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AULA 4 Profª Tavany Cibele Coelho GESTÃO POR COMPETÊNCIAS 02 CONVERSA INICIAL Seja bem-vindo a mais uma aula! Após a avaliação de desempenho, temos subsídios para iniciar programas para o desenvolvimento profissional dos funcionários que integram a organização, indo ao encontro dos objetivos empresariais. Esses programas são definidos por meio do plano de desenvolvimento individual e se utilizam de ferramentas como a educação corporativa. A educação corporativa é hoje encarada como a evolução dos programas de treinamento e desenvolvimento e, segundo Eboli (2004), leva em consideração o planejamento estratégico da organização. Esse aspecto da educação corporativa é um de seus pontos importante, pois o modelo de gestão por competências tem sua base no alinhamento com as estratégias organizacionais, conforme discutimos anteriormente. CONTEXTUALIZANDO Para iniciarmos nossa caminhada em busca do desenvolvimento profissional, devemos pensar que a melhora do desempenho dos funcionários acarretará na melhora do organizacional, o que caracteriza a importância de desenvolver as competências dos colaboradores do quadro funcional de uma organização. É importante lembrarmos que nada é estático no mundo corporativo, o que faz necessário a criação de métodos que atendam às novas exigências do mercado, assim como ocorre com os funcionários, que devem se adaptar às novas exigências da organização. Além de proporcionar maior eficiência e eficácia à organização, essa prática também suporta novas exigências estipulados para os funcionários, levando-os a adquirir maior nível de complexidade em suas atribuições, o que cria oportunidades de promoções, sucessões e, consequentemente, o seu desenvolvimento. Outro aspecto relevante é que, além de a organização possuir programas de desenvolvimento, é essencial que efetuem algum tipo de avaliação para que constatem se realmente esses programas estão atendendo e suprindo às necessidades organizacionais. Nesta aula, discutiremos sobre desenvolvimento de competências, aprendizado organizacional, plano de desenvolvimento pessoal, educação corporativa e avaliação de desenvolvimento. 03 Você conhece a divulgação anual realizada pela revista Exame, trazendo as melhores empresas para se trabalhar no Brasil? Que tal ver a última edição e pesquisar quais programas de desenvolvimento elas possuem. TEMA 1 – DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS No modelo de gestão por competências, as pessoas são consideradas os recursos de maior destaque dentro da organização. Como cada cargo necessita de competências individuais específicas, é importante suprir as lacunas por meio de formas que as desenvolvam e até mesmo preparem os indivíduos para novas atribuições. A partir do momento que essas lacunas são encontradas, é imprescindível criar um plano de aprendizagem, o qual pode conter diversos métodos, incluindo plataformas de aprendizagem e o modelo tradicional de ensino. De acordo com Fernandes (2013, p. 6), o desenvolvimento das competências é o “modo pelo qual os profissionais são gerenciados, inspirados, desenvolvidos, recompensados etc., pois as pessoas são a ‘alma’ da competência da organização”. Levando-se em consideração essa definição, podemos constatar que o desenvolvimento das competências vai muito além de programas de treinamento. É necessário também estímulos e acompanhamento. Quando falamos de desenvolvimento, pensamos primeiramente em trabalhar as habilidades, mas podemos ir muito além, trabalhando também com os aspectos comportamentais dos indivíduos. Para que esse aperfeiçoamento individual ocorra, são desenhados diversos programas, tais como programas de formação (técnica), integração, desenvolvimento (cargos mais complexos) e aperfeiçoamento. E, para que esses programas ocorram, as organizações criam políticas e práticas de ações educacionais. Segundo Vazirani (2010), quando uma empresa valoriza o desenvolvimento, consegue organizar as áreas de maiores forças e fraquezas, das quais retiram-se parâmetros que servem como base para o desenho das metas organizacionais e para o desenvolvimento dos funcionários que aspiram a uma nova posição. O desenvolvimento de competências possui quatro passos: determinar quais são as necessidades de desenvolvimento dos funcionários (avaliação de desempenho), desenhar os programas de desenvolvimento, executar os 04 programas e avaliar os resultados desses programas. O processo de gerenciamento de desenvolvimento baseado em competências é iniciado pelas definições da estratégia organizacional, seguido pela definição da visão de futuro, diagnóstico das competências e definição dos indicadores e objetivos de desempenho. Esses passos levam à operacionalização da avaliação de desempenho e dos planos de gestão do conhecimento (Guimarães et al., 2000). A figura a seguir apresenta a dinâmica desse processo de gerenciamento. Figura 1 – Processo de gestão de desempenho baseado nas competências Fonte: Guimarães et al. (2000, p. 250). Se analisarmos uma organização, veremos que as pessoas que fazem a diferença são elas que buscam novos processos, diminuir custos, formas de melhorar o desempenho e novas tecnologias e inovações. Essas buscas são a base para a aprendizagem organizacional, que discutiremos no próximo tema. TEMA 2 – APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL As organizações sofrem constantes mudanças ao longo do tempo devido ao meio em que estão inseridas. Essas mudanças podem ser positivas ou não, mas deixam evidente que as empresas não precisam somente mudar, mas também adquirir capacidade de aprendizagem (Pugh; Child; Hickson, 2004). Devemos lembrar que quem aprende é o indivíduo, portanto, podemos definir que a aprendizagem é o processo de mudança decorrente de estímulos 05 que pode ou não se manifestar no comportamento de uma pessoa (Fleury, 2001). Esse conceito foi incorporado às organizações, ambientes onde ocorre esse aprendizado, por meio da interatividade entre os indivíduos (Silva; Melo, 2013). Atualmente, as organizações perceberam a importância do aprendizado organizacional para que o conhecimento possa ser disseminado pelos seus membros, trazendo maior competitividade ao mercado e aumentando a sua rentabilidade. Assim, empresas precisam criar métodos para o compartilhamento da aprendizagem com o objetivo de manter e desenvolver competências (Silva; Melo, 2013), sendo o maior desafio implantar e criar métodos que organizem, disseminem, apliquem e armazenem o conhecimento utilizado na organização de modo confiável, explícito e acessível (Mcgee; Prusak, 1994). A aprendizagem organizacional pode ser motivada por alguns fatores, como curiosidade, circunstância, experiência diária e crise (Garvin, 1998). A curiosidade vem do desejo de conhecer ou experimentar algo, por exemplo: um funcionário quer saber como funciona uma máquina ou busca uma forma melhor de utilizá-la. A circunstância ocorre quando o funcionário tem acesso a algo novo devido a alguma circunstância ocorrida, por exemplo: ao ter contato com clientes, ele pode acabar aprendendo algo novo que agregará à organização. Experiência diária é quando, com base na experiência, o funcionário testa novas formas para realizar a mesma atividade, encontrando, muitas vezes, jeitos mais eficazes para o processo. Crise ocorre quando a empresa constata perda de sua participação no mercado e busca novas formas de processos para recuperá-la. Cada um desses fatores de aprendizagem gera um novo conhecimento, que é transmitido de forma explícita e tácita. A primeira é o aprendizado estabelecido por processos, esquemas, políticas, normas etc. O segundo é a obtenção do know-how, que dá base para resolver problemas por meio das experiências já vivenciadas. Para saber mais Conhecimento tácito: é o conhecimento que o indivíduoadquiriu por meio de suas experiências, seria a internacionalização do conhecimento. Conhecimento explícito: é exposto pela linguagem; podemos dizer que é 06 tangível. Veja alguns exemplos desses dois conhecimentos no vídeo disponível em <https://www.youtube.com/watch?v=6s9tG1SDreU>. Já know-how é o conjunto de conhecimentos práticos de determinada área adquiridos por determinado indivíduo ou organização. Por exemplo, qual o know- how da Coca-Cola? Além de sua fórmula secreta, podemos citar a sua rede de distribuição e suas formas de marketing. Muitas organizações possuem algum tipo de deficiência no aprendizado organizacional e, segundo Senge (1990), é necessária para suprir tal necessidade a ampliação da capacidade de aprendizado. As organizações devem aprender, seja na forma gerativa (ativa) como também na de aprendiz (passiva), pois essa aprendizagem sustenta a vantagem competitiva organizacional. Em busca desse aprendizado, muitas organizações traçam planos para suprir as suas deficiências, como o plano de desenvolvimento individual, que discutiremos no próximo tema. TEMA 3 – PLANO DE DESENVOLVIMENTO INDIVIDUAL (PDI) Essa ferramenta é utilizada para traçar as ações a serem tomadas para o desenvolvimento profissional, com o objetivo de criar um diferencial para a organização. Podemos dizer também que é o monitoramento do desenvolvimento das competências de cada indivíduo dentro da organização, alavancando a carreira de cada um de forma alinhada com as competências necessárias para determinada função e com o potencial de realização. Como o próprio nome diz, o PDI é um plano, por isso possui alguns passos, porém cada organização possui suas características, as quais devem ser respeitadas. Basicamente, deve-se definir o objetivo do plano, por exemplo suprir um gap encontrado ou criar um programa de sucessão; identificar as competências a serem trabalhadas (essa identificação vem da avaliação de desempenho); definir a duração dos programas, estabelecendo curto, médio e longo prazo, para verificação da viabilidade; estipular metas e prazos atingíveis. A estrutura de um PDI possui alguns itens necessários para seu desenvolvimento, segundo Fernandes (2013): Haver consenso entre avaliador e avaliado. Ter clareza sobre as competências a serem desenvolvidas (o que desenvolver). https://www.youtube.com/watch?v=6s9tG1SDreU 07 Fundamentar o diagnóstico sobre as causas do gap (por que desenvolver). Estabelecer como será realizado o desenvolvimento. Definir quem participará e quais são os papéis no desenvolvimento das competências. Realizar o orçamento para verificar quanto custarão essas ações de desenvolvimento. Definir quais indicadores serão analisados para verificar as metas estabelecidas. Fixar prazos para a sua realização. Haver acordo entre os envolvidos, para que o PDI seja aceito por todos. Se for imposto, pode-se correr o risco de não ser viabilizado por falta de comprometimento. Haver vínculo claro com as competências: deve ser alicerçado pelas competências descritas para o cargo analisado. Deve ter um diagnóstico claro, pois um ineficiente despenderá recursos e tempo que não trarão resultados eficazes à organização. Estabelecer ações de desenvolvimento, caracterizando o que deve ser desenvolvido. Definir os papéis: deixar claro o da empresa, do gestor e do avaliado. Orçar as ações para verificar a viabilidade do projeto, calculando se os benefícios serão superiores ao investimento. Estabelecer metas alcançáveis. Fixar prazos para mensurar o progresso final. Para saber mais A estrutura do plano de desenvolvimento, segundo Fernandes (2013), é baseado na metodologia 5W2H. Você já ouviu falar dela? Essa metodologia é caracterizada por sete perguntas: 1. What: o que será feito? 2. Why: por que será feito? 3. Where: onde será feito? 4. When: quando será feito? 5. Who: por quem será feito? 6. How: como será feito? 7. How much: quanto custará. 08 No PDI, são estabelecidos os prazos e os resultados que são esperados, criando-se um histórico da evolução dos seus funcionários. Existem vários tipos de programas para o desenvolvimento. No PDI, deve- se escolher o mais adequado para cada caso. Segundo Fernandes (2013), esses programas podem ser treinamentos no modo tradicional em sala de aula (on the job), ações de autodesenvolvimento (leituras, cursos realizados pelo próprio profissional) e participação em projetos. Também podemos trabalhar com programas de coaching, mentoring, e-learning e trilhas de aprendizagem, que são várias ações de aprendizado que podem contemplar as diversas formas mencionadas anteriormente. Até agora, discorremos sobre o plano de desenvolvimento individual. Mas onde ele se encaixa dentro do modelo de gestão por competências? O PDI é a base para as demais funções trabalhadas nesse modelo. A figura a seguir ilustra de forma sistêmica o seu papel. Em um primeiro momento, o funcionário realiza uma autoavaliação de competências e dá sugestões de ações de PDI; em um segundo momento, o avaliador define as competências do funcionário, se elas se enquadram no que é esperado e sugere ações de desenvolvimento; no terceiro, o avaliador se prepara para o feedback; no quarto, ocorrem as reuniões de feedback e fechamento do PDI e, no quinto momento, é realizado o acompanhamento do PDI. Esse processo é cíclico, ou seja, o PDI deve estar sendo desenvolvido constantemente dentro da organização. 09 Figura 2 – Processo de avaliação, feedback, pactuação de PDI e seu acompanhamento de competências Fonte: Adaptada de Fernandes (2013, p. 120). TEMA 4 – EDUCAÇÃO CORPORATIVA E UNIVERSIDADE CORPORATIVA A educação corporativa é uma das ferramentas utilizadas para o desenvolvimento de competências com foco nas necessidades individuais, de acordo com as estratégias do negócio, resultando no aumento das competências e, automaticamente, no aumento da competitividade. A educação corporativa nada mais é do que um programa de aprendizado ligado diretamente às estratégias organizacionais, planejado com base nas competências, ou seja, é um processo estruturado para desenvolver competências. Segundo Fleury e Fleury (2001, p. 190), a organização “define a sua estratégia e as competências necessárias para implementá-las, num processo de aprendizagem permanente”. Esse círculo vicioso pode ser verificado na figura a seguir. 010 Figura 3 – Processo contínuo de aprendizagem Fonte: Fleury; Fleury (p. 190, 2001). Podemos definir quatro papéis fundamentais da educação corporativa: (1) foco na estratégia organizacional por meio de assessoria, apoio na construção das estratégias, disseminação e prática de atividades com foco nas estratégias; (2) apoio e capacitação dos processos e sistemas da organização; (3) alinhamento da cultura; (4) propiciar e criar mecanismos que facilitem a criação de conhecimento. Segundo Eboli (2004), a educação corporativa foca no aumento do valor das pessoas e possui sete princípios para o seu sucesso: 1. Perpetuidade: transmissão da cultura organizacional, que é disseminada por programas como os de integração. Nesse aspecto, é importante que a cultura disseminada seja a mesma praticada. 2. Competitividade: desenvolvimento do capital intelectual, transformando o conhecimento em uma vantagem competitiva organizacional, diferenciando-se, assim, dos concorrentes. 3. Conectividade: ações que buscam ampliar a rede de relacionamento, promovendo diálogo e criando alianças. 4. Disponibilidade: recursos instrucionais para que o aprendizado possa ocorrer de forma eficaz. 5. Cidadania: formação de atores sociais que visam modificar a realidade, levando em consideração a ética, conhecida também como responsabilidade social.6. Parceria: parcerias internas entre gestores e líderes e externas entre escolas e consultorias, visando à realização de tarefas complexas. 7. Sustentabilidade: se refere à geração de resultados, à agregação de valor e a alternativas de recursos para a sua sustentação. As organizações implantam a educação corporativa com o objetivo de alavancar os resultados organizacionais, alinhar os objetivos, buscar atingir os 011 resultados esperados, aprender continuamente, ampliar o público atendido, perpetuar a cultura organizacional e assegurar a sustentabilidade na geração de resultados. A educação corporativa não envolve somente o funcionário, engloba todo público que tenha alguma relação com a organização, como clientes fornecedores etc. Os termos universidade corporativa e educação corporativa são equivalentes, sendo mais usado no Brasil o segundo e nos Estados Unidos (EUA) o primeiro. O surgimento da universidade corporativa ocorreu nos EUA em 1956 e a primeira organização a utilizá-la foi a GE, em um programa que se chamava Crontonville – Centro de Treinamento de Nova York, no qual se formaram 12 presidentes da companhia. Em 1990, a universidade corporativa da GE chegou ao Brasil e, em 2014, investiu cerca de 50 milhões de dólares na unidade. Em entrevista publicada no site da revista Exame, o CEO da GE na América Latina, Reinaldo Garcia, contou um pouco de sua trajetória na organização: “Em janeiro eu farei 30 anos de GE, comecei como trainee de finanças, fui para a corporate staff, depois quiseram que eu fosse o líder de sourcing de um grupo de energia. Eu não sabia nada. Mas a ideia era me colocar em uma situação desconfortável em que eu me desenvolvesse de maneira diferente. De lá eu fui para manufatura, na França, sem saber falar francês direito. Na GE a gente coloca muito uma pessoa numa situação em que ela não está preparada. Damos um grande foco, gastamos muita energia em planejar as carreiras e colocar pessoas nos lugares certos. A parte de aprendizagem, em cursos, é um complemento grande” (Tozzi; Ohl, 2014). Para saber mais Sourcing: são processos que visam diminuir os custos e aumentar o desempenho do setor de compras. Já falamos um pouco do surgimento da universidade corporativa. Mas o que é uma universidade corporativa? A universidade corporativa é uma instituição de ensino associada a uma empresa, seja pública ou privada, e seu intuito é aumentar a competitividade, pela necessidade das organizações de se aprimorarem e pelo alinhamento da aprendizagem com os objetivos estratégicos organizacionais. Segundo Fernandes (2013), a universidade corporativa só possível em organizações que utilizam a gestão por competências, pois fornece dados das competências a serem desenvolvidas de forma clara, sendo inviáveis em outras empresas devido à falta de parâmetros para mensuração. 012 Para saber mais Exemplos de universidades corporativas Apple – Secreta e exclusiva, a universidade corporativa da Apple é destinada aos seus altos executivos e sua missão é disseminar a cultura da empresa e mostrar a importância da especialização. Gênios não nascem, são feitos, esta é a premissa utilizada dentro da Apple. Conheça um pouco mais acessando <https://exame.com/carreira/o-que-e-ensinado-na-secreta-e-exclusiva- universidade-apple/#:~:text=N%C3%A3o%20h%C3%A1%20nenhuma%20men% C3%A7%C3%A3o%20%C3%A0,cargo%20de%20diretor%20ou%20acima.>. Santander Brasil – O foco da sua universidade corporativa é desenvolver pessoas que reinventem o jeito de ser e fazer o banco, em que o funcionário ganha “uma visão transversal da organização e é estimulado a ser o protagonista da sua própria carreira” (Santander, 2016). Conheça um pouco mais do programa no site <https://www.santander.com.br/document/wps/31.10.16-Santander-Brasil-lanca- academia-corporativa.pdf>. 4.1 Universidade corporativa versus modelos de treinamento e desenvolvimento Quando falamos em universidade corporativa, é importante destacar que existe diferença entre ela e os modelos tradicionais de treinamento e desenvolvimento. Vamos conhecer essas diferenças? Modelos tradicionais de treinamento e desenvolvimento: treinamento focado no cargo; responsabilidade da empresa pelo treinamento; uso de metodologias tradicionais (sala de aula e on the job); ações pontuais para aprendizagem; foco interno; foco em curto e médio prazo (Eboli, 2004). Educação corporativa: voltada ao desenvolvimento das competências; demandas baseadas no negócio e na estratégia organizacional; responsabilidade do desenvolvimento dividida entre o colaborador e a empresa; aprendizagem vista como um processo contínuo; foco externo e interno; foco no longo prazo. TEMA 5 – AVALIAÇÃO DE DESENVOLVIMENTO Para sabermos se as ações de desenvolvimento estão sendo efetivas, é necessário que voltemos às avaliações. Quando já possuímos um histórico anterior do funcionário, conseguimos medir a sua evolução na próxima avaliação de desempenho. Então, é necessário esperar a próxima avaliação para saber se https://www.santander.com.br/document/wps/31.10.16-Santander-Brasil-lanca-academia-corporativa.pdf https://www.santander.com.br/document/wps/31.10.16-Santander-Brasil-lanca-academia-corporativa.pdf https://exame.com/carreira/o-que-e-ensinado-na-secreta-e-exclusiva-universidade-apple/#:~:text=N%C3%A3o%20h%C3%A1%20nenhuma%20men%C3%A7%C3%A3o%20%C3%A0,cargo%20de%20diretor%20ou%20acima. 013 as ações estão surtindo efeito? Não, pois os gestores e líderes possuem o papel fundamental de gerenciar o processo de desenvolvimento, assim conseguem identificar as mudanças que ocorreram ou não no período estipulado. Mas também podem ser realizadas avaliações parciais sobre a ação específica da qual o funcionário está participando, por exemplo, se for sobre alguma competência técnica, podemos realizar algum tipo de avaliação prática. Essa avaliação também pode ser realizada pela reação dos participantes, testes de aprendizagem e avaliação comportamental. Em seus estudos, Dias e Albuquerque (2014) ressaltam que poucas organizações avaliam os resultados de suas ações educacionais, ou seja, não conseguem mensurar se realmente o investimento está trazendo algum retorno. A efetividade do programa de desenvolvimento é mensurada pelo grau de quanto o indivíduo consegue atingir os objetivos do programa e realizar as entregas descritas para o desempenho de sua função. FINALIZANDO Nesta aula, você estudou sobre o desenvolvimento profissional, que cada vez mais vem sendo aplicado nas organizações que buscam um diferencial competitivo, pois, ao longo dos anos, as empresas perceberam que as pessoas compõem seu capital intelectual e que o aprimoramento delas é essencial para se adequarem às mudanças do mercado. Junto do modelo de gestão por competências, é necessário que trabalhemos os gaps encontrados na avaliação de desempenho, utilizando programas de desenvolvimento de competências. Para isso, devemos criar planos de desenvolvimento individual, desenhando nele todo o processo desde a identificação das competências até o acompanhamento da sua eficácia. Também discutimos um pouco sobre a aprendizagem organizacional e a importância da disseminação dos conhecimentos para a vantagem competitiva. Muitas organizações em busca de novos conhecimentos utilizam a educação corporativa, a qual, diferentemente dos programas tradicionais de treinamento e desenvolvimento, possui como base para as suas ações as estratégias organizacionais. 014 REFERÊNCIAS ANDRADE, G. S. de. Trabalhador do conhecimento. Disponível em: <http://www.abrh-pr.org.br/wp-content/uploads/2017/08/ Artigo_Trabalhador-do- Conhecimento_ABRH.pdf>. Acesso em: 18 jan. 2018. CASTRO, C. de M.; EBOLI, M. 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