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FISIOLOGIA II 03 - Fisiologia cardiovascular - MED RESUMOS
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Arlindo Ugulino Netto – FISIOLOGIA – MEDICINA P2 – 2008.1 1 MED RESUMOS 2010 NETTO, Arlindo Ugulino. FISIOLOGIA II FISIOLOGIA CARDIOVASCULAR (Professora Mônica Rodrigues e Professor Jorge Garcia) A cardiologia a especialidade mdica que se ocupa do diagnstico e tratamento das doenas que acometem o corao, bem como os outros componentes do sistema circulatrio. O corao constitui, na realidade, duas bombas distintas: o corao direito (que envia sangue pobre em O2 para os pulmes) e o corao esquerdo (que bombeia sangue rico em O2 para os rgos perifricos). Por outro lado, cada um desses coraes uma bomba puls til com duas cmaras, composta por trio e ventrculo. O trio funciona, principalmente, como bomba de escorva para os ventrculos. O ventrculo, por sua vez, fornece a fora principal que impulsiona o sangue para a circulao pulmonar (pelo ventrculo direito) ou para circulao pulmonar (pelo ventrculo direito). Mecanismos especiais no corao produzem a ritmicidade cardaca e transmitem potenciais de ao por todo o msculo cardaco para gerar o batimento rtmico do corao. FISIOLOGIA DO MSCULO CARDACO O corao formado por trs tipos principais de msculos: músculo atrial, músculo ventricular e fibras musculares especializadas excitatrias e condutoras. O msculo do tipo atrial e ventricular contrai-se de forma muito semelhante do musculo esqueltico, exceto pela durao da contrao, que bem maior. Por outro lado, as fibras excitatrias e condutoras contraem-se muito fracamente, porque tm poucas fibrilas contr teis; porm, exibem ritmicidade e velocidade de conduo vari vel, formando um sistema excitatrio que controla a propagao da contrao cardaca, formando um sistema excitatrio (sistema de conduo) que controla a ritmicidade da contrao cardaca. A fibra muscular cardaca corresponde clula do msculo cardaco, que esta dividido nas seguintes camadas (de fora para dentro): epimísio, perimísio e endomísio. Ela uma fibra estriada devido organizao dos miofilamentos (actina e miosina), sendo separadas uma das outras por discos intercalados (GAP Juncion), que se originam de invaginaes da membrana da fibra. A miosina um prottipo de uma molcula motora – uma protena que converte energia qumica em forma de ATP em energia motora, gerando assim fora e movimento. As clulas musculares possuem uma estrutura interna mais organizada que qualquer outra clula do organismo. Contm centenas de padres finos e cilndricos denominados miofibrilas. Cada miofibrila constituda de arranjos lineares repetidos de unidades contr teis, denominados sarcômeros. Arlindo Ugulino Netto – FISIOLOGIA – MEDICINA P2 – 2008.1 2 Cada sarcmero exibe um bandeamento caracterstico, dando fibra a sua aparncia estriada. Este bandeamento resultado de uma parcial sobreposio de dois distintos tipos de filamentos: os filamentos fino e grosso. Cada sarcmero se estende de uma linha Z a outra, e contm v rias bandas escuras e zonas claras. Um sarcmero contm um par de bandas I levemente coradas localizadas nas extremidades externas, uma banda A mais intensamente corada, localizada entre as bandas I, e uma zona H, levemente corada, localizada no centro da banda A. Uma linha M densamente corada est no centro da zona H. As bandas I contm somente filamentos finos, a zona H somente filamentos grossos, e a parte da zona A em ambos os lados da zona H representa a regio de sobreposio e contm ambos os tipos de filamento. A contrao cardaca caracterizada pelo encurtamento generalizado dos sarcmeros de actina e miosina que compem as fibras cardacas, sendo necess rios trs fatores: excitao, ATP e ons c lcio. As fibras musculares organizam-se como trelias, em que as fibras se dividem e se recombinam. A membrana celular une-se uma as outras, formando junções abertas, que permitem a passagem de ons de uma clula para a outra com facilidade. O msculo cardaco formado por muitas clulas individuais conectadas em srie, formando um sincício atrial e ventricular. O potencial de ao se propaga de uma clula para outra com facilidade, atravs dos discos intercalados. SINCÍCIO MUSCULAR Diferentemente de qualquer outro rgo, as fibras que compe o corao devem funcionar de maneira uniforme e regulada. Dessa maneira, o corao considerado um sincício, isto : um conjunto de clulas que se fundem, perdendo parte de sua membrana, e formando uma nica massa citoplasm tica multinucleada. Deste modo, as clulas do sinccio cardaco so formadas por v rias clulas musculares cardacas inteconectadas de tal modo que, quando uma dessas clulas excitada, o potencial de ao se propaga para todas as demais, passando de clula para clula por toda a trelia de interconexes. Na verdade o corao formado por dois sinccios: o sincício atrial, que forma as paredes dos dois trios, e o sincício ventricular, que forma as paredes dos dois ventrculos. Os trios esto separados dos ventrculos por um tecido fibroso que circunda as aberturas das valvas atrioventriculares (A-V) entre os trios e os ventrculos. Quando o impulso criado no nodo sinuatrial (localizado no trio direito), normalmente, ele no passado diretamente para o sinccio ventricular. Ao contr rio, somente so conduzidos do sinccio atrial para o ventricular por meio de um sistema especializado de conduo chamado feixe A-V. Essa diviso permite que os trios se contraiam pouco antes de acontecer a contrao ventricular, o que importante para a eficincia do bombeamento cardaco. POTENCIAIS DE AÇÃO DA FIBRA MUSCULAR CARDÍACA So variaes r pidas do potencial de repouso da fibra muscular cardaca de negativo para um valor positivo. Essas variaes so causadas pela abertura de dois tipos de canais: (1) r pido de Sdio voltagem dependente e (2) lento de C lcio voltagem dependente. Este potencial de ao dividido nas seguintes fases: despolarizao, potencial de Plat e repolarizao. Primeiramente, o potencial de ao do msculo esqueltico provocado, quase inteiramente, pela abertura repentina de grande nmero dos chamados canais rápidos de sódio, que permitem a entrada de uma consider vel quantidade de ons sdio para a fibra muscular esqueltica. Esses canais so chamados de canais “r pidos” por permanecerem abetos durante poucos dcimos de milsimos de segundo, fechando-se, logo em seguida, abruptamente. No msculo cardaco, o potencial de ao provocado pela abertura de dois tipos de canais: (1) os mesmos canais rápidos de sódio, como no msculo estriado esqueltico, e (2) outra populao, inteiramente diferente, de canais lentos de cálcio (canais c lcio-sdio). Esta segunda populao tem uma abertura mais lenta e, o que mais importante, permanecem abertos por v rios dcimos de segundo. Durante esse tempo, grande quantidade de ons c lcio e sdio flui, por esses canais, para o interior da fibra muscular cardaca, o que mantm o perodo prolongado de despolarizao, causando o potencial de Platô do potencial de ao. Arlindo Ugulino Netto – FISIOLOGIA – MEDICINA P2 – 2008.1 3 Em resumo, na despolarização, ocorre a abertura de canais rápidos de sódio, associado à abertura dos canais lentos de cálcio. O influxo de cálcio inicia após o fechamento dos canais de sódio e perdura por 0,2 a 0,3 segundos. Este influxo de cálcio inibe a abertura dos canais de potássio retardando a repolarização por 0,2 a 0,3 segundos, que é o tempo de duração do Platô. Após este tempo, os canais lentos de cálcio se fecham e a repolarização procede normalmente, através do efluxo de íons potássio. A membrana não se repolariza imediatamente após a despolarização, permanecendo a despolarização em um platô por alguns milissegundos, antes que se inicie a repolarização (Músculo