Buscar

Apostila de Patologias em Pintura

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 66 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 66 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 66 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1
Universidade Federal de Minas Gerais 
Escola de Engenharia 
Depto. de Engenharia de Materiais e Construção 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Principais Sistemas de Pinturas e suas 
Patologias 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Autor: Giulliano Polito 
 
 
 
 
 
 
 
Março 2006
 2
 
1. Conceito 
 
Pintar significa proteger e embelezar. É necessário assegurar que as qualidades da tinta 
permanecerão firmes e aderidas ao substrato mantendo por um determinado tempo, as 
propriedades essenciais. Esta mesma preocupação deverá ser direcionada à preparação das 
superfícies a serem pintadas. Sem o que tudo estará comprometido. Por fim, dever-se-á 
exigir profissionais com qualidade, experiência e, porque não, equipamentos modernos. 
 
 
2. A história da tinta 
 
A história do uso das cores e da pintura se confunde com a própria história da humanidade. 
O ser humano na pré-história, possuidor de limitados recursos verbais para transmitir suas 
experiências, viu-se obrigado a desenvolver alternativas que complementassem sua 
comunicação e que perpetuasse a informação. 
 
2.1. A cor na pré-história 
 
Descobertas atuais demonstram que as gravuras encontradas em cavernas remetem ao 
último Período Glacial. Os nossos ancestrais perceberam que certos produtos, como o 
sangue por exemplo, uma vez espalhado nas rochas deixavam marcas que não 
desapareciam. Logo estes materiais começaram a ser utilizados para transmitir informações. 
Com a necessidade de aumentar a durabilidade das pinturas e diversificar as cores, as 
chamadas pinturas rupestres passaram a utilizar óxidos naturais, presumivelmente 
abundantes junto à superfície do solo naquele tempo, como os ocres e vermelhos. 
Para que fosse possível "pintar" era necessário um ligante que pudesse fixar os pigmentos à 
superfície conferindo alguma durabilidade. A solução foi misturá-los ao sebo ou seiva 
vegetal. 
Com o aprimoramento da competência artesanal, ainda no período glacial, começaram a 
surgir as primeiras ferramentas e equipamentos auxiliares para executar as pinturas, bem 
como para manufaturar as matérias-primas utilizadas na preparação das tintas. 
Depois disso, durante milhares de anos, pouco se acrescentou às descobertas iniciais. A 
história começa a registrar novidades quando várias civilizações surgem do longo período 
de maturação da mente humana. 
 
2.2. Egito 
 
Durante o período de 8000 a 5800 a.C. surgiram, desenvolvidos pelos egípcios, os 
primeiros pigmentos sintéticos. Estes pigmentos eram derivados de compostos de cálcio, 
alumínio, silício e cobre, razão pela qual possuíam grande gama de azuis, como o até hoje 
utilizado Azul do Egito. Além do desenvolvimento de pigmentos baseados em materiais 
minerais também foram desenvolvidos os de origem orgânica. 
 3
Os produtos usados como ligantes incluíam goma arábica, albumina de ovo, cera de abelha 
entre outros. 
 
2.3. Grécia e Roma 
 
Gregos e romanos utilizavam pigmentos como os egípcios, tendo desenvolvido grande 
variedade de pigmentos minerais, derivados de chumbo, zinco, ferro e orgânicos; derivados 
de ossos. Assim como no Egito, os bálsamos naturais eram utilizados como proteção para 
navios, revestindo os cascos. 
Neste período da história são relatados usos de ferramentas como espátulas e trinchas. 
 
2.4. A pintura no Oriente 
 
Os orientais utilizavam diversos materiais orgânicos e minerais para suas pinturas. 
Os chineses e japoneses preparavam materiais para decoração de suas porcelanas, sendo 
que os indianos e persas faziam uso de trinchas e elementos de corte para executar a 
pintura. 
Ainda neste período os maiores desenvolvimentos se davam em função do uso decorativo 
da pintura, sem grande importância ao aspecto de conservação. 
 
2.5. As Américas 
 
Os índios das Américas, especialmente no que hoje conhecemos como América do Norte, 
faziam uso de vários materiais de origem vegetal nas suas pinturas e em seus cosméticos, 
além dos minerais retirados de rios e lagos. 
Os nativos da América do Sul utilizavam penas de pássaros para a confecção de seus 
apetrechos de pintura. Neste período, algumas pinturas já possuíam boa durabilidade. 
 
2.6. Idade Média 
 
Neste período surgem os primeiros registros da utilização de vernizes como proteção para 
superfícies. 
Estes materiais eram preparados a partir do cozimento de óleos naturais e adição de alguns 
ligantes. 
 
2.7. O impulso da Revolução Industrial 
 
Assim como em outros setores industriais, foi durante o período da Revolução Industrial 
que a indústria de tintas e vernizes se desenvolveu com maior rapidez. 
O copal e o âmbar eram as resinas mais comumente utilizadas. 
As primeiras indústrias surgiram na Inglaterra, França, Alemanha e Áustria. 
As fórmulas eram tratadas sob sigilo absoluto, e tidas como uma informação de poucos 
privilegiados. 
 
2.8. Novos desenvolvimentos 
 
 4
Durante o século XX, a indústria de tintas passou por grande evolução tecnológica, o que 
gerou o aparecimento de novos materiais, cada vez mais adequados ao usuário. 
Os desenvolvimentos também trouxeram produtos de maior resistência, garantindo 
longevidade às superfícies tratadas. 
 
2.9. Início desta atividade industrial no Brasil 
 
A história da indústria de tintas brasileira teve início por volta do ano 1900, quando os 
pioneiros Paulo Hering, fundador das Tintas Hering, e Carlos Kuenerz, fundador da Usina 
São Cristóvão, ambos imigrantes alemães, iniciaram suas atividades na nova pátria e lar. 
Sucessivamente outras empresas, atraídas pelo novo mercado potencial, começaram a se 
instalar em nosso País e desenvolver fortemente o setor. 
 
3. Tipos 
 
Existem duas classificações básicas para tintas: 
 
• À base de óleo ou solventes 
• À base de água 
 
As denominações citadas espelham a principal diferença entre as duas categorias de tintas, 
denominada porção líquida, ou veículo da tinta. A porção líquida de uma tinta à base de 
óleo contém solventes como o mineral spirits. Nas tintas à base de látex. A porção líquida 
contém água. 
 
3.1. As vantagens das tintas a base de solvente são: 
 
• Proporciona melhor cobertura na primeira demão 
• Adere melhor a superfícies que não estão muito limpas 
• Tempo de abertura maior (espaço de tempo em que a tinta pode ser aplicada com 
pincel antes de começar a secar) 
• Depois de seca apresenta maior resistência à aderência e a abrasão 
 
3.2. As vantagens das tintas à base de água são: 
 
• Melhor flexibilidade em longo prazo 
• Maior resistência a rachaduras e lascas 
• Maior resistência ao amarelecimento, em ares prot4egidas da luz do sol 
• Exala menos cheiro 
• Pode ser limpa com água 
• Não é inflamável 
 
 
 
 5
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.3. Tintas à base de óleo 
 
As tintas à base de óleo têm boa cobertura (característica da tinta de cobrir ou mudar a 
superfície original) e adesão ao substrato aplicado. Por outro lado, em aplicações externas, 
algumas destas tintas tendem a oxidar, fazendo com que a película, com o passar do tempo 
torne-se quebradiça, ocorrendo diversas linhas de trincas e fissuras. Em aplicações internas, 
costuma ocorrer o amarelamento e, às vezes, pequenos desplacamentos da película. Estas 
tintas são mais difíceis de aplicação que as formuladas com látex, demorando de 8 a 24 
horas para proceder a secagem da película aplicada. 
Não devem ser aplicadas sobre superfícies com características alcalinas e, mais 
especificamente, sobre aquelas que não se apresentem totalmente curadas. Também não 
devem ser aplicadas diretamente sobre superfícies metálicas galvanizadas. Em ambos os 
casos há esta contra indicação devido ao fato de que, desta forma, haverá a saponificação 
do filme. 
ÓLEO LÁTEX
Durabilidade
Adesão excelente. Oferecem elhor 
adesão que as de látex quando 
pintadas sobre superfícies 
padronizadas
Adesão excelente em todo tipo de 
superfícies, oferecendo melhor 
elasticidade que as tintas à base de óleo
Retenção de 
cor
Não são melhores que as látex. A 
película pode se degradar emcontato com o sol
Grande resistência contra a deterioração 
da película, quando exposta à luz solar.
Facilidade de 
aplicação
São mais difíceis de aplicar, pois é 
Mais pesada. No entanto, com 
apenas uma demão, oferecem maior 
cobertra
São mais fáceis de aplicar
Resistência ao 
mofo
Sendo formadas á base de óleos 
vegetais, fornecem nutrientes para o 
crescimento ou desenvolvimento do 
mofo.
Oferecem poucas condições ao 
crescimento de colônias de mofo. O uso 
de fungicidas inibe o crescimento do 
mofo.
Versabilidade
Podem ser aplicadas na maioria das 
superfícies,menos em superfícies 
cujo aglomerante seja o cimento 
portland, como concreto, emboços e 
rebocos tradicionais. Dever-se-á 
aplicar um protetor penetrante para 
isolar a superfície. Não podem ser 
aplicadas diretamente sobre 
superfícies galvanizadas
Podem ser aplicadas praticamente sobre 
todo tipo de superfície. Sugere-se usar 
primer antes
Limpeza
Só é possível com solventes 
derivados de petróleo, como xilol, 
toluol e etc.
Lavam-se apenas com água
Tempo de 
secagem
de 8 a 24 horas 1 a 6 horas, permitindo repintura
Tabela comparativa da performanceara avaliação de tintas de qualidade
 6
 
3.4. Tintas base água 
 
As tintas base água dividem-se em acrílicas e copolímero de acetato de vinila (PVA). 
 
3.4.1. Tintas à base de PVA 
 
As tintas à base de PVA oferecem mais qualidades para fins externos que as tintas à base de 
óleo, já que apresentam maior variedade de cores, retenção do brilho, melhor resistência a 
surgência de fissuras, à radiação UV e ao desenvolvimento de mofo. 
3.4.2. Tintas à base de Acrílico 
 
As tintas de acrílico de fórmula pura oferece em relação ao látex maior resistência: 
• Ao amolecimento por gordura 
• Ao descascamento 
• À formação de bolhas 
• Ao crescimento de algas e fungos 
• À formação de manchas por água, mostarda, molho de tomate, café 
• Aos produtos de limpeza doméstica 
• Manutenção de cor 
• Adesão em condições úmidas 
 
A qualidade das tintas à base de látex para utilização externa, hoje, é inquestionável, 
Particularmente aquelas formuladas com resinas 100% acrílicas, já que seu filme mantém a 
flexibilidade por anos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 7
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
65% 
8% 
27% 
Tinta com brilho
 
65% 
9%
26%
Tinta semi-brilho 
 
65% 
12%
23% 
Tinta acetinada 
 
65%
15%
20%
Tinta fosca 
para interiores
 
65% 
19%
16% 
Tinta fosca para 
interiores de 
baixa qualidade
 
75% 
19%
6%
Tinta fosca para 
interiores de 
baixa qualidade 
e preço 
PIGMENTO
RESINA
ÁGUA, 
ADITIVOS 
E CARGAS
COMPOSIÇÃO TÍPICA DE UMA 
TINTA LÁTEX 
 8
 
 
4. Componentes 
 
Todas as tintas são compostas por quatro componentes básicos, que darão efeitos 
particulares em suas performances, desconsiderando o fato de serem à base de solvente ou 
água. Os componentes são: O pigmento, a resina, a porção líquida e os aditivos. Os três 
últimos formam o veículo da tinta. 
 
4.1. Pigmento 
 
São materiais insolúveis, geralmente com grande finura, sendo sintéticos ou naturais, que 
dão cor e poder de cobertura à tinta. O dióxido de titânio, pigmento branco, é o mais 
empregado na formulação das tintas, é um dos ingredientes que melhora a qualidade da 
tinta, garantindo alto poder de cobertura, alvura, durabilidade, brilho e opacidade.. Os 
“extenders” ou “cargas” também são pigmentos, inertes como o carbonato de cálcio, 
silicatos de magnésio e de alumínio, sílica, etc., que são adicionados às tintas de modo a dar 
volume, sem acrescentar praticamente nada em seu custo. 
 
Os pigmentos podem ser divididos em Orgânicos e inorgânicos.Os inorgânicos são todos os 
pigmentos brancos e cargas e uma grande faixa de pigmentos coloridos, sintéticos ou 
naturais. Os orgânicos são substâncias corantes insolúveis e normalmente não tem 
características ou funções anticorrosivas. Uma dos aspectos mais importantes a se observar, 
é sua durabilidade ou propriedade de permanência sem alteração de cor. 
 
 
 
4.1.1.Pigmentos inorgânicos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4.1.2.Pigmentos Orgânicos 
Cargas 
 
Pigmentos verdadeiros Dióxido de titânio 
Óxido de ferro 
Cromatos de chumbo 
Cromatos de zinco 
Verdes de cromo 
Azul de Prússia 
Óxido de zinco 
Oxido de cromo 
Negro fumo 
Pigmentos metálicos 
Fosfato de zinco 
Monoazóicos 
Vermelho toluidina 
Vermelho paraclorado 
Laranja de dinitroanilina 
 9
 
4.2. Resina 
 
É um material ligante ou aglomerante, normalmente um polímero, normalmente um 
polímero, não volátil, também chamado de “veículo sólido” que fixa, junta e faz aderir as 
partículas do pigmento, dando integridade à película de pintura. Propriedades da tinta como 
dureza, resistência à abrasão, resistência aos álcalis e adesão são governadas basicamente 
pela resina. 
Quando a pintura é aplicada e seca, seu poder de aderência à superfície deve-se à resina que 
, dependendo do tipo e quantidade adicionada à formulação da tinta será fundamental para 
dar resistência ou retenção de cor, brilho, flexibilidade ao filme e, finalmente, durabilidade. 
Deduz-se, portanto, que uma tinta com pouca ou nenhuma resina terá uma performance 
deficiente e, por fim uma durabilidade extremamente baixa. A caiação é uma tinta que , 
essencialmente, não contém resina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Propriedade Dureza Estabilidade Cores Custo
Luz solar Ambientes Abrasão Atmosfera Álcalis Solventes ao calor relativo
Úmidos ou ácida
imersão
Hidrocarbonetos 1 5 2 5 3 0 1 0 limitada 1,00
Nitrocelulósicas 2 1 2 2 2 1 1 0 todas 1,90
Borracha clorada 2 5 3 5 3 0 2 1 muitas 3,80
Borracha clorada/ 3 2/3 2 2/3 2 0 1 2 todas 2,80
alquídicas amarela
Vinílica / 3 3 2 3 2 2 1 2 todas 3,90
alquídica amarela
levemente
PVC 3 5 3 5 3 2 2 3 todas 5,50
copolimerizado
PVC 3 5 5 5 5 2 2 4 restrições 6,00
Vinil / acrílica 4 4 3 4 4 2 2 3 todas 5,20
Acrílica 5 3 3 3 4 2 2 3 todas 4,60
Epóxi poliamida 2 4/5 4 4 3 4 3 4/5 restrições 6,60
Epóxi poliamina 2 4/5 5 5 5 5 4 4/5 restrições 7,00
Poliuretano aromático 2 3 5 4 5 5 4 4/5 restrições 7,00
Poliuretano alifático 5 3 5 5 5 5 4 4/5 todas 10,40
Resistência a
Legenda 5 = Excelente 4 = Muito bom 3 = Bom 2 = Regular 1= Insuficiente 0 = Não indicado 
 10
As tintas compostas de solventes podem ser formuladas com resinas sintéticas ou naturais. 
É interessante ressaltar que mais de 90% das tintas a base de solvente usam resinas 
alquídicas (reação de álcools polihidricos, como os glicols e a glicerina, adicionando-se 
ácidos orgânicos como o maleic e o sebaic) como aglomerante. Este aglomerante, 
explicando de outra maneira, é composto por resinas modificadas com óleos vegetais, como 
o de linhaça e de tungue que secam rapidamente e formam uma película dura, 
diferentemente dos óleos vegetais e resinas sintéticas. Estas tintas não devem ser aplicadas 
diretamente sobre paredes ou superfícies alcalinas, a não ser que se aplique um isolante 
resistente aos álcalis. De outra forma, ocorrerá a saponificação do veículo. Nas tintas à base 
d´água, a resina é essencialmente sintética, sendo que a acrílica ( ou 100% acrílica) e a vinil 
acrílica( também chamada acetato de polivinil ou PVA) são mais comuns. Já é de 
conhecimento geral que as tintas formadas com 100% de resina acrílica promovem melhor 
adesão à superfície e dão maior durabilidade que as tintas vinil acrílicas, particularmente 
em superfícies alcalinas ( existem tiras de papel e lápis que medem o PH da superfície) 
 
4.3. Porção líquida ou volátil ( solvente) 
 
Com diferentes funções, dependendo do tipo da tinta, mantém os pigmentos e as resinas 
dispersas ou dissolvidas em um estado fluido ou com baixa viscosidade, tornando a tinta 
fácil de aplicar. Após a aplicação da tinta, a porção líquida evapora totalmente e deixa atrás 
uma película de pigmentos estruturada com a resina. Normalmente não reagem com os 
constituintes da tinta. 
A porção volátilmais freqüente nas tintas à base de óleo são: a trupentina (solvente 
destilado do pinheiro) e os derivados do petróleo como xilol, toluol, etc., que dissolvem a 
resina. 
São os produtos que tem a capacidade de dissolver outros materiais sem alterar suas 
propriedades químicas. O resultado dessa interação é denominado solubilização. Os 
solventes são, via de regra, voláteis e na sua maioria inflamáveis. Eles estão presentes nas 
tintas com duas finalidades. 
 
• Solubilizar a resina 
• Conferir viscosidade adequada à aplicação 
 
A solubilização da resina é necessária para que haja um melhor contato da tinta com o 
substrato, favorecendo a aderência. A utilização de solventes inadequados, que não tenham 
poder de solvência sobre a resina, pode causar problemas nas tintas, como a coagulação ou 
precipitação da resina, perda de brilho, diminuição da resistência à água. 
 
Normalmente, são utilizados composições de solventes com diferentes pontos de ebulição, 
de maneira que os solventes “ mais leves” formam a película logo após a aplicação, 
evitando o escorrimento, e os “ mais pesados” possibilitam a correção de imperfeições 
como marcas de pincel e crateras. 
 
 
 
 11
Características gerais: 
 
• Incolores 
• Voláteis, sem formação de resíduos 
• Quimicamente estáveis, não se alterando no armazenamento 
• Neutros (não devem reagir com os demais componentes da tinta) 
• Inodoros ou de odor fraco ou agradável 
• Estáveis, com propriedades físicas constantes. 
 
Os solventes mais amplamente utilizados são : 
 
• Hidrocarbonetos alifáticos (poder de solvência e volatilidade baixo devido 
seu alto peso molecular) e aromáticos (forte poder de solvência e odor. São 
eles: benzeno, tolueno, etc.). São muito utilizados devido ao seu custo 
relativamente baixo e indicação para a maioria das resinas. 
• Oxigenados: Caracterizado genericamente por ser hidrosolúveis. São eles: 
Álcoois, ésteres, cetonas e os glicóis. 
 
Limites de tolerância. 
 
A água é o único solvente absolutamente sem perigo como, porém, muitas substâncias não 
se dissolvem na água, houve na segunda guerra um extraordinário desenvolvimento do uso 
de solventes orgânicos. 
Entre eles alguns são poucos nocivos, como o etanol e a acetona. Outros como o benzeno, o 
dissulfeto de carbono e o sulfato de dimetila, são extremamente perigosos. Em função do 
perigo potencial que eles representam os higienistas fixaram limites de tolerância diária, os 
quais não devem ser ultrapassados em locais de trabalho. Estes limites estão definidos nas 
NRs. 
 
 
Nas tintas à base de látex, a porção líquida principal é a água, que não dissolve a resina, 
mantendo-a apenas dispersada, funcionando como um diluente. Além da água, nas tintas à 
base de látex, são usados outros solventes coalescentes que aderem à resina, amolecendo-a, 
fazendo com que a tinta sofra uma secagem mais rápida. 
 
4.4. Aditivo 
 
Combinam-se aos componentes primários, de modo a incrementar a performance da tinta. 
Os aditivos variam, de preservativos (que impedem que a tinta estrague ao ser estocada na 
prateleira) aos fungicidas (que evitam o crescimento de colônias de mofo na superfície da 
película aplicada). As sílicas garantem a homogeneidade do revestimento, evitando o 
surgimento de fissuras e outros tipos de deformação, seus principais benefícios são: alto 
poder de fosqueamento, alta porosidade, consistência, fácil dispersão e qualidade de filme, 
proporcionando excelente resistência a riscos e manchas. O glicol também entra na 
composição das tintas com a função de impedir que, após a aplicação o filme seque 
rapidamente. 
 12
Os modificadores reológicos são uma outra linha de aditivos usado nas tintas à base de 
látex, coma função de melhorar suas propriedades de aplicação e a aparência do produto 
final, fazendo com que o sistema tenha boa fluidez ou espalhamento, interferindo 
eficazmente na cobertura da pintura e, principalmente, em sua durabilidade. 
 
Quanto ao mecanismo de atuação, os aditivos dividem-se em: 
 
• Aditivos de cinética 
o Secantes 
o Catalisadores 
o Antipeles 
 
• Aditivos de Reologia 
o Espessantes 
o Niveladores 
o Antiescorrimento 
 
• Aditivos de processo 
o Surfactantes 
 
• Aditivos de preservação 
o Biocidas 
o Estabilizantes de ultravioleta 
 
 
5. Qualidade 
 
Ao variar a quantidade e o tipo de resina, pigmento, porção, líquida e aditivos, podem criar 
uma vasta variedade de tintas. O teor de sólidos, o conteúdo de pigmentos e a qualidade de 
óxido de titânio são os três indicadores da qualidade de uma tinta. 
Quanto maior a porcentagem de sólidos em volume, não em peso, na tinta; maior espessura 
da película, considerando-se uma determinada taxa de espalhamento. Esta vantagem, 
simplesmente traduz-se em uma melhor cobertura e, obviamente, em uma verdadeira 
proteção da superfície, significando, no fim das contas, durabilidade. 
Por exemplo, as tintas comuns à base de látex apresentam-se com cerca de 15 a 20% de 
sólidos em volume e 80 a 85% de água. As boas tintas ou de qualidade, normalmente 
apresentam cerca de 35 a 35% de sólidos e, conseqüentemente, 55 a 65% de água. 
Se pintarmos com uma tinta de qualidade e uma tinta comum, em igualdade de condições, 
uma mesma espessura de filme molhado (recém pintado), após a secagem obteremos uma 
película mais espessa, que dará mais proteção e durabilidade. De fato, com uma tinta de 
40% de sólidos em volume após a secagem da pintura, obteremos uma película seca (EPS) 
três vezes mais espessa do que com a tinta 30% de sólidos. 
 
 
 
 13
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Líquidos 
 E 
Aditivos 
Resina e Pigmentos
 
 
Líquidos 
 E 
Aditivos 
Resina e Pigmentos 
Espessura do filme 
antes da secagem 
Espessura do filme após da secagem 
Alta Qualidade 
TINTA LATEX 
Baixa Qualidade 
 14
 
6. Características que uma boa tinta deve ter 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Variáveis da formação Mudança Benefícios
Teor de sólidos Espessura do filme seco
Cobertura e 
durabilidade
Pigmento: proporção com a resina Porosidade e integridade do filme
Retenção da tinta, 
resistência à 
desintegração ( perda 
de pigmento, etc) e à 
formação de trincas
Fungicida
Modificação Reológica Viscosidade, fluidez estruturação do filme
Cobertura, aparência e 
durabilidade
Tipo de resina
Adesão, resist6encia à 
chuva, flexibilidade, 
resistência aos álcalis e 
à radiação UV.
Nível de TIO2 Opacidade Cobertura
Seleção de Carga Durabilidade
Tinta com alta 
resistência à 
desintegração ( perda 
de pigmento, etc.)
Variáveis para formulação de tintas de qualidade 
TINTA À ÓLEO TINTA LÁTEX
Pigmentos para dar cobertura 
e cor
TiO2, cores orgânicas, 
cores inorgânicas, cargas.
TiO2, cores orgânicas, cores 
inorgânicas, cargas.
Líquidos para uma 
consistência adequada solvente água
Resinas para 
promoveradesão e 
estruturação do filme
Óleo de linhaça, óleo de 
tungue ou alquídico
100% acrílico ou vinil/acrílico 
ou terpolímero vinílico
Diferença de componentes 
 15
 
 
6.1. Componentes 
 
As tintas são compostas por quatro categorias de componentes: pigmentos, ligantes, 
líquidos e aditivos.Como uma regra geral, quanto maior a quantidade de pigmento e ligante, 
melhor será a qualidade da tinta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Pigmentos: responsáveis pela cor e poder de cobertura. 
• Ligantes: dão "liga" aos pigmentos e proporcionam integridade e adesão ao filme. 
• Líquidos: também conhecidos como veículo, proporcionam a consistência desejada. 
• Aditivos: proporcionam à tinta propriedades específicas. 
 
 
6.2. Características de aplicação 
 
As principais características de aplicação são: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Característica Benefício
Excelente alastramento e nivelamento Suavidade da aplicação e boa aparência
Capacidade superior de cobertura
Aparência, rapidez de aplicação,
necessidade de menos demãos
Não respinga quando aplicada com roloFacilidade de limpeza e rapidez no trabalho
 16
 
6.3. Características de resistência e durabilidade 
 
As características de resistência estão intimamente relacionadas com a qualidade da tinta. 
 
Tintas para Interiores 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tintas para Exteriores 
 
 
 
 
6.4. Teor de pigmentos 
 
A proporção de pigmentos, volumetricamente falando, referida ao volume total de sólidos 
de resina e pigmentos de uma tinta é chamada de teor de pigmentos, e é expressa em 
porcentagem. 
Teores de pigmentos entre 10 e 2% representam uma proporção baixa na relação 
pigmento/resina, significando, certamente, uma tinta com brilho. De forma inversa, as tintas 
Característica Benefício
Alto grau de adesão Menor possibilidade de formação de
bolhas, descascamento, maior resistência a
umidade e a lavagem
Resistência a abrasão Maior resistência a limpeza
Resistência a polimento Não fica brilhante quando polida ou limpa
Resistência a manchas
Não absorve sujeira e maior facilidade de
limpeza
Resistência a aderência
Superfícies que não grudam quando se
tocam
Característica Benefício
Alta adesão Menor possibilidade de formar bolhas ou
de descascar
Resistência a calcinação
Menor desbotamento, menor escurecimento 
da superfície e baixa taxa de erosão
Resistência a mofo (bolor) e algas Impede o crescimento de fungos ou algas
Retenção de cores Manutenção da cor e a aparência
Resistência alcalina Resiste à deterioração em alvenaria fresca
Resistência a sujeira
Não aderência de partículas de sujeira em
suspensão no ar
 17
com altos teores de pigmentos entre 45 e 75%, apresentam-se com uma proporção superior 
à resina, o que resulta em uma pintura ou acabamento fosco, sem brilho. 
As pinturas com acabamento acetinado ou com maio brilho apresentam-se, de um modo 
geral, com teores de pigmento entre 28 e 385% 
Uma outra forma de entender o teor de pigmento é analisando-se a quetão de quanta resina 
será necessária para envolver o pigmento. As tintas, com baixos teores de pigmento, são 
consideradas, portanto, com alto teor de resina, isto é, mais resina do que pigmento. Logo, 
como já afirmamos acima obteremos uma pintura polida, com brilho. 
 
 
 
 
7. Aplicação 
 
7.1. Condições climáticas 
 
Não muito frio 
 
5° C é a temperatura mínima de aplicação para a maior parte das tintas à base de água ou de 
solvente, seja em relação à superfície a ser pintada ou ao ambiente. 
Temperaturas muito baixas 
Dificultam as pinceladas e passadas de rolo 
Prolongam o tempo de secagem, o que faz com que a tinta fique mais sujeita a adesão de 
partículas de poeira do ar 
 
 
 Não muito quente 
 
Temperaturas muito elevadas podem fazer com que a tinta seque rápido demais, 
comprometendo a durabilidade da pintura. Evite pintar sob as seguintes condições, 
especialmente se mais de uma estiver presente. 
Temperatura do ar ou da superfície superior a 30° C 
Luz do sol direta, principalmente ao usar cores escuras 
Baixa umidade 
 
 
 Ventilação adequada 
 
Ao usar tintas à base de solventes, cuide para que o local seja muito bem ventilado. Isso 
evitará que forte odor do solvente, prejudicial à saúde das pessoas, permaneça no local por 
muito tempo. 
 
 
 
 18
8. Substratos 
 
8.1. Propriedades das superfícies 
 
As propriedades das superfícies, que influem diretamente no comportamento das pinturas 
são: 
• Permeabilidade: É a propriedade que tem o substrato de permitir a passagem de 
gases ou líquidos que poderão resultar em diversas combinações químicas. 
 
• Porosidade: É a relação percentual entre o volume de espaços vazios e o volume 
total. Esta relação influenciará substancialmente no grau de absorção dos compostos 
líquidos pela tinta. 
 
 
• Resistência a radiações energéticas: É a propriedade dos materiais de não 
sofrerem deterioração ou decomposição quando expostos às radiações energéticas , 
especial as radiações provenientes do sol , como luz ultravioleta. 
 
• Plasticidade / fragilidade: Plasticidade é a propriedade do material de sofrer 
alteração de forma sob ação de forças externas e as manter mesmo após a retirada 
destas forças, sem o aparecimento de fissuras. 
Fragilidade é a propriedade segundo a qual o material se rompe,sob a ação de forças 
externas , sem ter sofrido deformação 
 
• Reatividade química:´a capacidade do material de combinar com agentes químicos 
ambiantais. 
 
Os materiais de alvenaria são via de regra porosos, absorvem e podem reter água, 
desenvolver e abrigar fungos e possuem comportamento alcalino. 
As madeiras são porosas, higroscópicas e sofrem decomposição superficial sob efeito dos 
fungos e das radiações solares (raios infravermelho e ultravioleta). Por absorverem 
umidade, sofrem alteração dimensional provocando empenamentos. 
Os metais, basicamente as ligas ferrosas, são altamente sensíveis à corrosão quando em 
contato com a umidade, o oxigênio e os elementos poluentes. 
As especificações de pintura na construção civil devem ser feitas mediante pleno 
conhecimento das condições ambientais e dos diversos tipos de substratos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ALVENARIA MADEIRA METAIS
Porosidade alta alta nula
Permeabilidade alta alta nula
Retividade química média baixa
muito alta para 
metais ferrosos
Resistência a radiações solares alta baixa alta
Caracterísitca básica peculiar alcalinidade higroscopia
sensibilidade à 
corrosão
SUPERFÍCIESPROPRIEDADES
Propriedade de superfícies
 19
 
9. Especificação de sistemas de pintura 
 
9.1. Classificação do ambiente segundo as diretrizes da Norma BS6150 
 
 
9.2. Classificação do ambiente quanto à agressividade da atmosfera local 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Regime anual de
chuvas
baixo Mais de 6 meses secos
elevado até 3 meses secos
Belém. Manaus, Rio 
de janeiro, São Paulo
Porto alegre, Curitiba,
Florianópolis, Salvador
Classificação
Exemplo de
cidades brasileiras
médio de 4 a 5 meses secos
Belo Horizonte, Cuiabá
Goiania
Teresina, Fortaleza
Área industrial e marítima
Atmosfera
Área não industrial (rural e urbana)
Área semi-industrial
Baixa
Média
Elevada
Classificação
 20
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9.3. Sistemas de acabamento para substratos à base de cimento ou cal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ambiente
externo
área afastada da orla marítima ( mais de 10km),
não industrial e com regime de chuva médio
área próxima à orla marítima,urbana ou
semi-industrial, com regime de chuva médio
Moderado área afastada da orla marítima,urbana ou semi-
industrial, com poluição artmosférica média,
mas afastada de fontes de poluição
área dentro da orla marítima( até 3km), não 
industrial, com regime de chuva intenso
área dentro da orla marítima ( até 3km) e com 
elevada poluição atmosféria
edifícios residenciais e comerciais
2Intenso
Muito intenso
Ambiente com possibilidade de condensação 
de umidade, como cozinhas e
banheiros, ou com pouca necessidade
de limpeza de superfície
Grau de
agressividade
1
2
ou com necessidade de limpeza 
freqüente das superfícies
Ambiente industrial e/ou com umidade e
condensação elevadas
1
área industrial, com poluição atmosférica elevada
Ambiente
Interno
Ambiente frequentemente submetido à 
umidade e condensação elevada
Ambientes secos, bem ventilados, de
Fraco
Tipo de
ambiente
T B F B F B F A A S
Moderado
X
X
X
X X
X
X
X
X
-
- -
- -
- -
X
- -
-
-
-
- -
- -
- -
- -
- -
- -
-
-
-
-
--
-
-
-
X
R
R
R
R
R
R
-
R
RR
R
R
- -
X
R
R
R
R- - - - -
-
R R
RR - -
- - -R R R R
R R
R
R
R
RR
R R R R
R
R
R R
R
R
R R
-
X
R
R
R
R
Tipos de pinturas
Acrílica Vinílico Esmalte Silicone
Cal Cimento
Ex
te
rn
o
In
te
rn
o
Fraco
Moderado
intenso
2Intenso
Muito intenso
Grau de
1
2
agressividade
1
R
Fraco
R – Recomendável X – Recomendável até dois pavimentos T - Texturizado A- acetinado B – Brilhante
F -Fosco 
 21
 
9.4. Definindo o sistema de pinturaCARACTERÍSTICAS Óleo Acrílico
Borracha 
Clorada Vinílica
Epóxi 
poliamina
Epóxi 
poliamida
Epóxi 
betuminoso
Dureza Baixa Média Média Média Alta Alta Alta
Flexibilidade Alta Média Média Média édia Média alta Média alta
Resistência à abrasão Baixa Média Média alta Média alta Alta Alta Alta
Resistência a álcalis Baixa média alta Alta Alta Alta Alta Alta
Resistência à água Baixa média alta Alta Alta Alta Alta Alta
Resistência à temperatura até 90ºC até 100ºC até 70ºC até 65ºC até 120ºC até 130ºC até 120ºC
Preparação mínima da 
superfície
Limpeza 
mecânica sobre fundo Jato Sa2 Jato Sa 2 1/2 Jato Sa 2 1/2 Jato Sa 2 1/2 Jato Sa2
Resistência às intempéries Média Alta Média alta Média alta Média baixa Média baixa Média baixa
Resistência a solventes Baixa Baixa Baixa Baixa Alta Alta Média baixa
Espessura µm/demão 30/40 30/40 35/75 25/70 50/150 50/150 150/250
Ressitência a ácidos Baixa Média Alta Alta Média baixa Média baixa Alta
CARACTERÍSTICA DE DIVERSOS SISTEMAS DE PINTURA
CARACTERÍSTICAS
Alquídica 
fenolada Poliuretano
Epóxi rico 
em zinco
Silicat rico 
em Zn Alquídica Silicone
Dureza Média Alta Alta Alta Média baixa Média alta
Flexibilidade Média alta Média alta Média Baixa Média alta Média
Resistência à abrasão Média Alta Alta Alta Média baixa Média baixa
Resistência a álcalis Média Alta Baixa Baixa Baixa Média alta
Resistência à água Alta Alta Alta Alta Baixa Alta
Resistência à temperatura até 120ºC até 120ºC até 250ºC até 400ºC até 105ºC até 600ºC
Preparação mínima da 
superfície Sobre fundo sobre fundo Jato Sa 3 Jato Sa 3 Limpeza mecânica Jato Sa 2
Resistência às intempéries Alta Alta(*) Média alta Média alta Média alta Alta
Resistência a solventes Média baixa Alta Alta Alta Baixa Média baixa
Espessura µm/demão 30/40 30/80 70/80 75 30/40 20/25
Ressitência a ácidos Média alta Alta Baixa Baixa Média baixa Média
(*) Poliretano alifático
CARACTERÍSTICA DE DIVERSOS SISTEMAS DE PINTURA (B)
 22
 
10. Ensaios de uniformidade dos lotes de tintas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TINTAS VERNIZES
TOLERÂNCIA DE 
VARIAÇÃO 
Material não volátil 
(105º) ASTM D-2369 ASTM D-1644 ± 2%
Sólidos NBR - 8621 - ± 2%
Pigmentos NBR - 9944 - ± 2%
Dióxido de titãnio ASTM D-4563 - ± 2%
Espectroscopia de 
infravermelho ASTM D-2621 ASTM D-2621
Devem apresentar 
espectrogramas de 
mesmas 
características
Massa específica NBR-5829 NBR-5829 ± 0,1%
Viscosidade ASTM D-562 ASTM D-562 ± 5%
MÉTODOS
DETERMINAÇÕES
 23
11. Ensaios de desempenho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESMALTE 
SINTÉTICO
LISO TEXTURIZADO ÓLEO
1 Proj. ABNT 2.02.29-012 I.E I.E I.E - - Tolerância de variação em 
2 Proj. ABNT 2.02.29-18 I.E I.E - - I.E relação ao valor indicado
3 Proj. ABNT 2.02.29-17 I.E I.E - - I.E pelo fabricante
4 Resistência à água ASTM d870 - ASTM D 1647 I.E I.E I.E I(*) - Não deve apresentar alterações
5 Resistência a Alcalis ASTM D 1647 I.E I.E I.E I(*) - visíveis a olho nu nem
Resistência a Agentes Químicos deterioração da pelicula
de uso doméstico
7 Resistência à eflorecência Proj. ABNT 2.02.29-005 I.E I.E - I.E I.E
não deve apresentar falha na 
 pelícla após 3000 ciclos de 
ensaio
Resistência ao desenvolvimento Proj. ABNT 2.02.29-011 ou Baixa frequência de 
de fungos ASTM D 3273 empolamento
10 Resistência ao Empolamento ASTM D 2366 - - E E** - classificação 38
Fita adesiva ASTM D 3359 I.E - I.E - -
tensão de arrancamento 
1,on/mm2
arrancamento ABNT D 2.02.29-008 - I.E - - -
Não deve apresentar 
bolhas,fissuração
12
Resistência à 
variação de umidade 
3ciclos ASTM D 3469 - - I** I** -
alteração de cor, ou 
descolamento de película
Weather-o-
metas(1000h) ASTM G-26 E E E E E
C.V.U.B. 
(500h) ASTM G-53 E E E E E
14 Envelhecimento Natural ( 1 ano) Proj. ABNT 2.02.23-014 E E E E E
15 Ensaio de Névoa Salina (200h) *** ASTM B-117 - - E - - Baixo grau de ferrugem
* apenas para substratos à base de cimento
** apenas em sustratos de madeira
*** apenas indicado para substratos metálicos, em ambiente marítimo ou salino
I - Interno
E - Externo
-I.E I.E I.E I.E
IProj. ABNT 2.02.29-006Resistência a lavabilidade8 --II
ASTM D 1308 I I I 
Poder de cobertura
absorção de água
Aderência
Envelhecimento 
acelerado
evaporação de água
13
6
9
11
VERNIZ SILICONE EXIGÊNCIAS
I -
Ensaio 
n.º MÉTODOS
TINTAS LATEX
PROPRIEDADES
 24
12. Conhecendo a qualidade de sua tinta 
 
Os testes mais representativos são os de: lavabilidade, cobertura úmida, cobertura seca e 
porosidade. 
 
Para fazer o teste são necessários: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• cartela de extensão - cartão de papel branco com uma tarja preta, justamente para melhor 
observar o poder de cobertura da tinta. 
 
• extensor - peça de metal de espessura constante para puxar a tinta sobre a cartela. 
 
Pode-se fazer o teste de uma ou mais tintas colocando-se uma pequena quantidade de 
produto sobre a cartela e puxá-las ao mesmo tempo com o extensor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 25
 
A tinta de melhor cobertura pode ser observada a olho nu, principalmente sobre a tarja 
preta. 
Uma vez que a tinta tenha secado, pode-se fazer o teste de porosidade, deixando cair sobre 
a cartela uma corrente de água com o uso de um conta-gotas, por exemplo. As tintas de 
baixa qualidade têm maior porosidade e conseqüentemente absorvem mais água, fazendo 
com que a cobertura diminua e deixando transparecer o substrato, independentemente de 
ser papel, tijolo ou argamassa. A porosidade da tinta pode ser melhor observada com a 
utilização de uma lupa. Os produtos de alta qualidade são menos porosos. 
O teste de lavabilidade pode ser realizado friccionando um pedaço de gaze cirúrgica úmida 
sobre as tintas aplicadas na cartela de extensão. No exemplo, a tinta A só resistiu a três 
ciclos de fricção; a tinta B resistiu a 23 ciclos, e a tinta C não se desgastou da cartela 
durante o teste. Segundo o engenheiro Flávio, as tintas de alta qualidade resistem a 500 
fricções ou mais, sem desgaste. Por resistirem a poucos ciclos, as tintas A e B são 
consideradas de baixa qualidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 26
13. Patologias 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FATORES 
DEGRADAÇÃO
Influência 
do
• Ataque químico
• Pré-tratamento
• Aplicação 
• Elétrico 
• Efeitos térmicos
Influência do 
meio ambiente
• Temperaturas e 
variações 
• Tempo 
• Radiações 
• Gases 
• Ação mecânica 
• Ataque biológico 
• Imersão 
o Efeitos cíclicos 
o Concentração 
o PH 
Superfície 
• Abrasão 
• Pulverulência 
• Fissuramento 
• Mudança de cor 
• Enfraquecimento 
o Térmico 
o Químico 
Interface 
pintura-
• Película 
soltando 
• Impacto 
• Bolhas 
ATRAVÉS DO 
FILME
• Fissuramento 
• Flexibilidade 
• Distenção ou 
deformação por 
tração 
• Fissuras em V no 
filme 
• Enfrequecimento 
o Térmico 
o Químico 
RELAÇÃO ENTRE FATORES ENVOLVIDOS NA 
DEGRADAÇÃO DE UM FILME 
 27
Descrição, causas e soluções 
 
13.1. Adesão de duas superfícies 
 
 
Adesão de duas superfícies quando pressionadas umas sobre as outras. Exemplo: a porta 
gruda no batente. 
 
Possíveis Causas 
• Não aguardar portas e janelas secarem totalmente antes de fechá-las. 
• Uso de tintas alto ou semibrilho de baixa qualidade. 
 
Soluções 
• Usar tintas alto ou semibrilho acrílicas de alta qualidade. As tintas de qualidade inferior 
possuem pouca resistência ao problema, principalmente sob condições de calor e vapor. As 
tintas acrílicas são mais resistentes à esse problema que as tintas vinílica, base óleo ou 
alquídica. Esta última, desenvolve sua resistência à adesão com o passar do tempo. 
• Siga sempre o tempo de secagem recomendado pelo fabricante. 
• A aplicação de talco pode atenuar o problema. 
 28
 
 
13.2. Baixa adesão a metais galvanizados 
 
 
A tinta não adere à superfícies de metal galvanizado. 
 
Possíveis Causas 
• Incorreta preparação da superfície, por exemplo remoção insuficiente da ferrugem. 
• Falha na aplicação do selador antes de aplicaçãode tinta base óleo ou látex vinílico. 
• Não lixar corretamente superfícies de acabamento esmaltado ou brilhoso antes da pintura. 
 
Soluções 
• Todo e qualquer ponto de ferrugem deve ser eliminado com auxílio de uma escova de aço 
e em seguida aplique sobre o substrato um selador resistente à corrosão (uma demão é, 
geralmente, suficiente). 
• Ao pintar pela primeira vez ou repintar uma superfície galvanizada que não apresente 
pontos de ferrugem, pode-se utilizar um látex acrílico sem aplicação prévia de selador. No 
caso de usar tintas base óleo ou látex vinílico em superfície bruta, a aplicação de um 
selador se torna fundamental. 
 29
 
 
 
13.3. Baixa resistência a alcalinidade 
 
 
Perda de cor e deterioração do filme se aplicado sobre alvenaria recém-construída. 
 
Possíveis Causas 
• Tinta base óleo ou vinil acrílico aplicada sobre alvenaria recém-construída, que não tenha 
sido curada por um ano. Construções novas, geralmente contém cal que é muito alcalino. 
• A alcalinidade da construção permanece tão alta a ponto de afetar a integridade do filme 
formado sobre a superfície. 
 
Soluções 
• O ideal é deixar a superfície sem pintura por até um ano, para que o concreto seque bem. 
Se não for possível, espere pelo menos 30 dias. Antes iniciar a pintura, aplique sobre o 
substrato um selador resistente à alcalinidade. 
• Prefira tintas 100% acrílicas, porque são mais resistentes a esse problema. 
 30
 
 
13.4. Baixa resistência às manchas 
 
 
A tinta não apresenta resistência contra ao acúmulo de sujeiras e manchas. 
 
Possíveis Causas 
• Uso de tinta de baixa qualidade que seja muito porosa. 
• Aplicação de tinta em uma superfície que não tenha sido selada. 
 
Soluções 
• Tintas base água de alta qualidade contêm mais emulsão, ingrediente que ajuda a evitar 
com que as manchas penetrem na superfície pintada. Com isso, a sujeira pode ser removida 
com facilidade. 
• Superfícies novas, que tenham sido seladas, proporcionam formação do filme em uma 
espessura correta, oferecendo fácil remoção de manchas. 
 31
 
 
13.5. Baixa resistência ao atrito 
 
 
Remoção parcial ou total do filme, quando esfregado. 
 
Possíveis Causas 
• Escolha do tipo de brilho incorreto para o ambiente. 
• Uso de uma tinta de baixa qualidade. 
• Limpar o local com um material muito abrasivo. 
• Limpar a superfície sem que a tinta esteja totalmente seca. 
 
Soluções 
• Áreas que necessitam de freqüente limpeza ou que estejam expostas a grande tráfego 
requerem um tipo de tinta que ofereça grande resistência. Nesses casos é aconselhável o 
uso de tintas alto ou semi brilho ao invés de tintas foscas. 
• Quando for limpar a superfície utilize um material não abrasivo e um detergente bem 
suave. 
 32
 
 
13.6. Baixa retenção de brilho 
 
 
Deterioração da tinta, resultando em excessiva ou rápida perda de brilho. 
 
Possíveis Causas 
• Uso externo de tinta indicada para superfícies internas. 
• Uso de tinta de baixa qualidade. 
• Uso de tinta alto brilho base óleo ou alquídica em locais que recebem direta luz do sol. 
• A incidência luz do Sol diretamente sobre a superfície pode comprometer a emulsão e os 
pigmentos da tinta, provocando a calcinação e perda de brilho. 
 
Soluções 
• Com o passar do tempo, toda tinta perde um pouco do seu brilho inicial, porém as de 
baixa qualidade o processo se dá mais rapidamente. 
• Emulsões usadas em tintas acrílicas são mais resistentes aos raios UV, enquanto as 
presentes em tintas base óleo e alquídicas absorvem a radiação, causando seu 
comprometimento. 
• A preparação da superfície deve ser a mesma de locais que apresentam sinais de 
calcinação (ver Calcinação). 
 
 
 33
 
13.7. Baixa uniformidade de brilho 
 
 
Brilho desigual da pintura que apresenta manchas brilhantes ou foscas sobre a superfície 
pintada. 
 
Possíveis Causas 
• Desigual taxa de espalhamento durante a pintura. 
• Falha na selagem de uma superfície porosa ou superfície que apresenta vários graus de 
porosidade. 
• Aplicação da tinta de maneira errada. 
 
Solução 
• Substratos novos devem ser selados antes da aplicação da tinta, assegurando uma 
uniformidade de porosidade na superfície. Se a superfície não for selada, uma segunda 
demão de tinta é indicada. 
 34
 
13.8. Baixo poder de cobertura 
 
 
A superfície, mesmo pintada, não encobre totalmente a camada subjacente. 
 
Possíveis Causas 
• Uso de uma tinta de baixa qualidade. 
• Uso de pincel ou rolo de baixa qualidade. 
• Uso de uma combinação imprópria de base de tingimento e cor de tingimento. 
• Pobre alastramento e nivelamento da tinta (ver Alastramento e Nivelamento). 
• Uso de uma tinta muito mais clara que o substrato ou que contenha pigmentos orgânicos 
de baixo poder de cobertura. 
• Aplicação de tinta com taxa de espalhamento maior que o recomendado. 
 
Soluções 
• Use sempre tintas de alta qualidade, pois proporcionam um melhor escoamento e poder de 
cobertura. 
• Use rolos ou pincéis de boa qualidade. Quando optar por rolo, verifique se é o tipo 
indicado para a pintura. 
• Se o substrato for muito escuro ou estiver com papel de parede, utilize um selador antes 
da aplicação da tinta. 
• Se optar por uma tinta tingida, utilize a base correta. 
• Quando a utilização de pigmentos orgânicos de baixo poder de cobertura for necessária, 
aplique um selador antes da pintura. 
• Siga as recomendações do fabricante quanto a taxa de espalhamento. 
 
 35
 
13.9. Bolhas 
 
 
Esse problema, geralmente é resultante de perda localizada de adesão e levantamento do 
filme da superfície. 
 
Possíveis Causas 
• Aplicação de tinta base óleo ou alquídica sobre uma superfície úmida ou molhada. 
• Umidade infiltrando através de paredes externas (menos provável com tintas base água). 
• Superfície pintada exposta à umidade, logo após a secagem, principalmente se houve 
inadequada preparação da superfície. 
 
Soluções 
• Se nem todas as bolhas baixaram remova-as, raspando e lixando as regiões 
comprometidas e repinte com tinta acrílica, indicada para interiores. 
• Se todas as bolhas baixaram elimine a fonte de umidade, raspe e lixe o local e aplique um 
selador antes de aplicar a tinta. 
• Considere a possibilidade de instalar, um exaustor no ambiente. 
 36
 
13.10. Bolor 
 
 
Esse problema é caracterizado pela existência de manchas ou pontos pretos, acinzentados 
ou amarronzados sobre a superfície. 
 
Possíveis Causas 
• Aparece, geralmente, em áreas úmidas ou que recebem pouca ou nenhuma luz do sol, 
como banheiros, cozinhas ou lavanderias. 
• Uso de uma tinta alquídica ou base óleo, ou de uma tinta base água de baixa qualidade. 
• Inadequada selagem de uma superfície de madeira, antes da aplicação da tinta. 
• Pintura sobre substrato ou camada de tinta na qual o bolor não tenha sido removido. 
 
Soluções 
• Certifique-se de que o problema seja mesmo bolor, fazendo o seguinte teste: Pingue 
algumas gotas de alvejante doméstico sobre as manchas, se elas clarearem certamente trata-
se de bolor. Em seguida, remova todo o bolor do local com a seguinte solução: 1 parte de 
alvejante para 3 de água, protegendo mãos e olhos. 
• Pinte a superfície com uma tinta base água de alta qualidade e quando houver necessidade 
de limpeza, faça-a com alvejante /detergente. 
• A instalação de um exaustor em locais de intensa umidade é uma boa opção. 
 37
 
13.11. Calcinação 
 
 
Formação de finas partículas, semelhantes a um pó esbranquiçado, sobre a superfície 
pintada exposta ao tempo, causando o desbotamento da cor. Ainda que algum 
desbotamento seja normal, devido ao desgaste natural, em excesso pode causar extrema 
calcinação. 
 
Possíveis Causas 
• Uso de uma tinta de baixa qualidade, que contenha alta concentração de pigmentação. 
• Uso externo de uma tinta indicada para superfícies internas. 
 
Soluções 
• Remova a tinta, usando uma escova de aço, todo e qualquer vestígio de calcinação, 
enxaguando bem com uma mangueira ou com jatos d’água. Verifique se ainda há presença 
de vestígios, passandoa mão sobre a superficie já seca. 
• Caso o problema persista, aplique um selador base óleo ou látex acrílico e repinte com 
uma tinta de alta qualidade, indicada para superfícies externas. 
• Se a superfície estiver isenta ou apresentar mínimo sinal de calcinação e a tinta antiga 
estiver em boas condições não é necessário utilizar um selador. 
 38
 
13.12. Crateras/espumação 
 
 
Crateras surgem do rompimento de bolhas causadas pela espumação. 
 
Possíveis Causas 
• Agitação da lata de tinta parcialmente cheia. 
• Uso de uma tinta de baixa qualidade, ou, muito velha. 
• Aplicação muito rápida da tinta, especialmente com rolo. 
• Uso de rolo com comprimento de pêlo não adequado. 
• Passar muitas vezes o rolo ou o pincel sobre o mesmo lugar. 
• Aplicação de tinta alto ou semi brilho sobre uma superfície porosa. 
Soluções 
• Todas as tintas espumam durante a aplicação, entretanto, tintas de alta qualidade são 
formuladas para que as bolhas se rompam enquanto a tinta ainda esteja úmida, 
proporcionando perfeito fluxo e aparência. 
• Evite passar o rolo ou o pincel várias vezes sobre um mesmo local. 
• Evite usar uma tinta que tenha sido fabricada há mais de um ano. 
• Ao pintar uma superfície com tintas alto ou semi brilho, use sempre um rolo de pêlo curto. 
• Antes de pintar uma superfície porosa, aplique um selador. 
• Prepare adequadamente a superfície antes de aplicar a tinta. 
 
 39
 
13.13. Desbotamento 
 
 
Prematuro ou excessivo clareamento da cor original da tinta. Ocorre, geralmente, em 
superfícies expostas constantemente à luz do sol. Esse problema pode ser um resultado de 
calcinação. 
 
Possíveis Causas 
• Uso externo de tinta indicada para superfícies internas. 
• Uso de tinta de baixa qualidade, culminando em rápida deterioração do filme. 
• Uso de determinadas cores de tinta mais suscetíveis aos raios UV (como tons de 
vermelho, azul e amarelo). 
• Tingimento de tinta branca não indicada para o processo ou dosagem excessiva de uma 
base clara ou média. 
 
Solução 
• Quando o problema for decorrente de calcinação, remova todo e qualquer vestígio (ver 
Calcinação). Para a repintura, escolha tintas e cores recomendadas pelo fabricante para uso 
externo. 
 
 40
 
13.14. Descamação 
 
 
Ruptura na pintura causada pelo desgaste natural do tempo, levando ao total 
comprometimento da superfície. No estado inicial o problema se apresenta como uma fina 
fissura e em seguida, num estágio mais avançado, começam a ocorrer as descamações da 
tinta. 
 
Possíveis Causas 
• Uso de tinta de baixa qualidade, que oferece pouca adesão e flexibilidade. 
• Diluição exagerada da tinta. 
• Inadequada preparação da superfície, ou aplicação de tinta sobre madeira bruta sem 
selador. 
• Excessiva fragilização de tinta alquídica envelhecida. 
 
Solução 
• Remova todos os fragmentos de tinta com uma raspadeira ou escova de aço e lixe a 
superfície. Se as rupturas ocorrerem também nas camadas mais profundas, o uso de uma 
massa corrida pode ser necessário. Em superfícies de madeira bruta use selador antes da 
repintura. 
 
 41
 
13.15. Eflorescência/manchas 
 
 
Aspereza e depósito de sais brancos que provocam manchas na superfície. 
 
Possíveis Causas 
• Falta de uma adequada preparação da superfície, como total remoção de sinais de 
eflorescência anteriores. 
• Excesso de umidade passando para a superfície. 
• Eflorescências também pode ser decorrente do vapor, principalmente em cozinhas, 
banheiros e áreas de serviço. 
 
Soluções 
• Se a causa do problema for umidade, elimine- a totalmente. Vede quaisquer fissuras na 
superfície com um selante acrílico base d´água ou um acrílico siliconizado. 
• Seja a causa umidade ou vapor, remova as manchas com uma escova de aço ou com 
auxílio de uma lavadora de alta pressão e enxágüe bem. Aplique um selador para alvenaria 
base d´água ou solvente de alta qualidade e, só então aplique a tinta. 
• Uma boa opção para evitar que o problema ocorra em áreas suscetíveis a vapor é a 
instalação de ventiladores ou exaustores. 
 42
 
13.16. Encardimento da superfície 
 
 
Acúmulo de sujeira, poeira e outros fragmentos sobre a superfície pintada. O problema 
pode ser confundido com bolor 
 
Possíveis Causas 
• Uso de tintas de baixa qualidade, especialmente acetinada ou semi-brilho de baixa 
qualidade. 
• Agressores externos, como poluição, aceleram o encardimento da superfície. 
 
Soluções 
• Em virtude da semelhança do problema com bolor faça o seguinte teste: pingue algumas 
gotas de alvejante doméstico sobre o local, se as manchas desaparecerem é bolor. Nesse 
caso, siga as recomendações da seção Bolor. Se as manchas persistirem limpe a região 
afetada com uma escova e detergente, enxaguando bem. 
• Sujeiras mais acumuladas, portanto de difícil remoção, devem ser limpas com auxílio de 
uma lavadora de alta pressão. 
• Para evitar a ocorrência do problema, use produtos de alta qualidade. As tintas látex e alto 
brilho são boas opções, por oferecerem maior resistência ao acúmulo de sujeira e à lavagem 
da superfície. 
 
 
 43
 
13.17. Enrugamento 
 
 
Formação de rugas e ondulações sobre a superfície ocorrem quando a tinta ainda está 
úmida. 
 
Possíveis Causas 
• A tinta é aplicada em uma camada muito espessa (mais provável com uso de tintas 
alquídicas ou base óleo). 
• Pintura realizada sob condições extremas de calor ou frio. Isso faz com que a camada 
mais externa do filme seque mais rápido, enquanto que a camada de baixo ainda permaneça 
úmida. 
• Expor uma superfície, que não esteja totalmente seca, à muita umidade. 
• Aplicação de uma camada de tinta, sem que, o selador esteja totalmente seco. 
• Pintura sobre superfície suja ou engordurada. 
 
Soluções 
• Raspe ou lixe a superfície para remover a camada enrugada. Antes de aplicar um selador, 
certifique-se de que a superfície esteja totalmente seca. Repinte o local, evitando fazê-lo 
sob condições extremas de temperatura e umidade. 
• Utilize uma tinta para Interior de alta qualidade. 
 
 
 44
 
13.18. Escorrimento de calcinação 
 
 
O escorrimento da calcinação é proveniente da excessiva erosão/desgaste de tinta antiga 
existente sobre o substrato, comprometendo a sua aparência. 
 
Possíveis Causas 
• Uso de tinta de baixa qualidade que contenha alta concentração de pigmentação. 
• Uso externo de tinta indicada para superfícies internas. 
 
Soluções 
• Remova totalmente os resíduos de calcinação (ver Calcinação). Limpe bem as áreas 
manchadas, esfregando detergente sobre elas, com o auxílio de uma brocha. Em seguida, 
enxágüe bem. Em casos de manchas mais resistentes, substitua o detergente por um produto 
ácido. 
• Caso ocorra clareamento de cor nos locais que foram limpos, aplique uma tinta base água 
de alta qualidade. 
 45
 
 
13.19. Escorrimento de tinta 
 
 
Escorrimento de tinta, logo após ser aplicada, resulta em cobertura irregular da superfície. 
 
Possíveis Causas 
• Aplicação de uma camada muito espessa. 
• Aplicação da tinta sob condições de frio ou umidade. 
• Uso de uma tinta muito diluída. 
• Usar pistola com o bico muito próximo à superfície que recebe a tinta. 
 
Soluções 
• Se a tinta ainda estiver úmida, passe o rolo novamente sobre o local a fim de uniformizar 
a superfície. 
• Se a tinta estiver seca, lixe a superfície e reaplique uma nova demão. 
• Não dilua a tinta para fazê-la render mais. 
• Evite realizar a pintura sob condições de frio e umidade. 
• Lixe superfícies brilhantes, antes de pintá-las. 
A tinta deve ser aplicada com taxa de espalhamento indicada pelo fabricante. 
• Duas demãos de tinta, na taxa de espalhamento recomendada, são melhores do que uma 
demão extremamente espessa. 
• Ao pintar portas, convém, se possível, retirá-las e pintá-las na posição horizontal. 
 46
 
13.20. Ferrugem 
 
 
Manchas marrom avermelhadas sobre a tinta. 
 
Possíveis Causas 
• Pregos de ferro não galvanizado tendem à enferrujar, causando comprometimento de toda 
superfície. 
• Pregos não galvanizados que não tenham sido colocadosaté o fim. 
• Pregos galvanizados enferrujam após longa exposição ao tempo. 
 
Soluções 
• Ao pintar uma superfície que não apresente ferrugem, mas na qual há pregos não 
galvanizados, primeiramente bata-os bem, de maneira que suas cabeça fiquem pouco 
abaixo da superfície, vede-os usando um selante acrílico base água ou acrílico siliconizado 
e aplique tinta apenas sobre eles, para depois pintar a superfície toda. 
• A pintura de uma superfície que já esteja enferrujada requer além dos procedimentos 
citados acima, limpeza do local e lixamento das "cabeças" dos pregos. 
 47
 
13.21. Incompatibilidade de tintas 
 
 
Perda da adesão de uma tinta látex aplicada sobre outra camada de uma tinta alquídica ou 
base óleo. 
 
Possível Causa 
• Uso de tinta base água sobre mais de três ou quatro camadas já existentes de tinta base 
óleo ou alquídica envelhecidas faz com que as tintas velhas descolem do substrato. 
 
Solução 
• Repinte a superfície, usando tinta base óleo ou alquídica. Se optar por usar tinta látex, 
remova totalmente a tinta existente e prepare a superfície; limpando, lixando e 
impermeabilizando onde houver necessidade. 
 
 
 48
 
13.22. Mancha por migração de Tanino 
 
 
Amarelecimento ou perda da cor escura da madeira, devido à migração do tanino através do 
substrato, chegando até a superfície pintada. Geralmente ocorre em madeiras manchadas, 
como sequóia, cedro e mogno. 
 
Possíveis Causas 
• Impermeabilização incorreta da superfície antes da pintura. 
• Uso de um selador insuficientemente resistente à manchas. 
• Excesso de umidade passando pela madeira. A água acaba conduzindo as manchas até a 
superfície. 
 
Solução 
• Elimine a umidade, se existir (ver Eflorescência e Manchas). Após a superfície estar 
completamente limpa, aplique um selador base óleo ou acrílico de alta qualidade. Em casos 
extremos, uma segunda demão de selador pode ser aplicada após secagem total da primeira. 
Para finalizar, aplique uma tinta de alta qualidade base água. 
 
 
 49
 
 
13.23. Manchas causadas pelo rolo 
 
 
Marcas causadas pelo uso de um rolo inadequado. 
 
Possíveis Causas 
• Uso do tipo de rolo errado. 
• Uso de uma tinta de baixa qualidade. 
• Uso de um rolo de baixa qualidade. 
• Uso incorreto das técnicas de pintura com rolo. 
 
Soluções 
• Use um rolo apropriado à superfície a ser pintada. 
• Use um rolo de boa qualidade. 
• Tintas de alta qualidade tendem a deslizar com maior facilidade, devido à alta 
concentração de conteúdos sólidos e as propriedades de nivelamento que possui. 
• Umedeça o rolo com água e tire o excesso antes de molhá-lo com tinta base água. 
• Ao pintar uma parede, comece bem próximo ao teto e vá descendo. Procure pintar a 
superfície por partes (seção de aproximadamente 1m2), fazendo a forma de zigzag (M ou 
W). Em seguida, preencha os espaços, sem tirar o rolo da superfície, em linhas paralelas e 
uniformes. 
 50
 
13.24. Migração de sulfactantes 
 
 
Concentração de ingredientes solúveis em água sobre superfície pintada com tinta base 
água. Geralmente, aparece no teto de ambientes que possuem alta umidade ( banheiros e 
cozinhas ). Pode se tornar evidente pela formação de manchas amareladas ou 
amarronzadas, adquirindo, às vezes, aspecto brilhante, áspero e pegajoso. 
 
Possível Causa 
• Todas as tintas base água podem desenvolver esse problema se aplicadas em áreas 
úmidas, como em banheiros, principalmente no teto. 
 
Soluções 
• Lave a área, que apresenta as manchas, com água e sabão e enxague bem. Só então 
repinte-a. O problema pode ocorrer mais uma ou duas vezes até que os surfactantes sejam 
totalmente removidos. 
• Remova todas as manchas antes de repintar. 
• Quando uma tinta for aplicada em banheiros, certifique-se que superfície pintada está seca 
antes de utilizar o chuveiro. 
 51
 
13.25. Não uniformidade de cor 
 
 
Efeito de cor não uniforme, pode aparecer quando uma superfície é pintada com rolo, e os 
cantos são com pincel. Geralmente, os recortes pintados com pincel ficam mais escuros e, 
às vezes, mais brilhantes. 
Isso também pode ocorrer quando a aplicação da tinta nos recortes é feita com pistola. 
 
Possíveis Causas 
• Usualmente um efeito de diferença na cobertura. Pinturas feitas com pincel, geralmente, 
resultam em menor taxa de espalhamento que o rolo, produzindo assim, um filme mais 
espesso e conseqüentemente com maior cobertura. 
• Adição de corantes em uma tinta imprópria para tingimento ou uso em quantidade 
inadequada de corante. 
 
Solução 
• Certifique-se de que a taxa de espalhamento seja similar, tanto com uso de pincel ou de 
rolo. Não faça os recortes com pincel em todo o ambiente antes da aplicação do rolo. 
Trabalhe em pequenos espaços para manter uma borda úmida. Isso evitará, que ao iniciar a 
pintura de um novo trecho, o anterior não esteja totalmente seco. Se usar tintas tingidas, 
certifique-se de que tenha sido usada a combinação correta da base de corantes. 
 
 
 52
 
 
13.26. Pele de jacaré 
 
 
A superfície da tinta apresenta uma série de pequenas rachaduras, semelhantes à pele de um 
jacaré. 
 
Possíveis Causas 
• Aplicação de uma demão de tinta que apresenta formação de filme extremamente duro ou 
rígido, como esmalte alquídico, sobre uma camada mais flexível, como a de um selador 
base água. 
• Aplicação de outra camada de tinta, sem que a inferior esteja totalmente seca. 
• Influência de agentes externos, como oscilação de temperatura e constantes movimentos 
de expansão e retração sofridos pelo substrato comprometem a elasticidade do filme, 
principalmente se a tinta existente for base óleo. 
 
Soluções 
• Remova toda tinta velha existente na superfície rapando-a e lixando-a. 
• Antes de aplicar a tinta, prepare a superfície com um selador base óleo ou água de alta 
qualidade. 
 
 
 53
 
13.27. Pobre alastramento/nivelamento 
 
 
Ao secar, a tinta apresenta marcas visíveis de rolo ou pincel. 
 
Possíveis Causas 
• Uso de tinta de baixa qualidade. 
• "Retoque" em áreas parcialmente secas. 
• Uso de tipo rolo ou pincel de baixa qualidade ou inadequados. 
• Uso de tipo errado de rolo, ou de um pincel de baixa qualidade. 
 
Soluções 
• Use tintas base água de alta qualidade que, geralmente, são formuladas com ingredientes 
que aumentam o poder de escoamento da tinta, evitando a ocorrência de marcas de pincel 
ou de rolo sobre a superfície. Isso resulta em um acabamento liso e uniforme. 
• Quando usar rolo, verifique se é o tipo indicado para a pintura. 
• Se optar por uso do pincel,é importante escolher um de boa qualidade, pois um pincel 
ruim pode causar insuficiente escoamento e nivelamento da tinta. 
 54
 
13.28. Polimento da tinta 
 
 
Aumento do brilho e poder de reflexão da tinta, quando esfregada. 
 
Possíveis Causas 
• Uso de tintas foscas em locais de grande tráfego, onde é aconselhável usar tintas alto 
brilho. 
• O local recebe freqüente limpeza para a remoção de manchas. 
• Móveis pressionados contra a parede. 
• Uso de tintas de baixa qualidade, que oferecem pouca resistência a manchas e à limpeza 
(ver baixa resistência a manchas). 
 
Soluções 
• Pinte áreas que sofrem desgaste constante e necessitam de limpeza diária, como portas, 
janelas, rodapés e peitoril de janelas, com uma tinta base água de alta qualidade, pois esse 
tipo de tinta oferece maior durabilidade e facilidade de limpeza. 
• Em áreas de grande tráfego escolha uma tinta alto ou semi brilho ao invés de fosca. 
• Para a limpeza de superfícies pintadas use um pano ou esponja macia e não abrasiva e 
enxágüe bem. 
 55
 
13.29. Rachaduras na superfície 
 
 
Rachaduras profundas e irregulares na superfície. 
 
Possíveis Causas 
• A tinta é aplicada em uma camada muito espessa, geralmente, sobre superfície porosa. 
• A tinta é aplicada em uma camada muito espessa, a fim de melhorar o poder de cobertura 
de um produto de baixa qualidade. 
• Acúmulo de tinta nos cantos da superfície, durante a aplicação. 
 
Soluções 
• Remova a camada afetada, raspando elixando a superfície. Em alguns casos, apenas o 
lixamento é necessário. Em seguida, prepare a superfície e repinte-a com uma tinta base 
água de alta qualidade. Esse tipo de tinta, geralmente, previne o reaparecimento do 
problema, por ser mais flexível que as tintas alquídicas, base óleo e, mesmo, à base água de 
baixa qualidade. 
• Tintas de alta qualidade têm alta concentração de conteúdos sólidos, que reduzem a 
tendência a rachaduras na superfície, facilitando a aplicação e proporcionando grande poder 
de cobertura, o que evita a aplicação de demãos muito espessas. 
 
 56
 
13.30. Respingo 
 
 
O rolo respinga tinta durante a aplicação. 
 
Possíveis Causas 
• Uso interno de uma tinta indicada para superfícies externas. 
• Uso de uma tinta base água de baixa qualidade. 
 
Soluções 
• Tintas de boa qualidade são formuladas para minimizar os respingos. 
• Rolos de boa qualidade, também reduzem o risco de respingos. 
• Em alguns casos, pode-se usar uma tinta indicada para paredes, no teto, para a diminuição 
de respingos. 
• Excesso de tinta no rolo resultará em excessivo respingamento e desperdício de tinta. 
• Procure pintar a superfície por partes (seções de aproximadamente 1m2), fazendo a forma 
de zigzag (M ou W). Em seguida, preencha os espaços, sem tirar o rolo da superfície, em 
linhas paralelas e uniformes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 57
 
14. Estudo de caso 
 
14.1. Patologias sobre rebocos e concretos 
 
 
Introdução 
Emboços, rebocos e concreto aparente caracterizam-se por sua alcalinidade, porosidade, 
friabilidade e propensão a absorver e reter a umidade. Vamos analisar estas características . 
 
Alcalinidade 
A maioria dos revestimentos calcários e cimentícios são alcalinos por natureza. Esta 
alcalinidade é usualmente, derivada da cal no revestimento ou propriamente do concreto 
aparente pela hidratação do tricálcio . 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As vezes o álcali é introduzido deliberadamente na forma de cal. Acrescentamos também 
sais solúveis. Na presença da cal, o sal solúvel produz poderosos hidróxidos álcali 
metálicos através da simples reação inorgânica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os hidróxidos álcali metálicos como os de sódio e potássio são bem mais agressivos que os 
hidróxidos terra alcalinos (como a cal). São exatamente estes álcalis, a fonte de todos os 
problemas entre os substratos e a pintura com resinas sensíveis aos álcalis. 
 
Na presença de umidade, os álcalis atacam rapidamente os grupos éster da resina que 
estrutura a película das tintas à base de óleo ou as alquídicas simples, quebrando a ligação 
éster e formando o conhecido sabão. Este processo é conhecido como saponificação ou 
hidrólise induzida por álcalis. 
 
 
 
 
1 ( 3 CaO SiO2) + 5.5H2O 3 CaO 2SiO2 2.5H2O + Ca (OH)2
 
Silicato tricálcico Hidrato de silicato Hidróxido
 de cálcio de cálcio 
Ca (OH)2 + K2SO4 CaSO4 + 2KOH 
Hidróxido Sulfato Sulfato Hidróxido 
de cálcio de potássio de cálcio de potássio 
 
 58
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O 
 
 C O CH + NaOH + H2O
 O
 
 C O CH 
 
 OH- 
 O
 
 C O CH 
 OH- 
 O
 
 C OH + O -CH 
 O
 
 C -O Na OH CH 
“Ligação” éster 
na resina da 
película da tinta 
Hidróxido de 
sódio 
Água
Resina 
Saponificada 
(sabão) 
Resíduo 
hidroxilado Saponificação do grupo ester 
 59
 
A umidade necessária para a reação é facilmente disponível no substrato formado devido ao 
processo de hidratação do emboço ou concreto aplicados. À medida que a reação é 
completada e substrato seca, o problema da alcalinidade diminui, muito embora formem 
grande porosidade absorver grandes quantidades de chuva. 
 
O grau de afetamento da película aplicada sobre o substrato alcalino dependerá de pH dessa 
superfície, da composição da tinta (composição do tipo éster do polímero), da idade da 
tinta, da persistência a este ciclo. 
 
 
Os efeito variam, podendo ocorrer formação de escamas e desplacamento da película, 
diretamente relacionados às tintas à base de ésteres aplicadas em rebocos ainda “verdes” ou 
em processo de cura. Isto também acontece quando o reboco retem água, fazendo com que 
fique pegajoso no contato com o dedo. O filme oleoso torna-se solúvel em água. Se secar 
ficará quebradiço, fraturando a película, perda de adesão, perda do brilho e muito 
comumente, uma descoloração um tanto parda. As tintas látex a base de acetato de vinil e 
acrílicas oferecem grande resistência ao álcali. 
 
Porosidade 
 
Todas as superfícies a base de cimento portland são porosas., portanto são excessivamente 
absorventes. Isto traz inúmeros problemas e algumas vantagens para a película de tinta.. 
As superfícies porosas dão mais base à película de tinta, permitindo melhor adesão 
mecânica do que superfícies lisas e duras. No entanto, estas superfícies contaminam 
facilmente quando qualquer líquido adentra nos poros.levando consigo sugidades e 
substâncias químicas. 
Quando pintadas com tintas viscosas ou de cura rápida, a película fecha os poros e as 
bolhas de ar que na fase de cura no filme, são expulsas resultando em milhares de furinhos 
na película de tinta.Esse problema é resolvido com o uso de primers de baixa viscosidade. 
 60
 
 
Friabilidade 
 
Esta característica é muito comum em rebocos que não apresentam um processo de 
hidratação adequado, ocorrendo com muita freqüência em materiais calcáreos. Caracteriza-
se pela ausência de coesão e adesão à real superfície do substrato. Nesta situação, torna-se 
necessário reforçar tais superfícies aplicando primers do tipo penetrantes com baixa energia 
superficial e reduzida viscosidade. As tinta látex a base d´água não devem ser aplicadas 
pois possuem alta energia superficial e pelo tamanho de suas partículas. A remoção desta 
camada friável é sempre uma boa opção, utilizando-se o ataque ácido com posterior 
neutralização por hidrojateamento, lixamento ou jato de areia. 
O que ocorre é que o filme adere na camada superficial e a área imediatamente abaixo 
permanece sem coesão para agüentar qualquer tensionamento. O processo de ruína devido a 
coesão lateral,no interior do substrato, se torna inevitável. A medida que e película desplaca 
nota-se perfeitamente a fragilidade da camada imediatamente abaixo.. Não é um problema 
causado pela tinta. 
 
 
 
 
 
 
 
 61
 
 
Eflorescência 
 
Sais Inorgânicos Solúveis (SIS)- Os mais comumente encontrados são os sulfatos de sódio, 
cálcio e magnésio.Após a construção a água dissolve estes sais fazendo com que a solução 
escorra pelo substrato. Uma vez escorrendo pelo substrato, seca com facilidade, formando 
um filme cristalino ou ficando depositado na superfície aquele material pulverulento 
branco. Este fenômeno é chamado eflorescência. 
 
 
Quando a superfície é pintada com tinta impermeável,os sais se depositam sob sua 
película, causando trincas no filme com presença de eflorescência , conduzindo o filme à 
ruína. Quando a película tem uma excelente poder de adesão,os sais vão se depositando nos 
poros do substrato,imediatamente abaixo do filme,criando uma pressão cristalina que 
desintegrará o sistema substrato/revestimento. Este fenômeno particular é conhecido como 
criptoflorescência. 
A única maneira correta de eliminarmos as eflorescências é preenchendo os locais por onde 
a água tem acesso 
 
 
 62
 
 
 
 63
 
14.2. Calcinação de pintura epóxi 
 
A tinta epóxi possui uma excelente resistência, principalmente à abrasão, confirmado pelo 
estado interno do corrimão das rampas, área com alto tráfego. O mesmo desempenho não se 
aplica às intempéries. Fato também confirmado pelos guarda corpos expostos ao tempo.1) Ponto de ferrugem localizado 
2) Desgaste da superfície de tinta 
3) Ponto em melhor estado por estar protegido da intempérie 
pela planta 
1) Pintura em melhor estado de 
conservação por estar protegido da 
intempérie pela planta 
2) Ponto de ferrugem localizado 
3) Superfície de pintura desgastada 
Pintura interna em perfeito estado de conservação, apresentando excelente resistência a 
abrasão, oleosidade e produtos químicos 
Aumento gradual da Calcinação proporcional à exposição á 
intempéries. 
 64
 
14.3. Pintura sobre superfície galvanizada 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 65
 
 
 
Bibliografia 
o Fazenda J.M.R. , TINTAS E VERNIZES , Volume1 , 2.º Edição 1995 Abrafati 
o Fazenda J.M.R. , TINTAS E VERNIZES , Volume2 , 2.º Edição 1995 Abrafati 
o Uemmoto K.L , Projeto, Execução e Inspeção de Pinturas, 1.º Edição 2002 CTE 
o Recuperar N.º 29 , 1999 Ed Thomastec 
o Recuperar N.º 9 , 1996 Ed Thomastec 
o Recuperar N.º 18 , 1997 Ed Thomastec 
o Recuperar N.º 24 , 1998 Ed Thomastec 
o Recuperar N.º 41 , 2001 Ed Thomastec 
o Recuperar N.º 21 , 1998 Ed Thomastec 
o Paint Quality Institute 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 66

Outros materiais