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ATUALIDADES DO S.F.N – BB 2013 BANCO DO BRASIL - 2012 Atualidades Financeiras http://acasadoconcurseiro.com.br/ http://www.edgarabreu.com.br PROFESSOR: EDGAR ABREU (edgarabreu@yahoo.com.br) Prof. Edgar Abreu www.acasadoconcurseiro.com.br Página 2 Prezado Aluno: Algumas informações sobre este material de estudos: Este apostila é sem dúvida a mais completa e atualizada do mercado, certamente você não irá encontrar um material de tamanha qualidade, nem mesmo pagando. Este material foi elaborado com base no ultimo edital do Banco do Brasil, elaborado pela FCC em Outubro de 2012. O responsável pela elaboração desta apostila é o professores Edgar Abreu. Esta apostila é disponibilizada gratuitamente para download. Caso este material seja útil para você, mande um e-mail para o professor ou para o curso da Casa do Concurseiro, compartilhando a sua felicidade. Dúvidas quanto aos conteúdos deste material, podem ser esclarecidas direto com os autores pelo e-mail: edgarabreu@yahoo.com.br Apostila de acordo com o edital publicado no dia 19 de Outubro de 2012 Prof. Edgar Abreu www.acasadoconcurseiro.com.br Página 3 A CASA DO CONCURSEIRO Estude com o curso que mais aprovou primeiros colocados nos últimos concursos. TRE – RJ (2012): Primeiro colocado TRE – PR (2012): Primeiro Colocado INSS (2012): Primeiro Colocado (Gravataí) CEF 2012: Primeiro colocado nas Microrregiões abaixo 1. São Paulo – SP; 2. Porto Alegre – RS; 3. Cruzeiro do Sul – AC; 4. Aracaju – SE; 5. Cascavel – PR; 6. Patos – PB; 7. Osasco - SP; 8. Uruaçu – GO; 9. Jundiaí; Bacabal – MA; 10. Ji-Paraná – RO; 11. Vitória - ES ; 12. Santarém – PA; 13. Teresina – PI; 14. Uruguaiana – RS; 15. Itumbiara – GO; 16. Maringá – PR; 17. Santo Antonio de Jesus – BA; 18. Caxias do Sul –RS; 19. Santo Ângelo – RS; 20. Picos – PI; 21. Castanhal PA Banco do Brasil 2011/2012: Primeiro colocado nas Microrregiões abaixo 1. Santo Amaro – SP; 2. Varginha – BA; 3. Bonito – MS; 4. Juiz de Fora – MG (PNE); 5. Irecê – Vitória da Conquista; 6. Jundiaí – 7. São Paulo - SP; 8. Jequié – BA; 9. Anápolis – GO ; 10. Sete Lagoas – MS; 11. Pouso Alegre – MG; 12. Lins – SP; 13. Paraíso do Tocantins – TO 14. Rio de Janeiro – RJ; 15. Cabo Frio – RJ; 16. Pelotas – RS; 17. Novo Hamburgo – RS; ATUALIDADES DO S.F.N – BB 2013 CONTEÚDOS DE ATUALIDADES DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL SEGUNDO O EDITAL FCC 2012 1. Sistema financeiro nacional. Dinâmica do mercado. Mercado bancário QUANTIDADE DE QUESTÕES ESPERADA: 8 a 10 QUESTÕES ATUALIDADES DO S.F.N – BB 2013 Prof. Edgar Abreu www.acasadoconcurseiro.com.br Página 5 Sumário por assunto LIQUIDAÇÕES, FUSÕES E AQUISIÇÕES DO SFN .................................................. 06 MERCADO BANCÁRIOS ....................................................................................... 26 POLÍTICA MONETÁRIA ........................................................................................ 51 MERCADO DE CAPITAIS ...................................................................................... 62 BANCO DO BRASIL .............................................................................................. 65 LAVAGEM DE DINHEIRO ..................................................................................... 78 VIDEOTECA ......................................................................................................... 81 ATUALIDADES DO S.F.N – BB 2013 LIQUIDAÇÕES, FUSÕES E AQUISIÇÕES DO SFN Texto 1: Comissão autoriza auditoria na compra do Banco Schahin pelo BMG - 28/06/2012 Relevância: BRASÍLIA - A Comissão de Fiscalização Controle (CFC) da Câmara aprovou nesta quarta-feira a proposta de auditoria na compra do Banco Schahin pelo BMG. Os parlamentares querem apurar se houve irregularidades na operação de aquisição do banco, que aconteceu depois de um empréstimo do Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Além disso, a comissão quer saber qual foi a atuação do Banco Central no caso. O autor do pedido de apuração, deputado Alexandre Santos (PMDB-RJ), também afirma que o FGC repassou um montante “vultuoso” na operação e disse que bancos ligados ao governo, como o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, participam do Fundo. Isso, segundo o deputado, justifica uma “criteriosa fiscalização” do caso. O Banco Schahin, que atua no segmento de crédito consignado, foi comprado em abril de 2011 pelo BMG por cerca de R$ 230 milhões. A expectativa na ocasião era que o FGC disponibilizasse cerca de R$ 800 milhões para que o BMG capitalizasse o Schahin. O relator da proposta, deputado Carlos Magno (PP-RO), pediu que auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) verifique a atuação do BC na operação. Magno afirmou em seu parecer que o FGC, apesar de ser uma instituição de direito privado, administra recursos oriundos de contribuição paga pelos bancos com base no valor dos depósitos feitos pelos clientes. Além disso, o deputado afirma que é papel do BC fiscalizar o sistema financeiro nacional. O resultado dos trabalhos da auditoria vão balizar o relatório da CFC sobre o tema. Se forem detectadas irregularidades, o parecer será encaminhado à Mesa Diretora da Câmara, que poderá enviar o parecer para que o Poder Executivo e o Ministério Público tomem as providências sobre o caso Fonte: Valor Textos Relacionados: Não tem Texto 2: Moody's corta nota de bancos brasileiros - 29/06/2012 Relevância: O rebaixamento das notas de alguns dos maiores bancos brasileiros anunciado pela Moody's é decorrente das mudanças nos parâmetros da agência usados para classificar instituições financeiras em todo o mundo. Segundo Ceres Lisboa, analista do setor bancário da Moody's no Brasil, os cortes não ocorreram por causa de uma possível deterioração da condição de cada banco. ATUALIDADES DO S.F.N – BB 2013 Prof. Edgar Abreu www.acasadoconcurseiro.com.br Página 7 Desde fevereiro, a agência traçou um novo guia de análise de instituições financeiras válido para todo o mundo. De acordo com os novos parâmetros, a nota soberana do país-sede do banco passou a ter peso muito maior na avaliação da instituição, assim como alguns aspectos macroeconômicos que têm reflexo direto na geração de receitas dos bancos. A partir da instituição das novas regras pela agência, cerca de 85 bancos no mundo foram colocados sob revisão - a maior parte em países emergentes, onde as notas das instituições costumavam ser muito mais altas que os ratings soberanos. Com isso, a Moody's começou um processo de "aproximação" das notas dos bancos com a de seus países. "Todo banco usa papel de dívida de seus governos como principal instrumento de liquidez, que afetam o patrimônio e o capital de nível 1, o de melhor qualidade, dos bancos", aponta a especialista. "Os grandes bancos brasileiros sempre tiveram ratings muito acima da nota de dívida do governo brasileiro e percebemos que a correlação do risco de crédito dos bancos com as dívidas locais é muito maior do que se imaginava." No Brasil, foram reduzidos ao nível da nota soberana ("Baa2", grau de investimento) os ratings de Banco do Brasil, Safra, Santander Brasil e HSBC Brasil. Apenas três instituições ficaram um degrau acima desse patamar: Bradesco, Itaú Unibanco e Itaú BBA. Os três bancos permaneceram com notas superiores ao rating soberano porque apresentam melhor diversificação de receita e de geração de capital, que permitem enfrentar de forma mais tranquila um cenário de forte apertoeconômico no país, segundo a Moody's. No caso do Bradesco, diz a analista, o banco tem cerca de um terço de suas receitas vinda da operação de seguros, incluindo saúde e previdência. "São atividades extrabancárias importantes, que permitem uma resistência em caso de queda de geração de receita com operações de crédito ou de tesouraria, por exemplo." No caso de Itaú Unibanco e Itaú BBA, são as duas instituições com maior exposição internacional, especialmente na prestação de serviços. "Isso dá maior resiliência aos bancos", diz ela. Ceres ressalta a desconexão do Santander Brasil com a matriz espanhola, "especialmente por causa da capacidade de funding própria do banco, que independe da matriz". Mas ela ressalva que, caso a nota do banco na Espanha sofra um corte acentuado, é inerente que haja uma revisão por aqui também. As notas dos bancos brasileiros também foram colocadas em perspectiva positiva, em parte por causa da probabilidade forte de a nota soberana ser elevada. Ceres explica que o rebaixamento nada tem a ver com o "pacote" de cortes anunciado pela agência na semana passada, que incluiu alguns dos grandes nomes financeiros de presença global, como Bank of America, Citi e Goldman Sachs. Fonte: Valor Textos Relacionados: Não tem ATUALIDADES DO S.F.N – BB 2013 Prof. Edgar Abreu www.acasadoconcurseiro.com.br Página 8 Texto 3: BTG negocia a compra do BMG - 29/06/2012 Relevância: Depois de ver frustrada sua tentativa de comprar o Banco Cruzeiro do Sul, o BTG Pactual está determinado a adquirir o controle do mineiro BMG, também especializado em crédito consignado, como o Cruzeiro. As duas instituições começaram a conversar antes mesmo da intervenção no Cruzeiro, no início do mês, mas a negociação ganhou força nas últimas semanas, conforme piorou a condição de funding para as instituições de médio porte. A decretação do Regime de Administração Especial Temporária (Raet) no Cruzeiro do Sul apertou o quadro de liquidez já restrita para os bancos de menor porte. Até o momento não se chegou a um acordo e uma nova rodada de conversas deve ocorrer na próxima semana. A família Pentagna Guimarães, controladora do BMG, sempre indicou que não queria se desfazer de fatia majoritária do banco. Mas agora estaria avaliando essa possibilidade, a única que interessa ao BTG. A ideia em discussão é que o banco de André Esteves assuma o controle, mas que a família mineira permaneça como acionista relevante do banco. Antes de engatar as conversas com o BTG, os Pentagna Guimarães conversaram com ao menos dois outros investidores, mas as negociações não progrediram. Um deles, apurou o Valor, é o banco chinês ICBC (Industrial and Commercial Bank of China). A intenção do BTG é fundir as operações do BMG com o PanAmericano, assumido há um ano e meio. Até hoje o BTG ainda não conseguiu engrenar a operação do PanAmericano como gostaria. O BMG é uma instituição com forte capacidade de originação de operações de crédito, o que encaixaria com o PanAmericano, que detém farto acesso a funding e tem gerado pequeno volume de negócios. Por outro lado, o funding do PanAmericano interessa e muito ao BMG. Pelo acordo em que o BTG assumiu o banco que pertencia ao empresário Silvio Santos, fechado no ano passado, ficou acertado que a Caixa Econômica Federal, sócia do PanAmericano, abriria uma linha de financiamento de R$ 10 bilhões para o banco. A maior parte dessa linha não tem sido usada e tem um custo bem inferior ao que o BMG paga para captar. Estima-se que a linha da Caixa tenha um custo de 107% do CDI (pouco mais de 9% ao ano), enquanto o BMG paga CDI mais 2% a 3% para captar via venda de carteiras de crédito a grandes bancos (algo entre 10,5% e 11,5% ao ano). Segundo o Valor apurou, o BMG está em busca de uma injeção de capital da ordem de R$ 1 bilhão, o que poderia ser obtido na transação com o BTG. A cifra leva em conta a necessidade atual e as novas regras de capitalização dos bancos de Basileia 3, que começarão a ser implementadas em 2013 e exigirão mais capital dos bancos de forma geral. Nova norma contábil implementada em janeiro deste ano pelo Banco Central já está demandando mais força financeira dos bancos menores. A partir deste ano, quando um banco cede operações de crédito a outras instituições e, pelo contrato, continua responsável por parcela substancial dos riscos (coobrigação), não pode mais se apropriar da receita dessa venda no ato da operação. Tem que ATUALIDADES DO S.F.N – BB 2013 Prof. Edgar Abreu www.acasadoconcurseiro.com.br Página 9 diferir essa receita ao longo do prazo de duração da carteira de crédito. Isso estancou uma receita importante que os bancos menores tinham e que engordava seus resultados e seu patrimônio. Ontem, a Comissão de Fiscalização Controle (CFC) da Câmara aprovou a proposta de auditoria na compra do Banco Schahin pelo BMG. Os parlamentares querem apurar se houve irregularidades na operação de aquisição do banco, que aconteceu depois de um empréstimo do Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Fonte: Valor Textos Relacionados: 5 e 6 Texto 4: Ação do Cruzeiro do Sul sobe 57%; FGC diz desconhecer motivo - 03/07/2012 Relevância: Atualizado às 18h02 SÃO PAULO - As ações do Banco Cruzeiro do Sul lideraram a lista de valorizações na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) nesta terça-feira. A ação preferencial (PN) do banco fechou com ganho de 57,34%, cotada a R$ 2,25, com forte volume de negociação para esse papel, de R$ 1,652 milhão em 495 negócios. Na máxima do dia chegou a valer R$ 2,33. Consultado a respeito da forte alta das ações do banco, o Fundo Garantidor de Créditos (FGC), interventor nomeado pelo Banco Central (BC) para administrar o banco, informou desconhecer qualquer motivo que justifique tal comportamento dos papéis. Segundo um porta-voz do fundo, não existe nada para ser anunciado, os números do banco ainda estão em fase de levantamento e elaboração e ainda não há tentativa de vender o ativo a novo controlador. Os prazos com os quais o FGC trabalha para o caso não foram alterados, informou o porta-voz. O prazo regulamentar do Regime de Administração Especial Temporária (Raet) é de 180 dias, prorrogáveis por outros 180. As ações do banco Cruzeiro do Sul eram negociados na faixa de R$ 13,00 quando o Banco Central decretou no dia 4 de junho o regime de administração especial, por “descumprimento de normas aplicáveis ao sistema financeiro e da verificação de insubsistência em itens do ativo”. Com a alta do pregão de hoje, o papel do Cruzeiro do Sul passa a operar na maior cotação desde 21 de junho. Fonte: Valor Textos Relacionados: 8, 9, 10, Vídeo 8 ATUALIDADES DO S.F.N – BB 2013 Prof. Edgar Abreu www.acasadoconcurseiro.com.br Página 10 Texto 5: BMG e Bradesco intensificam diálogo para futura associação - 09/07/2012 Relevância: Avançaram nos últimos dias as conversas em torno de uma associação entre os bancos Bradesco e BMG, especializado em crédito consignado. O Bradesco passou à frente do BTG Pactual, que até meados da semana passada negociava com exclusividade com os controladores do BMG, a família Pentagna Guimarães, de Belo Horizonte. Entre os bancos de menor porte, o BMG é o mais importante do segmento de crédito consignado, aquele com desconto em folha de pagamento. A negociação com o Bradesco envolve a compra de uma participação acionária grande do BMG, porém minoritária, com um acordo que daria ao banco da Cidade de Deus a preferência para assumir o controle do BMG dentro de alguns anos, apurou o Valor. Alguns negociadores esperam concluir um acordo já nos próximos dias. Procurada, a assessoria de imprensa do Bradesco informou que o banco "afirma categoricamente que não procede a informação de que a instituição está perto de concluir negociação".Sobre a existência de conversas, o Bradesco disse não comentar rumores de mercado. O BMG não se manifestou. O Bradesco entrou em campo desde metade da semana passada para conversar com o BMG. Já havia procurado o banco mineiro antes, porém o BMG havia assinado acordo de exclusividade para negociar com o BTG Pactual, de André Esteves. Conforme noticiou o Valor em 29 de junho, Esteves tem grande interesse em fechar negócio com o BMG e unir a operação com o PanAmericano. O acordo de exclusividade expirou em meados da semana passada e as conversas não foram conclusivas. Pessoas a par do tema disseram que o valor final oferecido por Esteves aos controladores do BMG, Flávio Pentagna Guimarães e seu filho Ricardo Annes Guimarães, não foi satisfatório. A partir daí, o próprio BMG tomou a iniciativa de procurar o Bradesco. O BTG, entretanto, ainda não teria desistido e pode fazer nova oferta esta semana. Com qualquer um dos dois interessados, não há recursos do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) envolvidos. O Bradesco ofereceu fazer o pagamento parte em ações do banco e parte em dinheiro. A venda do controle está afastada porque Flávio Pentagna Guimarães, fundador do banco mineiro, resiste à ideia de desfazer-se do negócio que criou. Doutor Flávio, como é chamado, ocupa a presidência do conselho de administração e detém 55,9% das ações ONs. Ricardo é presidente executivo do banco. Ao fim do primeiro trimestre, o BMG registrou patrimônio líquido de R$ 3,6 bilhões. Uma associação com o Bradesco, ou mesmo com o BTG, daria ao BMG acesso a recursos mais baratos para financiar sua operação. O modelo de negócio de bancos menores especializados em consignado está em xeque, em grande parte pelo alto custo de funding. O BMG é um dos poucos que tem conseguido ceder parte de sua carteira de crédito a bancos maiores. O Bradesco sempre foi um dos mais ativos compradores de carteira do BMG. Há pouco mais de um ano o BMG assumiu as operações do banco Schahin, que enfrentava problemas, com auxílio de recursos do FGC. ATUALIDADES DO S.F.N – BB 2013 Prof. Edgar Abreu www.acasadoconcurseiro.com.br Página 11 Fonte: Valor Textos Relacionados: 3 e 6 Texto 6: BMG & ITAU-UNIBANCO – 10/07/2012 Relevância: Banco BMG S.A (“BMG”) comunica ao mercado que celebrou, em 09 de julho de 2012, Contrato de Associação com Itaú Unibanco S.A. (“Itaú Unibanco”) visando à oferta, distribuição e comercialização de créditos consignados (“Créditos Consignados”) no território brasileiro (“Associação”). A Associação será estruturada como um novo negócio do BMG e do Itaú Unibanco, por meio da utilização de instituição financeira, cuja denominação social será Banco Itaú BMG Consignado S.A. (“JV”), na qual Itaú Unibanco deterá participação de 70% (setenta por cento) no capital social total e votante e BMG deterá os 30% (trinta por cento) remanescentes. O capital social inicial da JV será de R$ 1 (um) bilhão, a ser subscrito pelos acionistas na proporção acima referida. O Itaú Unibanco contribuirá com sua capacidade econômico-financeira, experiência administrativa e de controles e o BMG contribuirá com sua competência comercial e operacional, além da plataforma tecnológica necessária ao desenvolvimento das atividades da JV. A JV compartilhará os canais de distribuição com o BMG e terá o direito de financiar 70% dos Créditos Consignados originados pelos referidos canais de distribuição. Os 30% (trinta por cento) remanescentes serão contratados diretamente pelo BMG. Adicionalmente, desde já e pelo prazo de 5 (cinco) anos, o Itaú Unibanco proverá parte dos recursos financeiros para a operação de Crédito Consignado do BMG, no valor mensal de até R$ 300 milhões. O BMG e o Itaú Unibanco têm a intenção de que a efetivação da Associação ocorra no prazo de 90 (noventa) dias, condicionada ao cumprimento de determinadas condições precedentes, da celebração de contratos definitivos e das aprovações regulatórias competentes. A Associação implicará em diversos benefícios ao BMG, dentre os quais destacamos: O valor mensal de até R$ 300 milhões a ser provido pelo Itaú Unibanco financiará parte substancial das necessidades de captação de recursos do BMG, a custos mais adequados à sua operação de Crédito Consignado. Melhora nos índices de alavancagem do BMG, com consequente liberação de capital requerido (Índice de Basiléia), tendo em vista que aproximadamente 70% (setenta por cento) das contratações de Créditos Consignado serão realizadas pela JV. Redução substancial dos custos operacionais do BMG, na medida em que despesas com correspondentes bancários - dentre outras - serão arcadas, proporcionalmente, pela JV. ATUALIDADES DO S.F.N – BB 2013 Prof. Edgar Abreu www.acasadoconcurseiro.com.br Página 12 Fortalecimento da marca “BMG”, já que parte importante do seu negócio de crédito consignado passará a ser realizado em associação com o Itaú Unibanco, maior banco privado da América Latina. Fonte: Banco BMG Textos Relacionados: 3 e 5 Texto 7: Os chineses chegaram - 06/09/2012 Relevância: O que significa a entrada dos gigantes bancários ICBC e Banco da China no mercado brasileiro? Uma coisa é certa: a concorrência vai esquentar por aqui. Saiba por quê. O número 3.477 da avenida Brigadeiro Faria Lima, em São Paulo, abriga o edifício Pátio Malzoni, uma das mais modernas construções da região, famosa por acolher escritórios de nomes estrelados do mundos dos negócios, nacionais e internacionais. O empreendimento já foi batizado de ‘jóia da Faria Lima’ por sua arquitetura suntuosa, com uma fachada de vidro que cobre três torres de 21 andares, construídas numa área de 22 mil metros quadrados. É nesse endereço que o Industrial and Commercial Bank of China (ICBC), o mais lucrativo e o maior banco em valor de mercado do mundo, deve começar a operar ainda neste ano, depois de receber a licença definitiva do Banco Central no mês passado. O ICBC alugou um andar de 1,7 mil metros quadrados, de onde o chinês Zhao Guicai vai comandar a operação brasileira, a 34ª do ICBC no exterior. A 4,5 quilômetros do Pátio Malzoni, o Banco da China, que também integra a lista das maiores instituições financeiras do mundo (veja o quadro abaixo), começa a ocupar os dez andares de um edifício na rua Frei Caneca, 1332. Presente no País desde 2009, o banco deve inaugurar a nova sede até o final do ano – até então, ocupava dois andares de um edifício na região da avenida Paulista. As duas instituições estatais são concorrentes e partilham da mesma ambição: querem participar da expansão dos negócios entre a China e o Brasil, traduzida numa corrente comercial que chegou a US$ 77,1 bilhões no ano passado, segundo o Ministério do Desenvolvimento, 37% a mais do que em 2010. “Vamos criar uma plataforma de investimentos para empresários chineses e brasileiros”, disse à DINHEIRO Zhao Guicai, 45 anos, que chegará ao Brasil, junto com a mulher e a filha, nas próximas semanas. “Temos planos de nos desenvolver como banco de investimento e gestão de capital.” Essa é sua primeira incursão pelo ICBC fora da China (leia entrevista ao final da reportagem). Como tudo que é referente à China, os números do ICBC são superlativos. Só em ativos são US$ 2,7 trilhões, mais do que o PIB brasileiro (US$ 2 trilhões), e superior aos ativos dos 50 maiores bancos brasileiros, que somam cerca de US$ 2,2 trilhões. Embora não seja o maior do mundo por esse critério, o ICBC é o líder global em valor de mercado, US$ 240 bilhões em março, seguido pelo China Construction Bank, com US$ 195,9 bilhões. ATUALIDADES DO S.F.N – BB 2013 Prof. Edgar Abreu www.acasadoconcurseiro.com.br Página 13 Só depois dos chineses vêm o americano Wells Fargo, o HSBC e o mítico J.P. Morgan. O Bank of China está em sétimo lugar no ranking, com valorde mercado de US$ 128,8 bilhões. A crise europeia e americana fez os investidores valorizarem muito a oportunidade de comprar ações dos bancos de uma das economias mais dinâmicas do mundo. Mesmo com esse cacife, os chineses entram no Brasil com operações pequenas, para tatear o mercado. O ICBC, por exemplo, começa com um capital inicial de US$ 100 milhões, o que garante a possibilidade de emprestar até US$ 1 bilhão no mercado, ao menos inicialmente. É uma gota no oceano diante do tamanho do grupo. Mas Guicai, nascido na província de Shan Dong, não tem pressa. Neste momento, são focos de atuação o financiamento das exportações bilaterais e o suporte financeiro a atividades na área de infraestrutura e manufatura, e, no médio prazo, serviços variados que vão de liquidações à assessoria em fusões e aquisições. O mapa da mina dos bancos chineses atende pelo nome de Plano Decenal de Cooperação, firmado em junho deste ano pela presidenta Dilma Rousseff e o primeiro-ministro Wen Jiabao, durante a Conferência Rio+20. Na ocasião, os dois chefes de Estado anunciaram a elevação do relacionamento sino-brasileiro ao patamar de “Parceria Estratégica Global”. Guicai lembra que o Plano Decenal prevê metas de atuação conjunta até 2021, como o projeto de quadruplicar o comércio bilateral nesse período. Caso seja bem-sucedido, pode proporcionar aos dois emergentes um intercâmbio superior a US$ 300 bilhões em 2021,o que garantiria negócios suculentos como um pato laqueado para o ICBC. “Podemos fornecer serviços financeiros para apoiar o desenvolvimento do comércio”, diz ele. Nesse sentido o rival Banco da China saiu na frente. De 2009 para cá, a instituição vem se familiarizando com o mercado brasileiro e tem, entre seus clientes, empresas como Petrobras, Embraer e a BRFoods. No caso da Petrobras, por exemplo, o banco atua como avalista de empresas na China que compram petróleo da estatal. Segundo o presidente do Banco da China no Brasil, Zhang Dongxiang, essa primeira etapa de atuação no País serviu para organizar e estruturar sua operação de financiamento de comércio para o mercado chinês. “Agora, é hora de crescer e ganhar volume”, afirma Dongxiang. Formado em administração, com mestrado em economia, ele estima em R$ 25 milhões a receita da instituição no ano passado. Assim como no caso do ICBC, trata-se de um volume acanhado diante do potencial de negócios do Banco da China, que conta com mais de 10,3 mil agências nos 35 países em que está presente, atendendo mais de 150 milhões de clientes. Uma das apostas de Dongxiang para aumentar seus resultados no País é oferecer atendimento às empresas brasileiras que estão se instalando em território chinês. “Toda empresa que pretende negociar com a China pode contar com a nossa rede de atendimento”, diz. “Teremos uma filial na província, cidade ou distrito com a qual ela estiver fazendo negócios.” Os dois bancos, entretanto, vão concorrer na oferta de serviços financeiros no comércio Brasil- China com pelo menos uma instituição já instalada no País, o HSBC. Fundado em Hong Kong, e presente no Brasil desde 1997, quando adquiriu o Bamerindus, o banco atende a cerca de 30 empresas chinesas no Brasil e em torno de 20 empresas brasileiras na China. Em 2009, o banco ATUALIDADES DO S.F.N – BB 2013 Prof. Edgar Abreu www.acasadoconcurseiro.com.br Página 14 decidiu liderar o atendimento aos negócios bilaterais, de olho no protagonismo que os chineses ganharam como principal parceiro brasileiro. “Nós já damos suporte a pelo menos 10% do fluxo comercial entre os dois países”, diz Fernando Freiberger, diretor de corporate banking do HSBC. Ou seja, dos US$ 77 bilhões de comércio entre os dois países, US$ 7 bilhões tiveram a participação do HSBC. Mesmo com a concorrência local, os executivos dos bancos chineses estão confiantes. Dongxiang, do Banco da China, tem planos ambiciosos. Além do corporate banking, o banco deve estrear no varejo, com a oferta de produtos e serviços básicos, como conta corrente, cartão de crédito e empréstimos consignados. A princípio, serão abertas representações do Banco da China em São Paulo e no Rio de Janeiro. Mas não está descartada a expansão para outros Estados, onde houver maior concentração de clientes. “Por ora, a ideia é investir no atendimento virtual”, diz Dongxiang, que já dirigiu a subsidiária do banco na Alemanha antes de chegar ao Brasil, em maio deste ano. O executivo tem aulas de português, mas ainda precisa de um intérprete para se fazer entender. “Se aprendi alemão, não tenho por que não aprender português”, diz Dongxiang, que simpatiza com o futebol brasileiro, em particular com o Corinthians, que contratou seu conterrâneo, o atacante Chen Zizao. Neste momento, não está no radar dos chineses a aquisição de concorrentes brasileiros. “Mas, dependendo do desenvolvimento do mercado, essa hipótese pode ser considerada”, diz Guicai, do ICBC. O presidente do Banco da China segue a mesma linha. “Precisamos, primeiro, expandir nossa atividade para vir a considerar alguma aquisição”, afirma Dongxiang. Com recursos multibilionários, os gigantes asiáticos teriam poder de fogo para comprar ativos locais e, inclusive, alterar o ranking do setor financeiro nacional. Mas não há nada que aponte para uma estratégia nesse sentido, ao menos no curto prazo. Ao contrário, a atuação internacional das duas instituições tem sido discreta. “A razão que explica a entrada do ICBC e a expansão das atividades do Banco da China no País é o aumento do número de empresas chinesas no Brasil”, diz o economista chinês Bo Zhuang, da consultoria britânica Trusted Sources, especializada em mercados emergentes. Zhuang, que chefia o escritório da ATUALIDADES DO S.F.N – BB 2013 Prof. Edgar Abreu www.acasadoconcurseiro.com.br Página 15 Trusted, em Pequim, explica que a atuação do ICBC e do Banco da China no mercado internacional é caracterizada por movimentos modestos na área de varejo. O ICBC, por exemplo, opera redes de não mais que dez ou 20 agências nos países em que está estabelecido fora da China. Na Argentina, por exemplo, o grupo comprou, no ano passado, três agências do sul-africano Standard Bank, e faz planos para entrar no Peru, também com a incorporação de um pequeno banco.“A atuação dos chineses não vai causar nenhum impacto significativo no sistema financeiro brasileiro, como foi o caso do Santander, por exemplo”, afirma Zhuang. O banco espanhol, desde que chegou ao País, em 1997, adquiriu quatro instituições brasileiras, incluindo o Banespa, em 2001, e as operações do holandês ABN Amro, em 2008, o que o guindou ao quarto lugar no ranking do setor. Ao contrário da fúria espanhola, os chineses preferem adotar um estilo mais zen. Seja como for, é notório que o interesse dos bancos pelo Brasil aumentou, não só pelos planos do ICBC e do Banco da China como também pelo movimento de outras instituições financeiras. O China Construction Bank (CCB) e o Bank of Communication estariam sondando o mercado brasileiro em busca de ativos disponíveis. O CCB até tentou adquirir a filial local do alemão WestLB, no primeiro semestre deste ano. O grupo foi assessorado pelo BTG Pactual e o mercado dava como certo que a venda seria fechada. Mas, em junho deste ano, o WestLB foi arrematado pelo banco japonês Mizuho. Embora contrariados, os executivos do CCB não arquivaram seus planos, explica uma fonte próxima. “Eles continuam avaliando outras compras“, afirma. O foco dos chineses são bancos pequenos, observa Hsia Hua Sheng, mestre em finanças pela Fundação Getulio Vargas, de São Paulo. “É o modo de começar a conhecer o mercado brasileiro”, diz. Enquanto isso, o Banco da China aproveita a vantagem do pioneirismo e já faz planos de estabelecer parcerias com bancos nacionais. A ideia, segundo o presidenteDongxiang, é garantir aos clientes de outros bancos que fazem negócios com a China o acesso a sua vasta rede de agências no território chinês. “Podemos, também, apresentar a algum parceiro local os nossos clientes chineses”, afirma Dongxiang. A contrapartida seria aproveitar as redes de atendimento no Brasil para ofertar os produtos e serviços com a marca chinesa. Para Erivelto Rodrigues, presidente da agência de risco Austin Ratings, e especialista no setor financeiro, a estratégia do Banco da China é inteligente e faz todo o sentido. “É um bom negócio para os dois lados, pois nenhuma companhia pode desprezar o poder da China nos dias atuais”, diz Rodrigues. Mais do que isso, a chegada dos chineses no setor bancário é uma boa notícia para o Brasil, avalia Hsia Hua Sheng, da FGV. “Não só para fortalecer o comércio exterior, mas como fator de atração de novos investimentos diretos”, diz. No ano passado, o investimento chinês no País, segundo a Câmara Empresarial Brasil China, foi de US$ 10,8 bilhões. Neste ano, o capital asiático continua chegando. A petroleira Sinopec, por exemplo, adquiriu 30% dos ativos da portuguesa Galp na Petrogal, que atua na exploração da camada do pré-sal na Bacia de Santos. ATUALIDADES DO S.F.N – BB 2013 Prof. Edgar Abreu www.acasadoconcurseiro.com.br Página 16 “Há interesse de investir em diversas áreas e por muito tempo”, diz Charlie Tang, presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil China (CCBIC). Além do petróleo, a China investe pesado em energia. Só a State Grid anunciou na semana passada que planeja investir US$ 5 bilhões até 2015, em geração, transmissão e distribuição. Em veículos, a montadora Chery, que deu início às obras de uma fábrica em Jacareí (SP), está investindo US$ 400 milhões. É justamente o potencial de negócios envolvido na migração de seus compatriotas o pano de fundo para a discreta, mas persistente, entrada dos bancos chineses no Brasil. “O Brasil será o motor da economia global” O presidente do ICBC Brasil, Zhao Guicai, aposta na consolidação das relações entre a China e o Brasil, e não descarta entrar no varejo e até adquirir bancos locais. Como o sr. vê a economia brasileira? O crescimento do Brasil nos últimos anos consolida sua economia, especialmente desde a crise de 2008.O País já se tornou a sexta economia do mundo. A Copa e a Olimpíada de 2016 também vão estimular o crescimento, com a consequente geração de empregos. Se, nos próximos anos, forem resolvidos os problemas com câmbio, inflação e os custos trabalhistas, o Brasil vai se tornar o foco do mundo e o motor da economia global. Qual será o foco do grupo no Brasil? Queremos fortalecer a oferta de financiamentos de comércio sino-brasileiro. E ainda, ter serviços financeiros especialmente voltados aos projetos locais de infraestrutura, industriais e para empresas de destaque. Temos planos de desenvolver-nos como banco de investimento e gestão de capital, criando uma plataforma para os investidores chineses e brasileiros. Quais são as áreas de interesse? Solicitamos a licença de banco comercial e de banco de investimento para o BC brasileiro. No futuro, podemos oferecer serviços de depósitos, empréstimos, liquidação, consultoria de fusões e aquisições. Temos interesse em participar de qualquer área que ajude a desenvolver a relação entre a China e o Brasil. Como o banco fará a ponte dos negócios bilaterais? Segundo o Plano Decenal de Cooperação, firmado pelos governos brasileiro e chinês, o volume de comércio vai quadruplicar até 2021. Nesse contexto, o ICBC pode apoiar o comércio e investimento bilateral. Podemos, também, apresentar as empresas brasileiras ao mercado asiático ou as chinesas ao mercado brasileiro. O ICBC financia operações da Embraer na China. Que outras empresas estão sendo financiadas por lá? ATUALIDADES DO S.F.N – BB 2013 Prof. Edgar Abreu www.acasadoconcurseiro.com.br Página 17 Em 2010, participamos do projeto de emissão das novas ações da Petrobras, que levantou um capital de US$ 1,2 bilhão. Isso não só ajudou a Petrobras a captar recursos como também estabeleceu uma boa imagem e fortaleceu a reputação da companhia no mercado asiático. O ICBC vai adquirir algum banco brasileiro? Neste momento, não temos planos, mas, com o desenvolvimento do mercado, não excluímos essa possibilidade. O ICBC segue os investimentos de empresas chinesas no mundo? Estamos tentando nos desenvolver como um banco mundial. Seguir os investimentos de empresas chinesas ao redor do mundo é inevitável. Até agora, temos divisões em 34 países. Por causa disso, o significado do ICBC Brasil para a estratégia internacional do banco é enorme. Fonte: Isto é Dinheiro Textos Relacionados: não tem Texto 8: BC decreta liquidação extrajudicial dos bancos Cruzeiro do Sul e Prosper - 14/09/2012 Relevância: O Banco Central do Brasil decretou nesta sexta-feira (14) a liquidação extrajudicial do Banco Cruzeiro do Sul S.A. e do Banco Prosper S.A. O Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que vinha administrando o Cruzeiro do Sul desde a intervenção do Banco Central (BC), em 4 de junho, buscava um comprador para a instituição, para evitar que o banco fechasse as portas. No entanto, as negociações – que até quinta-feira incluíam o Santander – falharam. Uma auditoria divulgada no dia 14 de agosto apontou um rombo de R$ 2,236 bilhões nas contas do banco. O Cruzeiro do Sul trabalha principalmente com empréstimos consignados, aqueles com desconto direto no salário ou aposentadoria. Garantias Segundo as regras do FGC, cada correntista tem garantido o pagamento de até R$ 70 mil, limitado ao saldo existente. Esse valor é calculado por CPF ou CNPJ – ou seja, clientes que tenham mais de uma conta terão garantido o pagamento de apenas R$ 70 mil ao todo. Contas conjuntas também são garantidas em até R$ 70 mil, independende do número de titulares. Valores superiores a esse poderão ser ressarcidos no processo de liquidação do banco, caso os recursos arrecadados sejam suficientes. Do total de depósitos à vista e a prazo do Banco Cruzeiro do Sul e do Banco Prosper, cerca de 35% e de 60%, respectivamente, contam com garantia do FGC, segundo o BC. ATUALIDADES DO S.F.N – BB 2013 Prof. Edgar Abreu www.acasadoconcurseiro.com.br Página 18 Em junho, quando do anúncio da intervenção no banco, o FGC informou que uma eventual liquidação do Cruzeiro do Sul geraria um custo de até R$ 2,2 bilhões aos cofres do fundo. O Banco Central lembrou que também há uma linha especial de garantia, intitulada "Depósito a Prazo com Garantia Especial do FGC (DPGE)", com garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que assegura operações de até R$ 20 milhões por CPF ou CNPJ. O BC não soube informar, porém, se as operações dos dois bancos liquidados contavam com esta proteção especial. O FGC informou que somente efetua o pagamento da garantia de acordo com relatório fornecido pelo Banco Central, elaborado pela Cetip, na hipótese de intervenção ou liquidação extrajudicial na instituição financeira Entenda - O Banco Central irá encerrar as atividades dos bancos Cruzeiro do Sul e Prosper; - Para os correntistas dos bancos liquidados o Fundo Garantidor de Crédito (FGC) garante um máximo de R$ 70 mil. Ou seja, caso o correntista tenha até esse montante receberá todo o valor. Caso tenha um valor maior, como R$ 80 mil, receberá R$ 70 mil, mas ficará sem receber os outros R$ 10 mil até o fim da pendência judicial; - Contudo, o FGC só cobre os seguintes créditos: depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio, depósitos de poupança, depósitos a prazo, com ou sem emissão de certificado, depósitos mantidos em contas não movimentadas por cheques destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos referentes a prestação de serviçosde pagamento de salários, vencimentos, aposentadorias, pensões e similares, letras de câmbio, letras imobiliárias, letras hipotecárias, letras de crédito imobiliário, operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos, após 8 de março de 2012, por empresa ligada; - Não são cobertos pela garantia do FGC: depósitos, empréstimos ou quaisquer outros recursos captados ou levantados no exterior; operações relacionadas a programas de interesse governamental instituídos por lei; depósitos judiciais e qualquer instrumento financeiro que contenha cláusula de subordinação, autorizado ou não pelo BC a integrar o patrimônio de referência de instituições financeiras e autarquias; - Os investimentos sob responsabilidade do FGC correspondem a 35% dos depósitos dos correntistas do Cruzeiro do Sul e a 60% dos do banco Prosper - No caso de contas conjuntas, os cônjuges (pessoas casadas) são considerados pessoas distintas e, independente do regime de bens do casamento, cada um receberá até o valor máximo de R$ 70 mil. Cada dependente também terá direito ao valor máximo de R$ 70 mil; - O BC não esclareceu como ficam os casos de clientes que tenham empréstimos com a financeira do Cruzeiro do Sul ou investidores que tenham aplicações, como títulos do Tesouro Direto, por exemplo, na corretora da instituição financeira; ATUALIDADES DO S.F.N – BB 2013 Prof. Edgar Abreu www.acasadoconcurseiro.com.br Página 19 - O banco Cruzeiro do Sul estava sob intervenção desde junho, após o BC detectar um rombo de R$ 1,3 bilhão nas contas da instituição; - Desde então, a direção do banco foi substituída por membros do Fundo Garantidor de Crédito; - O Cruzeiro do Sul atuava principalmente no crédito consignado e na oferta de empréstimos de curto prazo a empresas atrelados a recebíveis; - O BC também decidiu pela liquidação do banco Prosper, que teve proposta de mudança de controle para o Cruzeiro do Sul rejeitada pela autoridade monetária. Fonte: IG1 e Terra Textos Relacionados: 4, 9, 10, Vídeo 8 Texto 9: O novo rombo bilionário do Cruzeiro do Sul – 21/09/2012 Relevância: Eis por que Bradesco, Itaú, BTG Pactual, Santander e Alfa olharam, mas não compraram, o banco da família Índio da Costa: multas da receita federal por sonegação que podem chegar a bilhões de reais. Um quadro na principal sala de reuniões do Fundo Garantidor de Créditos, localizado em um prédio na avenida Brigadeiro Faria Lima, na capital paulista, chama a atenção dos visitantes. Nele, o diretor-executivo do FGC, Antonio Carlos Bueno, está retratado em uma charge, microfone na lapela e rodeado por aviõezinhos feitos com notas de R$ 100. No desenho, Bueno grita: “Quem quer dinheiroooooo?” Trata-se de alusão ao aporte de R$ 4,3 bilhões feito em 2010 pelo fundo para sanear o banco PanAmericano, do empresário e apresentador do SBT Silvio Santos. Mas o desenho dificilmente seria produzido hoje. Ter acesso aos bilhões salvadores do FGC está bem mais difícil. Há alguns dias,depois de três meses atuando como interventores do Banco Central no Cruzeiro do Sul, Bueno e o diretor Celso Antunes jogaram a toalha: era impossível vender a instituição, que tinha um buraco patrimonial de R$ 2,3 bilhões. Só restava liquidá-la. Em entrevista exclusiva à DINHEIRO, eles revelam por que ninguém quis o banco da família Índio da Costa. Além da fraude de R$ 1,6 bilhão na carteira de crédito, o banco tem um “passivo oculto” impossível de quantificar. São multas da Receita Federal, que hoje totalizam R$ 1,2 bilhão, mas que podem aumentar, por sonegação em empresas prestadoras de serviços ao banco. Cinco interessados entraram no processo: Itaú, Bradesco, BTG Pactual, Alfa e Santander — só o último negociou com o fundo depois de analisar os números . Todos queriam garantias contra novos passivos fiscais. A seguir, os principais trechos da entrevista: ATUALIDADES DO S.F.N – BB 2013 Prof. Edgar Abreu www.acasadoconcurseiro.com.br Página 20 Por que o Cruzeiro do Sul nao foi vendido? ANTONIO CARLOS BUENO - O tempo foi curto demais para ajustar o balanço e vender. Os bancos tiveram menos de 20 dias para examinar e decidir. Não era uma venda fácil, porque o Cruzeiro já vinha de uma fraude de R$ 1,3 bilhão, superior ao patrimônio, é muita coisa. O interessado fica pensando, será que não tem mais R$ 1 bilhão de operações inconsistentes? E se eu abrir o armário e sair uma girafa de lá? CELSO ANTUNES - O banco tinha passivos ocultos imensuráveis. Há dois processos da Receita Federal, notificações de valores muito altos, questionando o não recolhimento de impostos de uma empresa que prestava serviços ao banco. A responsabilidade é imputada ao banco porque ele foi indiretamente beneficiado. Tem uma notificação de R$ 900 milhões, para a qual provisionamos R$ 455 milhões. Há mais investigações da Receita relativas a outras empresas para as quais não há notificação. É um passivo fiscal de bilhões de reais? ANTUNES - Pode chegar a bilhões. Claro, você pode fazer uma boa defesa contra a Receita, ganhar e não dever nada. Provisionamos o que se tem registro, de maneira conservadora. Os bancos queriam garantia de que não haveria nada que não estivesse ali. Como dar uma garantia de algo que é desconhecido? Quando vocês entraram já se sabia disso? ANTUNES - Não. Apareceu quando a gente estava lá. No PanAmericano não havia essa insegurança? ANTUNES - Os bancos são incomparáveis. O modo de agir do Cruzeiro é diferente, não só na fraude. No estilo de contabilização, o dono do Cruzeiro era mais agressivo, ia no limite da interpretação da regra. Quando começou a fraude no Cruzeiro do Sul? ANTUNES - A data exata não se sabe, mas é pelo menos em 2005. Nós checamos todos os ativos registrados contra as entradas de dinheiro na tesouraria. Chegamos a centenas de milhares de empréstimos sem entrada financeira correspondente ao pagamento de parcelas. Era tudo propositalmente abaixo de R$ 5 mil para evitar a fiscalização. Os créditos estavam lá até 2005, que é até quando o sistema tem informação. Agora o Ministério Público está apurando desde quando. Para nós, é suficiente: se o cara matou com uma ou 25 facadas, o crime é o mesmo. A fraude foi feita no Rio? BUENO - Isso era feito no ‘backoffice’, que fica no Rio de Janeiro. Três pessoas tinham conhecimento da fraude, o dono, Luis Felippe [Índio da Costa] e dois diretores. Falaram para um cara da tecnologia, inclui esses contratos aqui, não me pergunta o que é, você é obrigado a fazer. Ele ia lá e fazia. A gente conversou com todos esses caras, perguntamos o que tinham feito de ATUALIDADES DO S.F.N – BB 2013 Prof. Edgar Abreu www.acasadoconcurseiro.com.br Página 21 estranho. Um deles contou que recebeu um arquivo para colocar os dados no sistema. Ele ficou com medo e guardou. Quando abrimos o arquivo, estavam ali as operações fraudulentas. O Luis Octavio [Índio da Costa, presidente do Cruzeiro e filho de Luis Felippe] sabia? ANTUNES - O Luis Octavio gaguejou, ele olhou para mim chorando numa sala de reunião e disse: Celso, eu sei que você não acredita, mas eu não sabia disso tudo. Duvido que ele não soubesse de nada, talvez imaginasse um valor menor. Havia anos que os investidores não perdiam dinheiro numa quebra de banco. O que mudou? BUENO - Banco quebra, no mundo todo, toda vida. Tentamos evitar, mas nem sempre é possível. Nosso limite é o risco do Fundo, neste caso era de R$ 2,5 bilhões. É quanto vamos pagar. ANTUNES - O investidor não pode ficar relaxado, achando que banco não quebra nunca. O investidor estrangeiro reclama, mas quanto ele estava recebendo nos bônus em dólar? O banco pagava 8,5%, 8,75%, isso é risco. Ele não ganharia isso se comprasse um papel do Banco do Brasil. O FGC não vai salvar todo mundo, eletem um limite. Se acharmos que esse banco vai quebrar outros cinco, a gente gasta o que for necessário. Não era o caso do Cruzeiro. No PanAmericano, o risco sistêmico era tão maior? BUENO - Sim. O momento da economia no mundo era complicado, a gente não queria aqui um Lehman Brothers. A fase mais aguda da crise que começou em 2009 não tinha acabado. Além disso, tinha um ponto jurídico complicado. Havia um sócio, que era a Caixa, que ainda não tinha autorização do Banco Central. O depositante poderia dizer, eu entrei aí porque a Caixa anunciou que era sócia, se o BC não autorizou, não é problema meu. O segundo ponto era, não dava para liquidar o banco e fazer só uma ‘perna’ da liquidação. Você liquidaria o acionista privado, mas não pode liquidar o governo. A lei não permite fazer isso, você não pode penhorar bens de governo. ATUALIDADES DO S.F.N – BB 2013 Prof. Edgar Abreu www.acasadoconcurseiro.com.br Página 22 Muito se especulou com as ações do Cruzeiro durante a intervenção.. BUENO - No mercado só tem bandido, quero dizer, não tem vestal no mercado. E tem o bandido vendido e o comprado. Muitas vezes não havia negociação e tinha gente que plantava, dizia ao jornalista que tinha uma informação segura de que o banco estava vendido. O cara faz isso e dá a ordem de venda das ações ou do bônus. ANTUNES - Quem compra a ação tem de entender a operação que está sendo feita. Se o Santander tivesse comprado, quanto o cara ia ganhar com a ação? Zero. Essa ação já era pó. O cara tinha uma ação de banco com patrimônio negativo de R$ 2,3 bilhões. Todo mundo que comprou foi otário? ANTUNES - Fez um péssimo negócio. Antes da intervenção as ações custavam R$ 13 e pouco, era um número que ele [Índio da Costa] manipulava, comprava e vendia para manter o preço lá em cima. Aí teve a intervenção e ela caiu para R$ 1,80. Seis bancos quebraram nos últimos dois anos. O modelo de negócios especializado em consignado tornou-se inviável? BUENO - Poucos bancos quebraram aqui. Nos Estados Unidos foram 1,2 mil entre 2008 e 2009. O problema não é o consignado, que tem inadimplência desprezível e a carteira é líquida, fácil de vender. O problema do Cruzeiro era de credibilidade. Ele já tinha problema para conseguir dinheiro no interbancário. O mercado, embora feito por bandidos, é sábio. Se você vende uma carteira e apropria o resultado imediatamente, e paga dividendos, o mercado vê. Se você pega a mesma carteira, antecipa o resultado e coloca no capital do banco, o mercado também vê ANTUNES - O problema é a gestão. Se houver ganância, não dá certo. Há risco sistêmico hoje? BUENO - Não existe. Temos 165 instituições no Brasil, para dizer que há risco sistêmico teria que acontecer algo que repercutisse em pelo menos 30 ou 40. A fiscalização é falha? Por que há tantas fraudes? ANTUNES - A fraude é feita para não ser detectada. No Cruzeiro, o sistema tinha filtros. Se o BC ou o auditor pediam uma posição, só mostrava o que podiam ver. BUENO - O problema é que a fraude gera um lucro sobre o qual se pagam dividendos, impostos, bônus para os executivos, mas não gera caixa. O banco precisa tomar dinheiro e pagar cada vez mais caro. Por isso vira uma bola de neve, ele faz um resultado, paga imposto sobre um negócio que é falso, ele precisa de um resultado de 100, vai fazer 150 porque 40 vai para o imposto. O Índio da Costa vai dizer que não é isso, vai pegar o balanço que a gente fez e vai detonar, mas é isso. ATUALIDADES DO S.F.N – BB 2013 Prof. Edgar Abreu www.acasadoconcurseiro.com.br Página 23 Houve tratamento diferenciado de credores durante a intervenção? BUENO - De jeito nenhum, nós só seguimos a lei. Se você deu sorte de o seu CDB vencer durante a intervenção ou se você tinha liquidez diária, recebeu tudo. Os credores externos não receberam porque não tinham garantias e não havia nenhum vencimento naquele período. Eu fico incomodado com isso, gente que se deu mal e quer que todos se deem mal também. Desgraça de todos é alegria de bobo. Ficam querendo dizer que houve benefício como se fosse o crime da mala. Aqui não tem esperto, não estamos aqui para beneficiar A ou B. Se o cara tem garantias, o recebível é dele. Como é que você vai desagiar se a garantia é do cara? É da lei, é da natureza da operação. Enquanto estávamos lá, tinha muita gente que queria aplicar, mas a gente recusava. ANTUNES - Muito investidor externo reclama sem razão. Eles receberam o mesmo tratamento do investidor local, a oferta foi igual. Mas, claro, quem tinha Depósito com Garantia Especial (DPGE) não foi penalizado, é verdade. Esse depósito tinha garantia de R$ 20 milhões do FGC, que a gente tinha que honrar, os bônus externos não tinham. O resultado final frustrou? ANTUNES - Acho que não. Eu fiquei triste, e não foi pouco, não. Passamos muitas noites em claro trabalhando, fizemos toda a limpeza, detectamos a fraude. Não se pode tentar convencer um comprador a assumir um risco maior do que ele está disposto. Não podíamos administrar o risco do Cruzeiro, a não ser que escondêssemos o que sabia, e isso a gente não faz. Não queremos levar problemas para outro banco. Fonte: Isto é Dinheiro Textos Relacionados: 4, 8, 10, Vídeo 8 Texto 10: Polícia Federal prende ex-controlador do banco Cruzeiro do Sul – 23/10/2012 Relevância: SÃO PAULO - A Polícia Federal cumpriu na manhã desta terça-feira um mandado de prisão domiciliar a um ex-controlador do Banco Cruzeiro do Sul, Luis Felippe Indio da Costa, em sua residência na cidade do Rio de Janeiro. A prisão domiciliar foi decretada em virtude do preso ter mais de 80 anos. Ele é pai de Luis Octávio Indio da Costa, ex-presidente do banco, preso na tarde de ontem, em São Paulo. Segundo comunicado da PF, dois mandados de busca e apreensão relacionados a altos administradores do banco também foram realizados. São medidas cautelares decretadas pela 2ª Vara Criminal Federal São Paulo, a pedido da Polícia Federal. “A Justiça não determinou as prisões dessas pessoas, mas fixou fianças no valor de R$ 1 milhão e de R$ 1,8 milhão. Decidiu ainda, como medida preventiva, a proibição de viajarem ao exterior, de ATUALIDADES DO S.F.N – BB 2013 Prof. Edgar Abreu www.acasadoconcurseiro.com.br Página 24 exercerem qualquer atividade no mercado financeiro ou dispor de bens próprios ou de terceiros”, informa a PF. Conforme o inquérito instaurado pela PF, são apurados crimes contra o sistema financeiro, crimes contra o mercado e capitais e lavagem de dinheiro. Caso sejam condenados, os envolvidos poderão estar sujeitos a penas de 1 a 12 anos de prisão e multa, conforme os atos que cometeram. O Cruzeiro do Sul foi liquidado em 14 de setembro, depois de ter passado três meses em Regime de Administração Especial Temporária (Raet). Em comunicado, a PF aponta a possibilidade de fraude de mais de R$ 1,2 bilhão no banco, após ter detectado ao longo da investigação “indícios de outras condutas criminosas” Fonte: Valor Textos Relacionados: 4, 8, 9, Vídeo 8 Texto 11: BC decreta intervenção no banco BVA – 19/10/2012 Relevância: SÃO PAULO, 19 Out (Reuters) - O Banco Central decretou nesta sexta-feira intervenção no banco BVA, especializado em crédito para companhias de médio porte, citando comprometimento da situação econômico-financeira da instituição. A intervenção ocorreu pouco mais de um mês depois que o Cruzeiro do Sul e o Prosper foram liquidados pela autoridade monetária. Em comunicado, a autoridade monetária afirma que foram detectadas "graves violações às normas legais" e "descumprimento de normas que disciplinam a atividade da instituição". Representantes da instituição e do BC não comentaram de imediato o assunto. O BC decidiu pela liquidação dos bancos Cruzeiro do Sul e Prosper, em 14 desetembro , depois de ter feito o mesmo com o Banco Morada. Em 2005 foi a vez do Banco Santos. A intervenção do BC acontece em um momento em que o governo está pressionando pela redução de custos de empréstimos e redução de tarifas bancárias. Alguns analistas dizem que bancos de médio porte são os mais prejudicados, já que a pressão pela queda dos juros pesa sobre suas receitas e encoraja práticas de empréstimo mais arriscadas. Segundo o BC, o BVA detém 0,17 por cento dos ativos do sistema financeiro nacional e 0,24 por cento dos depósitos. A instituição possui sete agências nos Estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo. Em balanço de 2011 publicado em março, o BVA informa que fechou o ano passado com lucro líquido de 63,2 milhões de reais, queda de 29 por cento sobre o resultado positivo de 2010. Os ativos encerraram o exercício em 6,74 bilhões de reais, alta de 48,8 por cento. ATUALIDADES DO S.F.N – BB 2013 Prof. Edgar Abreu www.acasadoconcurseiro.com.br Página 25 Fonte contatada pela Reuters no final de agosto informou que o BVA havia fechado o primeiro semestre deste ano com prejuízo e que iria recuperar sua base de capital com uma injeção de capital de 300 milhões de reais. Um levantamento divulgado no começo de setembro no site do Banco Central apontava que a instituição era a única com índice de Basileia abaixo dos 11% exigidos pelo BC. Na época, o percentual estava em 9,5%. Em sua defesa, o banco sustentou pouco depois que a injeção de 250 milhões de reais no caixa da instituição teria elevado seu índice para 12,1%. História O BVA iniciou suas atividades como banco comercial em janeiro de 94, especializado em concessões de crédito para o segmento middle market e em operações estruturadas. O BVA também gere ativos e presta serviços de assessoria financeira através da sua controlada, a Vitória Asset Management, além de possuir participação na Realesis Brasília Empreendimentos Imobiliários, que detém direito de exploração indireta do Boulevard Shopping Brasília. No ano passado, o BVA teve lucro líquido de 63,2 milhões de reais, queda de 29,3% ante o resultado de 2010. Seus ativos, por outro lado, subiram de 4,5 bilhões para 6,7 bilhões em 2011, com o segmento de crédito respondendo por 67% deste total. Quase a totalidade dos empréstimos foram tomados por pessoas jurídicas em operações de capital de giro. No balanço, o banco afirmou ser "seletivo no processo de concessão de crédito e conservador na alocação de provisão". Até o fim de 2011, a instituição contava com 403 funcionários. Fonte: Reuters BR e Exame Textos Relacionados: Vídeo 4, Vídeo 8 Texto 12: BC decreta liquidação do Banco Morada – 25/10/2012 Relevância: O BC (Banco Central) anunciou nesta terça-feira que decretou a liquidação extrajudicial do Banco Morada, com sede no Rio de Janeiro. Em comunicado, o BC informou que sua decisão baseou-se no relatório do interventor, que confirmou a "situação de insolvência do banco e a prática de violação das normas legais disciplinadoras da atividade da empresa". O Banco Morada, instituição com apenas uma agência no Rio de Janeiro, estava desde abril sob intervenção do Banco Central, sob justificativa de comprometimento patrimonial, do descumprimento de normas do CNM (Conselho Monetário Nacional) e do próprio BC, além do fato de os controladores não terem apresentado um plano de recuperação viável para a instituição. ATUALIDADES DO S.F.N – BB 2013 Prof. Edgar Abreu www.acasadoconcurseiro.com.br Página 26 No comunicado, o BC fala na "existência de passivo a descoberto e a inviabilidade da normalização dos negócios da empresa". O banco fazia parte do grupo econômico Morada, controlado pela empresa Misa (Morada Investimentos), e chegou a ter sua venda cogitada para o BMG --mas o banco mineiro teria desistido do negócio. LIQUIDAÇÃO Foi a primeira liquidação extrajudicial feita pelo Banco Central desde o Banco Santos, em maio de 2005. A instituição financeira é de pequeno porte e tinha autorização para a operar carteiras comercial e de crédito, financiamento e investimento. Em dezembro de 2010, o banco possuía 0,01% dos ativos totais e 0,03% dos depósitos totais do Sistema Financeiro Nacional, respectivamente, segundo o BC. Na ocasião do anúncio da intervenção, o banco possuía 32% do total dos depósitos à vista e à prazo com garantia do Fundo Garantidor de Crédito. Na época, o Banco Central informou, em nota, que estava "tomando todas as providências cabíveis na situação, visando a apuração das responsabilidades, nos termos de suas competências legais de supervisão do sistema financeiro" Fonte: Folha de São Paulo Textos Relacionados: Vídeo 8 ATUALIDADES DO S.F.N – BB 2013 MERCADO BANCÁRIOS Texto 13: Governo confirma reforma na remuneração da caderneta de poupança - 03/05/2012 Relevância: BRASÍLIA - (Atualizada às 20h14) O governo confirmou a reforma na remuneração da caderneta de poupança, que passará a ser atrelada ao valor da taxa básica de juros, a Selic. A nova regra só entrará em vigor, no entanto, a partir do momento em que a Selic cair para 8,5% ao ano, ou menos. Nesse momento, o juro fixo da caderneta será equivalente a 70% desse percentual. “Quando o Banco Central resolver reduzir a taxa Selic para 8,5% ou abaixo de 8,5%, a remuneração passará a ser um percentual de 70% da Selic mais a TR (Taxa de Referência)”, declarou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em entrevista coletiva. A mudança será feita por meio de Medida Provisória, a ser publicada numa edição extra do Diário Oficial da União (DOU). Hoje, a Selic está em 9% ao ano. Enquanto continuar nesse patamar, a remuneração da poupança permanecerá seguindo as regras que valeram até 3 de maio: remuneração por juros fixos de 0,5% ao mês (o que resulta em 6,17% ao ano), mais a variação da TR, hoje de 0,02%. O novo cálculo de remuneração só valerá para os depósitos feitos a partir de amanhã, 4 de maio. Todas as aplicações existentes até o dia de hoje - 100 milhões de cadernetas ativas, com estoque de R$ 431 bilhões - continuarão com as regras anteriores, estabelecidas em 1991. De acordo com o ministro, a nova fórmula foi obtida a partir de um levantamento da relação entre a taxa Selic e a remuneração das cadernetas de poupança nos últimos 10 anos. Ele mostrou que a caderneta geralmente pagou menos de 65% da Selic, com exceção de 2010 – quando houve um pico de 70,5% da Selic. Sem obstáculos à queda do juro Mesmo insistindo que a caderneta “continua sendo a melhor opção de poupança para a população brasileira”, o ministro explicou que deixar a poupança indefinidamente como está hoje “inviabilizaria a continuidade da redução da taxa de juros no país”. Mantega afirmou que, em um cenário de queda geral das taxas no Brasil e no mundo, as demais aplicações financeiras tendem a ficar menos rentáveis do que a poupança. Além de favorecer uma “invasão da caderneta pelos grandes investidores”, a manutenção das regras atuais da poupança obrigaria bancos e o próprio Tesouro Nacional a elevar os juros das aplicações financeiras que ofertam (os títulos públicos no caso do Tesouro) a fim de atrair investidores. “O Banco Central não conseguiria baixar os juros mesmo que quisesse, pois a economia praticaria taxas mais elevadas, criando um piso para a queda dos juros”, resumiu. o ministro. “Estamos retirando esse obstáculo. ATUALIDADES DO S.F.N – BB 2013 Prof. Edgar Abreu www.acasadoconcurseiro.com.br Página 28 O BC pode baixar a Selic ainda mais e haverá benefício para toda a sociedade e economia brasileira.” Mesmo evitando fazer previsões sobre o rumo das taxas de juros – assunto de competência do BC -, o ministro admitiu que, pela evolução do cenário, com quedada inflação e o nível de produção industrial, é preciso “deixar o caminho livre” para o recuo da Selic Direitos mantidos Mantega frisou que não há nenhuma alteração no cálculo da Taxa de Referência. Outras características que não mudam na caderneta de poupança, sublinhou o ministro, são a isenção de Imposto de Renda e de taxa de administração bancária, a inexistência de limite mínimo de aplicação e a liquidez imediata. “Não há rompimento de contratos, usurpação de direitos e nem prejuízo para os atuais detentores das cadernetas de poupança”, enfatizou o ministro. Ele recusou com veemência qualquer comparação com Zélia Cardoso de Mello, que era ministra da Economia no governo Collor e determinou o congelamento dos saldos das cadernetas em 1990. “Não vejo a menor semelhança. Garantimos direitos, regras e vantagens, essa é a diferença. Quem tem dinheiro na poupança pode fazer o que quiser." Como parte do Plano Collor, anunciado em 16 de março de 1990, o governo reteve os recursos aplicados na caderneta de poupança, liberando apenas 30 mil cruzeiros novos (a moeda da época). A medida tornou o governo impopular e antes do fim do ano, o governo editou uma correção no plano (o Plano Collor 2). A então ministra Zélia se tornou tão impopular que foi substituída, em 1991, pelo economista Marcílio Marques Moreira. Desde então, o tema da caderneta de poupança se tornou o mais sensível da política econômica. Em 2009, diante de um quadro semelhante de política monetária (a Selic atingira 8,75% ao ano), o governo de Luiz Inácio Lula da Silva preparou medida de reforma, que incluía a taxação com Imposto de Renda (IR) das aplicações superiores a R$ 50 mil. As críticas foram tão pesadas que o governo recuou na iniciativa. Ao mesmo tempo, o Banco Central (BC) reiniciou, em abril de 2010, o ciclo de elevação da Selic, “desobrigando” o governo de alterar as regras da poupança. "Fácil operacionalização" Mantega garantiu que os bancos não terão dificuldades para se adaptar à nova regra de remuneração da caderneta de poupança. Em entrevista coletiva na noite desta quinta-feira, Mantega explicou que como a mudança só valerá caso a taxa básica de juros, a Selic, chegue a patamar igual ou menor a 8,5%, os bancos terão tempo para se adaptar. ATUALIDADES DO S.F.N – BB 2013 Prof. Edgar Abreu www.acasadoconcurseiro.com.br Página 29 “Os bancos terão tempo para se adaptar a essa sistemática, porque nada acontece amanhã ou depois de amanhã. Nós temos uma reunião do Copom daqui a 30 dias e não sabemos o que vai acontecer”, disse o ministro, referindo-se à prerrogativa do Comitê de Política Monetária de definir o patamar da Selic. Segundo Mantega, quando a nova regra for aplicada, será como se os bancos “desmembrassem a conta em duas”. “Uma terá a rentabilidade pautada de um jeito e outra, de outro jeito. (...) O banco terá que prestar contas ao aplicador dizendo o saldo na conta antiga e o saldo na conta nova”, declarou Fonte: Valor Textos Relacionados: 22 Texto 14: Seguro de baixo valor poderá ser distribuído por correspondentes - 29/06/2012 Relevância: Será em uma nova arena, a dos correspondentes bancários, que os maiores grupos seguradores do país vão se enfrentar em busca do cliente de baixa renda para vender microsseguros. A modalidade, composta por seguros mais simples e mais baratos, teve sua regulamentação publicada ontem pela Superintendência de Seguros Privados (Susep). Pelas regras, as seguradoras poderão usar os cerca de 160 mil correspondentes bancários existentes no país como canal de venda de apólices. "Qualquer produto que precise de escala para ser rentável necessita do canal adequado de distribuição. Nada mais óbvio que se aproveitar da capilaridade do canal dos correspondentes, que já existe", avalia Lauro Gonzalez, coordenador do Centro de Estudos em Microfinanças da Fundação Getúlio Vargas (FGV). A entrada dos correspondentes na venda de seguros deve esquentar principalmente a briga entre Bradesco Seguros e a associação entre Banco do Brasil e Mapfre. De um lado do ringue, o Bradesco tem hoje 34 mil correspondentes bancários, sendo que 18 mil são correspondentes plenos, que, além de pagamentos, fazem abertura de contas, operações de crédito, entre outras, diz Eugênio Velasques, diretor-executivo da Bradesco Vida e Previdência. Seriam os correspondentes plenos os responsáveis por vender seguros, afirma. Do outro lado, o Banco do Brasil contava com aproximadamente 22 mil correspondentes bancários em maio de 2011, segundo dados do Banco Central. De lá para cá, a instituição ganhou pelo menos os seis mil correspondentes do Banco Postal, das agências dos Correios. ATUALIDADES DO S.F.N – BB 2013 Prof. Edgar Abreu www.acasadoconcurseiro.com.br Página 30 Para largar na frente, o Bradesco tem um projeto piloto em que testou a venda de seguros em 200 correspondentes no Norte e Nordeste, com a participação de corretores de seguros. Velasques estima que, no período de até um ano e meio, o microsseguro possa estar em pelo menos 60% dos 18 mil correspondentes plenos do banco. "O uso de correspondentes bancários vem sendo discutido com o Banco do Brasil e com outras instituições parceiras", diz Karina Calamita, superintendente-executiva de seguros individuais do BB-Mapfre. Ela acredita que nos próximos meses o banco defina não só os produtos que irá explorar, como os canais que serão utilizados. Das cerca de 23 milhões de vidas seguradas pelo BB-Mapfre, Calamita estima que 38% tem potencial para ser cliente de microsseguro. A Zurich estruturou seu projeto de microsseguros em parceria com o Banco Palmas, do Nordeste, e planeja continuar nesse modelo. O Palmas conta com uma rede de 60 correspondentes, dos quais a Zurich opera em 10, segundo Felipe Cristovão, gerente comercial de canais bancários da Zurich. A estratégia da seguradora é usar os postos do Palmas para cadastrar comerciantes locais para vender seguros, os chamados agentes de microsseguros, figura criada pela regulamentação. Além do correspondente bancário, as seis circulares publicadas no Diário Oficial regulamentam o uso de meios remotos (como internet e telefonia) para contratação das coberturas e colocam tetos de R$ 24 mil em seguros de pessoas e de R$ 60 mil em seguros de danos para que a apólice se enquadre em microsseguros. A Susep ainda deve publicar duas outras resoluções, abordando capital mínimo e constituição de provisões para microsseguros, diz Regina Simões, coordenadora geral de produtos da autarquia. Fonte: Valor Textos Relacionados: 20, 27 Texto 15: Calote muda crédito para carros - 05/07/2012 Relevância: A escalada da inadimplência, que em maio superou o nível histórico de 6%, mexeu com o mercado de financiamento de veículos no país. Os grandes bancos promoveram uma forte redução das concessões de empréstimos, como mostram os dados de registro de automóveis do sistema da Cetip, obtidos pelo Valor. Um dos que mais perderam participação foi o Itaú Unibanco, que saiu de uma fatia de mercado de 21% das liberações de empréstimos, em abril, para 16% em maio. Bradesco e Santander também desaceleraram o ritmo. ASSUNTOS RELACIONADOS ATUALIDADES DO S.F.N – BB 2013 Prof. Edgar Abreu www.acasadoconcurseiro.com.br Página 31 Calote tira espaço de banco grande e força crédito na agência O único dos grandes que ganhou participação foi o Banco do Brasil. O banco cresceu com uma mudança importante de estratégia, passando a conceder empréstimos primordialmente em suas próprias agências, deixando de lado as concessionárias e as agências de carros usados, diz Paulo Caffarelli, vice-presidente do BB. Nesse cenário ruim para os bancos comerciais, as instituições ligadasàs montadoras saíram ganhando. A pressão dos controladores para destravar a venda de veículos e diminuir os estoques fez os braços financeiros das fábricas despejarem dinheiro no mercado com taxas subsidiadas. "Feirões", "promoções" e "taxa zero" viraram palavras de ordem. O resultado foi a disparada da participação de mercado desses bancos, que saltou de um patamar de 26% em abril para 33% em maio (recorde da série). "Desde abril, as montadoras e seus braços financeiros passaram a fazer mais vendas com taxas subsidiadas", afirma Décio Carbonari, presidente da Anef, associação que reúne bancos de montadoras Fonte: Valor Textos Relacionados: não tem Texto 16: Caixa lidera corte de taxas e Itaú é o mais agressivo entre privados - 06/07/2012 Relevância: As taxas médias de juros de algumas das principais linhas de crédito para pessoas físicas e empresas caíram de forma consistente desde março, mas a intensidade dos cortes varia bastante entre os bancos até agora. Do lado dos clientes, isso significa que há espaço para pesquisas e para barganhas. Do ponto de vista dos investidores, que o impacto nos resultados das instituições não será linear. O Valor fez um levantamento detalhado sobre os juros cobrados por Banco do Brasil, Itaú, Caixa, Bradesco, Santander e HSBC em nove linhas de crédito desde janeiro (os resultados podem ser vistos no site do Valor). Os dados são do Banco Central e representam a taxa média efetiva cobrada dos tomadores, incluindo encargos. Eles diferem do dado consolidado divulgado pelo BC até maio porque a autoridade monetária leva em conta o volume de crédito tomado em cada banco. Se apenas um banco reduz a taxa e todos os clientes migram para essa instituição naquele mês, o dado do BC apontará a taxa contratada nesse banco específico, e não quanto os demais cobraram. ATUALIDADES DO S.F.N – BB 2013 Prof. Edgar Abreu www.acasadoconcurseiro.com.br Página 32 Conforme os dados levantados, a Caixa foi a mais agressiva nos cortes e as reduções mais drásticas ocorreram no cheque especial e no capital de giro pré. A taxa anual do cheque especial do banco estatal diminuiu de 151% para 65% ao ano entre março e junho, com o custo caindo em 57%. No capital de giro, o juro foi derrubado de 25% para 14% ao ano na mesma comparação, uma redução de 44%. Já o Banco do Brasil liderou a baixa na taxa para o financiamento de veículos, que diminuiu 33%, de 22,5% para 15% ao ano. O BB também foi o que mais cortou a taxa do desconto de duplicatas, em 17%, e do capital de giro com taxas flutuantes, concedido a grandes empresas, cujo custo baixou 22%. Entre os privados, o Itaú Unibanco fez os movimentos mais agressivos. A taxa do banco para crédito pessoal caiu 20%, passando de 62% para 50% ao ano. Na linha de veículos, o custo anual diminuiu 20%, saindo de 24,5% para 19,5% ao ano. No Bradesco, as reduções ficaram em torno de 10% nas linhas de crédito pessoal, veículos e capital de giro. A maior queda, no entanto, foi no crédito para aquisição de bens para pessoa física, com o custo diminuindo 17%, de 42% para 34,5% ao ano. O maior corte feito pelo Santander ocorreu no financiamento a veículos, em que a taxa anual caiu 13%, saindo de 22,9% para 19,9%. No crédito pessoal e no capital de giro, a baixa ficou em 8% e 10%, respectivamente. Segundo o diretor de produtos do banco de origem espanhola, Nilo Carvalho, a queda menor que a dos rivais no crédito pessoal e em veículos se explica. "Nossos juros caíram menos em algumas linhas porque já tínhamos taxa mais barata que os concorrentes [do setor privado]", afirma. Em relação ao cheque especial, em que o Santander cobra a maior taxa, de 222% ao ano, o executivo destaca a prática do banco, herdada do Banco Real, de oferecer dez dias sem juros nessa modalidade. "Essa é uma linha emergencial. E quando o cliente usa direito, paga a menor taxa do mercado, que é zero." O HSBC reduziu as taxas muito levemente, e em cerca de metade dos casos as margens ficaram praticamente estáveis quando se considera a queda da Selic. Ao se tentar capturar o impacto dos juros menores nos resultados dos bancos, os dados indicam que o efeito será maior na Caixa, que tem a União como única acionista. Mas apesar de reconhecer que os juros menores afetam negativamente o resultado, o banco estatal confia que o crescimento do volume das operações, o aumento da base de clientes e cortes de custos vão permitir que seu lucro aumente em 2012, na comparação com o resultado do ano passado. "Não repetirá a alta de quase 30% vista entre 2010 e 2011, mas o lucro deste ano deve mostrar crescimento", diz o superintendente nacional de contabilidade e tributos da Caixa, Marcos Brasiliano Rosa. ATUALIDADES DO S.F.N – BB 2013 Prof. Edgar Abreu www.acasadoconcurseiro.com.br Página 33 Segundo ele, o volume de crédito comercial contratado por mês no banco estatal subiu de R$ 11 bilhões no primeiro trimestre para R$ 15 bilhões entre abril e junho, uma alta de 36%. "Estamos colhendo os frutos da ousadia", afirmou Rosa, que disse que a expansão supera a projeção inicial quando os cortes de taxas começaram. No caso de BB, Itaú e Bradesco, o efeito dos juros menores também deve existir, mas deve ser menor, seja pela intensidade das baixas ou pelo tamanho maior do estoque antigo de crédito comercial, contratado com taxas maiores, que levará mais tempo para ser renovado. No Santander, o impacto deve ser ainda menor, já que as reduções foram menos agressivas. A despeito da queda de mais de 20% no preço de suas ações desde março, o BB disse, em resposta por e-mail, que "os investidores entenderam como essas iniciativas se reverterão na geração de resultados sustentáveis no longo prazo". Segundo o banco, a queda nas taxas foi uma decisão estratégica, tendo em vista a queda da Selic e o aumento da competição, "principalmente após o início da livre opção bancária para servidores públicos". Questionado sobre o motivo de as taxas não terem caído na mesma intensidade que na Caixa, o BB afirmou apenas que "detém taxas fortemente competitivas, posicionando-se, em muitas linhas, como a menor do mercado". Procurados, o Itaú enviou nota dizendo que tem processo contínuo de revisão de taxas de juros de empréstimos, com ajustes constantes para adequá-las à realidade do mercado brasileiro, e que vai continuar promovendo ajustes, "especialmente quando houver cortes na taxa básica de juros da economia". Também em nota, o Bradesco disse que "as reduções de taxas realizadas pelo Bradesco são recentes e, portanto, ainda não refletem efeito no estoque de crédito". O banco lembrou ainda que aqueles que optarem pelo produto "Conta Fácil" contam com taxas de cheque especial de 3,95% ao mês. O HSBC não quis se pronunciar Fonte: Valor Textos Relacionados: 17, 35, 37, Vídeo 1 Texto 17: Banco do Brasil e Caixa cortam juros do cartão de crédito - 06/09/2012 Relevância: BRASÍLIA - O Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal (CEF) anunciaram nesta quinta-feira redução de taxas de juros do cartão de crédito. No caso do BB, o corte de taxa de cerca de 30% é para o parcelamento de faturas do cartão Ourocard. Já na Caixa, o corte é mais extenso, para o crédito rotativo e parcelamento de faturas de várias modalidades de cartões. No BB, os juros do parcelamento das faturas do cartão Ourocard foram reduzidas, desde ontem, de um intervalo de 2,88% a 5,70% ao mês para 1,94% a 3,94% ao mês. As novas taxas valem para as faturas com vencimento a partir de 17 de setembro e já constam nas cobranças que foram enviadas na quarta-feira aos clientes. ATUALIDADES DO S.F.N – BB 2013 Prof. Edgar Abreu www.acasadoconcurseiro.com.br Página 34 Na Caixa, segundo o banco, a redução chega
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