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ser mal aceite pelos aderentes. Terceiro exercício Estes três cenários são apresentados à AG, organizada no início do terceiro ano. Os responsáveis da mutualidade colocam uma particular acentuação, aquando da apresentação do seu relatório anual, sobre as dificuldades encontradas, as suas conclusões e a necessidade de reflectir sobre o problema das adesões e da cobrança das quotizações. O terceiro cenário é escolhido pela AG. É decidido prosseguir o sistema de quotização mensal, mas limitar o nível de atraso de pagamento aceitável ao equivalente a dois meses de quotização. A fim de estar em condições de pagar rapidamente as facturas de Dezembro do hospital e do dispensário, a Assembleia solicita à CE que empreenda uma acção de cobrança das quotizações por pagar do ano 2. Qualquer aderente que não tenha, pelo menos, pago a metade do seu atraso ver-se-á excluído da mutualidade. A ficha de síntese de acompanhamento-avaliação do ano 3 deixa pensar que o cenário adoptado para este terceiro exercício corresponde a um binómio prestações/quotizações equilibrado (o mon- tante das quotizações parece, contudo, um pouco elevado). Parte VII • O controlo, o acompanhamento e a avaliação 253 Ficha de síntese Terceiro exercício Rácios financeiros: Liquidez imediata 300% Quotizações/Encargos totais 123% Capitais próprios 627% Sinistralidade 76% Cobertura dos encargos 49% Despesas de funcionamento brutas 7% (5,8 mês) 254 Guia de gestão das mutualidades de saúde em África BIT/STEP Todos os racios indicam uma situação financeira satisfatória. O objectivo de 3000 beneficiários, o que representa 50% dos habitantes da aldeia, está, finalmente, atingido. A dimensão média das famí- lias mutualistas aumenta, mas fica inferior à média de seis pessoas por lar. Este aumento traduz uma atenuação da tendência para operar uma selecção entre os membros das famílias. A taxa de fideliza- ção é elevada e a taxa de cobrança das quotizações melhorou. As taxas de utilização dos diferentes serviços de saúde cobertos parecem estar estabilizadas depois do ano 2, compreendendo, aí, as consultas. Para estas últimas, parece, doravante, necessário modifi- car as previsões, tabelando uma taxa de utilização de 125% e não mais de 110%. A mutualidade de saúde parece ter atingido o seu patamar de equilíbrio. As próximas recomendações da CE e do CA poderiam ser : � conservar as mesmas prestações e montante de quotizações no ano 4. Esta opção permitiria cons- tituir reservas financeiras consequentes na previsão da adopção de objectivos mais ambiciosos para os anos seguintes (melhor comparticipação dos serviços por exemplo); � diminuir, muito ligeiramente, as quotizações ou alargar um pouco as prestações. Qualquer que seja o cenário adoptado no ano 4, a mutualidade deverá prosseguir as suas acções de sensibilização, de animação e de informação da população da aldeia e tentar aumentar o número dos seus beneficiários. Bibliografia ATIM, Chris. 2000: Contribution des mutuelles de santé au financement, à la fourniture et à l’accès aux soins de santé: Synthèse des travaux de recherche menés dans neuf pays d’Afrique de l’Ouest et du Centre (Washington, BIT/STEP, BIT/ACOPAM, PHR/USAID, ANMC, WSM). BIT. 2002: Sécurité sociale: un nouveau consensus (Genève). BIT/ACOPAM, ANMC, WSM. 1997: Mutuelles de santé en Afrique, Guide pratique à l’u- sage des promoteurs, administrateurs et gérants. BIT/STEP, ANMC, WSM. 2000: Mutuelles de santé en Afrique: Caractéristiques et mise en place, Manuel de formateurs (Genève). BIT/STEP, BIT/ACOPAM, PHR/USAID, GTZ, ANMC, WSM. 1998: Plate-forme d’Abid- jan: Stratégies d’appui aux mutuelles de santé en Afrique (Genève). BIT/STEP, BIT/SEED. 2001: Mutuelles de santé et associations de micro-entrepreneurs. Guide (Genève). BIT/STEP, CIDR. 2000: Guide de suivi et d’évaluation des systèmes de micro-assurance santé (Genève), tomes 1 et 2. COUILBAULT, F., ELIASHBERG, C., LATRASSE, M. 1999: Les grands principes de l’assu- rance (L’Argus Editions), 2e édition. DESOUCHES, M. J., HUON de PENANSTER, S. 2000: Comptabilité et gestion des asso- ciations (Paris, Encyclopédie DELMAS), 8e édition. FNMF (Fédération nationale des Mutuelles françaises). 1997: La constitution des mutuelles, Guide de l’administrateur (Paris). INSTITUT NORD-SUD. 1979: La gestion des petites et moyennes organisations africaines, Manuel du formateur et du conseiller en gestion, Gestion Nord-Sud (Montréal). KADDAR, Miloud et coll. 1997: «Prépaiement des soins de santé», L’enfant en milieu tropi- cal (Paris, CIDEF), n.° 228. LASSEGUE, Pierre. 1996: Gestion de l’entreprise et comptabilité (Paris, Editions Dalloz), 11e édition. LOUIS, R. 1976: «Organisation et fonctionnement administratif des coopératives», Manuel de formation coopérative, fascicule 2 (Genève, BIT). Projet DMC/PNUD/FED. 1995: Guide pratique du commissariat aux comptes des unions de GVC, module n.° 1 Le travail de contrôle régulier, Ministère de l’agriculture et des ressources animales, République de Côte d’Ivoire. —, module n.° 2 Le travail d’analyse périodique, Ministère de l’agriculture et des ressources animales, République de Côte d’Ivoire. —, module n.° 3 Le travail de vérification annuelle, Ministère de l’agriculture et des ressour- ces animales, République de Côte d’Ivoire. —: Manuel de gestion des unions de GVC, La gestion budgétaire, manuel n.° 1 Elabora- tion du budget, Ministère de l’agriculture et des ressources animales, République de Côte d’Ivoire. —, manuel n.° 2 Contrôle budgétaire, Ministère de l’agriculture et des ressources animales, République de Côte d’Ivoire. Bibliografia 257 —, manuel n.° 3 Le plan de trésorerie, Ministère de l’agriculture et des ressources animales, République de Côte d’Ivoire. —, Régions forestières, L’organisation du travail comptable du GVC de base, Module de formation n.° 4 Schémas comptables et opérations détaillées, Ministère de l’agricul- ture et des ressources animales, République de Côte d’Ivoire. SIMONET, Guy. 1998: La comptabilité des entreprises d’assurance, Les fondamentaux de l’assurance, Comptabilité-gestion (L’Argus Editions), 5e éditio 258 Guia de gestão das mutualidades de saúde em África BIT/STEP Glossário Assembleia geral A Assembleia Geral reagrupa o conjunto dos aderentes ou dos accionistas. Nas organiza- ções da economia social (mutualidades, cooperativas, associações), a Assembleia Geral é o mais importante órgão de decisão. Determina os objectivos e a política geral da organi- zação. Associação Agrupamento de pessoas que se reúnem livremente, com vista a atingir um objectivo deter- minado ou defender direitos comuns. Exemplo: associação de produtores, de consumido- res, de defesa dos direitos do homem, desportiva, cultural, etc. Ao contrário das socieda- des comerciais, as associações conduzem as suas actividades com fins não lucrativos. Beneficiário (de uma mutualidade) Qualquer pessoa que, a título de aderente ou de pessoa a cargo, beneficia dos serviços da mutualidade. Carteira de riscos Conjunto dos contratos escritos ou não escritos em processo de legitimidade. Cada con- trato cobre uma ou várias pessoas, relativamente a um determinado número de riscos cor- respondentes às prestações. Controlo social Designa o controlo interno, induzido pela existência de relações sociais entre os aderentes (conhecidos, fazem parte do mesmo grupo étnico, etc.). O controlo social não constitui um mecanismo formal de controlo. Convénio (entre uma mutualidade e um prestador de cuidados de saúde) Acordo estabelecido entre o prestador de cuidados e a mutualidade, que inclui a definição dos serviços abrangidos, das tarifas a aplicar, do montante e da modalidade de reem- bolso. Os convénios devem garantir ao aderente a possibilidade de dispor de cuidados de qualidade, com uma tarifa razoável e previamente conhecida. Cooperativa Associação de pessoas que voluntariamente se agruparam para atingir um objectivo comum, através da constituição de uma empresa dirigida democraticamente, fornecendo