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Atualidades Financeiras

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ATUALIDADES DO S.F.N – BB 2013 
 
 
 
 
 
 
BANCO DO BRASIL - 
2012 
Atualidades Financeiras 
 
http://acasadoconcurseiro.com.br/ 
http://www.edgarabreu.com.br 
 
PROFESSOR: EDGAR ABREU (edgarabreu@yahoo.com.br) 
 
 
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Prezado Aluno: 
 
Algumas informações sobre este material de estudos: 
 
 Este apostila é sem dúvida a mais completa e atualizada do mercado, 
certamente você não irá encontrar um material de tamanha qualidade, 
nem mesmo pagando. 
 Este material foi elaborado com base no ultimo edital do Banco do 
Brasil, elaborado pela FCC em Outubro de 2012. 
 O responsável pela elaboração desta apostila é o professores Edgar 
Abreu. 
 Esta apostila é disponibilizada gratuitamente para download. 
 Caso este material seja útil para você, mande um e-mail para o 
professor ou para o curso da Casa do Concurseiro, compartilhando a 
sua felicidade. 
 Dúvidas quanto aos conteúdos deste material, podem ser esclarecidas 
direto com os autores pelo e-mail: edgarabreu@yahoo.com.br 
 
 
 
 
 
Apostila de acordo com o edital publicado no dia 19 
de Outubro de 2012 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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A CASA DO CONCURSEIRO 
 
Estude com o curso que mais aprovou primeiros colocados nos últimos 
concursos. 
 TRE – RJ (2012): Primeiro colocado 
 TRE – PR (2012): Primeiro Colocado 
 INSS (2012): Primeiro Colocado (Gravataí) 
CEF 2012: Primeiro colocado nas Microrregiões abaixo 
1. São Paulo – SP; 
2. Porto Alegre – RS; 
3. Cruzeiro do Sul – AC; 
4. Aracaju – SE; 
5. Cascavel – PR; 
6. Patos – PB; 
7. Osasco - SP; 
8. Uruaçu – GO; 
9. Jundiaí; Bacabal – MA; 
10. Ji-Paraná – RO; 
11. Vitória - ES ; 
12. Santarém – PA; 
13. Teresina – PI; 
14. Uruguaiana – RS; 
15. Itumbiara – GO; 
16. Maringá – PR; 
17. Santo Antonio de Jesus – BA; 
18. Caxias do Sul –RS; 
19. Santo Ângelo – RS; 
20. Picos – PI; 
21. Castanhal PA 
 
Banco do Brasil 2011/2012: Primeiro colocado nas Microrregiões 
abaixo 
1. Santo Amaro – SP; 
2. Varginha – BA; 
3. Bonito – MS; 
4. Juiz de Fora – MG (PNE); 
5. Irecê – Vitória da Conquista; 
6. Jundiaí – 
7. São Paulo - SP; 
8. Jequié – BA; 
9. Anápolis – GO ; 
10. Sete Lagoas – MS; 
11. Pouso Alegre – MG; 
12. Lins – SP; 
13. Paraíso do Tocantins – TO 
14. Rio de Janeiro – RJ; 
15. Cabo Frio – RJ; 
16. Pelotas – RS; 
17. Novo Hamburgo – RS; 
ATUALIDADES DO S.F.N – BB 2013 
 
 
CONTEÚDOS DE ATUALIDADES DO SISTEMA FINANCEIRO 
NACIONAL SEGUNDO O EDITAL FCC 2012 
 
 
1. Sistema financeiro nacional. Dinâmica do mercado. Mercado 
bancário 
 
QUANTIDADE DE QUESTÕES ESPERADA: 8 a 10 
QUESTÕES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATUALIDADES DO S.F.N – BB 2013 
 
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Sumário por assunto 
 
 
LIQUIDAÇÕES, FUSÕES E AQUISIÇÕES DO SFN .................................................. 06 
MERCADO BANCÁRIOS ....................................................................................... 26 
POLÍTICA MONETÁRIA ........................................................................................ 51 
MERCADO DE CAPITAIS ...................................................................................... 62 
BANCO DO BRASIL .............................................................................................. 65 
LAVAGEM DE DINHEIRO ..................................................................................... 78 
VIDEOTECA ......................................................................................................... 81 
 
 
 
 
 
 
ATUALIDADES DO S.F.N – BB 2013 
 
LIQUIDAÇÕES, FUSÕES E AQUISIÇÕES DO SFN 
 
 
Texto 1: Comissão autoriza auditoria na compra do Banco Schahin pelo BMG - 
28/06/2012 
Relevância: 
BRASÍLIA - A Comissão de Fiscalização Controle (CFC) da Câmara aprovou nesta quarta-feira a 
proposta de auditoria na compra do Banco Schahin pelo BMG. Os parlamentares querem apurar se 
houve irregularidades na operação de aquisição do banco, que aconteceu depois de um 
empréstimo do Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Além disso, a comissão quer saber qual foi a 
atuação do Banco Central no caso. 
O autor do pedido de apuração, deputado Alexandre Santos (PMDB-RJ), também afirma que o 
FGC repassou um montante “vultuoso” na operação e disse que bancos ligados ao governo, como 
o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, participam do Fundo. Isso, segundo o deputado, 
justifica uma “criteriosa fiscalização” do caso. 
O Banco Schahin, que atua no segmento de crédito consignado, foi comprado em abril de 2011 
pelo BMG por cerca de R$ 230 milhões. A expectativa na ocasião era que o FGC disponibilizasse 
cerca de R$ 800 milhões para que o BMG capitalizasse o Schahin. 
O relator da proposta, deputado Carlos Magno (PP-RO), pediu que auditoria do Tribunal de Contas 
da União (TCU) verifique a atuação do BC na operação. Magno afirmou em seu parecer que o 
FGC, apesar de ser uma instituição de direito privado, administra recursos oriundos de 
contribuição paga pelos bancos com base no valor dos depósitos feitos pelos clientes. Além disso, 
o deputado afirma que é papel do BC fiscalizar o sistema financeiro nacional. 
O resultado dos trabalhos da auditoria vão balizar o relatório da CFC sobre o tema. Se forem 
detectadas irregularidades, o parecer será encaminhado à Mesa Diretora da Câmara, que poderá 
enviar o parecer para que o Poder Executivo e o Ministério Público tomem as providências sobre 
o caso 
Fonte: Valor 
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Texto 2: Moody's corta nota de bancos brasileiros - 29/06/2012 
Relevância: 
O rebaixamento das notas de alguns dos maiores bancos brasileiros anunciado pela Moody's é 
decorrente das mudanças nos parâmetros da agência usados para classificar instituições 
financeiras em todo o mundo. Segundo Ceres Lisboa, analista do setor bancário da Moody's no 
Brasil, os cortes não ocorreram por causa de uma possível deterioração da condição de cada 
banco. 
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Desde fevereiro, a agência traçou um novo guia de análise de instituições financeiras válido para 
todo o mundo. De acordo com os novos parâmetros, a nota soberana do país-sede do banco 
passou a ter peso muito maior na avaliação da instituição, assim como alguns aspectos 
macroeconômicos que têm reflexo direto na geração de receitas dos bancos. 
A partir da instituição das novas regras pela agência, cerca de 85 bancos no mundo foram 
colocados sob revisão - a maior parte em países emergentes, onde as notas das instituições 
costumavam ser muito mais altas que os ratings soberanos. Com isso, a Moody's começou um 
processo de "aproximação" das notas dos bancos com a de seus países. 
"Todo banco usa papel de dívida de seus governos como principal instrumento de liquidez, que 
afetam o patrimônio e o capital de nível 1, o de melhor qualidade, dos bancos", aponta a 
especialista. "Os grandes bancos brasileiros sempre tiveram ratings muito acima da nota de dívida 
do governo brasileiro e percebemos que a correlação do risco de crédito dos bancos com as 
dívidas locais é muito maior do que se imaginava." 
No Brasil, foram reduzidos ao nível da nota soberana ("Baa2", grau de investimento) os ratings de 
Banco do Brasil, Safra, Santander Brasil e HSBC Brasil. Apenas três instituições ficaram um degrau 
acima desse patamar: Bradesco, Itaú Unibanco e Itaú BBA. 
Os três bancos permaneceram com notas superiores ao rating soberano porque apresentam 
melhor diversificação de receita e de geração de capital, que permitem enfrentar de forma mais 
tranquila um cenário de forte apertoeconômico no país, segundo a Moody's. 
No caso do Bradesco, diz a analista, o banco tem cerca de um terço de suas receitas vinda da 
operação de seguros, incluindo saúde e previdência. "São atividades extrabancárias importantes, 
que permitem uma resistência em caso de queda de geração de receita com operações de crédito 
ou de tesouraria, por exemplo." 
No caso de Itaú Unibanco e Itaú BBA, são as duas instituições com maior exposição internacional, 
especialmente na prestação de serviços. "Isso dá maior resiliência aos bancos", diz ela. 
Ceres ressalta a desconexão do Santander Brasil com a matriz espanhola, "especialmente por 
causa da capacidade de funding própria do banco, que independe da matriz". Mas ela ressalva 
que, caso a nota do banco na Espanha sofra um corte acentuado, é inerente que haja uma 
revisão por aqui também. 
As notas dos bancos brasileiros também foram colocadas em perspectiva positiva, em parte por 
causa da probabilidade forte de a nota soberana ser elevada. 
Ceres explica que o rebaixamento nada tem a ver com o "pacote" de cortes anunciado pela 
agência na semana passada, que incluiu alguns dos grandes nomes financeiros de presença 
global, como Bank of America, Citi e Goldman Sachs. 
Fonte: Valor 
Textos Relacionados: Não tem 
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Texto 3: BTG negocia a compra do BMG - 29/06/2012 
Relevância: 
Depois de ver frustrada sua tentativa de comprar o Banco Cruzeiro do Sul, o BTG Pactual está 
determinado a adquirir o controle do mineiro BMG, também especializado em crédito consignado, 
como o Cruzeiro. As duas instituições começaram a conversar antes mesmo da intervenção no 
Cruzeiro, no início do mês, mas a negociação ganhou força nas últimas semanas, conforme piorou 
a condição de funding para as instituições de médio porte. A decretação do Regime de 
Administração Especial Temporária (Raet) no Cruzeiro do Sul apertou o quadro de liquidez já 
restrita para os bancos de menor porte. Até o momento não se chegou a um acordo e uma nova 
rodada de conversas deve ocorrer na próxima semana. 
A família Pentagna Guimarães, controladora do BMG, sempre indicou que não queria se desfazer 
de fatia majoritária do banco. Mas agora estaria avaliando essa possibilidade, a única que 
interessa ao BTG. A ideia em discussão é que o banco de André Esteves assuma o controle, mas 
que a família mineira permaneça como acionista relevante do banco. Antes de engatar as 
conversas com o BTG, os Pentagna Guimarães conversaram com ao menos dois outros 
investidores, mas as negociações não progrediram. Um deles, apurou o Valor, é o banco chinês 
ICBC (Industrial and Commercial Bank of China). 
A intenção do BTG é fundir as operações do BMG com o PanAmericano, assumido há um ano e 
meio. Até hoje o BTG ainda não conseguiu engrenar a operação do PanAmericano como gostaria. 
O BMG é uma instituição com forte capacidade de originação de operações de crédito, o que 
encaixaria com o PanAmericano, que detém farto acesso a funding e tem gerado pequeno volume 
de negócios. 
Por outro lado, o funding do PanAmericano interessa e muito ao BMG. Pelo acordo em que o BTG 
assumiu o banco que pertencia ao empresário Silvio Santos, fechado no ano passado, ficou 
acertado que a Caixa Econômica Federal, sócia do PanAmericano, abriria uma linha de 
financiamento de R$ 10 bilhões para o banco. A maior parte dessa linha não tem sido usada e 
tem um custo bem inferior ao que o BMG paga para captar. Estima-se que a linha da Caixa tenha 
um custo de 107% do CDI (pouco mais de 9% ao ano), enquanto o BMG paga CDI mais 2% a 
3% para captar via venda de carteiras de crédito a grandes bancos (algo entre 10,5% e 11,5% ao 
ano). 
Segundo o Valor apurou, o BMG está em busca de uma injeção de capital da ordem de R$ 1 
bilhão, o que poderia ser obtido na transação com o BTG. A cifra leva em conta a necessidade 
atual e as novas regras de capitalização dos bancos de Basileia 3, que começarão a ser 
implementadas em 2013 e exigirão mais capital dos bancos de forma geral. Nova norma contábil 
implementada em janeiro deste ano pelo Banco Central já está demandando mais força financeira 
dos bancos menores. A partir deste ano, quando um banco cede operações de crédito a outras 
instituições e, pelo contrato, continua responsável por parcela substancial dos riscos 
(coobrigação), não pode mais se apropriar da receita dessa venda no ato da operação. Tem que 
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diferir essa receita ao longo do prazo de duração da carteira de crédito. Isso estancou uma receita 
importante que os bancos menores tinham e que engordava seus resultados e seu patrimônio. 
Ontem, a Comissão de Fiscalização Controle (CFC) da Câmara aprovou a proposta de auditoria na 
compra do Banco Schahin pelo BMG. Os parlamentares querem apurar se houve irregularidades 
na operação de aquisição do banco, que aconteceu depois de um empréstimo do Fundo 
Garantidor de Crédito (FGC). 
Fonte: Valor 
Textos Relacionados: 5 e 6 
 
Texto 4: Ação do Cruzeiro do Sul sobe 57%; FGC diz desconhecer motivo - 
03/07/2012 
Relevância: 
 Atualizado às 18h02 SÃO PAULO - As ações do Banco Cruzeiro do Sul lideraram a lista de 
valorizações na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) nesta terça-feira. A ação preferencial 
(PN) do banco fechou com ganho de 57,34%, cotada a R$ 2,25, com forte volume de negociação 
para esse papel, de R$ 1,652 milhão em 495 negócios. Na máxima do dia chegou a valer R$ 2,33. 
Consultado a respeito da forte alta das ações do banco, o Fundo Garantidor de Créditos (FGC), 
interventor nomeado pelo Banco Central (BC) para administrar o banco, informou desconhecer 
qualquer motivo que justifique tal comportamento dos papéis. 
Segundo um porta-voz do fundo, não existe nada para ser anunciado, os números do banco ainda 
estão em fase de levantamento e elaboração e ainda não há tentativa de vender o ativo a novo 
controlador. Os prazos com os quais o FGC trabalha para o caso não foram alterados, informou o 
porta-voz. O prazo regulamentar do Regime de Administração Especial Temporária (Raet) é de 
180 dias, prorrogáveis por outros 180. 
As ações do banco Cruzeiro do Sul eram negociados na faixa de R$ 13,00 quando o Banco Central 
decretou no dia 4 de junho o regime de administração especial, por “descumprimento de normas 
aplicáveis ao sistema financeiro e da verificação de insubsistência em itens do ativo”. 
Com a alta do pregão de hoje, o papel do Cruzeiro do Sul passa a operar na maior cotação desde 
21 de junho. 
Fonte: Valor 
Textos Relacionados: 8, 9, 10, Vídeo 8 
 
 
 
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Texto 5: BMG e Bradesco intensificam diálogo para futura associação - 09/07/2012 
Relevância: 
Avançaram nos últimos dias as conversas em torno de uma associação entre os bancos Bradesco 
e BMG, especializado em crédito consignado. O Bradesco passou à frente do BTG Pactual, que até 
meados da semana passada negociava com exclusividade com os controladores do BMG, a família 
Pentagna Guimarães, de Belo Horizonte. Entre os bancos de menor porte, o BMG é o mais 
importante do segmento de crédito consignado, aquele com desconto em folha de pagamento. 
A negociação com o Bradesco envolve a compra de uma participação acionária grande do BMG, 
porém minoritária, com um acordo que daria ao banco da Cidade de Deus a preferência para 
assumir o controle do BMG dentro de alguns anos, apurou o Valor. Alguns negociadores esperam 
concluir um acordo já nos próximos dias. Procurada, a assessoria de imprensa do Bradesco 
informou que o banco "afirma categoricamente que não procede a informação de que a instituição 
está perto de concluir negociação".Sobre a existência de conversas, o Bradesco disse não 
comentar rumores de mercado. O BMG não se manifestou. 
O Bradesco entrou em campo desde metade da semana passada para conversar com o BMG. Já 
havia procurado o banco mineiro antes, porém o BMG havia assinado acordo de exclusividade 
para negociar com o BTG Pactual, de André Esteves. Conforme noticiou o Valor em 29 de junho, 
Esteves tem grande interesse em fechar negócio com o BMG e unir a operação com o 
PanAmericano. O acordo de exclusividade expirou em meados da semana passada e as conversas 
não foram conclusivas. Pessoas a par do tema disseram que o valor final oferecido por Esteves 
aos controladores do BMG, Flávio Pentagna Guimarães e seu filho Ricardo Annes Guimarães, não 
foi satisfatório. A partir daí, o próprio BMG tomou a iniciativa de procurar o Bradesco. O BTG, 
entretanto, ainda não teria desistido e pode fazer nova oferta esta semana. 
Com qualquer um dos dois interessados, não há recursos do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) 
envolvidos. O Bradesco ofereceu fazer o pagamento parte em ações do banco e parte em 
dinheiro. 
A venda do controle está afastada porque Flávio Pentagna Guimarães, fundador do banco mineiro, 
resiste à ideia de desfazer-se do negócio que criou. Doutor Flávio, como é chamado, ocupa a 
presidência do conselho de administração e detém 55,9% das ações ONs. Ricardo é presidente 
executivo do banco. Ao fim do primeiro trimestre, o BMG registrou patrimônio líquido de R$ 3,6 
bilhões. 
Uma associação com o Bradesco, ou mesmo com o BTG, daria ao BMG acesso a recursos mais 
baratos para financiar sua operação. O modelo de negócio de bancos menores especializados em 
consignado está em xeque, em grande parte pelo alto custo de funding. O BMG é um dos poucos 
que tem conseguido ceder parte de sua carteira de crédito a bancos maiores. O Bradesco sempre 
foi um dos mais ativos compradores de carteira do BMG. Há pouco mais de um ano o BMG 
assumiu as operações do banco Schahin, que enfrentava problemas, com auxílio de recursos do 
FGC. 
ATUALIDADES DO S.F.N – BB 2013 
 
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Fonte: Valor 
Textos Relacionados: 3 e 6 
 
Texto 6: BMG & ITAU-UNIBANCO – 10/07/2012 
Relevância: 
Banco BMG S.A (“BMG”) comunica ao mercado que celebrou, em 09 de julho de 2012, Contrato 
de Associação com Itaú Unibanco S.A. (“Itaú Unibanco”) visando à oferta, distribuição e 
comercialização de créditos consignados (“Créditos Consignados”) no território brasileiro 
(“Associação”). 
A Associação será estruturada como um novo negócio do BMG e do Itaú Unibanco, por meio da 
utilização de instituição financeira, cuja denominação social será Banco Itaú BMG Consignado S.A. 
(“JV”), na qual Itaú Unibanco deterá participação de 70% (setenta por cento) no capital social 
total e votante e BMG deterá os 30% (trinta por cento) remanescentes. O capital social inicial da 
JV será de R$ 1 (um) bilhão, a ser subscrito pelos acionistas na proporção acima referida. 
O Itaú Unibanco contribuirá com sua capacidade econômico-financeira, experiência administrativa 
e de controles e o BMG contribuirá com sua competência comercial e operacional, além da 
plataforma tecnológica necessária ao desenvolvimento das atividades da JV. A JV compartilhará os 
canais de distribuição com o BMG e terá o direito de financiar 70% dos Créditos Consignados 
originados pelos referidos canais de distribuição. Os 30% (trinta por cento) remanescentes serão 
contratados diretamente pelo BMG. 
Adicionalmente, desde já e pelo prazo de 5 (cinco) anos, o Itaú Unibanco proverá parte dos 
recursos financeiros para a operação de Crédito Consignado do BMG, no valor mensal de até R$ 
300 milhões. 
O BMG e o Itaú Unibanco têm a intenção de que a efetivação da Associação ocorra no prazo de 
90 (noventa) dias, condicionada ao cumprimento de determinadas condições precedentes, da 
celebração de contratos definitivos e das aprovações regulatórias competentes. 
A Associação implicará em diversos benefícios ao BMG, dentre os quais destacamos: 
O valor mensal de até R$ 300 milhões a ser provido pelo Itaú Unibanco financiará parte 
substancial das necessidades de captação de recursos do BMG, a custos mais adequados à sua 
operação de Crédito Consignado. 
Melhora nos índices de alavancagem do BMG, com consequente liberação de capital requerido 
(Índice de Basiléia), tendo em vista que aproximadamente 70% (setenta por cento) das 
contratações de Créditos Consignado serão realizadas pela JV. 
Redução substancial dos custos operacionais do BMG, na medida em que despesas com 
correspondentes bancários - dentre outras - serão arcadas, proporcionalmente, pela JV. 
ATUALIDADES DO S.F.N – BB 2013 
 
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Fortalecimento da marca “BMG”, já que parte importante do seu negócio de crédito consignado 
passará a ser realizado em associação com o Itaú Unibanco, maior banco privado da América 
Latina. 
Fonte: Banco BMG 
Textos Relacionados: 3 e 5 
 
Texto 7: Os chineses chegaram - 06/09/2012 
Relevância: 
O que significa a entrada dos gigantes bancários ICBC e Banco da China no mercado brasileiro? 
Uma coisa é certa: a concorrência vai esquentar por aqui. Saiba por quê. 
 
O número 3.477 da avenida Brigadeiro Faria Lima, em São Paulo, abriga o edifício Pátio Malzoni, 
uma das mais modernas construções da região, famosa por acolher escritórios de nomes 
estrelados do mundos dos negócios, nacionais e internacionais. O empreendimento já foi batizado 
de ‘jóia da Faria Lima’ por sua arquitetura suntuosa, com uma fachada de vidro que cobre três 
torres de 21 andares, construídas numa área de 22 mil metros quadrados. É nesse endereço que 
o Industrial and Commercial Bank of China (ICBC), o mais lucrativo e o maior banco em valor de 
mercado do mundo, deve começar a operar ainda neste ano, depois de receber a licença 
definitiva do Banco Central no mês passado. 
O ICBC alugou um andar de 1,7 mil metros quadrados, de onde o chinês Zhao Guicai vai 
comandar a operação brasileira, a 34ª do ICBC no exterior. A 4,5 quilômetros do Pátio Malzoni, o 
Banco da China, que também integra a lista das maiores instituições financeiras do mundo (veja o 
quadro abaixo), começa a ocupar os dez andares de um edifício na rua Frei Caneca, 1332. 
Presente no País desde 2009, o banco deve inaugurar a nova sede até o final do ano – até então, 
ocupava dois andares de um edifício na região da avenida Paulista. As duas instituições estatais 
são concorrentes e partilham da mesma ambição: querem participar da expansão dos negócios 
entre a China e o Brasil, traduzida numa corrente comercial que chegou a US$ 77,1 bilhões no 
ano passado, segundo o Ministério do Desenvolvimento, 37% a mais do que em 2010. 
 “Vamos criar uma plataforma de investimentos para empresários chineses e brasileiros”, disse à 
DINHEIRO Zhao Guicai, 45 anos, que chegará ao Brasil, junto com a mulher e a filha, nas 
próximas semanas. “Temos planos de nos desenvolver como banco de investimento e gestão de 
capital.” Essa é sua primeira incursão pelo ICBC fora da China (leia entrevista ao final da 
reportagem). Como tudo que é referente à China, os números do ICBC são superlativos. Só em 
ativos são US$ 2,7 trilhões, mais do que o PIB brasileiro (US$ 2 trilhões), e superior aos ativos dos 
50 maiores bancos brasileiros, que somam cerca de US$ 2,2 trilhões. Embora não seja o maior do 
mundo por esse critério, o ICBC é o líder global em valor de mercado, US$ 240 bilhões em março, 
seguido pelo China Construction Bank, com US$ 195,9 bilhões. 
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Só depois dos chineses vêm o americano Wells Fargo, o HSBC e o mítico J.P. Morgan. O Bank of 
China está em sétimo lugar no ranking, com valorde mercado de US$ 128,8 bilhões. A crise 
europeia e americana fez os investidores valorizarem muito a oportunidade de comprar ações dos 
bancos de uma das economias mais dinâmicas do mundo. Mesmo com esse cacife, os chineses 
entram no Brasil com operações pequenas, para tatear o mercado. O ICBC, por exemplo, começa 
com um capital inicial de US$ 100 milhões, o que garante a possibilidade de emprestar até US$ 1 
bilhão no mercado, ao menos inicialmente. É uma gota no oceano diante do tamanho do grupo. 
Mas Guicai, nascido na província de Shan Dong, não tem pressa. 
Neste momento, são focos de atuação o financiamento das exportações bilaterais e o suporte 
financeiro a atividades na área de infraestrutura e manufatura, e, no médio prazo, serviços 
variados que vão de liquidações à assessoria em fusões e aquisições. O mapa da mina dos bancos 
chineses atende pelo nome de Plano Decenal de Cooperação, firmado em junho deste ano pela 
presidenta Dilma Rousseff e o primeiro-ministro Wen Jiabao, durante a Conferência Rio+20. Na 
ocasião, os dois chefes de Estado anunciaram a elevação do relacionamento sino-brasileiro ao 
patamar de “Parceria Estratégica Global”. Guicai lembra que o Plano Decenal prevê metas de 
atuação conjunta até 2021, como o projeto de quadruplicar o comércio bilateral nesse período. 
Caso seja bem-sucedido, pode proporcionar aos dois emergentes um intercâmbio superior a US$ 
300 bilhões em 2021,o que garantiria negócios suculentos como um pato laqueado para o ICBC. 
“Podemos fornecer serviços financeiros para apoiar o desenvolvimento do comércio”, diz ele. 
Nesse sentido o rival Banco da China saiu na frente. De 2009 para cá, a instituição vem se 
familiarizando com o mercado brasileiro e tem, entre seus clientes, empresas como Petrobras, 
Embraer e a BRFoods. No caso da Petrobras, por exemplo, o banco atua como avalista de 
empresas na China que compram petróleo da estatal. Segundo o presidente do Banco da China no 
Brasil, Zhang Dongxiang, essa primeira etapa de atuação no País serviu para organizar e 
estruturar sua operação de financiamento de comércio para o mercado chinês. 
 
“Agora, é hora de crescer e ganhar volume”, afirma Dongxiang. Formado em administração, com 
mestrado em economia, ele estima em R$ 25 milhões a receita da instituição no ano passado. 
Assim como no caso do ICBC, trata-se de um volume acanhado diante do potencial de negócios 
do Banco da China, que conta com mais de 10,3 mil agências nos 35 países em que está 
presente, atendendo mais de 150 milhões de clientes. Uma das apostas de Dongxiang para 
aumentar seus resultados no País é oferecer atendimento às empresas brasileiras que estão se 
instalando em território chinês. “Toda empresa que pretende negociar com a China pode contar 
com a nossa rede de atendimento”, diz. “Teremos uma filial na província, cidade ou distrito com a 
qual ela estiver fazendo negócios.” 
Os dois bancos, entretanto, vão concorrer na oferta de serviços financeiros no comércio Brasil-
China com pelo menos uma instituição já instalada no País, o HSBC. Fundado em Hong Kong, e 
presente no Brasil desde 1997, quando adquiriu o Bamerindus, o banco atende a cerca de 30 
empresas chinesas no Brasil e em torno de 20 empresas brasileiras na China. Em 2009, o banco 
ATUALIDADES DO S.F.N – BB 2013 
 
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decidiu liderar o atendimento aos negócios bilaterais, de olho no protagonismo que os chineses 
ganharam como principal parceiro brasileiro. “Nós já damos suporte a pelo menos 10% do fluxo 
comercial entre os dois países”, diz Fernando Freiberger, diretor de corporate banking do HSBC. 
Ou seja, dos US$ 77 bilhões de comércio entre os dois países, US$ 7 bilhões tiveram a 
participação do HSBC. 
 
Mesmo com a concorrência local, os executivos dos bancos chineses estão confiantes. Dongxiang, 
do Banco da China, tem planos ambiciosos. Além do corporate banking, o banco deve estrear no 
varejo, com a oferta de produtos e 
serviços básicos, como conta 
corrente, cartão de crédito e 
empréstimos consignados. A 
princípio, serão abertas 
representações do Banco da China 
em São Paulo e no Rio de Janeiro. 
Mas não está descartada a 
expansão para outros Estados, 
onde houver maior concentração 
de clientes. “Por ora, a ideia é 
investir no atendimento virtual”, diz 
Dongxiang, que já dirigiu a 
subsidiária do banco na Alemanha 
antes de chegar ao Brasil, em maio 
deste ano. 
 
O executivo tem aulas de português, mas ainda precisa de um intérprete para se fazer entender. 
“Se aprendi alemão, não tenho por que não aprender português”, diz Dongxiang, que simpatiza 
com o futebol brasileiro, em particular com o Corinthians, que contratou seu conterrâneo, o 
atacante Chen Zizao. Neste momento, não está no radar dos chineses a aquisição de concorrentes 
brasileiros. “Mas, dependendo do desenvolvimento do mercado, essa hipótese pode ser 
considerada”, diz Guicai, do ICBC. O presidente do Banco da China segue a mesma linha. 
“Precisamos, primeiro, expandir nossa atividade para vir a considerar alguma aquisição”, afirma 
Dongxiang. Com recursos multibilionários, os gigantes asiáticos teriam poder de fogo para 
comprar ativos locais e, inclusive, alterar o ranking do setor financeiro nacional. 
Mas não há nada que aponte para uma estratégia nesse sentido, ao menos no curto prazo. Ao 
contrário, a atuação internacional das duas instituições tem sido discreta. “A razão que explica a 
entrada do ICBC e a expansão das atividades do Banco da China no País é o aumento do número 
de empresas chinesas no Brasil”, diz o economista chinês Bo Zhuang, da consultoria britânica 
Trusted Sources, especializada em mercados emergentes. Zhuang, que chefia o escritório da 
ATUALIDADES DO S.F.N – BB 2013 
 
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Trusted, em Pequim, explica que a atuação do ICBC e do Banco da China no mercado 
internacional é caracterizada por movimentos modestos na área de varejo. O ICBC, por exemplo, 
opera redes de não mais que dez ou 20 agências nos países em que está estabelecido fora da 
China. 
Na Argentina, por exemplo, o grupo comprou, no ano passado, três agências do sul-africano 
Standard Bank, e faz planos para entrar no Peru, também com a incorporação de um pequeno 
banco.“A atuação dos chineses não vai causar nenhum impacto significativo no sistema financeiro 
brasileiro, como foi o caso do Santander, por exemplo”, afirma Zhuang. O banco espanhol, desde 
que chegou ao País, em 1997, adquiriu quatro instituições brasileiras, incluindo o Banespa, em 
2001, e as operações do holandês ABN Amro, em 2008, o que o guindou ao quarto lugar no 
ranking do setor. Ao contrário da fúria espanhola, os chineses preferem adotar um estilo mais 
zen. Seja como for, é notório que o interesse dos bancos pelo Brasil aumentou, não só pelos 
planos do ICBC e do Banco da China como também pelo movimento de outras instituições 
financeiras. 
O China Construction Bank (CCB) e o Bank of Communication estariam sondando o mercado 
brasileiro em busca de ativos disponíveis. O CCB até tentou adquirir a filial local do alemão 
WestLB, no primeiro semestre deste ano. O grupo foi assessorado pelo BTG Pactual e o mercado 
dava como certo que a venda seria fechada. Mas, em junho deste ano, o WestLB foi arrematado 
pelo banco japonês Mizuho. Embora contrariados, os executivos do CCB não arquivaram seus 
planos, explica uma fonte próxima. “Eles continuam avaliando outras compras“, afirma. O foco 
dos chineses são bancos pequenos, observa Hsia Hua Sheng, mestre em finanças pela Fundação 
Getulio Vargas, de São Paulo. “É o modo de começar a conhecer o mercado brasileiro”, diz. 
Enquanto isso, o Banco da China aproveita a vantagem do pioneirismo e já faz planos de 
estabelecer parcerias com bancos nacionais. A ideia, segundo o presidenteDongxiang, é garantir 
aos clientes de outros bancos que fazem negócios com a China o acesso a sua vasta rede de 
agências no território chinês. “Podemos, também, apresentar a algum parceiro local os nossos 
clientes chineses”, afirma Dongxiang. A contrapartida seria aproveitar as redes de atendimento no 
Brasil para ofertar os produtos e serviços com a marca chinesa. Para Erivelto Rodrigues, 
presidente da agência de risco Austin Ratings, e especialista no setor financeiro, a estratégia do 
Banco da China é inteligente e faz todo o sentido. 
“É um bom negócio para os dois lados, pois nenhuma companhia pode desprezar o poder da 
China nos dias atuais”, diz Rodrigues. Mais do que isso, a chegada dos chineses no setor bancário 
é uma boa notícia para o Brasil, avalia Hsia Hua Sheng, da FGV. “Não só para fortalecer o 
comércio exterior, mas como fator de atração de novos investimentos diretos”, diz. No ano 
passado, o investimento chinês no País, segundo a Câmara Empresarial Brasil China, foi de US$ 
10,8 bilhões. Neste ano, o capital asiático continua chegando. A petroleira Sinopec, por exemplo, 
adquiriu 30% dos ativos da portuguesa Galp na Petrogal, que atua na exploração da camada do 
pré-sal na Bacia de Santos. 
ATUALIDADES DO S.F.N – BB 2013 
 
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 “Há interesse de investir em diversas áreas e por muito tempo”, diz Charlie Tang, presidente da 
Câmara de Comércio e Indústria Brasil China (CCBIC). Além do petróleo, a China investe pesado 
em energia. Só a State Grid anunciou na semana passada que planeja investir US$ 5 bilhões até 
2015, em geração, transmissão e distribuição. Em veículos, a montadora Chery, que deu início às 
obras de uma fábrica em Jacareí (SP), está investindo US$ 400 milhões. É justamente o potencial 
de negócios envolvido na migração de seus compatriotas o pano de fundo para a discreta, mas 
persistente, entrada dos bancos chineses no Brasil. 
“O Brasil será o motor da economia global” 
 O presidente do ICBC Brasil, Zhao Guicai, aposta na consolidação das relações entre a China e o 
Brasil, e não descarta entrar no varejo e até adquirir bancos locais. 
Como o sr. vê a economia brasileira? 
O crescimento do Brasil nos últimos anos consolida sua economia, especialmente desde a crise de 
2008.O País já se tornou a sexta economia do mundo. A Copa e a Olimpíada de 2016 também vão 
estimular o crescimento, com a consequente geração de empregos. Se, nos próximos anos, forem 
resolvidos os problemas com câmbio, inflação e os custos trabalhistas, o Brasil vai se tornar o foco 
do mundo e o motor da economia global. 
 Qual será o foco do grupo no Brasil? 
Queremos fortalecer a oferta de financiamentos de comércio sino-brasileiro. E ainda, ter serviços 
financeiros especialmente voltados aos projetos locais de infraestrutura, industriais e para 
empresas de destaque. Temos planos de desenvolver-nos como banco de investimento e gestão 
de capital, criando uma plataforma para os investidores chineses e brasileiros. 
 Quais são as áreas de interesse? 
Solicitamos a licença de banco comercial e de banco de investimento para o BC brasileiro. No 
futuro, podemos oferecer serviços de depósitos, empréstimos, liquidação, consultoria de fusões e 
aquisições. Temos interesse em participar de qualquer área que ajude a desenvolver a relação 
entre a China e o Brasil. 
 Como o banco fará a ponte dos negócios bilaterais? 
Segundo o Plano Decenal de Cooperação, firmado pelos governos brasileiro e chinês, o volume de 
comércio vai quadruplicar até 2021. Nesse contexto, o ICBC pode apoiar o comércio e 
investimento bilateral. Podemos, também, apresentar as empresas brasileiras ao mercado asiático 
ou as chinesas ao mercado brasileiro. 
 O ICBC financia operações da Embraer na China. Que outras empresas estão sendo 
financiadas por lá? 
ATUALIDADES DO S.F.N – BB 2013 
 
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Em 2010, participamos do projeto de emissão das novas ações da Petrobras, que levantou um 
capital de US$ 1,2 bilhão. Isso não só ajudou a Petrobras a captar recursos como também 
estabeleceu uma boa imagem e fortaleceu a reputação da companhia no mercado asiático. 
O ICBC vai adquirir algum banco brasileiro? 
Neste momento, não temos planos, mas, com o desenvolvimento do mercado, não excluímos essa 
possibilidade. 
 O ICBC segue os investimentos de empresas chinesas no mundo? 
Estamos tentando nos desenvolver como um banco mundial. Seguir os investimentos de empresas 
chinesas ao redor do mundo é inevitável. Até agora, temos divisões em 34 países. Por causa 
disso, o significado do ICBC Brasil para a estratégia internacional do banco é enorme. 
Fonte: Isto é Dinheiro 
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Texto 8: BC decreta liquidação extrajudicial dos bancos Cruzeiro do Sul e Prosper - 
14/09/2012 
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O Banco Central do Brasil decretou nesta sexta-feira (14) a liquidação extrajudicial do Banco 
Cruzeiro do Sul S.A. e do Banco Prosper S.A. 
O Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que vinha administrando o Cruzeiro do Sul desde a 
intervenção do Banco Central (BC), em 4 de junho, buscava um comprador para a instituição, 
para evitar que o banco fechasse as portas. No entanto, as negociações – que até quinta-feira 
incluíam o Santander – falharam. 
Uma auditoria divulgada no dia 14 de agosto apontou um rombo de R$ 2,236 bilhões nas contas 
do banco. O Cruzeiro do Sul trabalha principalmente com empréstimos consignados, aqueles com 
desconto direto no salário ou aposentadoria. 
Garantias 
Segundo as regras do FGC, cada correntista tem garantido o pagamento de até R$ 70 mil, 
limitado ao saldo existente. Esse valor é calculado por CPF ou CNPJ – ou seja, clientes que 
tenham mais de uma conta terão garantido o pagamento de apenas R$ 70 mil ao todo. Contas 
conjuntas também são garantidas em até R$ 70 mil, independende do número de titulares. 
Valores superiores a esse poderão ser ressarcidos no processo de liquidação do banco, caso os 
recursos arrecadados sejam suficientes. 
Do total de depósitos à vista e a prazo do Banco Cruzeiro do Sul e do Banco Prosper, cerca de 
35% e de 60%, respectivamente, contam com garantia do FGC, segundo o BC. 
ATUALIDADES DO S.F.N – BB 2013 
 
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Em junho, quando do anúncio da intervenção no banco, o FGC informou que uma eventual 
liquidação do Cruzeiro do Sul geraria um custo de até R$ 2,2 bilhões aos cofres do fundo. 
O Banco Central lembrou que também há uma linha especial de garantia, intitulada "Depósito a 
Prazo com Garantia Especial do FGC (DPGE)", com garantia do Fundo Garantidor de Crédito 
(FGC), que assegura operações de até R$ 20 milhões por CPF ou CNPJ. O BC não soube informar, 
porém, se as operações dos dois bancos liquidados contavam com esta proteção especial. O FGC 
informou que somente efetua o pagamento da garantia de acordo com relatório fornecido pelo 
Banco Central, elaborado pela Cetip, na hipótese de intervenção ou liquidação extrajudicial na 
instituição financeira 
Entenda 
- O Banco Central irá encerrar as atividades dos bancos Cruzeiro do Sul e Prosper; 
- Para os correntistas dos bancos liquidados o Fundo Garantidor de Crédito (FGC) garante um 
máximo de R$ 70 mil. Ou seja, caso o correntista tenha até esse montante receberá todo o valor. 
Caso tenha um valor maior, como R$ 80 mil, receberá R$ 70 mil, mas ficará sem receber os 
outros R$ 10 mil até o fim da pendência judicial; 
- Contudo, o FGC só cobre os seguintes créditos: depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso 
prévio, depósitos de poupança, depósitos a prazo, com ou sem emissão de certificado, depósitos 
mantidos em contas não movimentadas por cheques destinadas ao registro e controle do fluxo de 
recursos referentes a prestação de serviçosde pagamento de salários, vencimentos, 
aposentadorias, pensões e similares, letras de câmbio, letras imobiliárias, letras hipotecárias, 
letras de crédito imobiliário, operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos, 
após 8 de março de 2012, por empresa ligada; 
- Não são cobertos pela garantia do FGC: depósitos, empréstimos ou quaisquer outros recursos 
captados ou levantados no exterior; operações relacionadas a programas de interesse 
governamental instituídos por lei; depósitos judiciais e qualquer instrumento financeiro que 
contenha cláusula de subordinação, autorizado ou não pelo BC a integrar o patrimônio de 
referência de instituições financeiras e autarquias; 
- Os investimentos sob responsabilidade do FGC correspondem a 35% dos depósitos dos 
correntistas do Cruzeiro do Sul e a 60% dos do banco Prosper 
- No caso de contas conjuntas, os cônjuges (pessoas casadas) são considerados pessoas distintas 
e, independente do regime de bens do casamento, cada um receberá até o valor máximo de R$ 
70 mil. Cada dependente também terá direito ao valor máximo de R$ 70 mil; 
- O BC não esclareceu como ficam os casos de clientes que tenham empréstimos com a financeira 
do Cruzeiro do Sul ou investidores que tenham aplicações, como títulos do Tesouro Direto, por 
exemplo, na corretora da instituição financeira; 
ATUALIDADES DO S.F.N – BB 2013 
 
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- O banco Cruzeiro do Sul estava sob intervenção desde junho, após o BC detectar um rombo de 
R$ 1,3 bilhão nas contas da instituição; 
- Desde então, a direção do banco foi substituída por membros do Fundo Garantidor de Crédito; 
- O Cruzeiro do Sul atuava principalmente no crédito consignado e na oferta de empréstimos de 
curto prazo a empresas atrelados a recebíveis; 
- O BC também decidiu pela liquidação do banco Prosper, que teve proposta de mudança de 
controle para o Cruzeiro do Sul rejeitada pela autoridade monetária. 
Fonte: IG1 e Terra 
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 Texto 9: O novo rombo bilionário do Cruzeiro do Sul – 21/09/2012 
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Eis por que Bradesco, Itaú, BTG Pactual, Santander e Alfa olharam, mas não compraram, o banco 
da família Índio da Costa: multas da receita federal por sonegação que podem chegar a bilhões de 
reais. 
Um quadro na principal sala de reuniões do Fundo Garantidor de Créditos, localizado em um 
prédio na avenida Brigadeiro Faria Lima, na capital paulista, chama a atenção dos visitantes. Nele, 
o diretor-executivo do FGC, Antonio Carlos Bueno, está retratado em uma charge, microfone na 
lapela e rodeado por aviõezinhos feitos com notas de R$ 100. No desenho, Bueno grita: “Quem 
quer dinheiroooooo?” Trata-se de alusão ao aporte de R$ 4,3 bilhões feito em 2010 pelo fundo 
para sanear o banco PanAmericano, do empresário e apresentador do SBT Silvio Santos. 
Mas o desenho dificilmente seria produzido hoje. Ter acesso aos bilhões salvadores do FGC está 
bem mais difícil. Há alguns dias,depois de três meses atuando como interventores do Banco 
Central no Cruzeiro do Sul, Bueno e o diretor Celso Antunes jogaram a toalha: era impossível 
vender a instituição, que tinha um buraco patrimonial de R$ 2,3 bilhões. Só restava liquidá-la. Em 
entrevista exclusiva à DINHEIRO, eles revelam por que ninguém quis o banco da família Índio da 
Costa. 
Além da fraude de R$ 1,6 bilhão na carteira de crédito, o banco tem um “passivo oculto” 
impossível de quantificar. São multas da Receita Federal, que hoje totalizam R$ 1,2 bilhão, mas 
que podem aumentar, por sonegação em empresas prestadoras de serviços ao banco. Cinco 
interessados entraram no processo: Itaú, Bradesco, BTG Pactual, Alfa e Santander — só o último 
negociou com o fundo depois de analisar os números . Todos queriam garantias contra novos 
passivos fiscais. A seguir, os principais trechos da entrevista: 
 
 
ATUALIDADES DO S.F.N – BB 2013 
 
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Por que o Cruzeiro do Sul nao foi vendido? 
ANTONIO CARLOS BUENO - O tempo foi curto demais para ajustar o balanço e vender. Os bancos 
tiveram menos de 20 dias para examinar e decidir. Não era uma venda fácil, porque o Cruzeiro já 
vinha de uma fraude de R$ 1,3 bilhão, superior ao patrimônio, é muita coisa. O interessado fica 
pensando, será que não tem mais R$ 1 bilhão de operações inconsistentes? E se eu abrir o 
armário e sair uma girafa de lá? 
CELSO ANTUNES - O banco tinha passivos ocultos imensuráveis. Há dois processos da Receita 
Federal, notificações de valores muito altos, questionando o não recolhimento de impostos de 
uma empresa que prestava serviços ao banco. A responsabilidade é imputada ao banco porque 
ele foi indiretamente beneficiado. Tem uma notificação de R$ 900 milhões, para a qual 
provisionamos R$ 455 milhões. Há mais investigações da Receita relativas a outras empresas para 
as quais não há notificação. 
É um passivo fiscal de bilhões de reais? 
ANTUNES - Pode chegar a bilhões. Claro, você pode fazer uma boa defesa contra a Receita, 
ganhar e não dever nada. Provisionamos o que se tem registro, de maneira conservadora. Os 
bancos queriam garantia de que não haveria nada que não estivesse ali. Como dar uma garantia 
de algo que é desconhecido? 
Quando vocês entraram já se sabia disso? 
ANTUNES - Não. Apareceu quando a gente estava lá. 
No PanAmericano não havia essa insegurança? 
ANTUNES - Os bancos são incomparáveis. O modo de agir do Cruzeiro é diferente, não só na 
fraude. No estilo de contabilização, o dono do Cruzeiro era mais agressivo, ia no limite da 
interpretação da regra. 
Quando começou a fraude no Cruzeiro do Sul? 
ANTUNES - A data exata não se sabe, mas é pelo menos em 2005. Nós checamos todos os ativos 
registrados contra as entradas de dinheiro na tesouraria. Chegamos a centenas de milhares de 
empréstimos sem entrada financeira correspondente ao pagamento de parcelas. Era tudo 
propositalmente abaixo de R$ 5 mil para evitar a fiscalização. Os créditos estavam lá até 2005, 
que é até quando o sistema tem informação. Agora o Ministério Público está apurando desde 
quando. Para nós, é suficiente: se o cara matou com uma ou 25 facadas, o crime é o mesmo. 
 A fraude foi feita no Rio? 
BUENO - Isso era feito no ‘backoffice’, que fica no Rio de Janeiro. Três pessoas tinham 
conhecimento da fraude, o dono, Luis Felippe [Índio da Costa] e dois diretores. Falaram para um 
cara da tecnologia, inclui esses contratos aqui, não me pergunta o que é, você é obrigado a fazer. 
Ele ia lá e fazia. A gente conversou com todos esses caras, perguntamos o que tinham feito de 
ATUALIDADES DO S.F.N – BB 2013 
 
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estranho. Um deles contou que recebeu um arquivo para colocar os dados no sistema. Ele ficou 
com medo e guardou. Quando abrimos o arquivo, estavam ali as operações fraudulentas. 
 O Luis Octavio [Índio da Costa, presidente do Cruzeiro e filho de Luis Felippe] sabia? 
ANTUNES - O Luis Octavio gaguejou, ele olhou para mim chorando numa sala de reunião e disse: 
Celso, eu sei que você não acredita, mas eu não sabia disso tudo. Duvido que ele não soubesse 
de nada, talvez imaginasse um valor menor. 
Havia anos que os investidores não 
perdiam dinheiro numa quebra de banco. 
O que mudou? 
BUENO - Banco quebra, no mundo todo, toda 
vida. Tentamos evitar, mas nem sempre é 
possível. Nosso limite é o risco do Fundo, neste 
caso era de R$ 2,5 bilhões. É quanto vamos 
pagar. 
 ANTUNES - O investidor não pode ficar 
relaxado, achando que banco não quebra 
nunca. O investidor estrangeiro reclama, mas 
quanto ele estava recebendo nos bônus em 
dólar? O banco pagava 8,5%, 8,75%, isso é 
risco. Ele não ganharia isso se comprasse um 
papel do Banco do Brasil. O FGC não vai salvar 
todo mundo, eletem um limite. Se acharmos 
que esse banco vai quebrar outros cinco, a 
gente gasta o que for necessário. Não era o 
caso do Cruzeiro. 
No PanAmericano, o risco sistêmico era 
tão maior? 
BUENO - Sim. O momento da economia no 
mundo era complicado, a gente não queria aqui 
um Lehman Brothers. A fase mais aguda da 
crise que começou em 2009 não tinha acabado. 
Além disso, tinha um ponto jurídico complicado. Havia um sócio, que era a Caixa, que ainda não 
tinha autorização do Banco Central. O depositante poderia dizer, eu entrei aí porque a Caixa 
anunciou que era sócia, se o BC não autorizou, não é problema meu. O segundo ponto era, não 
dava para liquidar o banco e fazer só uma ‘perna’ da liquidação. Você liquidaria o acionista 
privado, mas não pode liquidar o governo. A lei não permite fazer isso, você não pode penhorar 
bens de governo. 
ATUALIDADES DO S.F.N – BB 2013 
 
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Muito se especulou com as ações do Cruzeiro durante a intervenção.. 
BUENO - No mercado só tem bandido, quero dizer, não tem vestal no mercado. E tem o bandido 
vendido e o comprado. Muitas vezes não havia negociação e tinha gente que plantava, dizia ao 
jornalista que tinha uma informação segura de que o banco estava vendido. O cara faz isso e dá a 
ordem de venda das ações ou do bônus. 
ANTUNES - Quem compra a ação tem de entender a operação que está sendo feita. Se o 
Santander tivesse comprado, quanto o cara ia ganhar com a ação? Zero. Essa ação já era pó. O 
cara tinha uma ação de banco com patrimônio negativo de R$ 2,3 bilhões. 
Todo mundo que comprou foi otário? 
ANTUNES - Fez um péssimo negócio. Antes da intervenção as ações custavam R$ 13 e pouco, era 
um número que ele [Índio da Costa] manipulava, comprava e vendia para manter o preço lá em 
cima. Aí teve a intervenção e ela caiu para R$ 1,80. 
Seis bancos quebraram nos últimos dois anos. O modelo de negócios especializado em 
consignado tornou-se inviável? 
BUENO - Poucos bancos quebraram aqui. Nos Estados Unidos foram 1,2 mil entre 2008 e 2009. O 
problema não é o consignado, que tem inadimplência desprezível e a carteira é líquida, fácil de 
vender. O problema do Cruzeiro era de credibilidade. Ele já tinha problema para conseguir 
dinheiro no interbancário. O mercado, embora feito por bandidos, é sábio. Se você vende uma 
carteira e apropria o resultado imediatamente, e paga dividendos, o mercado vê. Se você pega a 
mesma carteira, antecipa o resultado e coloca no capital do banco, o mercado também vê 
ANTUNES - O problema é a gestão. Se houver ganância, não dá certo. 
Há risco sistêmico hoje? 
BUENO - Não existe. Temos 165 instituições no Brasil, para dizer que há risco sistêmico teria que 
acontecer algo que repercutisse em pelo menos 30 ou 40. 
A fiscalização é falha? Por que há tantas fraudes? 
ANTUNES - A fraude é feita para não ser detectada. No Cruzeiro, o sistema tinha filtros. Se o BC 
ou o auditor pediam uma posição, só mostrava o que podiam ver. 
BUENO - O problema é que a fraude gera um lucro sobre o qual se pagam dividendos, impostos, 
bônus para os executivos, mas não gera caixa. O banco precisa tomar dinheiro e pagar cada vez 
mais caro. Por isso vira uma bola de neve, ele faz um resultado, paga imposto sobre um negócio 
que é falso, ele precisa de um resultado de 100, vai fazer 150 porque 40 vai para o imposto. O 
Índio da Costa vai dizer que não é isso, vai pegar o balanço que a gente fez e vai detonar, mas é 
isso. 
 
ATUALIDADES DO S.F.N – BB 2013 
 
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Houve tratamento diferenciado de credores durante a intervenção? 
BUENO - De jeito nenhum, nós só seguimos a lei. Se você deu sorte de o seu CDB vencer durante 
a intervenção ou se você tinha liquidez diária, recebeu tudo. Os credores externos não receberam 
porque não tinham garantias e não havia nenhum vencimento naquele período. Eu fico 
incomodado com isso, gente que se deu mal e quer que todos se deem mal também. Desgraça de 
todos é alegria de bobo. Ficam querendo dizer que houve benefício como se fosse o crime da 
mala. Aqui não tem esperto, não estamos aqui para beneficiar A ou B. Se o cara tem garantias, o 
recebível é dele. Como é que você vai desagiar se a garantia é do cara? É da lei, é da natureza da 
operação. Enquanto estávamos lá, tinha muita gente que queria aplicar, mas a gente recusava. 
ANTUNES - Muito investidor externo reclama sem razão. Eles receberam o mesmo tratamento do 
investidor local, a oferta foi igual. Mas, claro, quem tinha Depósito com Garantia Especial (DPGE) 
não foi penalizado, é verdade. Esse depósito tinha garantia de R$ 20 milhões do FGC, que a gente 
tinha que honrar, os bônus externos não tinham. 
 O resultado final frustrou? 
ANTUNES - Acho que não. Eu fiquei triste, e não foi pouco, não. Passamos muitas noites em claro 
trabalhando, fizemos toda a limpeza, detectamos a fraude. Não se pode tentar convencer um 
comprador a assumir um risco maior do que ele está disposto. Não podíamos administrar o risco 
do Cruzeiro, a não ser que escondêssemos o que sabia, e isso a gente não faz. Não queremos 
levar problemas para outro banco. 
Fonte: Isto é Dinheiro 
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Texto 10: Polícia Federal prende ex-controlador do banco Cruzeiro do Sul – 
23/10/2012 
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SÃO PAULO - A Polícia Federal cumpriu na manhã desta terça-feira um mandado de prisão 
domiciliar a um ex-controlador do Banco Cruzeiro do Sul, Luis Felippe Indio da Costa, em sua 
residência na cidade do Rio de Janeiro. A prisão domiciliar foi decretada em virtude do preso ter 
mais de 80 anos. Ele é pai de Luis Octávio Indio da Costa, ex-presidente do banco, preso na tarde 
de ontem, em São Paulo. 
Segundo comunicado da PF, dois mandados de busca e apreensão relacionados a altos 
administradores do banco também foram realizados. São medidas cautelares decretadas pela 2ª 
Vara Criminal Federal São Paulo, a pedido da Polícia Federal. 
“A Justiça não determinou as prisões dessas pessoas, mas fixou fianças no valor de R$ 1 milhão e 
de R$ 1,8 milhão. Decidiu ainda, como medida preventiva, a proibição de viajarem ao exterior, de 
ATUALIDADES DO S.F.N – BB 2013 
 
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exercerem qualquer atividade no mercado financeiro ou dispor de bens próprios ou de terceiros”, 
informa a PF. 
Conforme o inquérito instaurado pela PF, são apurados crimes contra o sistema financeiro, crimes 
contra o mercado e capitais e lavagem de dinheiro. Caso sejam condenados, os envolvidos 
poderão estar sujeitos a penas de 1 a 12 anos de prisão e multa, conforme os atos que 
cometeram. 
O Cruzeiro do Sul foi liquidado em 14 de setembro, depois de ter passado três meses em Regime 
de Administração Especial Temporária (Raet). Em comunicado, a PF aponta a possibilidade de 
fraude de mais de R$ 1,2 bilhão no banco, após ter detectado ao longo da investigação “indícios 
de outras condutas criminosas” 
Fonte: Valor 
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Texto 11: BC decreta intervenção no banco BVA – 19/10/2012 
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SÃO PAULO, 19 Out (Reuters) - O Banco Central decretou nesta sexta-feira intervenção no banco 
BVA, especializado em crédito para companhias de médio porte, citando comprometimento da 
situação econômico-financeira da instituição. A intervenção ocorreu pouco mais de um mês depois 
que o Cruzeiro do Sul e o Prosper foram liquidados pela autoridade monetária. 
Em comunicado, a autoridade monetária afirma que foram detectadas "graves violações às 
normas legais" e "descumprimento de normas que disciplinam a atividade da instituição". 
Representantes da instituição e do BC não comentaram de imediato o assunto. 
O BC decidiu pela liquidação dos bancos Cruzeiro do Sul e Prosper, em 14 desetembro , depois 
de ter feito o mesmo com o Banco Morada. Em 2005 foi a vez do Banco Santos. 
A intervenção do BC acontece em um momento em que o governo está pressionando pela 
redução de custos de empréstimos e redução de tarifas bancárias. Alguns analistas dizem que 
bancos de médio porte são os mais prejudicados, já que a pressão pela queda dos juros pesa 
sobre suas receitas e encoraja práticas de empréstimo mais arriscadas. 
Segundo o BC, o BVA detém 0,17 por cento dos ativos do sistema financeiro nacional e 0,24 por 
cento dos depósitos. A instituição possui sete agências nos Estados do Rio de Janeiro, Minas 
Gerais e São Paulo. 
Em balanço de 2011 publicado em março, o BVA informa que fechou o ano passado com lucro 
líquido de 63,2 milhões de reais, queda de 29 por cento sobre o resultado positivo de 2010. Os 
ativos encerraram o exercício em 6,74 bilhões de reais, alta de 48,8 por cento. 
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Fonte contatada pela Reuters no final de agosto informou que o BVA havia fechado o primeiro 
semestre deste ano com prejuízo e que iria recuperar sua base de capital com uma injeção de 
capital de 300 milhões de reais. 
Um levantamento divulgado no começo de setembro no site do Banco Central apontava que a 
instituição era a única com índice de Basileia abaixo dos 11% exigidos pelo BC. Na época, o 
percentual estava em 9,5%. 
Em sua defesa, o banco sustentou pouco depois que a injeção de 250 milhões de reais no caixa 
da instituição teria elevado seu índice para 12,1%. 
História 
O BVA iniciou suas atividades como banco comercial em janeiro de 94, especializado em 
concessões de crédito para o segmento middle market e em operações estruturadas. O BVA 
também gere ativos e presta serviços de assessoria financeira através da sua controlada, a Vitória 
Asset Management, além de possuir participação na Realesis Brasília Empreendimentos 
Imobiliários, que detém direito de exploração indireta do Boulevard Shopping Brasília. 
No ano passado, o BVA teve lucro líquido de 63,2 milhões de reais, queda de 29,3% ante o 
resultado de 2010. Seus ativos, por outro lado, subiram de 4,5 bilhões para 6,7 bilhões em 2011, 
com o segmento de crédito respondendo por 67% deste total. Quase a totalidade dos 
empréstimos foram tomados por pessoas jurídicas em operações de capital de giro. No balanço, o 
banco afirmou ser "seletivo no processo de concessão de crédito e conservador na alocação de 
provisão". 
Até o fim de 2011, a instituição contava com 403 funcionários. 
Fonte: Reuters BR e Exame 
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Texto 12: BC decreta liquidação do Banco Morada – 25/10/2012 
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O BC (Banco Central) anunciou nesta terça-feira que decretou a liquidação extrajudicial do Banco 
Morada, com sede no Rio de Janeiro. Em comunicado, o BC informou que sua decisão baseou-se 
no relatório do interventor, que confirmou a "situação de insolvência do banco e a prática de 
violação das normas legais disciplinadoras da atividade da empresa". 
O Banco Morada, instituição com apenas uma agência no Rio de Janeiro, estava desde abril sob 
intervenção do Banco Central, sob justificativa de comprometimento patrimonial, do 
descumprimento de normas do CNM (Conselho Monetário Nacional) e do próprio BC, além do fato 
de os controladores não terem apresentado um plano de recuperação viável para a instituição. 
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No comunicado, o BC fala na "existência de passivo a descoberto e a inviabilidade da 
normalização dos negócios da empresa". 
O banco fazia parte do grupo econômico Morada, controlado pela empresa Misa (Morada 
Investimentos), e chegou a ter sua venda cogitada para o BMG --mas o banco mineiro teria 
desistido do negócio. 
LIQUIDAÇÃO 
Foi a primeira liquidação extrajudicial feita pelo Banco Central desde o Banco Santos, em maio de 
2005. 
A instituição financeira é de pequeno porte e tinha autorização para a operar carteiras comercial e 
de crédito, financiamento e investimento. 
Em dezembro de 2010, o banco possuía 0,01% dos ativos totais e 0,03% dos depósitos totais do 
Sistema Financeiro Nacional, respectivamente, segundo o BC. 
Na ocasião do anúncio da intervenção, o banco possuía 32% do total dos depósitos à vista e à 
prazo com garantia do Fundo Garantidor de Crédito. 
Na época, o Banco Central informou, em nota, que estava "tomando todas as providências 
cabíveis na situação, visando a apuração das responsabilidades, nos termos de suas competências 
legais de supervisão do sistema financeiro" 
Fonte: Folha de São Paulo 
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ATUALIDADES DO S.F.N – BB 2013 
 
MERCADO BANCÁRIOS 
Texto 13: Governo confirma reforma na remuneração da caderneta de poupança - 
03/05/2012 
 
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BRASÍLIA - (Atualizada às 20h14) O governo confirmou a reforma na remuneração da caderneta 
de poupança, que passará a ser atrelada ao valor da taxa básica de juros, a Selic. A nova regra só 
entrará em vigor, no entanto, a partir do momento em que a Selic cair para 8,5% ao ano, ou 
menos. Nesse momento, o juro fixo da caderneta será equivalente a 70% desse percentual. 
 
“Quando o Banco Central resolver reduzir a taxa Selic para 8,5% ou abaixo de 8,5%, a 
remuneração passará a ser um percentual de 70% da Selic mais a TR (Taxa de Referência)”, 
declarou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em entrevista coletiva. A mudança será feita por 
meio de Medida Provisória, a ser publicada numa edição extra do Diário Oficial da União (DOU). 
 
Hoje, a Selic está em 9% ao ano. Enquanto continuar nesse patamar, a remuneração da 
poupança permanecerá seguindo as regras que valeram até 3 de maio: remuneração por juros 
fixos de 0,5% ao mês (o que resulta em 6,17% ao ano), mais a variação da TR, hoje de 0,02%. 
 
O novo cálculo de remuneração só valerá para os depósitos feitos a partir de amanhã, 4 de maio. 
Todas as aplicações existentes até o dia de hoje - 100 milhões de cadernetas ativas, com estoque 
de R$ 431 bilhões - continuarão com as regras anteriores, estabelecidas em 1991. 
 
De acordo com o ministro, a nova fórmula foi obtida a partir de um levantamento da relação entre 
a taxa Selic e a remuneração das cadernetas de poupança nos últimos 10 anos. Ele mostrou que a 
caderneta geralmente pagou menos de 65% da Selic, com exceção de 2010 – quando houve um 
pico de 70,5% da Selic. 
 
Sem obstáculos à queda do juro 
 
Mesmo insistindo que a caderneta “continua sendo a melhor opção de poupança para a população 
brasileira”, o ministro explicou que deixar a poupança indefinidamente como está hoje 
“inviabilizaria a continuidade da redução da taxa de juros no país”. 
 
Mantega afirmou que, em um cenário de queda geral das taxas no Brasil e no mundo, as demais 
aplicações financeiras tendem a ficar menos rentáveis do que a poupança. Além de favorecer uma 
“invasão da caderneta pelos grandes investidores”, a manutenção das regras atuais da poupança 
obrigaria bancos e o próprio Tesouro Nacional a elevar os juros das aplicações financeiras que 
ofertam (os títulos públicos no caso do Tesouro) a fim de atrair investidores. “O Banco Central não 
conseguiria baixar os juros mesmo que quisesse, pois a economia praticaria taxas mais elevadas, 
criando um piso para a queda dos juros”, resumiu. o ministro. “Estamos retirando esse obstáculo. 
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O BC pode baixar a Selic ainda mais e haverá benefício para toda a sociedade e economia 
brasileira.” 
 
Mesmo evitando fazer previsões sobre o rumo das taxas de juros – assunto de competência do BC 
-, o ministro admitiu que, pela evolução do cenário, com quedada inflação e o nível de produção 
industrial, é preciso “deixar o caminho livre” para o recuo da Selic 
 
Direitos mantidos 
Mantega frisou que não há nenhuma alteração no cálculo da Taxa de Referência. Outras 
características que não mudam na caderneta de poupança, sublinhou o ministro, são a isenção de 
Imposto de Renda e de taxa de administração bancária, a inexistência de limite mínimo de 
aplicação e a liquidez imediata. 
 
“Não há rompimento de contratos, usurpação de direitos e nem prejuízo para os atuais 
detentores das cadernetas de poupança”, enfatizou o ministro. Ele recusou com veemência 
qualquer comparação com Zélia Cardoso de Mello, que era ministra da Economia no governo 
Collor e determinou o congelamento dos saldos das cadernetas em 1990. “Não vejo a menor 
semelhança. Garantimos direitos, regras e vantagens, essa é a diferença. Quem tem dinheiro na 
poupança pode fazer o que quiser." 
 
Como parte do Plano Collor, anunciado em 16 de março de 1990, o governo reteve os recursos 
aplicados na caderneta de poupança, liberando apenas 30 mil cruzeiros novos (a moeda da 
época). A medida tornou o governo impopular e antes do fim do ano, o governo editou uma 
correção no plano (o Plano Collor 2). A então ministra Zélia se tornou tão impopular que foi 
substituída, em 1991, pelo economista Marcílio Marques Moreira. 
 
Desde então, o tema da caderneta de poupança se tornou o mais sensível da política econômica. 
Em 2009, diante de um quadro semelhante de política monetária (a Selic atingira 8,75% ao ano), 
o governo de Luiz Inácio Lula da Silva preparou medida de reforma, que incluía a taxação com 
Imposto de Renda (IR) das aplicações superiores a R$ 50 mil. 
 
As críticas foram tão pesadas que o governo recuou na iniciativa. Ao mesmo tempo, o Banco 
Central (BC) reiniciou, em abril de 2010, o ciclo de elevação da Selic, “desobrigando” o governo 
de alterar as regras da poupança. 
 
"Fácil operacionalização" 
Mantega garantiu que os bancos não terão dificuldades para se adaptar à nova regra de 
remuneração da caderneta de poupança. Em entrevista coletiva na noite desta quinta-feira, 
Mantega explicou que como a mudança só valerá caso a taxa básica de juros, a Selic, chegue a 
patamar igual ou menor a 8,5%, os bancos terão tempo para se adaptar. 
 
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“Os bancos terão tempo para se adaptar a essa sistemática, porque nada acontece amanhã ou 
depois de amanhã. Nós temos uma reunião do Copom daqui a 30 dias e não sabemos o que vai 
acontecer”, disse o ministro, referindo-se à prerrogativa do Comitê de Política Monetária de definir 
o patamar da Selic. 
 
Segundo Mantega, quando a nova regra for aplicada, será como se os bancos “desmembrassem a 
conta em duas”. “Uma terá a rentabilidade pautada de um jeito e outra, de outro jeito. (...) O 
banco terá que prestar contas ao aplicador dizendo o saldo na conta antiga e o saldo na conta 
nova”, declarou 
 
Fonte: Valor 
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Texto 14: Seguro de baixo valor poderá ser distribuído por correspondentes - 
29/06/2012 
 
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Será em uma nova arena, a dos correspondentes bancários, que os maiores grupos seguradores 
do país vão se enfrentar em busca do cliente de baixa renda para vender microsseguros. A 
modalidade, composta por seguros mais simples e mais baratos, teve sua regulamentação 
publicada ontem pela Superintendência de Seguros Privados (Susep). Pelas regras, as 
seguradoras poderão usar os cerca de 160 mil correspondentes bancários existentes no país como 
canal de venda de apólices. 
 
"Qualquer produto que precise de escala para ser rentável necessita do canal adequado de 
distribuição. Nada mais óbvio que se aproveitar da capilaridade do canal dos correspondentes, 
que já existe", avalia Lauro Gonzalez, coordenador do Centro de Estudos em Microfinanças da 
Fundação Getúlio Vargas (FGV). 
 
A entrada dos correspondentes na venda de seguros deve esquentar principalmente a briga entre 
Bradesco Seguros e a associação entre Banco do Brasil e Mapfre. De um lado do ringue, o 
Bradesco tem hoje 34 mil correspondentes bancários, sendo que 18 mil são correspondentes 
plenos, que, além de pagamentos, fazem abertura de contas, operações de crédito, entre outras, 
diz Eugênio Velasques, diretor-executivo da Bradesco Vida e Previdência. Seriam os 
correspondentes plenos os responsáveis por vender seguros, afirma. 
 
Do outro lado, o Banco do Brasil contava com aproximadamente 22 mil correspondentes bancários 
em maio de 2011, segundo dados do Banco Central. De lá para cá, a instituição ganhou pelo 
menos os seis mil correspondentes do Banco Postal, das agências dos Correios. 
 
ATUALIDADES DO S.F.N – BB 2013 
 
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Para largar na frente, o Bradesco tem um projeto piloto em que testou a venda de seguros em 
200 correspondentes no Norte e Nordeste, com a participação de corretores de seguros. 
Velasques estima que, no período de até um ano e meio, o microsseguro possa estar em pelo 
menos 60% dos 18 mil correspondentes plenos do banco. 
 
"O uso de correspondentes bancários vem sendo discutido com o Banco do Brasil e com outras 
instituições parceiras", diz Karina Calamita, superintendente-executiva de seguros individuais do 
BB-Mapfre. Ela acredita que nos próximos meses o banco defina não só os produtos que irá 
explorar, como os canais que serão utilizados. Das cerca de 23 milhões de vidas seguradas pelo 
BB-Mapfre, Calamita estima que 38% tem potencial para ser cliente de microsseguro. 
 
A Zurich estruturou seu projeto de microsseguros em parceria com o Banco Palmas, do Nordeste, 
e planeja continuar nesse modelo. O Palmas conta com uma rede de 60 correspondentes, dos 
quais a Zurich opera em 10, segundo Felipe Cristovão, gerente comercial de canais bancários da 
Zurich. A estratégia da seguradora é usar os postos do Palmas para cadastrar comerciantes locais 
para vender seguros, os chamados agentes de microsseguros, figura criada pela regulamentação. 
 
Além do correspondente bancário, as seis circulares publicadas no Diário Oficial regulamentam o 
uso de meios remotos (como internet e telefonia) para contratação das coberturas e colocam 
tetos de R$ 24 mil em seguros de pessoas e de R$ 60 mil em seguros de danos para que a apólice 
se enquadre em microsseguros. A Susep ainda deve publicar duas outras resoluções, abordando 
capital mínimo e constituição de provisões para microsseguros, diz Regina Simões, coordenadora 
geral de produtos da autarquia. 
 
Fonte: Valor 
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Texto 15: Calote muda crédito para carros - 05/07/2012 
 
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A escalada da inadimplência, que em maio superou o nível histórico de 6%, mexeu com o 
mercado de financiamento de veículos no país. Os grandes bancos promoveram uma forte 
redução das concessões de empréstimos, como mostram os dados de registro de automóveis do 
sistema da Cetip, obtidos pelo Valor. 
 
Um dos que mais perderam participação foi o Itaú Unibanco, que saiu de uma fatia de mercado 
de 21% das liberações de empréstimos, em abril, para 16% em maio. Bradesco e Santander 
também desaceleraram o ritmo. 
 
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ATUALIDADES DO S.F.N – BB 2013 
 
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Calote tira espaço de banco grande e força crédito na agência 
 
O único dos grandes que ganhou participação foi o Banco do Brasil. O banco cresceu com uma 
mudança importante de estratégia, passando a conceder empréstimos primordialmente em suas 
próprias agências, deixando de lado as concessionárias e as agências de carros usados, diz Paulo 
Caffarelli, vice-presidente do BB. 
 
Nesse cenário ruim para os bancos comerciais, as instituições ligadasàs montadoras saíram 
ganhando. A pressão dos controladores para destravar a venda de veículos e diminuir os estoques 
fez os braços financeiros das fábricas despejarem dinheiro no mercado com taxas subsidiadas. 
"Feirões", "promoções" e "taxa zero" viraram palavras de ordem. 
 
O resultado foi a disparada da participação de mercado desses bancos, que saltou de um patamar 
de 26% em abril para 33% em maio (recorde da série). "Desde abril, as montadoras e seus 
braços financeiros passaram a fazer mais vendas com taxas subsidiadas", afirma Décio Carbonari, 
presidente da Anef, associação que reúne bancos de montadoras 
 
Fonte: Valor 
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Texto 16: Caixa lidera corte de taxas e Itaú é o mais agressivo entre privados - 
06/07/2012 
 
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As taxas médias de juros de algumas das principais linhas de crédito para pessoas físicas e 
empresas caíram de forma consistente desde março, mas a intensidade dos cortes varia bastante 
entre os bancos até agora. Do lado dos clientes, isso significa que há espaço para pesquisas e 
para barganhas. Do ponto de vista dos investidores, que o impacto nos resultados das instituições 
não será linear. 
 
O Valor fez um levantamento detalhado sobre os juros cobrados por Banco do Brasil, Itaú, Caixa, 
Bradesco, Santander e HSBC em nove linhas de crédito desde janeiro (os resultados podem ser 
vistos no site do Valor). Os dados são do Banco Central e representam a taxa média efetiva 
cobrada dos tomadores, incluindo encargos. 
 
Eles diferem do dado consolidado divulgado pelo BC até maio porque a autoridade monetária leva 
em conta o volume de crédito tomado em cada banco. Se apenas um banco reduz a taxa e todos 
os clientes migram para essa instituição naquele mês, o dado do BC apontará a taxa contratada 
nesse banco específico, e não quanto os demais cobraram. 
 
 
ATUALIDADES DO S.F.N – BB 2013 
 
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Conforme os dados levantados, a Caixa foi a mais agressiva nos cortes e as reduções mais 
drásticas ocorreram no cheque especial e no capital de giro pré. A taxa anual do cheque especial 
do banco estatal diminuiu de 151% para 65% ao ano entre março e junho, com o custo caindo 
em 57%. No capital de giro, o juro foi derrubado de 25% para 14% ao ano na mesma 
comparação, uma redução de 44%. 
 
Já o Banco do Brasil liderou a baixa na taxa para o financiamento de veículos, que diminuiu 33%, 
de 22,5% para 15% ao ano. O BB também foi o que mais cortou a taxa do desconto de 
duplicatas, em 17%, e do capital de giro com taxas flutuantes, concedido a grandes empresas, 
cujo custo baixou 22%. 
 
Entre os privados, o Itaú Unibanco fez os movimentos mais agressivos. A taxa do banco para 
crédito pessoal caiu 20%, passando de 62% para 50% ao ano. Na linha de veículos, o custo anual 
diminuiu 20%, saindo de 24,5% para 19,5% ao ano. No Bradesco, as reduções ficaram em torno 
de 10% nas linhas de crédito pessoal, veículos e capital de giro. A maior queda, no entanto, foi no 
crédito para aquisição de bens para pessoa física, com o custo diminuindo 17%, de 42% para 
34,5% ao ano. 
 
O maior corte feito pelo Santander ocorreu no financiamento a veículos, em que a taxa anual caiu 
13%, saindo de 22,9% para 19,9%. No crédito pessoal e no capital de giro, a baixa ficou em 8% 
e 10%, respectivamente. Segundo o diretor de produtos do banco de origem espanhola, Nilo 
Carvalho, a queda menor que a dos rivais no crédito pessoal e em veículos se explica. "Nossos 
juros caíram menos em algumas linhas porque já tínhamos taxa mais barata que os concorrentes 
[do setor privado]", afirma. 
 
Em relação ao cheque especial, em que o Santander cobra a maior taxa, de 222% ao ano, o 
executivo destaca a prática do banco, herdada do Banco Real, de oferecer dez dias sem juros 
nessa modalidade. "Essa é uma linha emergencial. E quando o cliente usa direito, paga a menor 
taxa do mercado, que é zero." 
 
O HSBC reduziu as taxas muito levemente, e em cerca de metade dos casos as margens ficaram 
praticamente estáveis quando se considera a queda da Selic. 
 
Ao se tentar capturar o impacto dos juros menores nos resultados dos bancos, os dados indicam 
que o efeito será maior na Caixa, que tem a União como única acionista. Mas apesar de 
reconhecer que os juros menores afetam negativamente o resultado, o banco estatal confia que o 
crescimento do volume das operações, o aumento da base de clientes e cortes de custos vão 
permitir que seu lucro aumente em 2012, na comparação com o resultado do ano passado. "Não 
repetirá a alta de quase 30% vista entre 2010 e 2011, mas o lucro deste ano deve mostrar 
crescimento", diz o superintendente nacional de contabilidade e tributos da Caixa, Marcos 
Brasiliano Rosa. 
 
ATUALIDADES DO S.F.N – BB 2013 
 
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Segundo ele, o volume de crédito comercial contratado por mês no banco estatal subiu de R$ 11 
bilhões no primeiro trimestre para R$ 15 bilhões entre abril e junho, uma alta de 36%. "Estamos 
colhendo os frutos da ousadia", afirmou Rosa, que disse que a expansão supera a projeção inicial 
quando os cortes de taxas começaram. 
 
No caso de BB, Itaú e Bradesco, o efeito dos juros menores também deve existir, mas deve ser 
menor, seja pela intensidade das baixas ou pelo tamanho maior do estoque antigo de crédito 
comercial, contratado com taxas maiores, que levará mais tempo para ser renovado. No 
Santander, o impacto deve ser ainda menor, já que as reduções foram menos agressivas. 
 
A despeito da queda de mais de 20% no preço de suas ações desde março, o BB disse, em 
resposta por e-mail, que "os investidores entenderam como essas iniciativas se reverterão na 
geração de resultados sustentáveis no longo prazo". Segundo o banco, a queda nas taxas foi uma 
decisão estratégica, tendo em vista a queda da Selic e o aumento da competição, "principalmente 
após o início da livre opção bancária para servidores públicos". Questionado sobre o motivo de as 
taxas não terem caído na mesma intensidade que na Caixa, o BB afirmou apenas que "detém 
taxas fortemente competitivas, posicionando-se, em muitas linhas, como a menor do mercado". 
 
Procurados, o Itaú enviou nota dizendo que tem processo contínuo de revisão de taxas de juros 
de empréstimos, com ajustes constantes para adequá-las à realidade do mercado brasileiro, e que 
vai continuar promovendo ajustes, "especialmente quando houver cortes na taxa básica de juros 
da economia". Também em nota, o Bradesco disse que "as reduções de taxas realizadas pelo 
Bradesco são recentes e, portanto, ainda não refletem efeito no estoque de crédito". O banco 
lembrou ainda que aqueles que optarem pelo produto "Conta Fácil" contam com taxas de cheque 
especial de 3,95% ao mês. O HSBC não quis se pronunciar 
 
Fonte: Valor 
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Texto 17: Banco do Brasil e Caixa cortam juros do cartão de crédito - 06/09/2012 
 
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BRASÍLIA - O Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal (CEF) anunciaram nesta quinta-feira 
redução de taxas de juros do cartão de crédito. No caso do BB, o corte de taxa de cerca de 30% é 
para o parcelamento de faturas do cartão Ourocard. Já na Caixa, o corte é mais extenso, para o 
crédito rotativo e parcelamento de faturas de várias modalidades de cartões. 
 
No BB, os juros do parcelamento das faturas do cartão Ourocard foram reduzidas, desde ontem, 
de um intervalo de 2,88% a 5,70% ao mês para 1,94% a 3,94% ao mês. As novas taxas valem 
para as faturas com vencimento a partir de 17 de setembro e já constam nas cobranças que 
foram enviadas na quarta-feira aos clientes. 
ATUALIDADES DO S.F.N – BB 2013 
 
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Na Caixa, segundo o banco, a redução chega

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