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ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE

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Adriele de Araújo Neves dos Santos 
ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE – 13.05 
EIXOS ESTRUTURANTES 
Atributos essenciais: atenção no 
primeiro contato, a longitudinalidade, a 
integralidade e a coordenação. 
Atributos derivados: a orientação Diante 
da tendência de fragmentar a clínica tanto 
internamente a cada serviço, quanto 
externamente, nos diversos níveis do sistema de 
saúde, vários esforços têm sido realizados pelo 
governo federal para estimular a qualidade dos 
serviços de saúde e garantir o acesso dos 
usuários. A Estratégia Saúde da Família (ESF) é 
uma das propostas do Ministério da Saúde para 
a reorganização da Atenção Primária, podendo 
ser considerada uma alternativa de ação para o 
alcance dos objetivos de universalização, 
equidade e integralidadefamiliar e 
comunitária e a competência cultural. 
COMBATE ÀS INIQUIDADES EM SAÚDE 
ELEVOU A APS À CONDIÇÃO DE 
REORDENADORA DO SISTEMA DE 
ATENÇÃO À SAÚDE 
A designação Atenção Básica, tomada 
pelo governo brasileiro busca resgatar o 
caráter universalista da Declaração de 
Alma-Ata enfatizando o papel de 
reorientação do modelo assistencial 
para um sistema universal e integrado 
de atenção à saúde, que engloba 
diferentes setores, públicos e privados, 
com e sem fins lucrativos, o Sistema 
Único de Saúde (SUS) 
A Constituição de 1988 foi o marco 
conceitual que consolidou a nova 
consciência social de promoção de 
saúde que deu origem ao SUS, a maior 
conquista do movimento sanitário 
brasileiro. Com o SUS, estabeleceu-se 
uma nova relação entre o Estado e a 
sociedade civil em prol do acesso pleno 
aos serviços em busca de um novo 
padrão de cidadania. 
A consolidação do SUS apoia-se no 
entendimento de que os serviços de 
saúde devem estar organizados a partir 
de uma rede de cuidados articulada, 
com fluxos conhecidos e regulados, cujo 
objetivo é acolher necessidades 
sentidas por usuários, gestores e 
sociedade, definidas por critérios 
epidemiológicos, econômicos e 
culturais. 
A organização dos serviços de saúde da 
Atenção Primária por meio da ESF 
prioriza ações de promoção, proteção e 
recuperação de saúde, de forma integral 
e continuada. Em expansão por todo o 
território nacional. 
A ESF propõe que a atenção à saúde se 
centra na família, entendida e percebida 
a partir de seu ambiente físico e social, 
o que leva os profissionais de saúde a 
entrar em contato com as condições de 
vida e saúde das populações 
Ao considerar a família como objeto de 
atenção, a ESF está contemplando dois 
atributos derivados da APS: a 
orientação, familiar/comunitária e a 
competência cultural, que pressupõem 
o reconhecimento das necessidades 
familiares em função do contexto físico, 
econômico e cultural. 
 
 
 
Adriele de Araújo Neves dos Santos 
ATENÇÃO NO PRIMEIRO CONTATO 
O primeiro contato pode ser definido 
como porta de entrada dos serviços de 
saúde, ou seja, quando a população e a 
equipe identificam aquele serviço como 
o primeiro recurso a ser buscado 
quando há uma necessidade ou 
problema de saúde. 
Acessibilidade refere-se às 
características da oferta que 
possibilitam que as pessoas cheguem 
aos serviços, enquanto o acesso é a 
forma como as pessoas percebem a 
acessibilidade. 
O conceito de acesso traz consigo a ideia 
de não o restringir a entrada nos 
serviços de saúde, enquanto a 
acessibilidade diz respeito à oferta de 
serviços, à capacidade de produzir 
serviços e responder às necessidades de 
saúde de uma determinada população. 
A acessibilidade geográfica reflete a 
distância entre a população e os 
recursos, podendo ser medida por 
distância, tempo de deslocamento, 
custo do transporte, entre outros 
condicionantes. 
A Atenção Primária configura-se como a 
porta de entrada do sistema de saúde 
brasileiro. 
Acessíveis e resolutivos frente às 
principais necessidades de saúde 
trazidas pela população. 
LONGITUDINALIDADE 
A longitudinalidade implica a existência 
de uma fonte regular de atenção e seu 
uso ao longo do tempo, independente 
da presença de problemas específicos 
relacionados à saúde ou do tipo de 
problema. 
A longitudinalidade tende a produzir 
diagnósticos e tratamentos mais 
precisos, que reduzem os 
encaminhamentos desnecessários para 
especialistas e a realização de 
procedimentos de maior complexidade. 
Acolhimento consiste na busca 
constante de reconhecimento das 
necessidades de saúde dos usuários e 
das formas possíveis de satisfazê-las, o 
que resulta em encaminhamentos, 
deslocamentos e trânsitos pela rede 
assistencial. 
INTEGRALIDADE 
A integralidade é um dos pilares na 
construção do SUS e possui quatro 
dimensões: 
1. Primazia das ações de promoção 
e prevenção, 
2. atenção nos três níveis de 
complexidade da assistência 
médica, 
3. articulação das ações de 
promoção, proteção e 
prevenção e 
4. abordagem integral do indivíduo 
e das famílias. 
PRIMEIRA DIMENSÃO: 
A promoção de saúde pressupõe uma 
concepção que não restrinja a saúde à 
ausência de doença, mas que seja capaz 
de atuar sobre seus determinantes que 
são as condições sociais em que as 
pessoas vivem e trabalham. 
Adriele de Araújo Neves dos Santos 
A formulação de políticas sociais e 
econômicas que extrapolem o enfoque 
de risco e atuem na diminuição das 
desigualdades sociais e melhoria das 
condições de vida. 
SEGUNDA DIMENSÃO: 
Integralidade como garantia de acesso a 
diversos níveis de atenção, cuja 
característica básica é a diferença nas 
densidades tecnológicas da assistência à 
saúde. 
Uma rede de serviços em distintos níveis 
de complexidade e de competências, 
em que a integração entre as ações nos 
diversos níveis deve satisfazer o 
conjunto de cuidados demandados por 
um indivíduo. 
TERCEIRA DIMENSÃO: 
A articulação das ações de promoção, 
prevenção e recuperação. Estas práticas 
de saúde tradicionalmente têm sido 
desenvolvidas separadamente, como 
ações de saúde coletiva ou como ações 
de atenção clínica e individual, sendo 
necessária uma nova forma de organizar 
e agir em saúde com a constituição de 
saberes e de ações que se 
interpenetrem. 
QUARTA DIMENSÃO: 
Abordagem integral do indivíduo e da 
família, relacionada a um valor a ser 
sustentado e defendido nas práticas dos 
profissionais de saúde, ou seja, um valor 
que se expressa na forma como os 
profissionais respondem aos que os 
procuram. 
COORDENAÇÃO 
A coordenação entre níveis assistenciais 
pode ser definida como a articulação 
entre os diversos serviços e ações de 
saúde, de forma que estejam 
sincronizados e voltados ao alcance de 
um objetivo comum. 
Objetiva ofertar ao usuário um conjunto 
de serviços e informações que 
respondam a suas necessidades de 
saúde de forma integrada, por meio de 
diferentes pontos da rede de atenção à 
saúde. 
A coordenação tem maior importância 
relativa, já que, sem ela, o primeiro 
contato tornar-se-ia uma função 
puramente administrativa, a 
longitudinalidade perderia muito de seu 
potencial e a integralidade ficaria 
comprometida. 
Nesse sentido, foi instituída pelo 
Ministério da Saúde a Portaria n. 4.279, 
de 30 de Dezembro de 2010(14), que 
estabelece diretrizes para a organização 
da Rede de Atenção à Saúde no âmbito 
do Sistema Único de Saúde e cujo 
objetivo geral é assegurar ao usuário 
ações e serviços de forma efetiva, 
contínua, integral e humanizada. 
A operacionalização das redes de 
atenção em saúde dá-se pela interação 
de três elementos constitutivos: 
1. população adstrita a uma 
determinada região de saúde, 
2. estrutura operacional, que inclui 
pontos de atenção e 
Adriele de Araújo Neves dos Santos 
3. ligações entre os pontos de 
atenção e um modelo de 
atenção à saúde. 
A integração das unidades de saúde da 
família à rede assistencial é 
fundamental para garantir uma oferta 
abrangente de serviços e para 
coordenar as diversas ações requeridaspara resolver as necessidades menos 
frequentes e mais complexas. 
CONCLUSÃO 
Um dos grandes desafios do Sistema 
Único de Saúde é qualificar a APS para 
exercer a coordenação do cuidado e 
organizar pontos de atenção 
especializada integrados, 
intercomunicantes, capazes de 
assegurar que a linha de cuidado 
integral seja plenamente articulada com 
a APS e forneça aos usuários do SUS 
respostas adequadas as suas 
necessidades. 
A carência de infraestrutura adequada 
nas unidades da ESF, a baixa densidade 
tecnológica, a falta de profissionalização 
da gestão, a ausência de equipes 
multiprofissionais, a precarização nas 
relações de trabalho, a fragilidade do 
modelo de atenção para dar conta de 
uma situação com forte prevalência de 
condições crônicas, a fragmentação da 
oferta de ações e serviços de saúde e o 
subfinanciamento são os principais 
entraves para que a APS seja uma 
realidade no Brasil(20).

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