com uma mão útil para quando se utiliza o USG palpação para localização da lesão biopsia de fígado, próstata, pâncreas, rins Os pacientes submetidos a punções biopsias percutâneas de orgaos intracavitários devem permanecer algumas horas em repouso, em decubito, devem ser avaliados quanto à presença de sangramento ativo antes de serem liberados Ascite importante é contra indicação para pinções biopsias de orgaos intrabdominais (particulamente as hepáticas) risco aumentado de sangramento opta-se por Biopsias assistida por laporscopia A biospias hepaticas tambem podem ser feitas por via transjugular Técnica: 1. Antissepsia da região com solução de PVP-1 Agulha de Vim Silverman Possui 2 cânulas – 1 Biselada que é introduzida na lesão ou no órgão a ser biopsiado e 1 externa que avança por sobre a interna após ter atingido o alvo Agulha de Menghini Utilizada de maneira semelhante à punção aspirativa por agulha fina É conectada a uma seringa Após atingir o alvo, procede-se à retração do embolo da seringa para produção de vácuo e realiza-se um movimento único de vaivém, retirando rapidamente a agulha ainda com o vácuo da seringa O movimento de vaivém a ponta cortante da agulha secciona o material, que é aspirado para o seu interior Na base da agulha existe um obturador interno que impede o fragmento de ir para o interior da seringa Posteriormente, injeta-se uma pequena quantidade de solução 0,9% para expulsar o fragmento, que é colocado em um frasco com fixador adequado Agulha de Cope Possui cânula externa e interna com ranhura na extremidade A agulha é introduzida e depois tracionada até que esta ranhura se prenda na estrutura Mantendo-se tração nesta cânula interna avança-se a externa por sobre ela cortando-se o fragmento que fica aprisionado no seu interior Retira-se então a cânula interna e colhe-se o fragmento Colocado em um frasco com fixador Biópsia hepática percutânea Para estudo de doenças parenquimatosas difusas do fígado (cirrose, hepatite, reação a drogas), doenças focais (granulomas, infiltração tumoral), Para diagnostico e avaliação da extensão e gravidade de uma doença O fígado pode ser biopsiado por via percutânea (orientada pela percussão ou por métodos de imagem), transjugular ou laparoscópica Biopsia de lesões focais sempre deve ser feita com auxílio de métodos de imagem (USG, TC, RM) Indicada: Hepatomegalias Hepatoesplenomegalias Colestase sem causa evidente Função hepática alterada Doenças sistêmicas ou infiltrativas (sarcoidose tuberculose militar, febre de origem indeterminada) Suspeita de tumor 1º ou metastático do fígado Contraindicações: Pacientes não cooperativos Alteração de coagulação sanguínea Colangite séptica Suspeita de lesão vascular Ascite ** prefere-se biopsia por via transjugular ou assistida por laparoscopia Obstrução biliar acentuada risco de peritonite Infecção do espaço pleural direito **Ascite em pequena quantidade é uma contraindicação relativa, a ascite importante é contra indicação absoluta teoricamente o liquido ascítico acumulado ao redor do fígado impede um tamponamento do orifício da punção na capsula hepática pelo diafragma Complicações Dor local ou no ombro ipsilateral Hemorragia Hemotórax, Hemoperitônio, Hematoma intraparenquimatoso, Hemobilia Hipotensão arterial Fístula arteriovenosa intr.-hepática Sepse Coleperitônio Pneumotórax Lesão de órgãos adjacentes pulmão, vesícula biliar, cólon Óbito Técnica com Agulha de Menghini 1. Paciente em Decúbito dorsal com mão direita sob cabeça 2. Marcar na pele o local da punção - local preferido: Linha axilar média direita entre o 7º e o 10º arcos costais - percutir a região com paciente em EXpiração profunda para identificar uma área de macicez correspondente ao fígado 3. Realizar antissepsia ampla e colocação de campos cirúrgicos 4. Botão anestésico com agulha 14x3, em seguida com agulha 25x7 avançar pela margem superior da costela aspirando e anestesiando os planos mais profundos até se atingir a cápsula de Gilsson 5. Retirar agulha de anestesia 6. Fazer pequena incisão na lâmina com bisturi 11 7. Montar agulha de Menghini e conectar em uma seringa de 10 ou 20 ml 8. Aspirar uma pequena quantidade (3 a 4 ml) de solução salina 0,9% 9. Introduzir a agulha no espaço intercostal (borda superior da costela) até se atingir o peritônio parietal 10. Limpar a agulha, injetando um pouco de soro fisiológico 11. Solicitar ao paciente EXpiração profunda e parada da expiração 12. Retrair o êmbolo da seringa para produção de vácuo 13. Rapidamente introduzir a agulha no fígado 4 a 5 cm e retirá-la totalmente ainda mantendo vácuo na seringa – deve durar menos 1 s 14. Empurrar o embolo para expelir o soro fisiológico que está no interior da seringa junto com o material coletado que está no interior da agulha – a saída do material é direcionado para uma gaze 15. Fragmentado delicadamente manipulando e colocado em um frasco com formol a 10% 16. Rotular o frasco e encaminhá-lo ao laboratório
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