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GIOVANA NUNES Sons anormais (ruídos adventíceos) Ruídos Contínuos (broncoconstrição e secreção) Roncos: Ruído/ estreitamento de brônquios. É mais expiratório; Sibilos: Ruído/ estreitamento de brônquios. É mais expiratório; Estridor: Ruído/ estreitamento da laringe. É mais inspiratório. O som que dá para ouvir sem estetoscópio e parece com o sibilo. Ex: Edema de larige/glote. Os 3 acontecem por estreitamento das vias aéreas ou devido a secreção, que ocorre em menor frequência. Fisiologicamente durante a inspiração: O ar entra nas vias aéreas inferiores e expandem as vias aéreas inferiores, fazendo com que os brônquios se dilatem. Fisiologicamente na expiração: As vias aéreas tendem a voltar para o seu calibre normal (ou seja, diminuem de calibre). Quando se tem uma inflamação brônquica que estreita os brônquios, esse estreitamento será maior na expiração do que na inspiração, pois na inspiração o ar entra. Ruídos Descontínuos (ocupação de espaço alveolar, brônquios ou pleura) Estertores finos (crepitantes): Comprometimento dos alvéolos; Acontece por abertura/ dilatação súbita das vias aéreas distais (bronquíolo respiratório, ducto alveolar, saco alveolar e alvéolo); Acontece do meio para o fim da e pode acontecer um restinho inspiração, no início da expiração; O som lembra um papel celofone sendo amassado, um velcro ou o som do cabelo na orelha; Comum em pneumonias OBS: Jamais se pode encontrar estertor fino pois ocorre devido a abertura só na expiração, súbita das vias aéreas distais (mais perto dos alvéolos) Estertores grossos (bolhosos) Acontecem por abertura/ fechamento das vias aéreas proximais (de bronquíolo terminal até a laringe); São ruídos de brônquios; Pede para o paciente respirar fundo para auscultar; Lembra um barulho de bolha (como se fosse soprado em um copo cheio de água, ''blu blu blu blu''); Pode ser ouvindo durante a inspiração e na expiração. ESTRETOR FINO X ESTRETOR GROSSO Estertor grosso só na expiração: Não restará dúvida, pois o estertor fino jamais ocorrerá só na expiração. Estertor grosso na inspiração e na expiração: Se saberá que é bolhoso. Estertor na inspiração: Pode ocorrer dúvida porque o som parece com o som do fino. Se tiver dúvida: Tire o estetoscópio das costas do paciente, pede para ele tossir 3 ou 4 vezes e, em seguida, ponha o estetoscópio novamente para ouvir. Se o som do ruído sumir ou diminuir, saberá que é um ESTERTOR GROSSO Se o som permanecer da mesma forma de antes do paciente tossir, saberá que é um ESTERTOR FINO Atrito pleural Quando o paciente inspira, a pleura visceral (no pulmão) se aproxima da pleura parietal (nas costelas), então se há uma inflamação das pleuras; Ocorre mais na inspiração; Se a inflamação for muito grande, pode ocorrer também na expiração; O som lembra um couro rasgando, porta rangendo ou como um torno de rede. Sopros tubários e cavitários Se ouve apenas os sopros (ao contrário dos ruídos adventícios, que além de escutar o ruído, escuta o murmúrio vesicular, que é o som normal); O sopro é um murmúrio vesicular bem alto tanto na quanto na ; inspiração expiração É muito audível na e pouco na inspiração expiração; Parece o som de um vento soprando; Sopro tubário: Paciente com pneumonia (bilobular); Sopro cavitário: Paciente com tuberculose. Síndromes parenquimatosas Consolidação; Atelectasia; Enfisema pulmonar (DPOC). Comprometem o parênquima pulmonar, ou seja, a região da via aérea distal (região dos alvéolos e bronquílos – do bronquílo terminal “para frente). Consolidação (pneumonia bacteriana) Exsudato inflamatório alveolar (ocupação); Pneumonia bacteriana: Infecção por uma bactéria chamada de Streptococcus pneumoniaem (ou Pneumococo); Esse pneumococo, já existe no trato respiratório, pincipalmente no trato respiratório superior; Ele chega no pulmão através de uma aspiração orofaríngea: o paciente, geralmente, tem uma infecção no seio da face e aspira secreção para a via aérea inferior. Esse pneumococo causa uma reação inflamatória que chega ao nível de alvéolo. Sintomatologia da consolidação Tosse improdutiva ou produtiva (pode ser expectorada ou não); Expectoração (geralmente amarelada); Hemopteicos (sangue é devido os alvéolos possuírem capilares que podem ser rompidos pela infecção e pela tosse); Dor torácica/ pleurítica (somente se a pleura for acomentida, gerando outra síndrome, a pleurite) Essa dor se caracteriza por ser localizada, em pontadas e sentida quando realiza a inspiração. Dispneia (depende da extensão da área atingida) Ex: os alvéolos de toda a área do lóbulo superior forem comprometidos com a secreção purulenta, irá ocorrer a perda de troca gasosa em toda essa região, diminuído a superfície de troca. Se área comprometida for pequena, pode não ocorrer esse sintoma. Febre (bactéria entra na corrente sanguínea e torna-se uma sindrome inflamtória sistemica) OBS: Não tem receptor de tosse nos alveolos, por isso é comum não ocorrer tosse na pneumonia (a secreção se acumula mais nos alveolos), porém a gravidade faz com que exista maior tendência de acúmulo nos lóbulos inferiores, não excluindo a ocorrência de pneumonia nos lóbulos superiores. OBS: O pulmão em si não dói, pois, a inervação sensitiva é na pleura parietal, e não a visceral que é a que está grudada no pulmão, que é grudada nas costelas. Exame físico na consolidação FTV (Avaliação do Frêmito Torácico-Vocal), MV (Múrmurio Vesicular) e RV (Respiração bronco Vesicular) normais ou aumentados; Percussão: Som submaciço; Estretores finos (crepitantes); Murmúrio muito audível na inspiração e expiração Pectorilóquia (ressonância vocal nítida); Substituição do MV pela respiração broncovesicular. (há a ocupação de alvéolos por secreção o murmúrio vesicular diminui e os brônquios e bronquíolos dentro da área de consolidação são permeáveis ao ar) O som ouvido no tórax na área da pneumonia irá ''aumentar'' (a não ser que a área consolidada seja muito pequena), há medida que vai ser escutado; O murmúrio diminui na área de consolidação, mas na prática ao colocar o estetoscópio na área da pneumonia escuta-se um som maior, sendo descrito nos prontuários como murmúrio aumentado; Pneumonia extensa: Tem o sopro tubário. OBS: O frêmito, o murmúrio e a ressonância sempre concordam. OBS: A ausculta pulmonar, a ausculta da voz e o frêmito vocal são mais altos na área de consolidação, em razão do som se propagar melhor em sólidos (s > l > g); Atelectasia Colabamento alveolar sem exsudato (secreção); Redução volumétrica dos alvéolos, diminuindo assim o tamanho do pulmão); Pode ser: Obstrutiva ou compressiva Atelectasia obstrutiva: Ocorre devido a uma obstrução da via aérea, impedindo que o ar chegue aos alvéolos, fazendo com que eles se colabem. Ex: Aspiração de um corpo estranho que obstrui a via aérea. Atelectasia compressiva: Ocorre devido a uma compressão/ encolhimento do pulmão, por alguma doença do espaço pleural (derrame pleural ou pneumotórax) Ex: Facada com colabamento de pulmão Retração do parênquima; A atelectasia pode ser laminar, segmentar, lobar, bilobar ou de um pulmão inteiro; Desvio mediastinal hemolateral: pelo colabamento do pulmão direito o coração acaba sendo desviado para o lado direito do corpo. OBS: Caso ocorre-se uma obstrução crônica do pulmão direito, o pulmão esquerdo se tornaria vicariante (se dilatando para ocupar o espaço do pulmão que colabou) - isso ocorre devido a uma propriedade que existe no archamada de expansividade, que permite que o ar ocupe todo espaço disponível para ele. Na imagem: Brônquio principal direito obstruido e pulmão direito todo colabado Sintomatologia da atelectasia Depende da intensidade e gravidade da doença; Dispneia (depende da área colabada); Tosse improdutiva (pois os alveolos estão colabados e os bronquíolos fechados); Retração torácica (vista na inspeção) OBS: O derrame pleural apresenta as mesma sintomatologias, por isso existe o Signorelli para diferenciar elas. Na imagem: O coração retraído e esbranquiçado Exame físico na atelectasia Eupneico ou taquipneico; Elasticidade e expansibilidade diminuídas (o pulmão está colabado); FTV, MV e RV normais ou diminuídos; Percussão: Som maciço ou submaciço; Sibilo inspiratório e expiratório; Na atelectasia obstrutiva tem sibilo localizado (ao contrário da asma, que os sibilos são difusos/bilaterais) Sibilo localizado em crianças deve considerar um corpo estranho e em adultos, deve cogitar um tumor; Signorelli ausente. Sinal de Signorelli Faz parte do exame de percussão do tórax, no qual a coluna vertebral tóracica (T1 até T12) é percutida. Percussão normal/ Signorelli negativo: Som claro pulmonar. Ex: Atelectasia (o pulmão saúdavel que ficará na topografia) Percussão anormal/ Signorelli positivo: Som maciço. Ex: Derrame pleural., quem que há a compressão do pulmão e desvio do mediastino para o lado contrário/ contra lateral do derrame. O pulmão que ficará na topografia da coluna quando se percutir será o pulmão com derrame. Enfisema pulmonar (faz parte da DPOC) Destruição dos espaços aéreos distais ao bronquíolo terminal; É uma reação inflamatória da via aérea distal causada pelo hábito de fumar, no qual as partículas de fumaça de cigarro servem como antígenos; Quando o indivíduo inala a fumaça de cigarro o macrófago alveolar, célula apresentadora de antígeno, irá apresentar a partícula de cigarro como um antígeno para os linfócitos TCD8 e os neutrófilos; Os neutrófilos, irão produzir elastase em grande quantidade, que vai para via aérea distal (de bronquíolo respiratório até alvéolo) e destrói a elastina da parede do alvéolo, causando o enfisema. Aprisionamento aéreo (hiperaeração): O alvéolo no momento da expiração encolhe, pois não consegue sustentar o bronquíolo respiratório, diminuindo sua luz. Assim, fica mais ar aprisionado do que deveria e a ventilação do paciente diminui e os alvéolos vão se expandindo. Sintomatologia do enfisema pulmonar Dispneia progressiva aos esforços; Fumante de longa data (pelo menos 2º maços/anos); Coração em gota: O ventrículo não repousa sobre o diafragma e fica suspenso. O pulmão está hiperinsulflado e empurra cúpula diafragmática para baixo, deixando a cúpula do diafragma retificada; Tórax em tonel/ barril: Pacientes que têm uma grande destruição de alvéolos pelo enfisema, numa fase final da doença, vai ter o tórax nesse formato devido o acúmulo de ar. DPOC=Bronquite crônica + Enfisema Aqueles que possuírem predomínio de enfisema terão mais falta de ar, pois terão menos superfície de troca. Os pacientes com predomínio de bronquite terão mais tosse e secreção do que falta de ar. Exame físico do enfisema pulmonar Eupneico (fase inicial da doença) ou taquipneico; Expansibilidade diminuída (bilateralmente e difusamente) –o pulmão já está tão cheio de ar que não consegue mais se expandir na inspiração; FTV, MV, RV normais ou diminuídos (devido o ar aprisiondado); Alguns sibilos (se o paciente também tiver brônquite crônica, que causa estreitamento brônquico); Percussão: Hiperssonoridade/ timpânico bilateral (por haver mais ar acumulado no tórax, o som, de claro, vai se tornar mais timpânico). OBS: No enfisema o som é timpânico difusamente e bilateralmente, enquanto no pnumotórax o som é timpânico de uma lado e do outro é normal (já o acúmulo de ar no espaço pleural somente de um lado) Síndromes brônquicas Asma brônquica; Bronquiectasia; Bronquite crônica (tabágica.). Comprometem exclusivamente ou preferencialmente brônquios. Haverá alteração apenas do ruído adventício, pois o espaço pleural e parênquima pulmonar estão íntegros. Asma brônquica Doença inflamatória caracterizada por hiperresponsividade das vias aéreas a alérgicos, tendo como consequência a broncoconstrição. Os alérgenos vão servir como antígenos, o macrófagos alveolar vai apresentar esses antígenos, dessa vez outro tipo de linfócitos, o linfócitos TCD4. Ele produzirá várias citocinas inflamatórias, que provocarão várias alterações na cadeia de brônquios. Sintomatologia da asma brônquica Tosse improdutiva ou produtiva (secreção branca ou transparente e as vezes amarelada); Sibilância; Dispneia; Opressão precordia (sensação de aperto no peito, devido a um bronquo espasmo intenso, ou seja, uma contração muscular lisa do bronco). Exame físico da asma brônquica Eupneico ou taquipneico (durante a crise); Tiragem intercostal (retração intercostal ao inspirar); Uso de usuclatura acessória (batimento da asa do nariz, visualização dos músculos esternocleidomastoideo e do escaleno no pescoço); FTV, MV e RV normais Percussão: Som claro pulmonar (por não haver comprometimento dos alvéolos e da pleura); Roncos e sibilos difusos Estertor bolhoso (ocorre as vezes devido a produção de muco) Bronquiectasias Dilatação permanente e irrevesível dos brônquios; Congênita: Adiquirida por sequelas da fibrose cística e discinesia ciliar (doenças genéticas), causando aparecimento de infecções de repetição e danificando os brônquios, ficando rígidos e com secreção; Adquirida: Consequência de sarampo, coqueluche ou tuberculose, geralmente quando eles não são corretamente tratados. Sintomatologia da bronquiectasia Tosse produtiva diária; Expectoração diária mucopurulenta (amareladas) e raramente mucoides (transparente); Escarro hemático ou hemoptiase (além da dilatação dos brônquios pode ocorre também dilatação dos vasos sanguíneos, indicando infecção). Exame físico na bronquiectasia Eupneico ou taquipneico; FTV, MV e RV normais; Percussão: Som claro Estretores grossos, roncos e sibilos (brônquios dilatados e com acúmulo de secreção) Síndromes pleurais Derrame pleural; Pneumotórax. Comprometem a pleura e o espaço pleura.l Derrame pleural Acúmulo de líquido no espaço pleural, entra a parietal e a visceral, por desequilíbrio entre a produção e a reabsorção do mesmo; Desvio contralateral do mediastino (para o lado contrário ao derrame); Concavidade em Parábola de Damoiseau (ou Sinal do Menisco) Aumento da pressão hidrostática (Ex: na insuficiência cardíaca congestiva); Diminuição da pressão oncótica (comum em pacientes com cirrose hepática que tem insuficiência hepática); Aumento da permeabilidade capilar (reações inflamatórias da pleura. Ex: pneumonia, tuberculose, lúpus); Distúrbio da drenagem linfática (ocorre nas neoplasias); Passagem transdiafragmática de líquido peritoneal (através dos pertuitos do diafragma, que são tipo uns furinhos, quando o paciente está com ascite. A pressão intra-abdominal é positiva, mas a intrapleural e intratorácica é negativa) Na imagem: O pulmão direito está ventilado apenas na parte superior, a parte esbranquiçada confere o líquido do Derrame Pleural. E o coração não está centralizado Sintomatologia do derrame pleural Dor torácica (se tiver pleurite); OBS: Em caso de pneumonia é comum ter dor, pórem em casos de neoplasia não é comum, pois não tem inflamação da pleura. Dispneia (líquido acumuladocomprime o pulmão); Tosse seca (pleura tem receptor de tosse, e será seca pois não tem secreção) Exame físico do derrame pleural Taquipneico; Expansibilidade diminuída; FTV, MV e RV diminuídos ou abolidos (a abarreira do líquido faz o so diminuir); Percussão: Maciço (vai ter atelectasia); Sem ruídos adventícios (pois não acomete os alvéolos, só em caso de pneumonia); Egofonia (som anasalado e maciço); Signorelli e Lemos Torres presente (só quando o derrme pleural é volumoso, paciente magro e em posição sentado) Pneumotórax Acúmulo de ar no espaço pleural (iatrogênio, trauma, ruptura de bolha subpleural, tuberculose ou espontâneos) Desvio contralateral do mediastino (igual no derrame pleural); Causa mais comum: Iatrogenia (erro médico durante a punção central da veia subclávia, biópsia aspirativa pulmonar e broncoscopia, fazendo entrar água no pulmão) Pneumotórax espontâneo (comum em pacientes longilíneos que possuem os alvéolos mais tensionados); Traumas abertos ou fechados Pneumotórax hipertensivo: o pulmão está tão encolhido que o mediastino será desviado para o lado contrário, promovendo uma torsão dos vasos da base, diminuindo o débito cardíaco. Sintomatologia do pnumotórax Dor torácica súbita (principalmente quando ocorre por trauma); Dispneia súbita; Tosse seca Exame físico do pneumotórax Taquipneico; Expansibilidade diminuída; FTV, MV e RV diminuídos (ar acumulado no espaço pleural); Percussão: ; Som timpânico Sem ruídos adventícios. Turgência jugular/ veia jugular túgida (ocorre no pneumotórax hipertensivo)
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