Alimentação com xenobióticos naturais e sintéticos

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Respostas comportamentais
de abelhas (Apis mellifera) ao
natural e xenobióticos
sintéticos nos alimentos.
 
 
Ling-Hsiu Liao, Wen-Yen Wu & May R. Berenbaum
 
 by Cássia e Jayne
 Nutrição de abelhas
Prof. Dr. Daniel Nicodemo
Introdução
Nos agroecossistemas contemporâneos das abelhas melíferas encontram
fitoquímicos (regulam a desintoxicação e a imunidade genes) e pesticidas (afetam
a saúde delas mesmo sendo sub-letais) como contaminantes dos tecidos florais.
As abelhas forrageadoras são as responsaveis direta nos impactos da nutrição e
saúde de toda a colônia. Possuem poucos receptores gustativos, mas são capazes
de diferenciar entre produtos químicos naturais e sintéticos selecionados
Objetivo
Comparar as respostas de procura das abelhas a fitoquímicos naturais e
xenobióticos sintéticos encontrados como contaminantes comuns nas
colmeias de abelhas dos EUA.
Metodologia
Testaram 9 xenobióticos naturais e 5 xenobióticos sintéticos 
5 flavonóides (Galangina, Crisina, Naringenina, Pinocembrina e Quercetina)
3 ácidos fenólicos (Ácido cafeico, Ácido cinâmico e Ácido p-cumárico)
2 herbicidas (Atrazina e Glifosato)
 Cafeína 
3 fungicidas (Boscalide, Clortalonil e Procloraz) 
Metodologia
Colônias de A. mellifera dos apiários mantidos pela Universidade de Illinois em
Urbana, IL. 
As colônias foram deslocadas para a gaiola de voo livre antes da sua utilização no
ensaio.
Pré-teste de toxicidade aguda em 5 a 7 individuos que regressavam de forragiar de
2s colmeias no mesmo apiário e colocados numa pequena gaiola (12,7 cm×5,1 cm)
no escuro por 48h.
Colônias padrão de 5 quadros (cerca de 4.000 abelhas) de Setembro-Outubro,
2013 e Junho-Agosto, 2014 
Inspeção de duas em duas semanas e foram substituídas aproximadamente a
cada quatro semanas, quando a atividade de forragem começou a diminuir.
Metodologia
No ensaio de voo livre, uma grande gaiola de voo exterior medindo 6 m ×20 m ×3 m foi
dividida em metade para produzir 2 gaiolas de voo medindo 3m×20m×3m. 
Uma colônia padrão de cinco estruturas foi colocada no centro de cada gaiola de voo. 
Alimentadores artificiais com 25% de água açucarada não perfumada foram instalados
em dois cantos finais da gaiola de voo equidistante da colmeia (10 m). 
Os alimentadores artificiais tinham um prato de alimentação (14,75 cm com 24 ranhuras
com um mm de profundidade que irradiavam do centro, o que permitia às abelhas
recolher água açucarada), com cobertura dos copos de alimentação idênticos para
evitar a cor de influenciar o comportamento das abelhas.
Iniciou com treinamento aos alimentadores durante um ou dois dias
Metodologia
Primeiro, 30 a 60 minutos com comedores de 25% de água com açúcar, seguido de 60
minutos com 25% de água com açúcar alimentador de água com solvente (0,25% DMSO)
versus um alimentador de tratamento contendo 25% de água com açúcar contendo um
produto químico de teste em solvente, sendo trocados de local a cada hora. 
O mesmo produto químico com a mesma concentração foi testado em ambas as
metades das gaiolas de voo, e os alimentadores de tratamento foram sempre
colocados em cantos opostos de a gaiola para reduzir os efeitos microambientais.
Cada alimentador foi pesado no início e no fim de cada experiência . 
A frequência de visita no prato de alimentação foi registada por um câmera, apenas as
fotografias registadas em intervalos de 6 minutos para calcular o número de abelhas.
Herbicida e fungicidas foram dissolvidos em DMSO e a cafeína foi dissolvida em água
Resultados
Tabela 1. Preferência de
forrageadores por xenobióticos
fitoquímicos naturais. 
Uma razão superior a 1 indica uma
preferência pela substância química
de ensaio, e uma relação inferior a
1 indica que se evitou a substância
química de ensaio. 
Os asteriscos indicam que os meios
são significativamente diferentes
de 1 (*p<0,05; **p<0,01;
***p<0,001, teste t de uma
amostra). 
Falta um ponto de dados sobre o
consumo de água com açúcar.
Resultados
(A) Taxas de consumo de três soluções
fungicidas -água com açúcar em
diferentes concentrações. 
(B) Taxas de consumo de duas soluções
herbicidas-açúcar em diferentes
concentrações. 
(C) Índices de frequência de visita para
três soluções fungicidas-açúcar-água em
concentrações diferentes. 
(D) Taxas de frequência de visita para
duas soluções de água herbicida-açúcar
em diferentes concentrações. 
Acima de 1 indica uma preferência pela
substância química em estudo, e uma
relação inferior a 1 indica que o teste foi
evitado químico. 
São significativamente diferentes de 1
(*p<0,05; **p<0,01; ***p<0,001, teste t
de uma amostra).
Figura 1. Razão (média±SE) como índices de
preferência aos xenobióticos sintéticos,
fungicidas e herbicidas. 
Conclusão
Independentemente de os produtos químicos alimentares serem naturais ou
sintéticos, as abelhas melíferas mostram concentração-dependente padrões de
escolha. 
As abelhas podem muito bem evitar um produto químico em altas concentrações
que seja preferido ou ignorado quando presente em baixas concentrações, tais
como procloraz e naringenin, respectivamente. 
O comportamento podem variar com as concentrações de água com açúcar.
As preferências por xenobióticos sintéticos que são potencialmente prejudiciais
podem tornar-se problemáticas para o as abelhas. 
A preferência pelo clortalonil por parte dos foragentes demonstrados neste estudo,
por exemplo, pode muito bem explicar a sua elevada frequência e abundância
como contaminante em colmeias. 
Alguns fungicidas e herbicidas interagem não só com outros agroquímicos mas
também com fitoquímicos; a forma como estas combinações afetam as decisões
de procura de alimentos tem ainda de ser avaliada.