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FISIOLOGIA II 04 - ECG Básico
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(conjunto de vrias ondas), segmentos (linhas isoeltricas) e intervalos (conjunto de segmentos e ondas). Onda P: devida aos potenciais eltricos gerados durante a despolarizao dos trios antes de se contrair. Intervalo PR: incio da contrao atrial e incio da contrao ventricular (0,12 a 0,20 s). Segmento PR: fim da contrao atrial ao incio da contrao ventricular. No se estende at a onda R, mas at a onda Q. Convencionou-se esta denominao pela simples questo da existncia da onda R em qualquer derivao. Complexo QRS: potenciais eltricos gerados na despolarizao dos ventrculos. Segmento ST: fim da contrao ventricular ao incio da repolarizao ventricular. Onda T: potenciais eltricos gerados na repolarizao dos ventrculos. Intervalo QT: mesma durao da contrao ventricular (0,30 a 0,46s). Onda U Intervalo RR: intervalo entre duas contraes ventriculares. Pode ser chamada de intervalo RR ou Ciclo RR. o intervalo entre duas ondas R. Corresponde a frequncia de despolarizao ventricular, ou simplesmente freqncia ventricular. RELAÇÃO ENTRE A CONTRAÇÃO MUSCULAR E AS ONDAS DO ELETROCARDIOGRAMA Onda P – incio da contrao atrial. Complexo QRS – incio da contrao ventricular Onda T – onda de repolarizao ventricular (0,20 a 0,35s ap s o incio da despolarizao ventricular). Onda T atrial – 0,15 a 0,20s ap s a contrao atrial (obscurecida pelo QRS). RELAÇÃO ENTRE O POTENCIAL DE AÇÃO E AS ONDAS QRS E T Complexo QRS – aparece no incio do PA monofsico (despolarizao). Onda T – aparece no final do potencial de ao monofsico (repolarizao). Linha isoeltrica – ausncia de potencial no ventrculo totalmente despolarizado e totalmente polarizado. Arlindo Ugulino Netto – FISIOLOGIA – MEDICINA P2 – 2008.1 4 Sero definidas e detalhadas agora cada onda, complexo, intervalo e segmento do ECG normal. ONDA P A onda P devida aos potenciais eltricos gerados durante a despolarização dos dois átrios, antes de se contrair. A sua primeira metade representa a despolarizao do trio direito e a segunda metade, do trio esquerdo. A amplitude da onda P , em mdia, de 0.25 mV, apresentando um tamanho normal de 2,5mm de altura. Duração: em DII, de 0,08 a 0,10 segundos (2 quadradinhos e meio). Morfologia: onda arredonda e monofsica, podendo apresentar pequenos entalhes (depresso pr ximo ao seu vrtice) devido diferena relativamente normal da contrao dos dois trios. Na taquicardia, apresenta-se pontiaguda. Amplitude: em DII, de 2,5 a 3,0 mm (0,25 a 0,3mV). Polaridade: Positiva em DI, DII e DIII. Negativa em aVR. Como vimos, cada metade da onda P representa um trio. Por esta razo, algumas patologias envolvendo os trios de forma isolada podem ser facilmente detectadas no ECG. A estenose mitral (reduo do dimetro da valva atriovetrnciular esquerda) pode ser causada pela cardite p s-estreptoc cica, como manifestao tardia da febre reumtica. Esta condio faz com que se acumule cada vez mais sangue no atrio esquerdo, aumentando a sua sobrecarga e, a longo prazo, o seu tamanho. A hipertrofia atrial esquerda produz um alongando a onda P no ECG. A hipertrofia atrial direita pode ocorrer em casos de hipertenso pulmonar, que reflete na insuficincia ventricular direita e, tardiamente, na insuficincia atrial direita, a qual cursa com uma hipertrofia atrial que se mostra, no ECG, na forma de uma onda P espiculada na sua primeira metade. Na estenose aortica, devido pouca sada de sangue do ventrculo, h um refluxo do mesmo para o trio, o que tambm aumenta as suas fibras. Isso ocorre por exemplo em pacientes hipertensos (PA maior que 140/90). Nesse caso, haver alterao tambm na onda QRS. Em casos de comunicação interatrial (CIA) – doena congnita em que no h a ocluso do forame oval embrionrio – a onda P prolongada devido ao aumento de carga sangunea a ser bombeada pelos atrios. Em resumo, devemos considerar os seguintes parmetros da onda P: Onda P negativa em DI, DII e/ou DIII representa dextrocardia (corao do lado direito) ou mau posicionamento dos eletrodos (causa mais comum). Quando o trio direito est crescido (devido a estenose tricspide ou estenose pulmonar), faz a onda P crescer em amplitude. Quando o trio esquerdo est crescido faz com que a onda P cresa em durao. Arlindo Ugulino Netto – FISIOLOGIA – MEDICINA P2 – 2008.1 5 INTERVALO PR o intervalo que corresponde desde o incio da onda P at incio do complexo QRS, ou seja, incio da contrao atrial ao incio da contrao ventricular. Significa o registro grfico da despolarizao de praticamente todo o sistema de conduo: transmisso do impulso desde o n sinuatrial at os ramos do feixe de His e de Purkinje (por se tratar de um pequeno contigente de fibras em comparao ao msculo cardaco, se mostra na forma de uma linha isoeltrica). um indicativo da velocidade de conduo entre os trios e os ventrculos e corresponde ao tempo de conduo do impulso eltrico desde o n do atrio-ventricular at aos ventrculos. Este intervalo necessrio para manter o ritmo cardaco necessrio para que os trios e ventrculos se contraiam em tempos diferentes. Duração: de 0,12 a 0,20s (3 a 5 quadradinhos). o Maior que 0,20s: Bloqueio atrio ventricular de estmulo de 1 grau (BAV 1) o Menor que 0,12s: Sndrome de Pr-excitao; Sndrome de Wolf-Parkinson-White (causada por uma fibra que conecta previamente as fibras de conduo dos trios com os ventriculos). A Síndrome de Wolff-Parkinson-White caracterizada por uma arritmia cardaca causada por um sistema de conduo eltrico anmalo, que faz com que os impulsos eltricos sejam conduzidos ao longo de uma via acess ria das aurculas at os ventrculos, diminuindo o retardo que ocorreria no n AV. tambem uma forma de taquicardia, formada por uma conduo atrioventricular adicional que impede conduo normal do estmulo do trio at o n dulo atrioventricular, causando o que chamamos de taquicardia supraventricular. A correo cirrgica, sendo necessria a ablao deste segmento acess rio. O intervalo PR assim chamado, mesmo no compreendendo a pr pria onda R (mas sim o incio da onda Q), pois nem todas as derivaes possuem a onda Q, mas todas possuem a onda R. SEGMENTO PR Linha isoeltrica correspondente entre o fim da onda P e o incio do complexo QRS, representando o atraso normal que acontece quando o estmulo eltrico do corao alcana o n AV. Este atraso, como j vimos, necessrio para que haja a contrao ventricular logo depois de completada a contrao atrial, isto : para que haja uma harmonia de contrao entre os dois sinccios cardacos. Tem durao mdia de 0,08s (2 quadradinhos). COMPLEXO QRS Complexo, como vimos, um conjunto de ondas. O complexo QRS consiste na representao grfica da despolarizao ventricular, ou seja, da contrao dos ventrculos. maior que a onda P em amplitude pois a massa muscular dos ventrculos maior que a dos trios. Anormalidades no sistema de conduo geram complexos QRS alargados e representam situaes de emergncia. Duração: 0,10 a 0,12 segundos. Maior que 0,12s Bloqueio de um ramo D ou E do Feixe de His. Nestes casos, apresenta entalhes importantes. Polaridade: depende da orientao do vetor SQRS (que representa o vetor de despolarizao ventricular). Vale salientar que, no complexo QRS, a primeira onda positiva sempre ser a onda R, independente da derivao; a primeira onda negativa antes do R a onda Q; a primeira onda negativa depois de R a onda S. Morfologia normal: de V1 a V6, nesta ondem, a onda R aumenta e a onda S diminui em amplitude (r, rS, rS’, Q, qR, qRs). Amplitude: baixa voltagem: 5mm; R+S em V2 ≤ 9mm. A doença de Chagas causa bloqueio atrioventricular total (BAVT),