Grátis
142 pág.

Denunciar
5 de 5 estrelas









2 avaliações
Enviado por
Cassia Ramos
5 de 5 estrelas









2 avaliações
Enviado por
Cassia Ramos
Pré-visualização | Página 22 de 32
os aderentes tomar uma parte efectiva nas decisões que serão tomadas na reunião. Para fazer isso, é útil seguir as seguintes recomendações: ✔ a apresentação deve ser concisa, a fim de deixar o máximo de tempo possível às discussões, sem cansar os participantes; ✔ as informações devem ser bem escolhidas e facilmente assimilá- veis: é preciso evitar “aborrecer” os aderentes, sob uma massa de números e de dados; ✔ as informações devem ser apresentadas de forma atraente: é preciso evitar, por exemplo, recitar uma lista de números ou reali- zar longas exposições. Os dados podem ser visualizados por meio de ilustrações simples (desenhos, esquemas, etc.), previa- mente preparados; ✔ os dados apresentados devem ser explicados: donde provém o resultado do exercício, a que correspondem os resultados de quotização, etc.; ✔ os dados devem ser reportados às previsões que tinham sido feitas para o ano considerado. Eles devem, igualmente, ser comparados com os dados dos anos anteriores, a fim de poder ser estudada a sua evolução. Quando isso é possível, é importante confrontá-los com os dados de outras experiências mutualistas similares; ✔ a apresentação deve propor a análise e o diagnóstico do CA e da CE (ou outros órgãos) e desembocar nas propostas, sobre as quais os aderentes deverão debater; ✔ o relatório de actividades não deve ficar confidencial. Deve ser distribuído aos aderentes que o peçam, até mesmo aos parcei- ros exteriores; O relatório anual das actividades Parte VII • O controlo, o acompanhamento e a avaliação 223 ✔ o relatório deve, finalmente, ser cuidadosamente arquivado, pois constitui um testemunho histórico da mutualidade. Não existe forma obrigatória nem permanente de relatório. Deve ser concebido em função das informações a apresentar, das constata- ções, dos problemas, etc. Exemplo O CA de uma mutualidade de saúde apresenta todos os anos à AG o seu relatório de actividades. Para isso, é utilizado o seguinte plano, que reagrupa a apresentação das actividades e do balanço global do ano findo e o plano de acção proposto para o ano a iniciar. Introdução � Período a que o relatório respeita. � Apresentação dos redactores (membros do CA e/ou da CE). I. Relatório de actividades do ano findo 1. As reuniões dos diferentes órgãos 2. As adesões – Novos aderentes, saídas, número total de aderentes, de pessoas a cargo e de beneficiários, comentários sobre a evolução (aumento ou diminuição). – Pontos fortes e problemas encontrados. 3. As prestações – Número de comparticipações por serviço de saúde coberto, montantes, evolução. – Pontos fortes e problemas encontrados. 4. Os outros serviços da mutualidade 5. Os estados financeiros – Memória da situação financeira do ano anterior. – Conta de resultados e balanço do ano. – Comentários sobre as evoluções. – Pontos fortes e problemas encontrados. II. Programa de actividades para o ano a iniciar 1. Síntese dos pontos fortes e dos pontos fracos do ano findo 2. Soluções propostas para as dificuldades encontradas 3. Implementação de novos serviços 4. Proposta de orçamento para o ano a iniciar III. Conclusão ANEXOS “Painel de bordo” do ano findo Situações financeiras do ano findo Orçamento provisional detalhado para o ano a iniciar. 224 Guia de gestão das mutualidades de saúde em África BIT/STEP O controlo interno realizado pela CS e pela AG é, geralmente, completado por um controlo externo definido na lei. Este último, geralmente, respeita à contabilidade e, muitas vezes, à situação financeira da mutualidade. Visa principalmente proteger terceiros. Permite, igualmente, à mutualidade aumentar a sua credibilidade para com aqueles. A síntese das informações de acompanhamento: o “painel de bordo” O acompanhamento pode definir-se como uma actividade contínua que consiste em: � vigiar o bom desenrolar do programa de actividades previsto; � fornecer em tempo útil os elementos de informação necessários a uma gestão e a uma tomada de decisões eficazes. Designa-se por “sistema de acompanhamento”, o conjunto de procedimentos, documentos, circuitos de informação e responsabilidades que permitem a colecta e o tratamento dos dados obtidos no quadro de acompanhamento19. Uma parte do sistema de acompanhamento foi apresentada nas anteriores partes. Tratava- se das diferentes ferramentas de colecta dos dados “a acompanhar”: � o quadro de acompanhamento das adesões; � o quadro de acompanhamento das quotizações; � o quadro de acompanhamento das prestações; � o quadro de comparação previsões- realizações do orçamento; � o plano de tesouraria. Estas ferramentas trazem numerosas informações, repartidas entre diferentes domínios da mutualidade. É importante reunir estas informações e analisá-las. Isso é o objectivo de uma ferramenta particularmente importante, o “painel de bordo”. 2.1 O “painel de bordo” O “painel de bordo” de uma mutualidade de saúde desempenha o mesmo papel que o de uma viatura, que permite ao condutor controlar a sua velocidade, acompanhar o seu con- sumo de combustível e identificar eventuais disfuncionamentos, graças a diferentes mostra- dores e aferidores. Graças a esses utensílios, o condutor sabe quando deve abastecer de combustível, acrescentar óleo, reduzir a velocidade, etc. A ele compete conhecer o código da estrada e fazer prova de um comportamento razoável. Do mesmo modo, o “painel de bordo” da mutualidade é um instrumento de pilotagem, que permite aos responsáveis e gestores acompanhar e gerir a sua organização, reforçar os seus pontos fortes, avaliar e corrigir os seus pontos fracos, controlar os comportamentos dos beneficiários, identificar as eventuais derrapagens e intervir em tempo oportuno. Parte VII • O controlo, o acompanhamento e a avaliação 225 19 BIT/STEP, CIDR.2001:Guia de acompanhamento e de avaliação dos sistemas de microseguros de saúde (Genève), tomos 1 e 2. A regular actualização do “painel de bordo” pode ser requerida para a dispensa de servi- ços pelas estruturas (União, fundos de garantia, centros de serviços, etc.), às quais a mutua- lidade adere ou com as quais está em relação convencionada. Neste caso figurativo, o “painel de bordo” pode ser estabelecido quer: � pela mutualidade, ela própria, que o envia, depois, para a estrutura respeitante, ou � pela estrutura que pede à mutualidade para preencher todos os meses as fichas de acompanhamento com todas as informações necessárias ao cálculo dos indicadores. O “painel de bordo” fornece uma síntese dos principais aspectos representativos e quantifi- cáveis do funcionamento da mutualidade, das suas actividades e da sua gestão. Oferece a possibilidade de acompanhar, mês após mês, a evolução de indicadores e de os comparar com valores de referência e/ou os seus valores transcritos. Estes valores de referência ou normas são os que cada indicador deveria atingir. Por exemplo, a dimensão média de uma família do público-alvo é utilizada como indicador no quadro do acompanhamento da dimensão média das famílias mutualistas. Quando este último se desvia sensivelmente da norma, os gestores devem interrogar-se, rapidamente, sobre as razões desse desvio. As taxas de utilização e os custos médios dos serviços de saúde utilizados no cálculo das quotizações são, igualmente, utilizados como normas para o acompanhamento das presta- ções na doença. O “painel de bordo” permite, assim, acompanhar os desvios entre as previsões e as realizações. � Apresentação A eficácia do “painel de bordo” depende da sua apresentação, que deve permitir visuali- zar claramente os diferentes indicadores e a sua evolução. Os utilizadores deste “painel de bordo” devem recorrer aos quadros de acompanhamento, para mais informações sobre cada indicador. � Algumas regras para a concepção e a utilização de um “painel de bordo” ✔ o “painel de bordo” é uma ferramenta estratégica de acompanhamento e de tomada de decisões. Não deve fornecer dados, nem insuficiente nem excessiva- mente, por forma a permitir ao utilizador ter uma visão global da mutualidade;