Buscar

Resumo capitulo 5 do livro sapiens

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Nome: Ariele de Freitas Macedo Disciplina: Antropologia
“A Maior Fraude da História”
O capítulo 5 do livro “sapiens” provocou em mim diversos questionamentos que sobre a Revolução Agrícola, uma vez que o texto fala sobre esse marco histórico sob uma perspectiva diferente da que costumamos estudar na escola ou da que aparece na maioria dos textos relacionados com o assunto.
Para o autor do livro, a Revolução Agrícola, responsável por fazer com que os seres humanos deixassem de ser nômades e assentassem-se em um só lugar, produzindo seu próprio alimento, domesticando plantas e animais, foi, na verdade, uma grande fraude. Isso porque a história contada alega que os seres humanos foram se tornando mais inteligentes e que se tornaram agricultores pois era uma melhor forma de viver que traria mais vantagens individuais. Entretanto, no texto lido, essas alegações são rebatidas.
Uma frase muito interessante dita pelo autor é que os homens não domesticaram as plantas, e sim as plantas domesticaram os homens. De início pode parecer uma afirmação falsa, porém, o autor explica o porquê: a vida de caçador-coletor era relativamente confortável, os Homo sapiens conseguiam seus nutrientes e não precisavam de muita coisa para se satisfazerem. A partir do momento em que começaram a plantar em formato de agricultura, passaram a praticamente viver para a plantação e a depender do seu sucesso para sobreviver, já que, sem ela, não teria o que comer. Com isso, passaram a ser escravos dos cultivo e as plantas acabavam por, de certa forma, obrigar os humanos a lhes darem tudo o que necessitavam para sobreviver e se espalharem. Não coincidentemente, o trigo, grão muito consumido na época da Revolução Agrícola, ocupa hoje 2,25 milhões de quilômetros quadrados.
Individualmente, os a Revolução Agrícola causou diversos prejuízos aos seres humanos, proporcionando-lhes uma dieta mais pobre, menor segurança e diversos problemas na coluna, que não estava adaptada para realizar as tarefas que a agricultura demanda. Porém, o estabelecimento da vida em um só lugar apresentava um vantagem para espécie como um todo, pois agora o Homo sapiens poderia se reproduzir com maior frequência. De acordo com o autor, a essência da Revolução Agrícola é exatamente essa: a capacidade de mantes mais pessoas vivas em piores condições.
Nesse sentido, a “armadilha” da Revolução Agrícola estava ai: as pessoas passaram a produzir maiores quantidades de alimento, trabalhando cada vez mais e desenvolvendo novas técnicas para melhorar a quantidade e a qualidade da produção, porém, com o aumento exponencial de nascimentos e pessoas para alimentar, toda a comida continuava sendo pouca. Ou seja, os homens aumentavam o trabalho a fim de produzir mais e ficarem mais tranquilos, mas acabavam por trabalhar cada vez mais pois nunca era suficiente. Dessa forma, podemos comparar com o que acontece nos dias atuais. O homem desenvolve tecnologias para facilitar o seu trabalho e tecnicamente teria mais tempo livre, entretanto, ele utiliza desse tempo livre para trabalhar mais, vivendo um ciclo vicioso.
Voltando para a época da Revolução Agrícola, neste ponto, quando os problemas começaram a se acumular, o homem já era incapaz de sair da armadilha, pois já fazia muito tempo que deixara de ser coletor-caçador e não sabia mais como voltar para essa vida. Além disso, a população tinha aumentado de tal forma que a vida nômade não seria capaz de alimentar a todos e estavam acostumados com o “luxo” da vida não-nômade. Sendo assim, os seres humanos cada vez mais se escravizavam. 
Outra questão que me chamou atenção no texto foi a consideração da religiosidade na Revolução Agrícola, considerando que o culto a uma força sobrenatural pode ter sido um motivador para a mudança de vida da espécie. Há uma tendência a se pensar que tudo o que acontece durante a evolução passa apenas por motivos racionais quando essa pode não ser a verdade.
O humanos sofreram com a revolução, porém fizeram outras vítimas: os animais domesticados. Após a Revolução Agrícola, os animais passaram a viver para os luxos dos homens e até hoje sofrem com a escravização e com a crueldade de uma vida curta. Animais de abatedouro nascem e para morrer. Mesmo animais que possuem uma vida mais longa, como vacas leiteiras, passam a vida inteira trancados com o único intuito de servir aos homens.

Outros materiais