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AUTISMO, EDUCAÇAO E PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

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2 
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Autismo, educação e 
proposta de intervenção 
SUMÁRIO 
 
O Autismo .................................................................................................................. 3 
Caracterizando o Autismo .......................................................................................... 3 
Características Clínica: CID e DSM ............................................................................ 6 
Critérios de Diagnóstico ............................................................................................. 8 
Métodos de Tratamento ............................................................................................. 9 
ABA – Análise Aplicada do Comportamento ............................................................ 10 
Como ABA é usada para ensinar crianças com autismo? ........................................ 12 
O que é DTT? .......................................................................................................... 13 
Catherine Maurice .................................................................................................... 16 
Qual a maneira correta de usar a ABA? ................................................................... 17 
PECS - Um caminho para a comunicação ............................................................... 21 
FASES DO PECS .................................................................................................... 26 
Materiais para criar o PECS ..................................................................................... 33 
Criando livros PECS................................................................................................. 34 
TEACCH .................................................................................................................. 34 
Referências .............................................................................................................. 40 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Autismo, educação e 
proposta de intervenção 
O Autismo 
Caracterizando o Autismo 
 
O autismo, inicialmente, foi descrito por Leo Kanner (1943), como Síndrome 
Comportamental que se manifesta nos primeiros anos de vida. 
O primeiro paciente observado por Leo Kanner foi em 1938. Durante seu 
trabalho foram descritas onze crianças, entre meninas e meninos. A partir desse 
momento o autismo passou a ser estudado por diversos pesquisadores, com mais 
frequência. Tendo seu conceito ampliado e, atualmente, admitem-se diversos graus 
do autismo (SCHWARTZMAN, 2010). 
Inicialmente, o indivíduo era considerado autista pelo o grave comportamento 
para a vida cotidiana, devido as poucas pesquisas sobre o assunto. O autismo ficou, 
mundialmente, conhecido através do filme “meu filho, meu mundo”, em 1979, 
reprisado por diversas vezes na televisão. 
Com os anos o conceito de autismo sofreu diversas modificações. Mas, ainda 
recebe os mais variados diagnósticos médicos, indo desde o transtorno obsessivo 
compulsivo, personalidade esquizóide, esquizofrenia, transtornos de humor, até, 
deficiência mental isolada. Mesmo assim, hoje, o quadro clínico do autismo é bem 
definido e caracterizado como um conjunto de sintomas e dificuldades, 
manifestandose comprometimento do relacionamento social, por comportamento 
repetitivo, por dificuldades de linguagem, além da persistência em determinadas 
rotinas não funcionais (STELZER, 2010). 
 
 
 
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Autismo, educação e 
proposta de intervenção 
Wing e Gould (1979) classificaram esses sintomas em 3 grupos denominados 
como tripé dos sintomas autísticos. destaca que o termo “idiotia”, de origem grega 
 Tripé do Espectro Autístico 
 
 
Stelzer (2010, p. 7) explica que: O termo tem origem no grego: “autos” que 
significa “próprio” (ZAFEIRIOU et al., 2007). Clemens Benda (apud BENDER, 1959) 
Falha na interação social 
recíproca 
Comprimento da imaginação 
Comportamento e interesse 
repetitivos 
Dificuldade na comunicação 
verbal e não verbal 
 
 
 
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Autismo, educação e 
proposta de intervenção 
tem o mesmo significado de “autismo”, de origem latina, descrevendo uma pessoa que 
vive em seu próprio mundo, uma pessoa fechada ou reclusa. 
Anteriormente, o autismo estava ligado a fatores psicológicos e que os pais 
eram responsáveis por esse quadro clínico. Na época afirmava que o autismo era 
causado devido o comportamento frio e obsessivo dos pais em relação aos filhos. No 
entanto, essa hipótese foi afastada pela literatura médica, e como citado acima, 
atualmente, o autismo é considerado como uma desordem neurológica. Dessa forma, 
mesmo não existindo uma explicação completa, apenas evidências incontestáveis, o 
autismo é considerado um distúrbio de desenvolvimento, causado por condições 
genéticas e ambientais, que na verdade não é uma condição só, ou seja, a 
neurobiologia do autismo não está relacionada a um problema psicológico, mas sim 
biológico. 
Em entrevista realizada o Neuropediatra Salomão Schwartzman (2010) afirma 
que essas condições são bastante comuns e ao contrário do que se imagina estão 
presentes em vários locais, exemplificando a escola, o ambiente de trabalho, etc. 
Tendo em vista o leque de gravidade de conjunto de autismo, pela enorme variedade 
que ele tem, se você entrar numa sala cheia de pessoas portadores da síndrome do 
 
 
 
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Autismo, educação e 
proposta de intervenção 
autista, ficará surpreso com a variedade de características que eles apresentam, 
muitas em diversos graus. 
Nesse sentido, Wing e Gould (1979) explicam que o comprometimento é de 
diferente intensidade para cada pessoa, ou seja, um indivíduo pode ter 
comprometimento mais intenso de sociabilidade do que comunicação. No entanto, é 
necessário que exista o comprometimento nos três pés do tripé descrito por Wing e 
Gould (1979). 
 Segundo Gauderer (1997) apud SANTOS (2015, p.13) define o autismo: Como 
sendo uma inadequacidade no desenvolvimento que se manifesta de maneira grave, 
durante toda a vida. Atribui ao aparecimento do autismo aos três primeiros anos de 
vida, sendo uma enfermidade encontrada em todo mundo e em famílias de toda 
configuração racial, étnica e social. 
 Assim, as características primordiais do autismo são o prejuízo na 
comunicação, prejuízo na interação social e comportamentos repetitivos, sem muitos 
significados, que muitos parecem ficar realizando sem uma finalidade muito clara. 
Exemplificando, pessoas com autismo têm atração por movimentos circulares, 
podem passar hora fascinada com o giro de um catavento ou de um ventilador. 
Assim, podese afirmar que o autista é um indivíduo metódico, o “mundo” do autista é 
aquele que não se modifica, qualquer variação do seu “mundo” lhe traz ao extremo 
desconforto. Frequentemente são intolerantes à determinados sons, é uma reação 
desproporcional. 
 O indivíduo com transtorno de desenvolvimento autista apresenta uma enorme 
dificuldade de interação social. Para ele o olhar dos outros, os sons, os movimentos e 
 
 
 
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Autismo, educação e 
proposta de intervenção 
o “falatório” provocam um “curto circuito” que as vezes deixam inseguros e 
desorientados. 
 No autismo existe uma dificuldade grande de perceber sutileza e linguagem, 
de decifrar gestos, movimentos e intenções nas expressões faciais das outras 
pessoas. Eles levam tudo ao pé da letra. 
 Talvez, uma característica mais integrante do autista, nos mais variados 
aspectos, seja a questão do olhar, para demonstrar o afeto usa-se vários canais, 
exemplificando toque físico, tato visual, no entanto, o autista não tem essas 
habilidades, não gosta do contato, seja físico ou visual, o que lhe causa enormedesconforto. 
 
Características Clínica: CID e DSM 
 
Em termos de classificação, desde a descrição do autismo houve inúmeras 
categorias de classificação. Mundialmente, os sistemas utilizados para a classificação 
e diagnóstico são CID (Classificação Internacional de Doenças) e DSM (Manual 
Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, da Associação Americana de 
Psiquiatria). 
As primeiras classificações do autismo foram psicose e esquizofrenia. A oitava 
revisão do CID incluía o autismo como esquizofrenia, sendo unificada a categoria de 
psicose infantil na nona revisão. Atualmente, o CID está na sua décima edição (CID – 
10), incluindo o autismo como Transtornos Globais do Desenvolvimento, havendo 
 
 
 
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Autismo, educação e 
proposta de intervenção 
concordância com os DSM III e o DSM III-R., no entanto, o DSM-IV incluía o autismo 
como Transtorno integrante ao agrupamento de Transtorno Invasivos do 
Desenvolvimento (BOSA e COL, 2002). Bosa e Col. (2002 apud SANTOS, 2015, p. 
15) afirmam que o Autismo hoje é visto como nos mostra dentro das classificações 
atuais, como comprometimento de três áreas principais: Alterações qualitativas das 
interações sociais recíprocas, modalidades de comunicação, interesses e atividades 
restritos, estereotipados e repetitivos. 
 O autismo é caracterizado pelos desvios qualitativos de comprometimento dos 
três grupos do tripé, tais como interação, comunicação e uso imaginário, estando 
presente desde os primeiros anos de vida das crianças. Nesse sentido, Melo (2004 
apud SANTOS, 2015, p. 15) explica que estas alterações surgem “[...] tipicamente 
antes dos três anos de idade”. 
Como mencionado, o comprometimento é de diferente intensidade para cada 
grupo, ou seja, um indivíduo pode ter comprometimento mais interno de interação do 
que comunicação. No entanto, é necessário que exista o comprometimento nos três 
pés do tripé descrito por Wing e Gould (1979). 
 
Critérios de Diagnóstico 
 
Tendo em vista que o autismo é definido por um conjunto de comportamento 
que variam em grau e gravidade, não existe um exame complementar capaz de 
afirmar o diagnóstico do autismo, apenas dados clínicos, levando em consideração 
histórias e observação do comportamento. Os exames disponíveis apenas permitem 
detectar doenças associadas ao autismo. 
 
 
 
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Autismo, educação e 
proposta de intervenção 
Inicialmente, o diagnóstico parte da observação direta de comportamento feita 
pelos pais e família, encaminhando a criança a um especialista. 
Segundo AMA (2015) devido os sintomas estarem presentes antes dos 3 anos 
de idade, dependendo da gravidade do comprometimento, torna possível fazer o 
diagnóstico por volta dos 18 meses de idade. 
O diagnóstico precoce do autismo torna-se importante para que haja um 
direcionamento do mesmo ao tratamento mais adequado as suas necessidades, 
fazendo toda a diferença. 
 Para SANTOS (2015, p. 39) “[...] temos que pensar que o diagnóstico de autista 
está extremamente vinculado com o rótulo de incomunicabilidade, restringindo esse 
autista ao contato com o mundo, uma vez que esse não faz uso da linguagem verbal”. 
Atualmente, existem inúmeras técnicas e terapias para estimular o 
desenvolvimento da área afetada, as quais serão utilizadas durante toda a sua vida. 
Para tanto, faz-se necessário um diagnóstico correto para que o tratamento comece 
na fase inicial do transtorno. 
 
Métodos de Tratamento 
 
A manifestação do autismo exige tantos cuidados que os familiares chegam ao 
desespero, todos passam a viver em função da criança, e em tempo integral. Família 
nenhuma está preparada para enfrentar essa realidade sem receber orientação 
especializada. 
Cuidar de uma criança com autismo pode ser uma carga imensa, em certos 
casos o transtorno impõe certas limitações que um simples passeio no parque torna– 
 
 
 
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Autismo, educação e 
proposta de intervenção 
se impraticável, ou seja, o dia a dia se torna sufocante. Os pais chegam a tomar 
atitudes super protetoras, sem querer começa a entrar na doença do filho e 
consequentemente, não aprende a forma correta de tentar evitar os comportamentos 
inadequados e inserir essa criança no mundo de maneira possível. 
As alterações neurológicas do autismo são mal conhecidas e ainda não existe 
cura para este transtorno, contudo, existem inúmeras terapias que promete resultados, 
algumas sem comprovação científica. 
Uma vez que o espectro do autismo vai daquele que nem consegue falar aos 
dotados de habilidades geniais, é necessário criar um sistema de comunicação em 
que participe especialistas de diversas áreas, tais como: psicologia, fonoaudiologia, 
fisioterapia e terapia ocupacional, além de psiquiatria e neuropediatra; familiarizados 
com o problema. 
A intervenção multidisciplinar se destaca por possibilitar, significativamente, a 
melhora na qualidade de vida do autista, respeitando o nível de desenvolvimento e 
particularidades de cada criança. Este tratamento consiste na orientação da família e 
no desenvolvimento da linguagem e comunicação da criança autista. 
 Deste modo, pretende–se apresentar os principais métodos de tratamento do 
autismo, mostrando que é possível tornar o nosso mundo mais acessível à eles. 
 
 
 
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Autismo, educação e 
proposta de intervenção 
dos 
Condicionamento Operante, que é o que usamos atualmente para mudar ou modificar 
comportamentos e ajudar na aprendizagem. Condicionamento Operante significa que 
 
ABA – Análise Aplicada do Comportamento 
 
O que é ABA? 
 
Análise do Comportamento Aplicada ( Applied Behavior Analysis ; abreviando: 
ABA ) é um termo advindo do campo científico do Behaviorismo , que observa, analisa 
e explica a associação entre o ambiente, o comportamento humano e a 
aprendizagem. 
Uma vez que um comportamento é analisado, um plano de ação pode ser 
implementado para modific ar aquele comportamento. O Behaviorismo concentra - se 
na análise objetiva do comportamento observável e mensurável em oposição, por 
exemplo, à abordagem psicanalítica, que assume que muito do nosso comportamento 
deve - se a processos inconscientes. (Lembre - se de Freud!). 
Ivan Pavlov, John B. Watson, Edward Thorndike e 
B.F. Skinner foram os pioneiros que pesquisaram e 
descobriram os princípios científicos do Behaviorismo. São 
considerados os “Pais do Behaviorismo”. 
O livro de B.F. Skinner, lançado em 1938, “The 
Behavior of Organisms” ( O comportamento 
organismos), descrevia sua mais importante descoberta, o 
 
 
 
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Autismo, educação e 
proposta de intervenção 
um comportamento seguido por um estímulo reforçador resulta em uma probabilidade 
aumentada de que aquele comportamento ocorra no futuro. Em português claro isso 
significa que, à medida que você vai levando a vida, vão lhe acontecendo coisas que 
vão aumentar ou diminuir a probabilidade de que você adote determinado 
comportamento no futuro. Por exemplo, se durante seu caminho para o trabalho você 
acena e sorri para o motorista do carro ao lado, e ele deixa que você atravesse na sua 
frente, você provavelmente vai tentar a mesma estratégia no dia seguinte. Seu 
comportamento de acenar e sorrir ficará mais frequente, porque foi reforçado pelo 
outro motorista! 
Todos nós aprendemos através de associações e nosso comportamento é 
“modificado” através das consequências. Tentamos coisas e elas funcionam; então as 
fazemos novamente. Tentamos coisas e elas não funcionam; então é menos provável 
que as façamos novamente. Nosso comportamento foi “modificado” pelo resultado ou 
consequência. 
Ao lado do Condicionamento Operante, Skinner pesquisou e descreveuos 
termos: SD (Estímulo Discriminativo = Discriminative Stimulus), Reforçador 
(Reinforcer), Controle de Estímulo (Stimulus Control), Extinção (Extinction), Esquemas 
de Reforçamento (Schedules of Reinforcement) e Modelagem (Shaping). Todos esses 
conceitos podem ser aplicados para trabalhar com uma vasta gama de 
comportamentos humanos. 
 
 
 
 
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Autismo, educação e 
proposta de intervenção 
 
Como ABA é usada para ensinar crianças com autismo? 
 
Para ensinar crianças com autismo, ABA é usada como base para instruções 
intensivas e estruturadas em situação de um-para-um. Embora ABA seja um termo 
“guarda-chuva” que englobe muitas aplicações, as pessoas usam o termo “ABA” como 
abreviação, para referir-se apenas à metodologia de ensino para crianças com 
autismo. 
 
ABA é um termo “guarda - chuva”, descreve uma abordagem científica que pode 
ser usada para tratar muitas questões diferentes e cobrir muitos tipos diferentes de 
intervenções. Educação, especificamente Educação Especial para crianças com 
autismo, é uma das ap licações dessa ciência. 
 
Medos e 
Fobias 
Adição e 
Dependência 
Química 
Transtornos Comportamentais... 
de sono, de alimentação 
Serviços de Proteção 
à Criança 
Parar de 
Fumar Desenvolvimento da 
Linguagem 
Treinamento 
de Animais 
Estresse e 
Relaxamento 
 
Educação/ 
Ed Especial 
Comportamento 
Organizacional 
 Aconselhamento de 
Casal e Família 
 
 
 
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Autismo, educação e 
proposta de intervenção 
Um programa de ABA frequentemente começa em casa, quando a criança é 
muito pequena. A intervenção precoce é importante, mas esse tipo de técnica também 
 
https://www.appliedbehavioranalysisedu.org/how-is-discrete-trial-training-used-in-aba-therapy/ 
 
O Ensino por Tentativas Discretas (Discrete Trial Teaching – DTT) é uma das 
metodologias de ensino usadas pela ABA. Tem um formato estruturado, comandado 
pode beneficiar crianças maiores e adultos. A metodologia, técnicas e currículo do 
programa também podem ser aplicados na escola. A sessão de ABA normalmente é 
individual, em situação de um - para - um, e a maioria das intervenções precoces 
seguem uma agenda de ensino em período integral – algo entre 30 a 40 horas 
semanais. O programa é não aversivo – rejeita punições, concentrando - se na 
premiação do comportamento desejado. O currículo a ser efetivamente seguido 
depende de cada criança em particular, mas geralmente é amplo; cobrindo as 
habilidades acadêmicas, de linguagem, sociais, de cuidados pessoais, motoras e de 
brincar. O intenso envolvimento da família no programa é uma grande contribuição 
para o seu sucesso. 
 
O que é DTT? 
 
 
 
 
 
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Autismo, educação e 
proposta de intervenção 
pelo professor, e caracteriza-se por dividir sequências complicadas de aprendizado 
em passos muito pequenos ou “discretos” (separados) ensinados um de cada vez 
durante uma série de “tentativas” (trials), junto com o reforçamento positivo (prêmios) 
e o grau de “ajuda” (prompting) que for necessário para que o objetivo seja alcançado. 
Pense em aprender a jogar futebol – você não começou colocando um uniforme 
do seu time e apresentando-se como centro-avante. Provavelmente, começou 
aprendendo como chutar e controlar a bola com os pés. Então, depois que 
desenvolveu essas habilidades, começou a chutar a gol. Se foi sortudo, teve alguém 
– pai, mãe, um irmão mais velho – que lhe proporcionou muitas oportunidades para 
praticar (“tentativas!”), muito encorajamento (“reforçamento positivo!”) e que lhe 
ajudou a se posicionar corretamente para chutar a bola quantas vezes fosse 
necessário (“dando ajudas!”). 
É importante notar que apesar do termo “DTT” ser frequentemente usado como 
sinônimo de “ABA”, ele não o é. A ABA é muito mais abrangente e inclui muitos tipos 
diferentes de intervenções, estratégias de ensino e manejo comportamental. DTT é 
um método dentro do campo da ABA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Autismo, educação e 
proposta de intervenção 
Quem é Ivar Lovaas? 
 
Ivar Lovaas é um psicólogo que foi a primeira 
pessoa a aplicar os princípios da ABA e DTT para 
ensinar crianças com autismo. Por isso muitas 
pessoas falam do “método Lovaas” quando se 
referem sobre o ensino de crianças com 
autismo. 
Em 1987, Lovaas publicou os resultados de um estudo de longo prazo sobre o 
tratamento de modificação comportamental em crianças pequenas com autismo. Os 
resultados do seguimento destas crianças mostraram que, em um grupo de 19 
crianças, 47% dos que receberam tratamento atingiram níveis normais de 
funcionamento intelectual e educacional, com QIs na faixa do normal e uma 
performance bem-sucedida na 1ª série de escolas públicas. 40% do grupo tratado 
foram depois diagnosticados como portadores de retardo leve e frequentaram classes 
especiais de linguagem, e os 10% remanescentes do grupo tratado foram 
diagnosticados como portadores de retardo severo. 
Comparativamente, em um grupo de 40 crianças, somente 2% do grupo 
controle (aqueles que não receberam o tratamento de ABA usado por Lovaas), 
atingiram funcionamento educacional e intelectuais normais, 45% foram 
diagnosticados como portadores de retardo leve e 53% foram diagnosticados como 
portadores de retardo severo. 
 
 
 
 
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Autismo, educação e 
proposta de intervenção 
Estudo de Lovaas – 1987: 
 
Resultados 
 
Recuperados Razoáveis Ruins 
Crianças tratadas com ABA 47% 40% 10% 
Crianças NÃO tratadas com ABA 2% 45% 53% 
 
Esta tabela mostra um resumo dos dados de seguimento de 19 crianças que 
receberam intervenção intensiva ABA desenvolvida por Lovaas versus dados de 
seguimento de 40 crianças de um grupo controle que não receberam a intervenção 
ABA desenvolvida por Lovaas. Behavioral treatment and normal and intellectual 
functioning in young autistic children. Ivar O. Lovaas, Journal of Consulting and Clinical 
Psychology, 1987, v. 55, n.1, p. 3-9. 
 
Catherine Maurice 
 
Em 1993, Catherine Maurice escreveu “Let Me Hear Your 
Voice: A Family Triumph Over Autism”, publicado pela Fawcett 
Columbine Books (“Quero escutar sua voz: a vitória de uma família 
sobre o autismo” – ainda sem tradução em português). O 
conhecimento público do método ABA deve-se ao relato da sua luta 
para encontrar um tratamento eficaz pra seus dois filhos com 
autismo. O sucesso do tratamento – seus filhos são considerados “recuperados” ou 
indistinguíveis dos seus colegas – inspirou muitos pais a considerar a ABA como 
 
 
 
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Autismo, educação e 
proposta de intervenção 
opção de tratamento para seus filhos. Vale a pena ler o livro para entender como ABA 
funciona dentro de uma família real. Também é uma boa maneira para ajudar amigos 
e parentes a entender o que você está se propondo fazer com um programa ABA. 
 
Qual a maneira correta de usar a ABA? 
 
Apesar de Lovaas ter sido o primeiro a usar as metodologias da ABA para 
ensinar crianças com autismo, desde então muitos psicólogos vêm fazendo muitas 
contribuições e refinamentos a essa abordagem. Como com qualquer ciência, a ABA 
continua a evoluir. Muitas técnicas têm sido descobertas e tornado o ensino de ABA 
mais eficiente e efetivo ainda. Essas “práticas melhoradas” serão incorporadas no 
Programa “Ajude-nos a aprender” (“Help Us Learn”). 
Há muitas escolas, organizações e indivíduos que usam ou oferecem 
consultoria em metodologias do tipo ABA e cada um tem seu jeito próprio de aplicálas, 
mas todos usam os mesmos conceitos básicos (ou deveriam usar!). A ciência que 
apóia a intervenção– a Análise do Comportamento Aplicada – é a mesma; somente 
a maneira de aplicá-la varia! Pense em ABA fazendo uma analogia com tocar piano. 
Quando você aprende a tocar, pode tocar rock, música clássica, blues ou jingles. Os 
sons podem variar, mas todos eles usam a mesma metodologia básica e seguem 
convenções musicais aceitas por todos. 
PECS - Sistema de Comunicação através da troca de Figuras - é uma forma de 
comunicação alternativa e aumentativa que treina a criança com autismo a trocar 
símbolos para se comunicar. 
Há muitos benefícios do PECS: 
 
 
 
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Autismo, educação e 
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 Aumento nem comunicação espontânea 
 Aumento em comunicação verbal 
 Diminuição em comportamentos inadequados 
 Aumento em interação social 
 
Pesquisas estão sendo realizadas para comparar PECs a outras formas de 
AAC, incluindo sistemas como linguagem gestual. 
Aumente Consultores Educacionais, Inc. Foi estabelecida em 1992 por Andrew 
Bondy, Ph.D, Lori Geade , CCC/SLP. Eles e a equipe da Pirâmide, oferecem serviços 
consultivos em cenários do lar, escolas públicas/privadas que combinam a análise 
aplicada do comportamento (ABA) a uma comunicação funcional. 
A empresa oferece programas de treinamento altamente qualificado. 
A pirâmide é a fonte para o Quadro do sistema de Comunicação - PECS - o 
sistema dinâmico de alternativo/aumentativo que focaliza em iniciação de 
comunicação antes que o professor controle respostas O PECS escrito pela Sra 
Geada Bondy, vem ajudando milhares de pessoas no mundo inteiro, e é a base da 
pirâmide para aproximar a educação e desenvolver ambientes que mistura sistemas 
motivacionais com atividades funcionais e estratégias criativas de comunicação. 
Como pode ver o PECS pode ser um sistema de comunicação muito funcional 
para as crianças que não conseguiram adquirir a fala na maneira típica. 
O PECS imita o desenvolvimento de fala em crianças típicas, também pode ser 
usado como uma ponte a linguagem verbal para crianças com autismo. 
Como PECS pode ajudar crianças com autismo? A maneira que o PECS ajuda 
as crianças com autismo é fornecendo apoio para o ensina o de linguagem verbal. 
 
 
 
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Autismo, educação e 
proposta de intervenção 
Muitas crianças com autismo têm dificuldades com a comunicação verbal, e 
parte destas crianças não desenvolvem a comunicação verbal. 
 
Abaixo figuras PECS (boardmakers), imprimir ou recortar, plastificar ou usar 
papel contact 
Os estudos mostram que o uso do PECS resulta em vocabulário aumentativo, 
comunicação espontânea e aumentada, e em alguns casos, fala verbal funcional. 
Temos que perceber que a incapacidade em se comunicar com o mundo frustra 
a criança autista e com isso geram explosões e comportamentos inadequados 
Funcionamento funcional é um déficit do típico do autismo (Pesquisa Conselho 
Nacional - 2001) 
 
CRIANDO O PEC S 
Nome da criança 
Faixa seleta destacável 
Estrutura base para a colocação das figuras 
 
 
 
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proposta de intervenção 
PECS - Um caminho para a comunicação 
 
 
 Colher informação 
 Processar informações 
 Armazenar informação 
 Cobrar informação 
 Enviar informação 
Sintaxe: parte de gramática que estuda a disposição das palavras na frase e 
das frases no discurso, bem como a relação lógica de frases entre si e a correta 
e a correta construção gramatical 
A parte principal de muitas incapacidades 
Expressão: Como me comunico com outras pessoas? 
Compreensão: Entendo o que está sendo dito a mim? 
Linguagem: Onde ir? O que fazer? O que fazer depois? Como fazer? O que 
escolher? O que pode fazer? O que não pode fazer? 
 
Fala/ linguagem X comunicação: 
 Articulação 
 Expressão vocal 
 Sintaxe 
 Semântica 
 
A comunicação envolve: 
 Estabelecer atenção 
 
 
 
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Autismo, educação e 
proposta de intervenção 
Semântica: estudo das mudanças ou translações sofridas ,no tempo e no 
espaço pela significação das palavras 
 
Comunicação Expressiva/ funções Pragmáticas 
 
Pragmática: que vem do pragmatismo 
 
Pragmatismo: doutrina de Charles Sanders Peirce, filósofo americano 
(18391914) cuja tese fundamental é que a ideia que temos de um objeto qualquer 
nada mais é senão a soma de ideias de todos os efeitos imagináveis atribuídos por 
nós e que possa ter um efeito prático qualquer. 
Formas de comunicação: fala, linguagem, língua de Sinais (libras), figuras, 
comunicação corporal/gestual, linguagem escrita... 
Comportamentos inadequados atribuídos a falta de comunicação: chutar, bater, 
gritar, birras, morder etc... 
 
Função da comunicação 
- Solicitar: alimentos, atenção, protestos, cumprimentos, fazer perguntas, 
interagir socialmente e etiqueta. 
 
 
Pragmático - tornar a comunicação eficiente (linguagem social) 
 - Atenção 
 
 
 
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proposta de intervenção 
 
 
Esta forma de comunicação se torna: 
-Eficiente, efetiva, fácil de usar, socialmente aceitável, promove independência, 
torna funcional, torna a comunicação agradável, 
Não importa se são alunos verbais ou não verbais. A maioria dos estudantes 
são: aprendizes visuais - Se eu posso ver ------ eu entendo 
Estratégias visuais tornam a comunicação eficiente. 
 
Ferramentas visuais são informação 
 - O que está acontecendo 
- Contato visual 
- Responder a iniciação com os outros 
- Retornar 
- Regras de diá logos : começa r, parar 
- 
Parceiros receptiva 
- Frequentemente esquece 
- Não faz comparação 
- Recursos pobres de comunicação 
- Não a utiliza de forma funcional 
 
Observando alunos com habilidades de comuni ca ção receptiva 
- Quais as formas de comunicação para que um aluno possa entender? 
- Gestos / linguagem corporal, fala, sinais manuais/ libras, objetos 
 
 
 
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proposta de intervenção 
 
escritas. 
 
Ferramentas visuais que estabelecem regras 
 
- Dizer o que fazer 
- Dizer o que não fazer 
- Definir recompensas 
- Definir consequências 
 
- O que acontecerá 
- Posso escolher 
- Posso trocar 
- Quem irá chegar 
- O que posso fazer 
 
Noção de tempo 
- O que está acontecendo 
- O que irá acontecer 
- Qual a sequência dos acontecimentos 
 
Ferramentas que dão ORIENTAÇÃO 
- Dar atenção aos alunos 
- Utilização de formas de comunicação simples com figuras ou palavras 
 
 
 
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proposta de intervenção 
Ferramentas visuais para ensinar habilidades sociais 
 
A nossa meta é descobrir como usar estratégias que possam apoiar uma 
comunicação visual que faça a diferença na vida do aluno. 
Este tipo de comunicação é significativo e altamente motivador. Os materiais 
podem ser feitos por nós mesmos. 
Com o PECs a criança terá um pool ilimitado de comunicação. Qualquer pessoa 
que receber a figura ou foto entenderá o objetivo. 
O PECS é um excelente meio de comunicação para indivíduos com dificuldade 
motoras e que não conseguem realizar sinais, quando utilizado de forma frequente a 
criança assimila rapidamente e também rapidamente são generalizados para a vida 
da criança sem ter que ensinar a equipe de funcionários da escola e familiares. 
- Utilização de figuras ou formas e desenhos em que os alunos possam 
entender de forma rápida e fácil. 
- Não use quadros ambíguos nem complexos parta evitar que ocorra um 
colapsoCriando ferramentas visuais FAÇA: 
- Usar formas que o aluno entenda rapidamente e facilmente 
- Crie ferramentas que são universalmente entendidas. 
- Observar como os alunos respondem 
- Ensinar o que você criou 
- Utilizar ferramentas v isuais em todos os ambientes 
Estratégias visuais 
 
 
 
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Autismo, educação e 
proposta de intervenção 
 
da família para trabalhar com a criança. 
O primeiro adulto deverá estar à frente da criança e manter o contato visual, 
este adulto será a pessoa com que nós queremos que a criança se dirija na maioria 
das vezes. 
O papel do segundo adulto é permanecer atrás da criança e ajudá-la 
fisicamente para alcançar a figura de seu desejo, retirar e entregar ao primeiro adulto. 
Quando o primeiro adulto recebe a figura imediatamente o item solicitado pela 
criança é junto reforçado verbalmente ( “ Oh! Você quer coca -cola! ”) 
A figura é o sinal mais importante de um discurso para atender uma criança não 
verbal, evitando comportamento inadequado; para o indivíduo verbal o pensamento é 
o sinal e o discurso é um formulário. 
 
FASES DO PECS 
Há 6 fases para se ensinar uma criança a utilizar o PECS. Estas f ases devem 
ser ensinadas de forma sequencial onde o principal objetivo é aumentar a habilidade 
no aumento da comunicação. 
 
Fase 1: 
A primeira lição para iniciar o PECS é fazer com que a criança peça de forma 
espontânea artigos ou atividades. 
Esta primeira fase requer geralmente duas pessoas, professores ou membros 
 
 
 
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proposta de intervenção 
O mais cedo possível o auxílio físico do segundo adulto dever ser retirado até 
que a criança consiga trocar de forma independente a figura pelo item. 
 
alimento, roupas etc... A criança também é incentivada a solicitar itens de sua 
preferência para os pais, familiares, professores, terapeutas, outras crianças etc. 
Nesta fase a criança já expandiu o vocabulário e aumentou os números de 
pessoas para que seus desejos sejam atendidos. 
 
Fase 3: 
Na terceira fase começamos a pedir que a criança discrimine entre um número 
de artigos em uma placa, fazendo escolhas a respeito de que item irá querer. O 
 
Objetivo da fase 1: 
O objetivo desta faze é que a criança inicie uma comunicação e também para 
que ela possa ser espontânea. 
Pais e profissionais devem resistir ao impulso - “ O que você quer?” Ou outros 
alertas verbais. A criança desde o início aprenderá a solicitar seu desejo de dentro 
para fora. 
 
Fase 2: 
Nesta fase a criança deverá de forma confiante e independente solicitar um 
item desejado, este item de grande valor (reforçador). A criança é incentivada a utilizar 
esta forma de comunicação durante o dia inteiro e o item dev e ser colocado a uma 
distância mais longa. 
Nesta fase é inserida nova figura , ou seja, mais de um brinquedo, mais de um 
 
 
 
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Autismo, educação e 
proposta de intervenção 
profissional ou pais, perguntam: “ o que você quer fazer? “Mostrando a placa, mas 
esta pergunta deverá ser desvanecida rapidamente assim que a criança consiga de 
forma espontânea fazer suas escolhas tão bem quanto responder uma pergunta. 
Deve-se iniciar esta fase com uma disposição pequena, geralmente 2 artigos. 
Quando a criança estiver mais segura para escolher um item de seu desejo, um 
terceiro deve ser adicionado e assim por diante até que a criança consiga encontrar 
um item de seu desejo dentro de uma disposição com várias figuras (6 em cada placa). 
 
Fase 4: 
Nesta fase a criança consegue com facilidade fazer um pedido para uma 
variedade de artigos, há uma variedade de pessoas e uma variedade de locais. 
A criança é ensinada a usar tiras de sentença e a fazer um pedido mais longo. 
A criança combinará uma figura “eu quero” com outra figura de seu item de 
desejo ou atividade. As duas figuras deverão ser unidas a uma tira da sentença e a 
tira inteira será entregue a outra pessoa que a criança está se comunicando e esta 
deverá entregar pelo item solicitado 
. 
EX: 
 
 
Fase 5: 
As fases 5 
e 6 
ocorrem ao 
mesmo 
tempo, onde é 
focalizada extensão diferente 
 
 
 
 
 
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proposta de intervenção 
 
da habilidade da criança pela troca do item. A fase 5 estende a estrutura da sentença 
começada na fase. 
Os adjetivos e outras podem ser adicionadas ao repertório da criança para 
ajudar que seu pedido se torne mais refinado. Exemplo: * quero 3 balas vermelhas 
 Quero o tênis branco e azul 
 Quero macarrão c om queijo 
 Quero passear no parque 
 
 
 
 
 
 
 
 
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proposta de intervenção 
 
 
Quando se ensina um determinado vocabulário para uma pessoa, há uma 
expectativa de que os termos aprendidos sejam utilizados. 
Quando a pessoa aprende a usar esse vocabulário constrói sua linguagem 
modificando sua forma de pensar e de se expressar. 
 
 
Fase 6: 
A fase 6 do sistema PECS é um objetivo previsto na comunicação e no 
resultado previsto da criança pelo professor]Agora é concluída na comunicação a 
figura: “ eu vejo” 
“ eu escuto” 
“ eu sinto “ e etc... 
A criança será ensinada a comentar os elementos do ambiente que vive. 
 
EU QUERO IR SHOPPING 
 
 
 
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proposta de intervenção 
A modificação não depende exclusivamente da “ linguagem” na qual a interação 
é feita. 
 
 
 
Todas as modalidades são válidas: gestuais, verbais, exposições às 
experiências e etc. 
Baseado nestas conclusões podemos ajudar a criar mais fases aumentativas? 
 
Exemplos d a fase 7 
A fase 7 do sistema PECS é o resultado da continuidade do trabalho previsto 
em uma comunicação aumentativa. 
Agora é incluída na comunicação as figuras com perguntas e respostas e frases 
mais complexas, sendo elas: 
 
 “O que____? ” 
 “Onde ____? “ 
 “Quando ___? “ 
 “Quem ____? “ 
 “Porque que ___? “ 
 
? 
O QUE? VOCÊ VER 
 
 
 
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proposta de intervenção 
 
 
Nesta fase chega o momento de substituir figuras por palavras e colocar a fala 
junto com a palavra escrita da seguinte forma: 
EU VEJO UM 1 
PÁSSARO 
 
AZUL 
 
 
 
Exemplos da fase 8 
 
Dando continuidade à linguagem aumentativa e alternativa iniciamos neste 
momento a criança de textos simples e que são funcionais na vida diária. 
Esta também poderá ser a última fase para indivíduos que não conseguem 
chegar a fala. 
 
Exemplos da fa se 9 
VOCÊ EU QUERO BRINCAR 
 
 
 
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Autismo, educação e 
proposta de intervenção 
 
muito mais, mesmo que a criança procure o PECS. 
O PECS não deve ser retirado em sua totalidade mas de forma gradual. 
 
Materiais para criar o PECS 
 
Os símbolos usados em PECS possuem uma grande variedade de fontes. 
 
 Bordmakers 
 Desenho próprio 
 Fotos e figuras de revistas, livros etc 
Quando a criança sollicita: “ Eu quero bala” 
A pessoa que está junto deve ajudar a criança a verbalizar junto apontando o 
i ndicador para sua boca e repetindo “ Eu quero bala” 
Qualquer som produzido pela criança deve ser reforçado vrblamente “isso” 
“muito bem” e etc. 
 
 
 
Exemplos da fase 10 
 
Este é o momento da retirada do PEC para indivíduo que contruíram uma 
linguagem verbal, visual e escrita. 
Este é um momento em que os profissionais / pais devem solicitar e verbalizar 
EU VEJO ÔNIBUS 
 
 
 
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Autismo, educaçãoe 
proposta de intervenção 
 
O programa TEACCH (Treatment and Education of Autistic and Related 
Communications Handicapped Children) foi especialmente concebido para trabalhar 
com crianças afetadas pelas Perturbações do Espetro do Autismo. O aglomerado de 
todos os défices nas Perturbações do Espetro do Autismo conduz a uma incapacidade 
de resolver problemas. Desta forma, torna-se necessário promover regras educativas 
que possibilitem essa aprendizagem, e o ensino estruturado possibilita essas 
aquisições. 
 O Ensino Estruturado consiste num dos aspetos pedagógicos 
mais importantes do modelo TEACCH. 
 Fotografias : câmera, tradicionais e digitais 
 Internet e cds cliparts 
 
Criando livros PECS 
Os livros de seleção dos símbolos utilizados no PECS apresenta, uma 
variedade enorme de finalidades. Os livros de figuras baseados em atividades. Assim 
uma criança pode ter um livro que organize todos os símbolos que precisar usar: no 
carro; na casa da vov ó; na escola; no mercado; no shopping, no quarto, na cozinha; 
no quintal; no clube etc 
 
 
TEACCH 
 
 
 
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Autismo, educação e 
proposta de intervenção 
 Este modelo apareceu com o objetivo de facultar aos pais técnicas 
comportamentais para darem respostas ajustadas às necessidades dos seus 
filhos autistas. 
 O principal objetivo é auxiliar a criança com PEA a crescer e 
aperfeiçoar as suas competências adaptativas para atingirem o máximo de 
autonomia. No programa TEACCH, a ênfase é colocada na ajuda a pessoas 
com autismo e nas suas famílias, de forma a atenuar os comportamentos mais 
usuais desta patologia. 
 
Segundo Marques (2000,p. 91)este programa assenta em sete princípios: 
1) uma melhoria da adaptação, através do desenvolvimento de 
competências e da adaptação do meio às limitações dos indivíduos; 
2) uma avaliação e intervenção individualizadas, mediante a 
elaboração de um programa de intervenção personalizado; 
3) A estruturação do ensino, nomeadamente, das atividades, dos 
espaços e das tarefas; 
4) uma aposta nas competências emergentes, identificadas na 
avaliação; 
5) A abordagem terapêutica de natureza cognitivo-comportamental 
e as estratégias de intervenção assentam na ideia de que um comportamento 
inadequado pode resultar de um défice ou compromisso subjacente, ao nível 
da percepção ou compreensão; 
6) O apelo ao técnico “generalista”, a fim de treinar os profissionais 
enquanto 
 
 
 
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Autismo, educação e 
proposta de intervenção 
“generalistas”, trabalhando melhor com a criança e a família; 
7) O apelo à colaboração parental, momento em que os pais 
trabalham com os profissionais, numa relação de estreita colaboração, mas 
permanecendo em casa. 
Entretanto o trabalho é iniciado nas estruturas de intervenção. O ensino 
estruturado é aplicado através do modelo TEACCH e em Portugal faz-se uso deste 
modelo desde 1996, tentando dar-se uma resposta alternativa aos alunos com 
Perturbações do Espetro do Autismo em escolas do ensino regular, promovendo desta 
forma a tão aclamada inclusão. Foi na década de setenta, na Carolina do Norte 
(Estados Unidos da América), que Eric Schopler e os seus colaboradores 
desenvolveram este modelo na sequência de algumas investigações. Tinham como 
objetivo ensinar aos pais algumas técnicas comportamentais e métodos de educação 
especial que fossem de encontro às necessidades dos seus filhos portadores das 
Perturbações do Espectro do Autismo. O Modelo TEACCH tem como base principal 
poder ajudar as crianças com autismo e proporcionar-lhes melhores condições de 
vida, a crescer, a melhorar os seus desempenhos e capacidades adaptativas, de 
forma a atingir ao longo da vida mais autonomia. O Modelo TEACCH tem como 
objetivo incidir em áreas como: 
 
• Ensino de capacidades de comunicação; 
• Organização e prazer na partilha social. 
 
Tenta também centrar-se em áreas fortes que se encontram com frequência em 
indivíduos com Perturbações do Espetro do Autismo: 
 
 
 
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Autismo, educação e 
proposta de intervenção 
 
• Processamento visual; 
• Memorização de rotinas funcionais; 
• Interesses especiais. 
Este modelo pode adaptar-se às necessidades específicas de cada criança, 
bem como a diferentes níveis de funcionamento. O Modelo TEACCH, é um modelo 
flexível, pois adequa-se a maneira de pensar e de aprender destas crianças, e o 
professor tem a vantagem de poder encontrar as estratégias mais adequadas, 
podendo desta forma responder mais assertivamente às necessidades individuais, 
podendo desta forma minimizar muitos problemas que perseguem estas crianças, 
tornando o seu dia-a-dia mais previsível e confuso. Este programa permite modificar 
e organizar o meio a favor da deficiência deste tipo de alunos. Os indivíduos 
portadores das Perturbações do Espetro do Autismo padecem de falta de estrutura, o 
que por sua vez aumenta a falta de objetivo na ação e no comportamento 
estereotipado. Posto isto, é de primordial importância a interação entre pais, 
terapeutas e professores, com o propósito de, em conjunto, poderem determinar o 
quê; onde; quando; como; e em que sequência as aprendizagens devem ser 
realizadas. A organização do Modelo TEACCH, tem vindo a facilitar os processos de 
aprendizagem de autonomia, e diminuiu a ocorrência de problemas de 
comportamento. 
 
PRINCÍPIOS E ESTRATÉGIAS DO ENSINO ESTRUTURADO–MODELO 
TEACCH 
 
 
 
 
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Autismo, educação e 
proposta de intervenção 
O Modelo TEACCH assenta num conjunto de princípios e estratégias, que 
passam pela estruturação externa do espaço, estruturação do tempo, estruturação 
dos materiais e atividades, permitindo que as crianças que frequentam este espaço se 
organizem internamente e facilita-lhes deste modo os processos de aprendizagem e 
de autonomia, o que por sua vez se traduz na diminuição de incidentes ao nível 
comportamental. O ensino estruturado faculta às crianças portadoras das 
Perturbações do Espetro do Autismo: 
 
• O fornecimento de informação clara e objetiva das rotinas; 
• Um ambiente calmo e previsível; 
• O atendimento à sensibilidade do aluno aos estímulos sensoriais; 
• Sugestão de tarefas diárias que a criança é capaz de realizar. 
• Promoção da autonomia; 
• Adequa-se às necessidades de cada criança; 
• Centra-se nas áreas fortes de cada criança; 
• Adapta-se à funcionalidade de cada criança; 
• Envolve toda a família e os técnicos intervenientes no processo 
educativo. 
 
A criança autista não tem estrutura mental que lhe permita organizar-se, através 
deste modelo e de situações de ensino/aprendizagem estruturadas, as suas 
dificuldades são minoradas, a criança sente-se mais segura e confiante. Neste modelo 
também se trabalha no sentido de fomentar a independência, preparando assim as 
crianças autistas para a vida adulta, pois é feito um grande investimento na sua 
 
 
 
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Autismo, educação e 
proposta de intervenção 
autonomia. A criança tem muitos ganhos ao nível da autoconfiança, resiliência e 
autoestima. 
Melhoria das capacidades adaptativas da criança; Colaboração entre pais e 
profissionais que estão envolvidos no processo ensino/aprendizagem; Avaliação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
individualizada para a intervenção; Reforço das capac idades; Teoria cognitiva e 
comportamental; Ensino estruturado. 
 
 
 
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Autismo, educação e 
proposta de intervenção 
Referências 
 
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13 mai. 2015. 
AMIRALIAN, M. L. T. M. Psicologiado excepcional. São Paulo: EPU, 1986. 
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L. Autistic Disturbances of Affective Contact. Nervous Child, 2, 217150, 1943. 
Manual Diagnóstico e Estátistico de Transtornos Mentais: DSM- IV. Porto Alegre: 
Artmed, 2003. 
SANTIAGO, J. A.; TOLEZANI, M. Encorajando a criança a desenvolver habilidades 
sociais no Programa Son-Rise. In.: Revista Autismo: informação gerando ação. São 
Paulo, ano 1, v. 1, p. 14-16, abril de 2011. 
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SCHWARTZMAN, J. S. 1 em 110 crianças nascidas nos Estados Unidos está no 
espectro autístico. E aqui? In: Revista Autismo. Ano I, nº 0, setembro de 2010. 
STELZER, F. G. Uma pequena história do autismo. In: Caderno Pandorga de Autismo, 
vol. 1, junho 2010. 
TOLEZANI, M. Son-Rise uma abordagem inovadora. In.: Revista Autismo: informação 
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VARELLA, D. Autismo (primeira parte). 2011. Disponível em: 
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