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INTEGRAÇÃO DAS OPERAÇÕES LOGÍSTICAS Logística – Prof. Wanderberg Brandão. Logística integrada 1-‹nº› O conceito de logística integrada é ilustrado na área sombreada da figura abaixo: Apoio à manufatura Distribuição física Suprimento Fluxo de materiais Fluxo de informações Clientes Fornecedores Figura 2.1 A integração logística 1. LOGÍSTICA INTEGRADA 1-‹nº› 2 1. LOGÍSTICA INTEGRADA 1.1. Fluxo de materiais O gerenciamento operacional da logística abrange a movimentação e a armazenagem de materiais e produtos acabados. Desde a compra inicial de materiais ou componentes, o processo logístico agrega valor movimentando o estoque quando e onde é necessário. Se tudo ocorrer normalmente, os materiais ganham valor em cada fase de sua transformação em estoque acabado. 1-‹nº› 1.1. Fluxo de materiais Pode-se dividir as operações logísticas em 3 áreas: 1. LOGÍSTICA INTEGRADA Suprimento Abrange a compra e a organização da movimentação de entrada de materiais, de peças ou produtos acabados dos fornecedores. Apoio à manufatura Concentra-se no gerenciamento do estoque em processo à medida que este flui entre as fases de fabricação. Auxilia na programação mestre da produção. Distribuição física Trata da movimentação de produtos acabados para entrega aos clientes. O cliente é o destino final dos canais de marketing. 1-‹nº› 1.2. Fluxo de informações Identifica locais específicos dentro de um sistema logístico em que é preciso atender a algum tipo de necessidade. As informações abrangem as três áreas operacionais. O principal objetivo na especificação de necessidades é planejar e executar operações logísticas integradas. A informação logística abrange dois tipos principais de fluxos: fluxos de planejamento e coordenação e fluxos operacionais. 1. LOGÍSTICA INTEGRADA 1-‹nº› 1. LOGÍSTICA INTEGRADA Objetivos estratégicos Restrições de capacidade Necessidades logísticas Necessidades de fabricação Necessidades de suprimento Projeções Posicionamento de estoque Gerenciamento de estoque Gerenciamento de pedidos Operações de distribuição Transporte e expedição Suprimento Processamento de pedidos FLUXOS DE PLANEJAMENTO E COORDENAÇÃO OPERAÇÕES Figura 2.2 Necessidades de informações logísticas 1-‹nº› Case de logística integrada: Natura 1-‹nº› As organizações não implementam a integração da logística interna pacificamente. É importante reconhecer obstáculos, ou barreiras, que frequentemente inibem o processo de integração interna. As barreiras à integração originam-se de práticas tradicionais relativas à: Estrutura organizacional A estrutura organizacional tradicional prejudica a implementação de qualquer processo interfuncional. É necessário que se mude da estrutura funcional para a estrutura de administração interfuncional. 3. BARREIRAS À INTEGRAÇÃO LOGÍSTICA 1-‹nº› 3. BARREIRAS À INTEGRAÇÃO LOGÍSTICA Sistema de mensuração Os sistemas de mensuração tradicionais retratam a estrutura organizacional. Novos sistemas de indicadores de desempenho devem ser traçados para incentivar os executivos a analisar suas funções específicas como parte de um processo, em vez de atividades independentes. 1-‹nº› Propriedade do estoque A formação de estoque apóia longas corridas de produção que resultam em economias de escala, assim como estoques locais de mercadorias facilitam as atividades de vendas. A questão básica é a relação custo/benefício e os riscos de obsolescência ou de localização incorreta do estoque. 3. BARREIRAS À INTEGRAÇÃO LOGÍSTICA 1-‹nº› Tecnologia de informação Recurso-chave para se obter a integração. A segurança na transferência de dados e o uso de softwares abertos, que permitem perfeita integração são vitais para o compartilhamento de dados em tempo hábil. 3. BARREIRAS À INTEGRAÇÃO LOGÍSTICA 1-‹nº› Capacidade de transferência de conhecimentos Na esfera empresarial, conhecimento é poder. Deficiências na transferência de conhecimentos criam barreiras à integração, especialmente quando funcionários experientes se aposentam ou por qualquer motivo saem da empresa. 3. BARREIRAS À INTEGRAÇÃO LOGÍSTICA 1-‹nº› 4. CICLOS DE ATIVIDADES DA LOGÍSTICA A principal unidade de análise da logística integrada é o ciclo de atividades. A análise da integração logística, em termos de ciclos de atividades, fornece uma perspectiva básica da dinâmica, das interfaces e das decisões que devem ser combinadas para a criação de um sistema operacional. Em um nível básico, os fornecedores, a empresa e seus clientes são vinculados pelos canais dos meios de comunicação e de transporte. As localizações das instalações vinculadas pelos ciclos de atividades são chamadas de nós. 1-‹nº› A entrada de um ciclo de atividades é representada por um pedido que especifica as necessidade de produto ou materiais A saída é o desempenho esperado da operação logística Quando a estrutura do ciclo de atividades atende às exigências operacionais, é considerada eficaz Independente do número e dos tipos diferentes de atividades utilizados para satisfazer as necessidades logísticas, cada um dos tipos deve ser projetado e gerenciado individualmente. 4. CICLOS DE ATIVIDADES DA LOGÍSTICA 1-‹nº› A figura 2.3 ilustra a estrutura dos ciclos de atividades das três áreas operacionais básicas da logística. A figura 2.4 ilustra uma rede complexa de ciclos de atividades organizada em uma estrutura multifacetada. 4. CICLOS DE ATIVIDADES DA LOGÍSTICA 1-‹nº› Fonte de materiais Fábrica de componentes Atividade de montagem Depósito de distribuição Cliente Ciclo de suprimento Ciclo de apoio à manufatura Ciclo de distribuição física Nó Vínculos de transporte Vínculos de comunicação Figura 2.3 Ciclos de atividades logístico 1-‹nº› 1-‹nº› Fonte de materiais Fábrica de componentes Atividade de montagem Depósito de distribuição Cliente Fonte de materiais Fábrica de componentes Atividade de montagem Depósito de distribuição Cliente Fonte de materiais Fábrica de componentes Atividade de montagem Depósito de distribuição Cliente 1 2 3 Figura 2.4 Estrutura de uma rede logística multifacetada 1-‹nº› 1-‹nº› Três pontos são importantes para a compreensão da arquitetura de sistemas logísticos integrados. Em primeiro lugar O ciclo de atividades é a unidade fundamental para a análise de funções logísticas; Em segundo lugar A estrutura de ciclos de atividades, em termos de organização de nós e vínculos, é basicamente a mesma, quer na distribuição física quer no apoio à manufatura, quer ainda no suprimento; e 4. CICLOS DE ATIVIDADES DA LOGÍSTICA 1-‹nº› Em terceiro lugar Independentemente do quão ampla e complexa seja a estrutura do sistema logístico completo, interfaces e processos de controle essenciais devem ser identificados e avaliados como combinações de ciclos de atividades individuais ao se buscar a integração dos processos. 4. CICLOS DE ATIVIDADES DA LOGÍSTICA 1-‹nº› As operações de distribuição física abrangem basicamente o processamento de pedidos de clientes e a entrega de mercadorias. Portanto, torna-se claro que a distribuição física tem influência direta no desempenho de marketing e das vendas, pois proporciona a disponibilidade de produtos de maneira econômica e em tempo hábil. O ciclo de atividades básico da distribição fisica está ilustrado na Figura 2.5 a seguir. 4. CICLOS DE ATIVIDADES DA LOGÍSTICA 1-‹nº› Processamento de pedidos Transmissão de pedidos Transporte do pedido (mercadoria) Separação de pedidos Pedido de cliente Entrega de cliente Figura 2.5 Atividades do ciclo básico de atividades da distribuição física 1-‹nº› 1-‹nº› 4.2 CICLOS DE ATIVIDADES DE APOIO À MANUFATURA O ciclo de atividades do apoio à manufatura consiste na logística de produção. O apoio logístico à produção tem como principal objetivo estabelecer e manter um fluxo econômico e ordenado de materiais e estoque em processo para cumprir as programações de produção. Atividades relacionadas ao apoio à manufatura Planejamentodo programa mestre; Execução de atividades de armazenagem do estoque semi-acabado; Manuseio, transporte e sequenciamento de componentes; 1-‹nº› Atividades relacionadas ao apoio à manufatura Responsabilidade pela armazenagem de estoque em locais de fabricação; e Responsabilidade pela máxima flexibilidade na coordenação de postergação. 4.2 CICLOS DE ATIVIDADES DE APOIO À MANUFATURA 1-‹nº› Operações de apoio à manufatura, ao contrário das operações de distribuição física ou de suprimento, têm seu movimento limitado ao controle de gerenciamento interno da empresa. Portanto, na condução da logística de apoio à produção, pode ser controlada a variância decorrente de entrada aleatória de pedidos e de desempenho irregular de fornecedores, permitindo, assim, operações mais contínuas e sincronizadas, o que resulta em estoque de segurança maior. 4.2 CICLOS DE ATIVIDADES DE APOIO À MANUFATURA 1-‹nº› 4.3 CICLOS DE ATIVIDADES DO SUPRIMENTO São necessárias várias atividades ou tarefas para facilitar um fluxo ordenado de materiais, componentes ou estoque de produtos acabados para um complexo de produção ou de distribuição. Essas atividades são mostradas na Figura 2.6, a seguir, e são essenciais para completar o processo de suprimento. 1-‹nº› 1-‹nº› O ciclo de suprimento é semelhante ao ciclo de processamento de pedidos de clientes. Entretanto há três diferenças importantes: Em primeiro lugar – o tempo de entrega, o tamanho das cargas, o método de transporte e o valor dos produtos são substancialmente diferentes no suprimento; Em segundo lugar – a quantidade de fornecedores de uma empresa é normalmente menor do que a quantidade de clientes à qual atende; e 4.3 CICLOS DE ATIVIDADES DO SUPRIMENTO 1-‹nº› Em terceiro lugar – ao contrário da distribuição física, é o próprio sistema de suprimento que dá início aos pedidos de compra. As três principais diferenças do suprimento, em relação ao ciclo de distribuição física, permitem uma programação mais ordenada das atividades logísticas. A maior incerteza no suprimento são possíveis mudanças de preço e a descontinuidade de suprimento. Uma característica final da estrutura dos ciclos de atividades, que é crítica em todas as facetas da logística é a incerteza operacional. 4.3 CICLOS DE ATIVIDADES DO SUPRIMENTO 1-‹nº› 5. GERENCIAMENTO DA INCERTEZA OPERACIONAL Um objetivo importante do gerenciamento da logística é reduzir a incerteza dos ciclos de atividades, mantendo conformidade com o prazo esperado ou prazo-padrão. O dilema é que a estrutura do próprio ciclo de atividades, as condições operacionais e a qualidade das operações logísticas são combinadas de maneira aleatória, criando variância. A figura a seguir ilustra a magnitude da variância que pode ocorrer nas operações dos ciclos de atividades. O ciclo de atividades ilustrado cobre a entrega de produtos acabados. 1-‹nº› 1-‹nº›
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