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 Plano de Aula: Teoria e Prática da Narrativa JurÃdica TEORIA E PRÃ�TICA DA NARRATIVA JURÃ�DICA TÃtulo Teoria e Prática da Narrativa JurÃdica Número de Aulas por Semana Número de Semana de Aula 15 Tema Produção da fundamentação simples: introdução à argumentação jurÃdica. Objetivos O aluno deverá ser capaz de: - Aprimorar a produção da fundamentação simples; - Produzir textos coesos e coerentes. Estrutura do Conteúdo 1. Fundamentação simples 1.1. Argumento pró-tese 1.2. Argumento de oposição 1.3. Argumento de autoridade 2. Diferentes tipos de intróito 3. Coesão e coerência textuais aplicadas ao texto jurÃdico argumentativo: noções elementares Aplicação Prática Teórica Esta aula continua a proposta de revisitação do conteúdo já trabalhado, a fim de aprimorar as competências e habilidades necessárias à produção do texto jurÃdico, as quais não são alcançadas, por certo, em um único encontro. Questão Leia o caso concreto disponÃvel para a aula de hoje e produza a fundamentação simples para o caso concreto. Reiteramos que o texto deverá conter Intróito, argumentos pró-tese, de autoridade, de oposição e conclusão. Caso Concreto Helô Pinheiro já não é tão garota, e nem é mais de Ipanema. Mora há 25 anos em São Paulo, mas ainda é conhecida internacionalmente como a “Garota de Ipanemaâ€�, musa inspiradora de dois dos maiores compositores brasileiros, o maestro Tom Jobim e o poeta VinÃcius de Moraes. Há 36 anos, Tom e VinÃcius tomavam suas cervejinhas no bar Veloso e se encantaram com o rebolado de HeloÃsa Eneida Meneses Pais Pinto, uma normalista de corpo dourado, que passava pela Rua Montenegro a caminho do mar. Daà compuseram a música que é a segunda mais tocada no mundo todo. “Garota de Ipanemaâ€�, a canção, contabiliza 4,8 milhões de execuções por ano. E rende muito dinheiro. Os herdeiros de Tom, como a viúva Ana Beatriz Lontra, os filhos Maria Luiza Helena Lontra Jobim, Paulo e Elizabeth Ermany Jobim; e os de VinÃcius, como os filhos Pedro, Luciana, Maria e Georgiana, entraram na Justiça para que Helô Pinheiro deixe de usar a marca Garota de Ipanema, nome de sua loja de roupas no Shopping Villa Lobos, em São Paulo. - Não sei por que a mulher do Tom e os filhos de VinÃcius não gostam de mim. Se eles pensam que estou nadando em dinheiro por usar a marca Garota de Ipanema na minha lojinha em São Paulo, estão enganados. Ela foi aberta há oito meses e mal consigo pagar o aluguel do shopping e as três funcionárias. Montei a loja com R$ 100 mil emprestados, mas vou levar uns dois anos para ter lucro. Em 36 anos como a Garota de Ipanema, nunca tentei ganhar dinheiro com isso. Helô Pinheiro registrou a marca Garota de Ipanema Comércio de Roupas no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), em 1988. Dez anos depois, ela conseguiu aprovação da marca. Mesmo assim, a viúva de Tom e os filhos de VinÃcius entraram na 1a. Vara CÃvel do Fórum de Pinheiros, em São Paulo, com uma ação de protesto exigindo que ela deixe de usar a marca. Eles a consideram uma propriedade das famÃlias dos compositores. Querem que o juiz Pedro Luiz Baccarat da Silva estabeleça uma multa diária para Helô, caso ela não tire imediatamente as fotos de Tom e VinÃcius que a Garota de Ipanema expôs em sua loja. - Eles querem que eu e minha famÃlia passemos fome? A loja Garota de Ipanema foi a forma que encontrei para garantir a sobrevivência da minha famÃlia. Dos quatro filhos que tenho, dois ainda moram comigo. Um deles, o Fernandinho, de 22 anos, é deficiente, não fala direito, não lê, não escreve e depende de mim. Quando ele nasceu, sofreu falta de oxigenação no cérebro. Minha filha, Ticiane, de 23 anos, só agora está fazendo uns trabalhos no programa “Zorra Totalâ€�, na Globo. Meu marido Fernando, que é engenheiro metalúrgico e com quem estou casada há 35 anos, está desempregado há cinco anos. Ninguém dá emprego para um homem de 60 anos – desabafa Helô Pinheiro, em seu apartamento de classe média, na Zona Oeste de São Paulo, decorado com inúmeras fotos dela ao lado de Tom e VinÃcius, além de recortes de jornais e revistas emoldurados com frase dos compositores sobre as razões que os levaram a se inspirar em Helô para compor o mais famoso de todos os sucessos da bossa nova. _ Uma das filhas de Tom disse que não queria ver fotos do pai decorando uma loja de roupas cafonas. Ora, ela nem conhece minha loja. Não viu as roupas que eu vendo! Fiquei revoltada e acho que isso já é o suficiente para que eu a processe por danos morais. Mas não quero confusão. Só quero vender minhas roupas e sustentar meus filhos. Os filhos de VinÃcius já ganham milhões com o direito autoral das músicas do pai. Podiam me deixar em paz aqui com minha loja. Afinal, eu sou a Garota de Ipanema. Não há dinheiro que tire esse tÃtulo de mim. Helô Pinheiro entrou na Justiça com uma ação para mostrar que tem o direito de usar a marca Garota de Ipanema. Não há como divorciar Helô da Garota de Ipanema. Caso necessário, considere, em sua fundamentação, as seguintes fontes: Na hora de utilizar referências (como, por exemplo, uma imagem que pode servir de base para a criação de outra) é necessário que a pessoa tenha cautela para não fazer uso de uma obra que não seja de sua própria autoria e assim evitar problemas. E, para que haja uma orientação prévia do que não é permitido fazer e amparo em casos de uso indevido de imagem e apropriação indevida de conteúdo, existe a Lei de Direitos Autorais. (Advogado do Escritório RR Advogados Associados) Art. 46, I da Lei de Direitos autorais: Não constitui ofensa aos direitos autorais a reprodução: c) de retratos, ou de outra forma de representação da imagem, feitos sob encomenda, quando realizada pelo proprietário do objeto encomendado, não havendo a oposição da pessoa neles representada ou de seus herdeiros.
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