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Relatório Analítica - Prática 01

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS 
FACULDADE DE QUÍMICA 
ANÁLISE QUÍMICA QUANTITATIVA 
 
 
 
 
 
DANIELA DE ARAUJO FERREIRA 
LEANDRO RIBEIRO ALHO 
 
 
 
 
PRÁTICA 01 
OPERAÇÕES COM A BALANÇA ANALÍTICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BELÉM – PA 
2021 
 
 
DANIELA DE ARAUJO FERREIRA 
LEANDRO RIBEIRO ALHO 
 
 
 
 
 
 
PRÁTICA 01 
OPERAÇÕES COM A BALANÇA ANALÍTICA 
 
 
 
 
 
Relatório referente as Operações com a Balança 
Analítica apresentado ao Curso de Química 
Industrial da Universidade Federal do Pará, como 
atividade avaliativa da disciplina de Análise 
Química Quantitativa, orientado pelo Professor 
Dr. Carlos Antônio Neves. 
 
 
 
 
 
 
 
BELÉM - PA 
2021
 
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1. INTRODUÇÃO 
 Na Química temos que realizar medições que envolvam cálculos, com precisão, 
exatidão e até mesmo erros experimentais. Tendo a precisão de uma medição como 
indicador da concordância entre as diversas determinações da mesma quantidade, e a 
exatidão como indicador da concordância entre o valor medido e o valor normalmente 
aceito para a quantia, já o erro experimental pode ser caracterizado por erro humano ou 
de equipamentos utilizados [1]. 
Sendo assim, na aula da Prática 01 veremos a importância e as variáveis de uma 
balança analítica, já que a maioria das análises químicas envolvem a pesagem de analitos, 
para medir a quantidade de matéria em uma amostra, e também para o preparo de 
soluções. E um dos maiores problemas relacionados com a pesagem de materiais, é a 
existência de algumas variáveis, que para análises muito precisas, precisam ser reduzidas 
ou eliminadas tais como, temperatura, umidade, o ambiente, a bancada, manuseio, 
calibração, etc. 
A balança analítica é uma das principais ferramentas dentro de um laboratório 
para processos químicos diversificados, muito usada nas indústrias químicas, 
farmacêuticas, alimentícias, microbiológicas e em laboratórios de universidades como a 
UFPA. O seu funcionamento parte do princípio de que o prato fica sobre um cilindro oco 
envolto de uma bobina faz o ajuste do cilindro, uma corrente elétrica cria um campo 
magnético que levanta ou abaixa o prato [2]. Apoiado em um sensor que consegue indicar 
a massa na escala 0,0001g, como mostra a Figura 01. 
Figura 01 - A: Prato da balança; B: Peso interno para a calibração; C: Corrente; D: Processador (o 
qual controla a calibração, a tara e o liga-desliga do aparelho); E: Visor digital da massa; F: Sensor; 
G: Bobina. 
Fonte: https://www.scielo.br/. 
De forma geral, para assegurar uma exatidão nas leituras obtidas com a balança 
analítica, estas são mantidas em caixas de vidro ou plástico para isolar o prato de pesagem 
de eventuais correntes de ar. Observar que todas as balanças modernas têm um dispositivo 
para nivelamento (bolha de nível) e suportes que absorvem choques nas bases para 
https://www.scielo.br/
 
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assegurar que vibrações estranhas ou superfícies não niveladas possam afetar as medidas 
analíticas. 
2. OBJETIVOS 
Aprender a manusear corretamente a balança analítica. Observar, detectar e evitar 
todas as variáveis que podem alterar o resultado das pesagens tais como: umidade, 
trepidação, evitar tocar o objeto a ser pesado, nivelar a balança antes do início das 
pesagens, limpar o prato com um pincel macio, fechar as laterais da balança, verificar os 
limites e não ultrapassar o peso limite. Considerar os algoritmos significativos durante a 
operação. 
3. MATERIAL E MÉTODOS 
3.1 Materiais Utilizados 
1) Balança Analítica (BEL engineering); 
2) Estufa; 
3) Pesa filtro com tampa; 
4) Espátula metálica; 
5) Pincel; 
6) Lápis; 
7) Papel. 
3.2 Reagentes Utilizados 
1) Carbonato de Sódio (Na2CO3). 
3.3 Procedimento Experimental 
Antes de efetuar as pesagens foi realizado o nivelamento da balança e a limpeza 
da mesma com o auxílio de um pincel macio, além de verificar se as laterais da câmara 
de pesagem estavam devidamente fechadas para que não houvesse interações do sistema 
com o ambiente, e logo após deu-se início as pesagens. 
1ª Etapa: na balança analítica pesou-se o pesa filtro sem a tampa, em seguida somente a 
tampa e logo após o pesa filtro com a tampa, a fim de comparar os valores obtidos com a 
soma das pesagens em separado do pesa-filtro e da tampa, e observar a concordância entre 
eles. Lembrando que para as pesagens foi utilizado um papel para que não houvesse 
contato direto com o pesa-filtro, acarretando o mínimo de interferência para as pesagens. 
2ª Etapa: foi realizado a repetição das pesagens anteriores, para verificar se havia 
diferença entre as pesagens. 
 
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3ª Etapa: pesou-se o pesa-filtro com a tampa, e anotou-se o valor da pesagem. Logo em 
seguida, girou-se o pesa-filtro que ainda estava na balança com a mão, e tornou-se a pesá-
los, anotando os resultados. 
4ª Etapa: antes das pesagens um colega de classe respirou três vezes próximo ao pesa-
filtro, e em seguida foi feita a pesagem do mesmo para posterior comparação dos 
resultados. 
5ª Etapa: colocou-se o pesa-filtro sem a tampa na estufa por 3 minutos a 100°C, ao final 
deste período retirou-se o pesa filtro da estufa e foi realizado 4 pesagens com intervalos 
de 30 segundos entre si, e anotou-se os resultados para posterior comparação. 
6ª Etapa: pesou-se somente a tampa, e logo após com o auxílio dei um lápis anotou-se 
duas iniciais na tampa e tornou-se a pesá-la. 
7ª Etapa: pesou-se novamente o pesa-filtro com a tampa, e posteriormente utilizou-se a 
espátula para despejar uma quantia de aproximadamente 0,25 gramas de Na2Ca3 dentro 
do pesa filtro que se encontrava na balança analítica. 
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
A partir dos dados descritos na Tabela 1, pode ser observado que os resultados 
obtidos na primeira e na segunda pesagem apresentaram uma diferença significativa. O 
mesmo comportamento apresentado nas Tabelas 2 e 3, que mostram a comparação dos 
resultados obtidos pelo (pesa – filtro sem a tampa + tampa e o pesa – filtro com a tampa) 
nas duas pesagens. No entanto, é possível notar que houve proximidade entre os valores 
obtidos nas primeiras pesagens (Tabela 01), o que nos mostra que as pesagens foram 
precisas, porém não houve exatidão entre elas. E esse aumento de massa entre as pesagens 
pode ser explicado pelo ganho de massa devido a umidade atmosférica. 
Tabela 01 – Resultados obtidos na primeira e na segunda pesagem. 
 1ª Pesagem 2ª Pesagem 
Pesa – filtro sem a tampa 46,1216 g 46,1244 g 
Tampa do pesa-filtro 25,3138 g 25,4457 g 
Pesa – filtro com a tampa 71,4370 g 71,4460 g 
 
Tabela 02 – Comparação dos resultados obtidos na primeira pesagem. 
 Peso (gramas) - 1ª Pesagem 
Pesa – filtro sem a tampa + Tampa 71,4354 
Pesa – filtro com a tampa 71,4370 
 
 
 
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Tabela 03 – Comparação dos resultados obtidos na segunda pesagem. 
 Peso (gramas) - 2ª Pesagem 
Pesa – filtro sem a tampa + Tampa 71,5701 
Pesa – filtro com a tampa 71,4460 
A tabela 04 nos mostra que ao girar o pesa-filtro com a mão ocorre o aumento no 
valor quando comparado aos valores das pesagens anteriores, o que pode está relacionado 
tanto a mudança de posição do objeto quanto ao fato de manuseá-lo com a mão, 
acarretando a transferência de umidade. Ainda na Tabela 04, podemos observar que 
ocorreu um aumento no valor da pesagem ao respirar próximo ao pesa- filtro, que também 
pode ser explicado pela transferência de umidade para o objeto. 
Tabela 04 – Resultados obtidos nas pesagens. 
 Peso (gramas) 
Girar o Pesa – filtro com a mão 71,4457 
Respirar px. ao pesa – filtro 71,4465 
 
De acordo com a Tabela 05, pode-se observar que houve variação nas pesagens 
do pesa-filtro apósser retirado da estufa, esse comportamento deve-se a existência de 
uma diferença de temperatura entre o recipiente e o ambiente da câmara de pesagem 
provoca correntes de ar, que por sua vez geram forças sobre o prato de pesagem fazendo 
o recipiente parecer mais leve (chamado flutuação dinâmica), e este efeito só desaparece 
quando o equilíbrio térmico for estabelecido [3]. 
Tabela 05 – Resultados obtidos nas pesagens após retirar o Pesa-filtro sem a tampa da Estufa a 100ºC. 
Estufa (100ºC) – durante 3 minutos Peso (gramas) 
Ao retirar 46,1193 
Após 30 segundos 46,1230 
Após 60 segundos 46,1251 
Após 90 segundos 46,1266 
Após 120 segundos 46,1272 
 
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Figura 02: Gráfico que mostra como a temperatura altera a massa do analito (dados retirados da 
Tabela 05). 
Na etapa seguinte, pesou-se primeiramente a tampa obtendo o valor de 25,3180 
gramas, e posteriormente pesou-se a mesma tampa com duas iniciais escritas a lápis 
obtendo o valor de 25,3182 gramas, o que nos mostra que não houve variação de massa 
significativa. E na última etapa, pesou-se novamente o pesa-filtro com a tampa obtendo 
o valor de 71,4535 gramas, tarou-se a balança analítica com o pesa-filtro no seu interior 
e pesou-se o Na2CO3 obtendo o valor de 0,2532 gramas. Calculamos o número de mols 
presentes na análise em questão e constatamos que há 2,3887 x 10-3 mols de Carbonato 
de Sódio na amostra. 
5. CONCLUSÃO 
Conclui-se por tanto, como ressalta os objetivos abordados acima, que se faz 
necessário o manuseio adequado e a brandura no momento de uso experimental da 
balança analítica. Ademais, a presciência de saber o verdadeiro valor dos materiais usados 
torna-se muito importante, visando que esses determinados valores tem uma forte 
ascendência nas reações, uma vez que descoberto efetua-se com mais praticidade e com 
isso obtendo um bom rendimento do experimento, contrariamente disso a experiência não 
terá os mesmos objetivos alcançados 
Foi observado também que o uso da balança analítica exige um conhecimento 
prévio do seu funcionamento e que podem haver variações nos resultados se não 
estivermos atentos a precauções de uso. 
46.114
46.116
46.118
46.12
46.122
46.124
46.126
46.128
Temp. (Ao
retirar)
Temp. (30 s) Temp. (60 s) Temp. (90 s) Temp. (120 s)
Peso x Temperatura
Peso (g)
 
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
1. Kotz, T.W. Química geral e reações químicas. Trad. Aparecida S.V 1º Ed, São 
Paulo, 2009, pg.29-30. 
2. Afonso, J. C. e da Silva, R. M. "A Evolução da Balança Analítica". Química 
Nova, vol. 27, No. 6, 1021-1027, 2004. 
3. Andrade, J.C. D; Custodio, R. O uso da Balança Analítica. Chemkeys. 
Universidade Estadual de Campinas, Instituo de Química. Pág. 2. Março de 20

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