Buscar

1. Biosseguranca_dra_jane

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Clique para editar o estilo do título mestre
Clique para editar o estilo do subtítulo mestre
*
*
*
Biossegurança
Profª Jane M Costa
Medicina – 5º Semestre
Infectologia
*
*
*
Riscos Químicos e Biológicos em Serviços de Saúde
Visão Prática dos recursos de segurança
 
Atividades de risco são as capazes de proporcionar dano, doença ou morte
 
*
*
*
Riscos Químicos e Biológicos em Serviços de Saúde
Conceitos
Na presença de um perigo não existe risco zero, porém existe a possibilidade de minimizá-lo ou alterá-lo para níveis considerados aceitáveis
Risco
 É a probabilidade de ocorrer um evento bem definido no espaço e no tempo, que causa dano à saúde, às unidades operacionais ou dano econômico/financeiro
Perigo
 É a expressão de uma qualidade ambiental que apresente características de possível efeito maléfico para a saúde e/ou meio ambiente
*
*
*
Riscos Químicos e Biológicos em Serviços de Saúde
Conceitos
É importante que fique clara a diferença entre risco e perigo
Existe perigo na manipulação de determinados produtos químicos ou biológicos
Porém o risco dessa atividade pode ser considerado baixo se forem observados todos os cuidados necessários e e utilizados os equipamentos de proteção adequados
*
*
*
Definição de risco biológico
Identificação de fontes de exposição
Avaliação qualitativa
*
*
*
Risco Biológico nas NRs
NR 9: agentes biológicos nos ambientes de trabalho que são capazes de causar danos à saúde do trabalhador, em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição
NR 32: risco biológico é a probabilidade de exposição ocupacional a agentes biológicos
*
*
*
O Risco Biológico
2 fatores a definir
O que são agentes biológicos capazes de danos?
Qual a probabilidade da exposição ocupacional? 
*
*
*
1º – Agentes Biológicos
São seres vivos ou suas partes com potencial de causar danos à saúde humana
Tipos de danos:
infecções: micobactérias
parasitoses: esquistossomo, tripanossomo
intoxicação: toxina botulínica, venenos de cobras
alergias: pólen, fungos, fezes de ácaros
doenças auto-imunes: estreptococo do grupo A 
carcinogênicos: HPV, vírus das hepatites B e C
teratogênicos: rubéola
*
*
*
Dano após Exposição
Esquema inspirado em apresentação de Donna Mergler
(Guatemala, 2001)
Fonte: Minayo, M.C.S. (2006) Saúde e ambiente: uma relação necessária. In: Campos, G.W.S. et al. (orgs.) Tratado de Saúde coletiva, São Paulo: Hucitec, 871 p.
*
*
*
Dano após Exposição 
Dano é definido em função da relação do patógeno com o organismo
não é inerente ao microrganismo (patógeno): NR 9
“estritos”: causam dano na maior parte dos expostos
normalmente de transmissão pessoa-a-pessoa
mecanismos de transmissão
oportunistas: causam dano em uma fração menor dos expostos
expostos com comprometimento do sistema imunológico
normalmente de fontes ambientais
*
*
*
Agentes Biológicos – NR 32
Bactérias, fungos, protozoários, vírus, riquétsias, clamídias e parasitas
parasitas: vermes, artrópodes – ácaros, pulgas, piolhos
Microrganismos geneticamente modificados, culturas de células de organismos multicelulares
Substâncias ou produtos de origem biológica: toxinas, enzimas, príons, etc
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
Potencial de Dano
Não é inerente ao patógeno
características do microrganismo são pouco informativas
Resultado da interação patógeno-hospedeiro
dados epidemiológicos é que dão melhor indicação do potencial de dano
*
*
*
Classificação dos Agentes
Exposição com intenção deliberada: manipulação direta do agente biológico como objeto principal do trabalho
p.ex., cultivo de microrganismos
nível de contenção correspondente, no mínimo, ao da maior classe de risco dentre os agentes presentes
Exposição sem intenção deliberada: manipulação indireta do agente biológico, pois este não é o objeto principal do trabalho
p.ex., manipulação de amostras biológicas
medidas e procedimentos de proteção e prevenção definidos após avaliação do risco biológico 
*
*
*
Classificação dos Agentes
*
*
*
Classificação dos Agentes
Classificações existentes são voltadas à saúde pública
Pode-se adaptar da seguinte forma:
Classe 1: risco individual quase inexistente
Classes 2 e 3: risco individual variando de baixo a alto
analisar caso a caso, considerando patogenicidade, virulência e possibilidade de deixar seqüelas
Classe 4: risco individual e coletivo muito altos
tratar como situação emergencial, com medidas rápidas e imediatas, como se fosse uma atmosfera IPVS
*
*
*
Limites de Exposição?
Interação negativa
desequilíbrio na relação entre o agente biológico e o organismo exposto – deixa rastros: biomarcadores
Únicos biomarcadores de exposição para patógenos: sorológicos
limitação: resposta imunológica a infecções bacterianas e parasitárias é limitada, temporária e inespecífica
sorologias boas na determinação de infecções virais
Outros biomarcadores, como a contagem de subpopulação de leucócitos ou a produção de óxidos de nitrogênio nos pulmões são possíveis
testes insuficientes para seres humanos
*
*
*
2º – Probabilidade da Exposição
Exposição ocupacional – ambiente de trabalho com maior probabilidade de exposição que outros
agentes biológicos são disseminados nos vários ambientes
Por um aumento na presença dos agentes
mais fontes de exposição: principalmente pacientes
capacidade de propagação
Porque as vias de exposição estão presentes
via adicional: perfurocortantes
*
*
*
Maior probabilidade - HBV
Estudos epidemiológicos: NTEP
*
*
*
Exposição na Cadeia de Infecção
EXPOSIÇÃO
*
*
*
Definindo Exposição
A exposição é o momento em que a fonte de exposição entra em contato com a porta de entrada do trabalhador
agente passa através da via de transmissão: mecanismo da exposição
fonte de exposição
reservatórios, com portas de saída
fontes ambientais
*
*
*
Como Estimar a Probabilidade
Levantar as fontes, não os agentes: inviável determinar previamente a presença do agente biológico 
presumir a presença dos agentes nas fontes
quais são as fontes de exposição e onde se localizam
outras pessoas, como pacientes
fontes ambientais: superfícies, perfurocortantes, vetores, água, alimentos, ar...
*
*
*
Como Estimar a Probabilidade
Verificar detalhadamente quais são as vias de exposição e onde estão presentes
assumir a presença do agente nas vias de exposição
por isso, observar em detalhes onde e como são realizadas as atividades laborais de cada função
*
*
*
Avaliação do Risco Biológico
Identificação e caracterização do agente:
levantamento das doenças mais prováveis no serviço
identificar e localizar as fontes comprovadas e as possíveis
Caracterização da exposição: por fonte identificada
como são transmitidos e penetram a pessoa exposta
quantos agentes (difícil determinar) 
Avaliação do risco
qualitativa: gravidade do dano (tabela), caracterização da exposição, número de pessoas que podem ser afetadas
*
*
*
PRINCIPAIS DOENÇAS
 HIV
 Hepatites B e C
 HTLV I e II
 Sífilis
 Doença de Chagas
*
*
*
3 milhões de acidentes percutâneos/ano
2 milhões exposições ao HBV
66.000 exposições ao HCV
1.000 exposições ao HIV
WHO, 2002 
Prüss-Ustün et al, Am J Ind Med, 2005
EPIDEMIOLOGIA
*
*
*
Risco Biológico na Prática
Levantar as doenças transmissíveis presentes a partir de dados epidemiológicos
Levantar as fontes de exposição presentes
Observar situações em que possa ocorrer contato entre a fonte de exposição e o trabalhador
Observar se não há barreira que bloqueie a via de transmissão
*
*
*
RISCO BIOLÓGICO
Histórico
Enfermagem: principal categoria para exposição
Maior grupo nos serviços de saúde
Maior contato direto na assistência à pacientes
Tipo e frequência de procedimentos realizados
Médicos de enfermarias clínicas
0,5 a 3 exposições percutâneas e 0,5 a 7 mucocutâneas / profissional-ano
*
*
*
RISCO BIOLÓGICO
Epidemiologia
Médicos cirurgiões
6 a 10 exposições percutâneas / profissional-ano
Odontólogos
85% dos dentistas têm pelo menos uma exposição percutânea / 5 anos
Equipe de enfermagem
e do laboratório:
70% dos casos comprovados de contaminação
*
*
*
Distribuição por categoria profissional dos casos documentados e suspeitos de aquisição ocupacional de HIV nos EUA
Adaptado de: Centers for Disease Control and Prevention, 2008.
Fonte: www.riscobiologico.com.br
*
*
*
RISCO BIOLÓGICO
De onde ele vem?
PROCEDIMENTOS
*
*
*
RISCO BIOLÓGICO
De onde ele vem?
*
*
*
RISCO BIOLÓGICO
risco de quê?
Bactérias
Vírus
Fungos
Ectoparasitas
Protozoários
*
*
*
RISCO BIOLÓGICO
risco de quê?
Hepatite A
Hepatite B
Hepatite C
Tuberculose
Vírus herpes
Staphylococcus sp.
Escabiose
Meningites
Influenzae
*
*
*
 Percutânea
 Mucosa
 Mordedura
 Cutânea
EXPOSIÇÃO
Risco maior
Risco menor
*
*
*
RISCO BIOLÓGICO
como se estabelece a exposição?
Veículo ou Material biológico
sangue, secreção vaginal e sêmen e tecidos
líquidos de serosas(peritoneal, pleural, pericárdico), líquido amniótico, líquor, líquido articular e saliva
suor, lágrima, fezes, urina, escarro
ar
*
*
*
TIPO DE MATERIAL
 Infectantes
Sangue, outros materiais contendo sangue, sêmen e secreções vaginais
 Potencialmente
 Infectante
Líq. de serosas (pleural, peritoneal, pericárdico), LCR e articular
 Sem risco
Suor, lágrima, fezes, urina, vômitos, secreções nasais e saliva (exceto em ambiente odontológico)
*
*
*
RISCO BIOLÓGICO
como se estabelece a exposição?
Tipo de exposição
Pérfuro-cortante
Mucosa
Pele íntegra 
Inalação de gotículas/aerossóis
*
*
*
RISCO BIOLÓGICO
Qual a magnitude do risco?
Prevalência das doenças transmissíveis 
Conscientização 
precauções padrão
limitações da profilaxia pós-exposição 
Informações: transmissão das doenças
Condições de segurança no trabalho
Normatizações: medidas profiláticas PRÉ-exposição
*
*
*
AVALIAÇÃO DO RISCO
 Tipo de exposição
 Gravidade da exposição
 Tipo de material biológico
 Quantidade do material 
 Condições do paciente-fonte
*
*
*
RISCO BIOLÓGICO
Qual a magnitude do risco - HIV
Avaliação da soroconversão
Pérfuro-cortantes: 0,3% (IC95%: 0,2 a 0,5)
Mucosas: 0,09% (IC95%: 0,006 a 0,5)
Risco aumentado de transmissão
Dispositivo com sangue visível
Dispositivo usado intra veia ou artéria
Lesão profunda
Óbito paciente fonte em até 2 meses
					MMWR2001;50(RR-11):1-52
			Gerbeding, NEJM 2003, 348 (9): 826-33
			Cardo e col, NEJM 1997, 337: 1485-90
*
*
*
RISCO BIOLÓGICO
Qual a magnitude do risco – Hepatite B
Reconhecida como de risco ocupacional em meados deste século
EUA:
8700 infecções ocupacionais/ano
200 morrem
800 cronificam
*
*
*
RISCO PARA HEPATITE B
 Acidentes percutâneos 
 paciente-fonte HBeAg positivo
 - soroconversão - 37 a 62%
 - hepatite clínica - 22 a 31%
 
 paciente-fonte HBeAg negativo
 - soroconversão - 23 a 37% 
 - hepatite clínica - 1 a 6%
 
Ministério da Saúde. Exposição a Materiais Biológicos, 2006.
*
*
*
RISCO PARA HEPATITE C
 Acidentes percutâneos
 - soroconversão 1,8% (0 a 7%)
 Risco de transmissão 
 - exposição a sangue
 Outros materiais biológicos - baixo risco
Ministério da Saúde. Exposição a materiais biológicos, 2006.
Rischitelli G, Am J Prev Med, 2001.
*
*
*
RISCO BIOLÓGICO
Como minimizar o risco?
Conhecimento/ Conscientização
Equipamentos de Proteção Individual
Precauções padrão e especiais
*
*
*
RISCO BIOLÓGICO
Conhecimento/ Conscientização
Conhecer os possíveis agentes etiológicos e os meios de transmissão
Lavagem das mãos
Imunizações
Manuseio e descarte de pérfuro-cortantes
Conhecer a rotina para atendimento de acidentes com material biológico
Conhecer as limitações da profilaxia pós exposição
*
*
*
RISCO BIOLÓGICO
Equipamentos de Proteção individual
Luvas (de procedimento, estéreis)
Máscaras (cirúrgicas, N95)
Capotes (limpos, estéreis, plástico, descartáveis), Jaleco
Protetor facial
Sapato, botas
*
*
*
RISCO BIOLÓGICO
Precauções
Precauções Padrão
Precauções respiratórias com gotículas
Precauções respiratórias com aerossóis
Precauções de contato
*
*
*
RISCO BIOLÓGICO
Precauções padrão
Precauções com materiais biológicos devem ser usadas para TODOS pacientes
Precauções de barreira - previsão de contato com material biológico de QUALQUER paciente
Luvas são necessárias para tocar material biológico, mucosas ou pele não intacta de todo paciente e para proceder acesso venoso
*
*
*
RISCO BIOLÓGICO
 Precauções padrão
Máscaras e protetores oculares – previsão de respingo de material biológico 
Capotes são necessários se houver respingos generalizados
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
RISCO BIOLÓGICO
 Precauções padrão
Lavagem das mãos é sempre necessária após contaminação com material biológico e imediatamente a retirada das luvas
Precauções dever ser tomadas para prevenir acidentes durante procedimentos, limpeza de instrumentais e descarte de pérfuro-cortantes
*
*
*
RISCO BIOLÓGICO
 Precauções Respiratórias com Gotículas
Quarto privativo
Máscara cirúrgica para profissional de saúde entrar no quarto
Máscara cirúrgica para o paciente em caso de transporte
*
*
*
RISCO BIOLÓGICO
 Precauções Respiratórias com Aerossóis
Quarto privativo com porta fechada
Máscara N95 para profissional de saúde entrar no quarto
Máscara cirúrgica para o paciente em caso de transporte
*
*
*
*
*
*
RISCO BIOLÓGICO
 Precauções de Contato
Quarto privativo 
Capote e luva para contato com pele e mucosas do paciente
Estetoscópio, esfignomanômetro, termômetro de uso individual
Conter secreções em caso de transporte
*
*
*
Biossegurança
É o conjunto de ações voltadas para prevenir ou minimizar os riscos para profissionais de saúde que trabalham com materiais biológicos.
*
*
*
Cuidados com materiais pérfuro-cortantes:
não reencapar agulhas
não desconectar as agulhas das seringas
não quebrar ou entortar as agulhas
desprezar pérfuro-cortantes em recipiente adequado
não jogar pérfuro-cortantes no lixo comum
não deixar agulhas nas camas ou berços dos pacientes
não usar agulhas para pregar cartazes nos murais
nunca ultrapassar o limite da capacidade	do coletor de material pérfuro-cortante
Utilizar luvas de procedimentos para punção
	 venosa e coleta de sangue
Manusear materiais cortantes com cuidado
*
*
*
Imunização de profissionais de saúde
Hepatite B
Difteria e Tétano
Sarampo
Caxumba
Rubéola
Varicela
Hepatite A
Gripe
Pneumococo
BCG
*
*
*
Acidentes por material biológico de risco
Objetivos do serviço de atendimento pós exposição:
Proteger o paciente
Proteger o profissional de saúde
Promover qualidade de saúde
 Vacinas
 Profilaxia pós exposição
*
*
*
Acidentes por material biológico
Seguimento dos funcionários expostos a acidentes com material biológico:
Exposição ao HIV: 6 semanas, 12 semanas e 6 meses.
Exposição a paciente co-infectado HIV + Hepatite C: fazer follow-up até 1 ano após.
Paciente fonte HIV negativo: não é necessário retestar.
Repetir HIV a qualquer pessoa exposta que apresente clínica compatível com Síndrome antirretroviral aguda.
Hepatite B - seguir 1 a 2 m após a última dose quem recebeu a vacina.
Hepatite C - dosar anti HVC e transaminases 4-6 meses após.
*
*
*
Acidentes por material biológico
25% dos acidentes são potencialmente preveníveis 
muitas pessoas usam remédios sem necessidade
a maioria não faz follow-up
*
*
*
Acidentes por material biológico
LEMBRE-SE:
A melhor forma de prevenção é evitar o
acidente, obedecendo as normas de
biossegurança, e estar vacinado contra
as doenças a que se é susceptível.
*
*
*
PROFILAXIA HIV
*
*
*
PROFILAXIA HEPATITE B
*
*
*
PROFILAXIA HEPATITE B
HBs /Anti-HBc +
HBs – 
HBs – 
Profissional
*
*
*
PROFILAXIA HEPATITE B
HBs /Anti-HBc +
HBs – 
HBs – 
Profissional
*
*
*
PROFILAXIA HEPATITE C
EVITAR O ACIDENTE
Ministério da Saúde. Exposição a materiais biológicos, 2006.
Burra P, Semin Liver Dis, 2009.
*
*
*
Fonte: www.riscobiologico.org
*
*
*
Fonte: www.riscobiologico.org
*
*
*
Fonte: www.riscobiologico.org
*
*
*
PROFILAXIA HEPATITE C
Ministério da Saúde. Exposição a materiais biológicos, 2006.
*
*
*
VIOLÊNCIA SEXUAL
*
*
*
VIOLÊNCIA SEXUAL
*
*
*
ACOMPANHAMENTO
 Prevenção secundária
 - uso de preservativos
 - contra-indicação da doação de sangue, órgãos 
 ou esperma
 - evitar gravidez
 - não compartilhar seringas e agulhas
 - discussão sobre aleitamento materno
*
*
*
 Amostra de sangue do paciente-fonte
 Exames do profissional
 Alta após 6 meses 
ACOMPANHAMENTO
*
*
*
Vigilância Epidemiológica
Obter taxas acerca da realidade epidemiológica
usar definições padrão de infecção
usar dados laboratoriais, quando disponíveis
Identificar surtos antes da disseminação
Avaliar eficácia e efetividade das medidas de prevenção e proteção
Determinar áreas, situações e serviços que merecem atenção especial
*
*
*
Vigilância Epidemiológica
Coletar variáveis epidemiologicamente significativas
localização das fontes, fatores de risco específicos, condições que predispõem a efeitos adversos graves
Analisar dados para identificar tendências de aumento ou diminuição
Avaliar fatores possivelmente associados à variação do evento estudado
Divulgação de informações pertinentes
*
*
*
Fontes e Reservatórios
*
*
*
Fontes e reservatórios
Fontes ambientais – surto por fonte única
sempre que houver material orgânico
resíduos, superfícies sujas, alimentos, objetos sujos, dejetos...
sempre que houver água
fontes de água: caixas d’água, poços, poças de água no chão, vasos sanitários, bandeja do condicionador de ar, caldeiras, torres de resfriamento...
sempre que houver umidade
paredes úmidas, aerossóis no ar
sempre que houver um veículo contaminado
qualquer objeto, perfurocortantes...
*
*
*
Shiguela: diarréia
Influenza: pneumonia
Staphylococcus: furúnculo
Streptococcus: faringite
Bacillus: contaminante comum
Klebsiella: infecções em ferimentos
Clostridium: colite
Haemophilus: conjuntivite
Pseudomonas: infecções em feridas
E. coli: diarréias, infec. urinárias
Proteus: inf. trato urinário
*
*
*
Fontes e reservatórios
Fontes não ambientais – surto por fonte propagada
sempre que houver outras pessoas transmitindo
sintomáticas ou assintomáticas
mãos, fala, espirro, tosse...
sempre que houver vetores transmitindo
ratos, baratas, mosquitos...
*
*
*
Como se comportam os surtos
*
*
*
Transmissão e Portas de Entrada
*
*
*
Transmissão em Serviços de Saúde
Contato direto: ao virar o paciente, dar banho, outros procedimentos de cuidados ao paciente, respiração boca-a-boca
por gotículas: quando o paciente tosse, espirra, fala, nos procedimentos de sucção, entubação endotraqueal ou broncoscopia
transmissão aérea: ao respirar o ar contendo bioaerossóis 
Contato indireto: mãos, perfurocortantes, luvas, roupas, roupas de cama, instrumentos, vetores, água, alimentos, superfícies
*
*
*
Transmissão por aerossóis
Adaptado de: CDC (2001) Draft Guideline for Environmental Infection Control in Healthcare Facilities e 
Ayliffe G.A.J. et al. (2000) Control of Hospital Infection: A Practical Handbook
*
*
*
Gotículas e Bioaerossóis
*
*
*
Transmissão por gotículas
Adaptado de: Ayliffe G.A.J. et al. (2000) Control of Hospital Infection: A Practical Handbook
*
*
*
Indireto Parenteral - sangue
* existe vacina, que obrigatoriamente deve ser oferecida aos trabalhadores – item 32.2.4.17.1 da NR 32
*
*
*
Contato Indireto – Mãos
*
*
*
Contato indireto – mãos contaminadas
*
*
*
Contato Indireto – Outros
*
*
*
Contato indireto – perfuração, inoculação
*
*
*
Contato Direto – outros
*
*
*
Contato direto
*
*
*
Alguns Agentes e Fontes
*
*
*
Agentes Biológicos no Ar
Padrões Referenciais da Qualidade do Ar em Ambientes Interiores
Amostragem de Bioaerossóis em Ambientes Interiores
*
*
*
Possíveis Danos
Tipos de danos relacionados
infecções: legionelose, histoplasmose, criptococose, psitacose
hipersensibilidade: alergias (atopia) e alveolite alérgica
SED: conjunto de sinais e sintomas de vários processos patológicos diferentes, sem causa específica, que estão associados a determinados edifícios
*
*
*
VMR de Contaminação Microbiológica
Valor Máximo Recomendável de Contaminação Microbiológica: RE no. 9 de 2003
≤ 750 ufc/m3 de fungos
relação I/E ≤ 1,5
I: quantidade de fungos no interior
E: quantidade de fungos no exterior
*
*
*
Principais Fontes em Ambientes Interiores
*
*
*
Principais Fontes em Ambientes Interiores
*
*
*
Contaminação por Microrganismos
Fatores que favorecem a contaminação
Existência de nutrientes e acesso fácil a animais
Paredes e pisos úmidos e vazamentos de água
Umidade relativa do ar alta: acima de 60 – 70%
Locais difíceis de limpar e higienizar como carpetes, tapetes, cortinas e outros tecidos
Reformas, que liberam os organismos para o ambiente
Umidificadores, condicionadores de ar, tubulação onde eles possam crescer: piora sem manutenção e limpeza adequados
Aglomeração de pessoas: transmissão de vírus
*
*
*
Conceito de precaução
Programas para a prevenção de exposições e acidentes
Intervenções preventiva e corretiva em ambientes de trabalho
*
*
*
Medidas de precaução e prevenção
Qual a diferença?
Prevenção: medidas e atitudes tomadas quando são conhecidos os riscos envolvidos
probabilidade de exposição conhecida
dano causado também conhecido
Precaução: medidas e atitudes tomadas quando existe a certeza de que todos os riscos envolvidos não são totalmente conhecidos
Risco biológico: incertezas sobre a probabilidade de exposição e o dano causado – logo, deve-se agir primeiro com precaução
*
*
*
Precaução x Prevenção
Ações de precaução
adotadas antes de se ter ideia de qualquer risco de fato existente – basta presumi-lo
p.ex. as precauções padrão: para qualquer paciente, independente de doente ou não
indicadores de exposição (p.ex. frequencia de acidentes) usados para monitorar a eficácia das medidas de proteção e prevenção já implantadas – e não o inverso, isto é, para planejar e estudar a implantação das primeiras medidas
*
*
*
Pontos Essenciais nos Programas
Identificação das possíveis fontes de exposição
levantamento de situações de risco
suspeita da presença de doenças transmissíveis no ambiente de trabalho
Agir antes das exposições ou acidentes
desfecho das doenças nem sempre é conhecido
*
*
*
Controle da Cadeia de Infecção
Serviços de saúde: controles que estão ligados para formar uma cadeia são muito mais efetivos na prevenção de uma cadeia de infecção
*
*
*
Controle da Cadeia de Infecção
Reservatório
Transmissão
Portas de entrada
Colonização
Infecção Parasitismo Intoxicação Carcinogênese Teratogênese Hipersensibil.
Agravo ou doença
Intoxicação, Hipersensibilização
Fonte
*
*
*
Hierarquia de medidas de controle
Controle de riscos na fonte
Controle de riscos na trajetória
Proteção individual
Tipos de medidas de controle
Eliminação ou substituição
Interposição de barreiras: no ambiente ou no indivíduo
Procedimentos
Outras medidas administrativas
*
*
*
Controle de riscos na fonte
Eliminação, substituição ou controle da fonte e do agente
Eliminar todas fontes possíveis – não deixar acumular resíduos e substituir ou eliminar equipamentos, instrumentos, ferramentas e materiais potencialmente contaminados
Controle de pragas e vetores e controle de acesso de visitantes e terceiros
Afastar temporariamente trabalhadores que possam transmitir doenças a outros trabalhadores nos ambientes de trabalho (bom senso)
Em relação a pacientes: eliminar exames, procedimentos e retornos desnecessários
*
*
*
Controle de riscos na trajetória
Prevenção ou diminuição da disseminação do agente no ambiente de trabalho
Manter o agente restrito à fonte ou ao seu ambiente imediato: uso de sistemas fechados, uso de recipientes fechados, enclausuramento da fonte, ventilação local exaustora, cabines de segurança biológica, segregação de materiais e resíduos
Isolamento ou diluição do agente: ventilação geral diluidora, áreas com pressão negativa, antecâmaras para troca de vestimentas, isolamento de pacientes, estabelecimento de áreas com finalidades específicas 
*
*
*
Controle de riscos na trajetória
Prevenção ou diminuição da disseminação
do agente no ambiente de trabalho
Limpeza, organização, desinfecção e esterilização: instalações, água, alimentos, lavanderia, equipamentos, instrumentos
Medidas administrativas
Planejar e implantar processos e procedimentos de recepção, manipulação ou transporte de materiais visando a redução da exposição aos agentes
Planejar o atendimento e fluxo de pessoas de forma a reduzir a possibilidade de exposição
*
*
*
Proteção individual
Capacitação inicial e continuada
Uso dos EPIs adequados: luvas, protetores respiratórios, protetores faciais, óculos
Medidas de proteção a trabalhadores mais suscetíveis: grávidas, imunocomprometidos, alérgicos, etc
Planejar horários e turnos de forma a minimizar exposição
*
*
*
Proteção individual
Higiene das mãos
lavatórios adequados
procedimentos adequados: lavagem freqüente, mesmo com luvas
Atitudes pessoais e instalações adequadas
locais e asseio para refeição, descanso, fumar
uso de adornos
Vestimentas e calçados: fornecimento, guarda e higienização
Vacinação
*
*
*
Varicela - Profilaxia Pós-Exposição
Medidas de Controle
 Vacina - até 72 horas
 VZIG - até 96 horas
 Paciente - isolamento 5 dias ou lesão crosta
 Exposto - isolamento 8º - 21º dia (28º dia)
 Vacinar paciente novo suscetível
*
*
*
Hepatite A
Profilaxia Pós-Exposição
Medidas de controle
Afastamento: 1 semana após início do quadro
Imunoglobulina (IG):	até 2 semanas
			0,02 ml/kg
Vacina:	idade acima de 1 - 2 anos
		2 doses (0 - 6 meses)
*
*
*
Transmissão Via Aérea
				 Gotículas		 Aerossóis
Tamanho da Partícula		 >5		 <5
Abrangência de contato	 até 1m		 metros
Tempo de permanência	 segundos	 horas
Másc. Cirúrgica / paciente	 sim		 sim
Másc. Cirúrgica / Contactantes	 sim		 não
APECIH - Precauções e Isolamento 1999
*
*
*
Microorganismos Associados 
com Transmissão Aérea
*
*
*
OMS - Tuberculose (TB) prioridade mundial (HIV; TBMR)
Brasil – 100 mil casos novos e 6 mil mortes/ano
1/3 população mundial infectada pelo M. tuberculosis
6% de todas as causas de mortes no mundo
80% dos casos em 22 países (Brasil 13º)
Tuberculose
Bull. WHO 2002
JAMA 1999; 282:677-686
www.funasa.gov.br
*
*
*
Risco de Transmissão 
Espirro
Tosse
Falar ou cantar
Stead, WW - Fundamentals of Tuberculosis Today. 8th ed. Milwaukee, Central Press, 1992
Principais Formas clínicas de TB
*
*
*
Quem apresenta maior risco de infecção e doença por Tuberculose?
 Todos os profissionais que prestam assistência direta ao paciente com TB (confirmada ou suspeita);
 Maior tempo de trabalho no hospital;
 Não aderência as precauções por transmissão área;
 Isolamento inadequado.
*
*
*
Legislação e Recomendações
Guia Técnico de Riscos Biológicos - NR 32:
www.mte.gov.br/seg_sau/guia_tecnico_cs3.pdf
Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde – RDC 306 ANVISA: 
e-legis.anvisa.gov.br/leisref/public/showAct.php?id=13554&word=
“Higienização das Mãos em Serviços de Saúde” – ANVISA:
www.anvisa.gov.br/hotsite/higienizacao_maos/manual_integra.pdf
Programa de Controle de Infecção Hospitalar – Portaria GM 2616-98: 
e-legis.anvisa.gov.br/leisref/public/showAct.php?id=482&word=
Processamento de Artigos e Superfícies em Serviços de Saúde:
www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/processamento_artigos.pdf
Regulamento Técnico para projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde - RDC 50/02 ANVISA: 
e-legis.anvisa.gov.br/leisref/public/showAct.php?id=11946&word=
*
*
*
Legislação e Recomendações
Regulamento Técnico sobre qualidade do ar em interiores - Portaria 3523 GM MS: 
e-legis.anvisa.gov.br/leisref/public/showAct.php?id=295&word=
Padrões Referenciais de Qualidade do Ar Interior em Ambientes Climatizados - RE 9 ANVISA: 
e-legis.anvisa.gov.br/leisref/public/showAct.php?id=17550&word=qualidade%20ar%20interiores
Doenças Relacionadas ao Trabalho - Portaria 1339 MS: 
dtr2004.saude.gov.br/susdeaz/legislacao/arquivo/Portaria_1339_de_18_11_1999.pdf
Imunobiológicos Especiais e suas Indicações: 
portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/indicacoes_cries.pdf
bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/funasa/manual_cries.pdf
Recomendações para atendimento e acompanhamento de exposição ocupacional a material biológico - HIV e hepatites B e C:
bvsms.saude.gov.br/bvs/aids/publicacoes/manual_acidentes.pdf
www.riscobiologico.org/resources/4888.pdf
Arquitetura na Prevenção da Infecção Hospitalar: 
www.anvisa.gov.br/servicosaude/manuais/infeccao.pdf
*
*
*
Legislação e Recomendações
“Manual de Processamento de Roupas de Serviços de Saúde: Prevenção e Controle de Riscos” – ANVISA:
www.anvisa.gov.br/divulga/noticias/2007/041207_1_processamento.pdf
Doenças de notificação compulsória - Portaria 5/06 SVS MS: 
dtr2004.saude.gov.br/sinanweb/Documentos/notificacao.pdf
Procedimentos técnicos para a notificação compulsória de agravos à saúde do trabalhador - Portaria 777 GM: 
e-legis.anvisa.gov.br/leisref/public/showAct.php?id=21449&word=
“Diretrizes gerais para o trabalho em contenção com material biológico” de 2004 – CBS MS:
dtr2001.saude.gov.br/editora/produtos/livros/pdf/04_0408_M.pdf
“Diretrizes gerais para o trabalho em contenção com agentes biológicos” de 2006 – CBS MS: 
bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/06_1155_M.pdf
Programa Nacional de Imunizações e Calendários de Vacinação – MS:
portal.saude.gov.br/portal/saude/visualizar_texto.cfm?idtxt=25806
*
*
*
Para Saber Mais
Curso on-line gratuito da NR 32: 
www.tspv.com.br
Publicações da ANVISA relacionadas:
www.anvisa.gov.br/reblas/publica.htm
www.anvisa.gov.br/divulga/public/index.htm
Texto sobre vigilância ambiental e toxicologia:
dtr2001.saude.gov.br/editora/produtos/livros/pdf/04_0177_M.pdf
Vacinação de trabalhadores – SBIM e ANAMT:
www.sbim.org.br/documentos/SBIM_empresas.pdf
www.anamt.org.br/adm/dica/download_arquivo_dica.php?id=14
*
*
*
Para Saber Mais
MSDS para agentes biológicos:
www.phac-aspc.gc.ca/msds-ftss/
Classificação de Risco dos Agentes Biológicos:
bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/06_1156_M.pdf
“Doenças Infecciosas e Parasitárias - Guia de Bolso”:
portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/guia_bolso_6ed.pdf
“Guia de Vigilância Epidemiológica”:
bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/Guia_Vig_Epid_novo2.pdf
“NR 32”, publicação do COREN SP:
corensp.org.br/072005/banner_rotativo/nr32.pdf
*
*
*
Para Saber Mais
Acesso a artigos científicos de diversas publicações, uma boa parte em português:
www.scielo.org
Biblioteca Virtual em Saúde:
bvsms.saude.gov.br/html/pt/home.html
Manual “Doenças Relacionadas ao Trabalho” da OPAS:
www.opas.org.br/publicmo.cfm?codigo=48
www.dominiopublico.gov.br
www.riscobiologico.org
O risco biológico, conforme definido na NR 32, é a probabilidade de exposição ocupacional a agentes biológicos.
Então, para definir o risco biológico, teremos que analisar os dois fatores: qual a probabilidade da exposição ocupacional e o que são agentes biológicos.
Vou iniciar pelos agentes biológicos.
Os agentes biológicos poderiam ser considerados como os seres vivos ou partes deles derivadas que podem vir a causar danos à saúde humana. Para isso, o agente deverá penetrar o organismo após exposição.
As conseqüências da exposição a agentes biológicos para a saúde do trabalhador incluem quadros de infecção aguda e crônica, parasitoses e reações alérgicas e tóxicas aos agentes. 
As infecções podem ser causadas por bactérias, vírus, riquétsias, clamídias e fungos. As parasitoses são causadas por protozoários, helmintos (vermes) e artrópodes (por exemplo, piolhos). Algumas dessas doenças infecciosas e parasitárias são transmitidas por animais que atuam como hospedeiros intermediários e fontes de exposição. 
Diversas plantas e animais produzem substâncias alergênicas, irritativas e tóxicas com as quais os trabalhadores entram em contato, como pêlos, pólen, esporos de fungos e bactérias, fungos, ou por picadas e mordeduras.
O câncer não é considerado uma doença transmissível, como um resfriado ou uma infecção na pele; entretanto, novas pesquisas
têm demonstrado cada vez mais que infecções com determinados tipos de vírus podem ter um papel importante no surgimento e desenvolvimento do câncer. Mais de uma dúzia de diferentes tipos de vírus já foram ligados às várias formas do câncer. Muitas vezes a presença de um vírus específico aumenta o risco do surgimento do câncer, ou acelera o seu desenvolvimento. Por exemplo, o vírus do HIV, causador da AIDS, afeta o sistema de defesa do organismo e torna os pacientes infectados mais propensos ao surgimento de uma variedade de cânceres.
Sabe-se hoje que em torno de 15% dos tumores que afetam humanos são causados por vírus. Em nosso meio, alguns dos tumores mais prevalentes estão etiologicamente ligados a vírus, como o câncer do colo do útero e os papilomavírus humanos (HPV), o hepatocarcinoma celular e os vírus da hepatite (HBV, HCV), os linfomas e o vírus Epstein-Barr (EBV).
Aparentemente, também bactérias são capazes de causar câncer. Elas conseguiriam isso por dois mecanismos: indução da inflamação e produção de compostos mutagênicos. O primeiro é melhor exemplificado pela Helicobacter pylori e o câncer gástrico. Já o câncer de cólon poderia se encaixar melhor no segundo mecanismo, com uma possível correlação com a presença de Citrobacter sp. ou Clostridium sp.
A presença de microrganismos em nosso corpo não significa que obrigatoriamente desenvolveremos doenças, muito ao contrário. Como exemplo, temos a contribuição positiva dessas populações para a proteção de nossa pele e mucosas contra a invasão de outros germes mais nocivos e também para a obtenção de nutrientes necessários à nossa saúde, como a vitamina K.
As principais atividades nocivas são as de parasitismo e de infecção. Normalmente, o homem (hospedeiro) e muitos microrganismos (parasitas) convivem em pleno equilíbrio. A quebra desta relação harmoniosa poderá causar doença.
É difícil atribuir a causa a apenas um elemento no caso de qualquer doença, pois a saúde humana é influenciada não apenas por fatores específicos, mas pela interação entre eles. A forma como a doença se desenvolve e os sintomas associados sempre têm múltiplas causas.
Contudo, o resultado final da doença pode ser muito mais influenciado pelas variáveis relativas ao agente, quando estas tiverem um peso significativo. Um exemplo é a raiva, cujo resultado final é a morte de quase 100% dos afetados.
O dano individual após exposição a um determinado agente biológico pode variar muito, desde nenhum até a morte.
As variáveis relativas ao agente incluem: 
patogenicidade e virulência;
produção de toxinas;
persistência, sobrevivência e multiplicação no ambiente;
velocidade de multiplicação;
transmissibilidade: capacidade do agente penetrar e se multiplicar no novo hospedeiro a partir de diferentes portas de entrada;
capacidade de mutar, recombinar e se adaptar: aquisição de resistência a fármacos, aumento na virulência, etc.
A intensidade do dano também é influenciada pelos fatores individuais da pessoa exposta, que podem incluir:
características gerais: idade e sexo;
características familiares: estado civil, idade dos pais, dimensão da família, posição na ordem de nascimento, privação dos pais, de um ou de ambos, e morbidade familiar por causas específicas;
características étnicas: raça, cultura, religião, grupo étnico e lugar de nascimento;
nível socioeconômico: ocupação, renda, nível de instrução, tipo e zona de residência, valor da taxa de IPTU e sinais exteriores de riqueza;
ocorrências durante a vida intrauterina e ao nascer: idade materna, número de fetos gestados (único ou gemelar), características e ocorrências durante o parto, condições físicas da mãe e ocorrências vividas durante a gestação;
características endógenas: constituição física, resistência individual, estado fisiológico, estado de nutrição, doenças intercorrentes e tipo de comportamento;
ocorrências acidentais: ocorrências estressantes, doenças e acidentes sofridos;
hábitos e atividades: atividades ocupacionais, medicamentos utilizados com certa constância, uso e abuso de inseticidas domésticos e agrícolas e abuso de drogas permitidas (álcool, fumo, medicamentos), uso e abuso de drogas ilícitas, tipo de comportamento alimentar, atividade física e lazer.
Qual o nível de informação necessário sobre a identidade dos agentes biológicos? 
O primeiro nível é aquele em que as informações existentes sobre os agentes orientam as ações de prevenção, de correção e o tratamento médico. Essas informações, amplamente documentadas e conhecidas, possibilitam que a suspeita da presença de um determinado agente inicie uma série de ações, dependentes da situação. Por exemplo: ao se observar a presença de roedores em um local de trabalho e sabendo-se (a partir da informação disponível) que eles podem ser portadores de Leptospira, devem-se tomar medidas para sua eliminação, mesmo desconhecendo se há algum agente (Leptospira) presente e sua identidade. Esse tipo de ação pode ser tomada antes que ocorra qualquer caso de doença entre os trabalhadores.
Assim, podem-se elencar todos os agentes prováveis em cada local de trabalho a partir das características e condições ambientais deste local. Nesses casos, a informação sobre a identidade dos agentes está sendo usada, porém apenas de forma indireta, já que a quantidade de informação disponível sobre os agentes permite essa extrapolação.
Em um nível seguinte somam-se os dados obtidos de investigações de casos às informações já disponíveis. Assim, ao se constatar a ocorrência de uma doença causada por um agente biológico, busca-se identificar qual é por meio dos sinais e sintomas e outras informações úteis. Ou seja, o objetivo é obter o diagnóstico da doença.
A identificação preliminar ou presuntiva de cada agente envolvido também é muito útil para esse diagnóstico, sendo mais simples e mais rápida de executar que uma identificação completa. Para a identificação presuntiva são necessários conhecimento e cuidados para identificar e isolar as espécies relevantes, distinguindo-as da microbiota normal. Um outro ensaio muito importante é o antibiograma, que permite verificar a quais antiobióticos o microrganismo é mais suscetível, informação muito importante para a definição de um tratamento. 
O próximo nível de informação agrega também a identificação completa de um microrganismo, por vezes incluindo até a determinação da cepa. Identificar e caracterizar bem o microrganismo envolvido é recomendável e desejável em situações de surtos, quando deve ser realizada uma investigação epidemiológica com o objetivo primordial de estabelecer a velocidade, a forma e a origem da transmissão. A identificação dos microrganismos suspeitos, pelo menos no nível de espécie, contribui para a caracterização da transmissão e esclarecimento do surto. Ainda mais importante, a identificação incompleta ou incorreta pode obscurecer problemas reais e tornar impossíveis investigações epidemiológicas retrospectivas.
A tabela apresenta a classificação dos agentes conforme o risco estimado. Os critérios para definir as classes de risco são: a gravidade da doença, a capacidade de disseminação do agente e a existência de tratamento ou profilaxia eficazes. Outros aspectos incluem a estabilidade do agente, sua endemicidade, modo ou via de transmissão, as perdas econômicas relacionadas, sua capacidade de se estabelecer e de se manter em uma população. Além disso, em uma coluna à parte há observações sobre possíveis efeitos tóxicos, alergênicos e carcinogênicos.
Em essência, a tabela indica por que avaliar os riscos biológicos. É uma forma simples de categorização dos riscos, devendo ser utilizada como apoio para a avaliação dos riscos biológicos. Comparada com as avaliações epidemiológicas e quantitativas do risco biológico, esta abordagem não busca determinar os níveis de doença associados a cada ocorrência de um dado agente. Assim, não há discrepância entre as conclusões e a realidade. Outra vantagem desta abordagem é que as soluções para minimizar os riscos serão categorizadas automaticamente, dirigindo as ações preventivas
e corretivas. Por outro lado, a confiança da “opinião dos especialistas” nem sempre produz a resposta correta, pois elas também estão sujeitas a viés e imprecisões como qualquer outra fonte de dados.
Normalmente, agentes biológicos estão disseminados em vários ambientes e não estão presentes exclusivamente no ambiente de trabalho. Assim, é possível contrair gripe na rua ou dentro de um hospital, ao contrário de uma leucopenia por exposição ao benzeno, exposição essa que se dá somente em circunstâncias específicas e restritas.
Em serviços de saúde, o risco biológico torna-se ocupacional quando o ambiente de trabalho ou as atividades laborais oferecem maior probabilidade de exposição que outros ambientes ou atividades. Isso se dá por dois motivos:
pela maior diversidade de agentes, presentes também em maiores quantidades: trazidos principalmente por pacientes, podem se disseminar para o ambiente (ar, água) e continuarem se propagando. Um exemplo pode ser a maior probabilidade de um profissional da saúde encontrar tuberculosos em seu serviço que em outros ambientes que freqüenta, tornando esse risco ocupacional.
porque as vias de exposição estão presentes: por exemplo, se um paciente com conjuntivite coçar os olhos e cumprimentar um profissional de saúde, este pode contrair a doença se vier a coçar seus próprios olhos; no entanto, se não levar as mãos aos olhos e higienizá-las adequadamente, a via de exposição deixa de existir. Em serviços de saúde há uma via de exposição adicional àquelas que são comumente consideradas ocupacionais: a inoculação por perfurocortantes. Então, um acidente com um perfurocortante torna possível, por exemplo, contrair doença de Chagas a partir de um paciente, mesmo na ausência do vetor (barbeiro), o que faz com que esse risco também seja considerado ocupacional.
A exposição ocupacional aos agentes biológicos em serviços de saúde é não-deliberada na maioria das situações. Por isso, pode-se considerar que o risco biológico estará presente com uma certa freqüência, porém de forma previamente indeterminada.
Em maior detalhe, quando o trabalhador manuseia um quimioterápico para aplicação em um paciente, a presença do agente químico – o quimioterápico – é bem definida, sendo conhecidas sua fórmula, concentração, localização exata, etc. Não se espera encontrar concentrações significativas de quimioterápicos na recepção do hospital, por exemplo. O conhecimento prévio sobre essa presença permite a restrição das ações de prevenção e controle às áreas onde está presente e aos trabalhadores que o manuseiam. 
Por outro lado, diversos agentes biológicos encontram-se disseminados no ambiente, podendo ser encontrados nos mais diversos lugares e situações: no organismo do paciente, no ar respirado na cozinha, nas mãos do médico, nos sofás ou cadeiras da recepção... Assim, não é possível determinar previamente quais são, quantos são e onde estão os agentes biológicos presentes em um serviço de saúde; ao contrário de um quimioterápico, normalmente eles não vêm envasados e rotulados. Essa incerteza sobre a presença do agente biológico obriga a uma maior abrangência das medidas de prevenção e controle, estendendo algumas a todo o ambiente e a todos trabalhadores do serviço de saúde.
Uma das dificuldades envolvidas na identificação, caracterização e quantificação de todos agentes biológicos presentes em um dado ambiente é a inexistência, até o momento, de uma metodologia simples, abrangente e plenamente confiável. Os métodos atuais ainda são direcionados e específicos para determinados agentes ou grupos e há certa imprecisão nos resultados quantitativos obtidos, além de serem trabalhosos e relativamente demorados.
Além disso, as populações de certos agentes, como bactérias, vírus, e fungos, são dinâmicas e podem aumentar ou diminuir muito nas fontes e reservatórios de exposição. Essas mudanças fazem com que as quantificações sejam úteis apenas para avaliação de períodos de tempo curtos, inviabilizando as previsões para períodos mais longos. 
Todas essas características atribuem maior peso à verificação das vias de exposição: como não é possível antecipar se o agente está presente ou não, e em qual quantidade, é necessário assumir que qualquer via de exposição poderá transmitir algum agente biológico a qualquer momento.
A exposição ocupacional aos agentes biológicos em serviços de saúde é não-deliberada na maioria das situações. Por isso, pode-se considerar que o risco biológico estará presente com uma certa freqüência, porém de forma previamente indeterminada.
Em maior detalhe, quando o trabalhador manuseia um quimioterápico para aplicação em um paciente, a presença do agente químico – o quimioterápico – é bem definida, sendo conhecidas sua fórmula, concentração, localização exata, etc. Não se espera encontrar concentrações significativas de quimioterápicos na recepção do hospital, por exemplo. O conhecimento prévio sobre essa presença permite a restrição das ações de prevenção e controle às áreas onde está presente e aos trabalhadores que o manuseiam. 
Por outro lado, diversos agentes biológicos encontram-se disseminados no ambiente, podendo ser encontrados nos mais diversos lugares e situações: no organismo do paciente, no ar respirado na cozinha, nas mãos do médico, nos sofás ou cadeiras da recepção... Assim, não é possível determinar previamente quais são, quantos são e onde estão os agentes biológicos presentes em um serviço de saúde; ao contrário de um quimioterápico, normalmente eles não vêm envasados e rotulados. Essa incerteza sobre a presença do agente biológico obriga a uma maior abrangência das medidas de prevenção e controle, estendendo algumas a todo o ambiente e a todos trabalhadores do serviço de saúde.
Uma das dificuldades envolvidas na identificação, caracterização e quantificação de todos agentes biológicos presentes em um dado ambiente é a inexistência, até o momento, de uma metodologia simples, abrangente e plenamente confiável. Os métodos atuais ainda são direcionados e específicos para determinados agentes ou grupos e há certa imprecisão nos resultados quantitativos obtidos, além de serem trabalhosos e relativamente demorados.
Além disso, as populações de certos agentes, como bactérias, vírus, e fungos, são dinâmicas e podem aumentar ou diminuir muito nas fontes e reservatórios de exposição. Essas mudanças fazem com que as quantificações sejam úteis apenas para avaliação de períodos de tempo curtos, inviabilizando as previsões para períodos mais longos. 
Todas essas características atribuem maior peso à verificação das vias de exposição: como não é possível antecipar se o agente está presente ou não, e em qual quantidade, é necessário assumir que qualquer via de exposição poderá transmitir algum agente biológico a qualquer momento.
Os agentes biológicos reconhecidamente patogênicos são identificados por meio de dados epidemiológicos ou outros que os relacionem e sua fonte à doença. Assim, a ocorrência de alguma doença causada por um agente biológico conhecido já indica qual é o agente envolvido e suas características, inclusive dando uma idéia de seu potencial de dano, muitas vezes tornando desnecessária uma identificação e caracterização mais aprofundadas desse agente. A suposição de quais doenças são mais prováveis no serviço já forneceria uma lista dos agentes mais prováveis.
A caracterização da exposição envolve determinar o tamanho e as características da população ou pessoas expostas a cada agente biológico identificado, determinando também as vias de transmissão e portas de entrada envolvidas, quantidade de agentes presentes e duração da exposição. Em nível individual, essa caracterização trata da estimativa do número ou quantidade do agente presente em portas de entradas específicas da pessoa exposta. Uma das dificuldades existentes em relação às etapas da caracterização da exposição é a determinação da quantidade de agentes presentes, pois os métodos de quantificação atuais são limitados e não muito confiáveis.
A avaliação do risco associado aos agentes biológicos
depende das considerações e informações derivadas da identificação do agente, de sua caracterização e de todos passos envolvidos na caracterização da exposição. A avaliação de risco resulta em uma estimativa qualitativa ou quantitativa da capacidade de um agente particular causar danos em uma população específica.
Ainda não foi determinado se a abordagem quantitativa é possível ou apropriada para a caracterização do risco associado a agentes biológicos. Assim, por exclusão, a abordagem qualitativa resta como única alternativa. Nesta abordagem, os dados quantitativos usados para os modelos de dose-efeito e dose-resposta e para a avaliação matemática do risco são substituídos usualmente por categorias ou faixas de risco, definidas a partir da experiência de especialistas e compreendendo: a probabilidade de transmissão, a gravidade do dano (por porta de entrada) e o número de pessoas que podem ser afetadas.
Entre os médicos cirurgiões, são estimados 80 a 135 contatos com sangue por ano, sendo 8 a 15 exposições percutâneas. Considerando-se que um cirurgião realiza entre 300 e 500 procedimentos por ano, estima.se que este profissional será vítima de 6 a 10 exposições percutâneas por ano. Os odontólogos também são uma categoria profissional com grande risco de exposição a material biológico. Os estudos mostram que a maioria dos dentistas (quase 85%) tem pelo menos uma exposição percutânea a cada período de cinco anos. 
A maioria dos casos de contaminação pelo H IV em todo o mundo por acidente de trabalho, mais de 70% dos casos comprovados e 43% dos prováveis, envolveram a categoria de enfermagem e de profissionais da área de laboratório. Profissionais de laboratórios clínicos são responsáveis por grande parte dos procedimentos que envolvem material perfurocortante nos serviços de saúde. O número de profissionais de laboratório infectados pelo H IV, el)tretanto, é desproporcional ao número de indivíduos na força de trabalho. Nos EUA, por exemplo, os flebotomistas correspondem a menos do que 1120 do número de profissionais das equipes de enfermagem. Outras categorias profissionais comuns contaminadas pelo H IV foram médicos clínicos, incluindo estudantes de medicina, responsáveis por 12% e 10% dos casos comprovados e prováveis, respectivamente, e médicos cirurgiões e dentistas, responsáveis por 12% dos casos prováveis de contaminação, mas por menos de que 1 % dos casos comprovados.
A magnitude do risco ocupacional depende de diversas variáveis, como a prevalência das doenças transmissíveis na população atendida, informações adequadas sobre os mecanismos de transmissão, e as condições de segurança no trabalho. 
É importante ressaltar que as medidas profiláticas pós~exposição não são 
totalmente eficazes, enfatizando a necessidade de se implementar ações
Educativas permanentes, que familiarizem os profissionais de saúde com as as precauções universais e os conscientizem da necessidade de empregá-
Ias adequadamente, como medida mais eficaz para a redução do risco de
Infecção pelo HIV ou hepatite em ambiente ocupacional
A redução do perigo de exposição a
diversos agentes infecciosos constitui um dos objetivos para qual-
quer programa de saúde dos profissionais de saúde, que freqliente-
mente têm sido auxiliados pelas CCIHs. 
A avaliação do risco de infecção ocupacional pelo H IV em profissionais de saúde requer a análise de diferentes tipos de estudos, entre eles a vigilância de casos de Aids e infecção ocupacional pelo H IV entre os profissionais de saúde, os estudos de soroprevalência entre profissionais de saúde e os estudos prospectivos para avaliação de soroconversões após exposição ocupacional ao H IV.Desde o início da epidemia, vários sistemas de vigilância em todo o mundo, nacionais ou regionais, demonstraram que não existe um risco maior de infecção pelo H IV entre pessoas que trabalham na área de saúde quando comparada à população em geral. Os casos de Aids entre os profissionais de saúde são relacionados em sua grande maioria, com fatores de risco não ocupacionais reconhecidos. Vários estudos para avaliar a soropreval~ncia do H IV em coortes de profissionais de saúde já foram realizados. Os dados obtidos através desses estudos de soroprevalência do H IV entre profissionais de saúde das áreas clínica, cirúrgica e odontológica indicam, na major parte das vezes, taxas de infecção pelo H IV inferiores a um caso por mil profissionais testados. Uma grande limitação desses estudos refere-se ao desconhecimento da extensão dos fatores de risco de exposição ocupacional e não ocupacional entre a maioria dos profissionais. Além disso, algumas dessas taxas podem estar subestimadas se os profissionais que apresentam ou suspeitam de uma sorologia anti-HIV reativa se recusam a ser testados. De qualquer forma, os levantamentos realizados não sugerem uma alta taxa de infecção ocupacional pelo H IV não detectada previamente entre os profissionais estudados. 0 risco da infecção após exposição percutânea com sangue infectado pelo H IV foi estimado em estudos prospectivos realizados em diversos países. Nos dados provenientes de 25 estudos, 6.955 profissionais de saúde foram avaliados prospectivamente após exposição percutânea com sangue infectado pelo H IV. Vinte e dois profissionais se contaminaram, caracterizando um risco de 0,32%, com um intervalo de confiança de 95% (95% IC) variando entre 0,18 e 0,45%.
Fonte de exposição: pessoa, animal, objeto ou substância dos quais um agente biológico passa a uma pessoa (hospedeiro) ou a reservatórios ambientais. A fonte é o local onde o agente se aloja e é transportado.
Reservatório: pessoa, animal, objeto ou substância, em que um agente biológico pode persistir, manter sua viabilidade e poder de dano, ou crescer e multiplicar-se, de modo a poder ser transmitido a um hospedeiro.
pessoas, pacientes, amostras para diagnóstico
animais (inclusive vetores) e seus derivados
plantas e seus derivados
microrganismos e seus derivados
ar, água, solo, mobília, edificação
objetos, equipamentos e instrumentos: agulhas, facas, roupas, copos, óculos, anéis, condicionador de ar
resíduos
produtos ou materiais biológicos
Cutânea: contato direto com a pele
Percutânea: através da pele
Parenteral: por inoculação intravenosa, intramuscular, subcutânea
Pelas mucosas
Pelos olhos
Respiratória: por inalação ou aspiração
Oral: por ingestão
bioaerossóis são ou partículas microscópicas formadas pela evaporação das gotículas (de tamanho igual ou menor que 5 µm) ou partículas microscópicas de poeira contendo agentes biológicos. Os agentes transportados desta maneira podem se dispersar por amplas áreas pela ação de correntes de ar. Podem alcançar o hospedeiro dentro do mesmo recinto ou até mesmo a grandes distâncias a partir da fonte, dependendo de fatores ambientais
Prevenção primária: medidas empregadas no período pré-patogênico, constituído pelas condições e circunstâncias relativas aos agentes biológicos, hospedeiro e ambiente que possibilitam o processo de adoecimento.
1. Medidas para o controle de riscos na fonte e nos reservatórios: medidas que eliminam ou reduzem a utilização ou a presença dos agentes biológicos.
2. Medidas para o controle de riscos na trajetória entre a fonte de exposição e o receptor ou hospedeiro: medidas que previnam ou diminuam a liberação ou disseminação dos agentes biológicos ou que reduzam a concentração desses agentes no ambiente de trabalho.
3. Medidas de proteção individual.
Prevenção secundária: medidas empregadas no período patogênico, depois que a exposição já ocorreu mas antes da ocorrência de danos permanentes (incapacitantes).
Algumas vacinas, usadas após a exposição: p.ex., a raiva.
Imunização passiva: uso de soros – soluções contendo imunoglobulinas ou anticorpos – para bloquear a ação dos agentes biológicos no organismo, prevenindo a colonização, infecção, parasitismo ou dano.
Exames médicos periódicos: o objetivo é obter um diagnóstico precoce de alguma doença em curso e impossibitar seu avanço por meio de tratamento. O ideal é parar a doença
antes que haja algum dano ou, caso isso não seja possível, impedir danos mais graves. Exames microbiológicos de amostras de pacientes podem ser muito úteis para distinguir entre infecção e colonização. Em amostras de saliva, fezes, secreções vaginais e pele, a presença de bactérias (e muitos fungos) não precisa ser necessariamente interpretada como evidência de doença, a menos que o microrganismo identificado não seja parte da microbiota usual naquele local. Os médicos e profissionais de saúde envolvidos devem aprender a identificar as espécies da microbiota normal e como distingui-las de organismos patogênicos.
Tratamento profilático ou profilaxia pós-exposição: terapia para prevenir a instalação da doença após a exposição ao agente ou a recorrência de sintomas de uma doença já existente e que está sob controle. Nesse tipo de terapia podem ser usados, por exemplo, imunoglobulinas ou antibióticos.
Tratamento médico: recursos a ser empregados já no franco período clínico, quando a doença já está em fase mais avançada. Não se trata de prevenir a doença propriamente dita, mas diminuir a gravidade dos danos dela decorrentes, buscando obter a recuperação da saúde (cura). Se isso não é possível, o tratamento concentra-se na prevenção de complicações e danos ainda mais sérios e também na redução do período de incapacidade.
Prevenção terciária: utilizada no período patogênico após a sobrevinda de danos incapacitantes, visa a obter a recuperação.
Recuperação (reabilitação): processos e tratamentos destinados à reabilitação e ao aproveitamento da capacidade remanescente, como reeducação e readaptação para a vida normal. Um exemplo é a cirurgia plástica para restauração facial.
Pela descrição dos níveis de prevenção, pode-se notar que o caráter preventivo ou profilático assume seu maior significado principalmente no primeiro nível, assumindo um aspecto curativo e assistencial à medida que se aproxima do último.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais