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DIREITO DO TRABALHO II - DIREITO COLETIVO DO TRABALHO

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DIREITO DO TRABALHO II
DIREITO COLETIVO DO TRABALHO
CONCEITO:
É o conjunto de regras, institutos e princípios que regulam a relação jurídica entre os entes coletivos de trabalho.
- Regras próprias do direito coletivo do trabalho - CLT arts. 511 até 610 (tudo direito sindical)
- Art 8º da CF - direito sindical
Institutos próprios da convenção coletiva, acordo coletivo, negócio coletivo, principio da equivalência dos contratantes.
Direito Individual do trabalho - relações individuais do trabalho - sujeitos individualmente considerado ex: empregado(s) X empregador
Direito coletivo do trabalho - relações coletivas de trabalho - Relação entre sujeitos coletivos de trabalho: sindicato da categoria profissional X empresa OU sindicato da categoria econômica.
Obs: Empresa é um ente coletivo, por isso pode se relacionar com outro ente coletivo.
- Só é licita a negociação de trabalho por meio de negociação coletiva
- Sendo aprovada, vira uma norma coletiva - Lei
- Não se aplica princípio da proteção, pois aqui não existe parte hipossuficiente.
- No sindicato os sujeitos são iguais, mesmo poder de persuasão, poder de luta.
- Negociar de igual para igual - Dois sujeitos em igualdade jurídica e podem negociar.
- Flexibilidade das relações de trabalho
FONTES DO DIREITO COLETIVO DO TRABALHO
Origem das normas que regulam o direito sindical - coletivo do trabalho
Fontes:
A) Estatais -> oriundas do estado, através do poder executivo e legislativo.
· Constituição Federal – arts. 8º ao 10° (direito sindical)
· CLT - a partir do art. 511
· Medidas provisórias 
8º- É livre a associação profissional ou sindical, observando o seguinte:
Principio da liberdade sindical
9º - é assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender.
Assegurado pela constituição federal
10° - é assegurada a participação dos trabalhadores e empregados nos colegiados dos órgãos públicos em que seus interesses profissionais ou previdenciários sejam objeto de discussão e deliberação
511 CLT - Art. 511. É lícita a associação para fins de estudo, defesa e coordenação dos seus interesses econômicos ou profissionais de todos os que, como empregadores, empregados, agentes ou trabalhadores autônomos ou profissionais liberais exerçam, respectivamente, a mesma atividade ou profissão ou atividades ou profissões similares ou conexas.
§ 1º A solidariedade de interesses econômicos dos que empreendem atividades idênticas, similares ou conexas, constitue o vínculo social básico que se denomina categoria econômica.
§ 2º A similitude de condições de vida oriunda da profissão ou trabalho em comum, em situação de emprego na mesma atividade econômica ou em atividades econômicas similares ou conexas, compõe a expressão social elementar compreendida como categoria profissional.
§ 3º Categoria profissional diferenciada é a que se forma dos empregados que exerçam profissões ou funções diferenciadas por força de estatuto profissional especial ou em consequência de condições de vida singulares. (Vide Lei nº 12.998, de 2014)
§ 4º Os limites de identidade, similaridade ou conexidade fixam as dimensões dentro das quais a categoria econômica ou profissional é homogênea e a associação é natural.
B) Internacionais -> convenções da OIT – Organização Internacional do Trabalho. (Negociação coletiva, declaração universal dos direitos humanos...).
OBS: Negociação coletiva instrumento que se chega às normas e acordos.
C) Profissionais -> normas coletivas de trabalho – convenção ou acordo.
1. Convenção coletiva de trabalho - é o pacto firmado entre sindicato da categoria profissional e sindicato da categoria econômica (sindicato patronal), que estabelecem direitos e obrigações tanto para às categorias como para os sindicatos convenentes. Abrange todos os trabalhadores (mais abrangente).
EX: Convenção coletiva entre o sindicato do SUPERMERCADO (patronal) e o sindicato dos COMERCIARIOS DE SALVADOR.
2. Acordo coletivo de trabalho - é o pacto firmado entre sindicato da categoria profissional e uma ou mais empresas, estabelecendo direitos e obrigações que alcançarão os trabalhadores e a empresa signatária.
Ex: Sindicato dos comerciantes de Salvador e supermercado X. Abrange apenas os trabalhadores e a empresa do acordo/ pactuados.
Obs: Ente coletivo de trabalho pode ser: sindicato da categoria profissional (trabalhadores) e sindicato da categoria econômica (empresas)
D) Mistas -> refere-se à sentença normativa que é aquela proferida pelo tribunal do trabalho na solução de um conflito/dissídio coletivo de trabalho.
Sentença Normativa, pois cria normas. 
Dissídio coletivo - começa no tribunal do trabalho, negociação de greve, participação do estado com os entes trabalhistas.
E) Auxiliares -> Art. 8º da CLT - analogia, equidade, jurisprudência, princípios - fontes auxiliares. 
PRINCÍPIOS DO DIREITO COLETIVO DO TRABALHO
Função dos princípios:
Informativa 
Interpretativa - se dirige aos aplicadores do direito, interpretar a lei
Jurídica - quando o princípio exerce uma função de verdadeira norma jurídica, não uma regra, uma norma.
1- Principio da liberdade sindical 
art 8º da CF, art. 5º, XXI E XVII, CF
Assegura desde a liberdade de criação, organização até a liberdade de atuação dos sindicatos. A sua primeira garantia está na liberdade de associação, prevista na CF, sendo que a espécie associação de entidade sindical é específica aos aspectos profissionais das categorias envolvidas.
Liberdade de associação 
No art. 5º encontramos a liberdade de associação para fins lícitos. 
Diferença de associação e reunião:
Ambas são uma agregação de pessoas.
A diferença é que a reunião é uma agregação temporária, e associação é uma associação com fins específicos, não é temporária (“definitiva”).
Sindicato é uma espécie de associação com fins específicos de tratar dos interesses profissionais daquela categoria.
Ex: Sindicato da categoria profissional é uma associação de profissionais com fins em comum.
Art 8º da CF 
I- o registro é tão somente para efeito da unicidade sindical (unicidade sindical, só pode existir uma base de um sindicato em uma área, ex: se tem um sindicato dos comerciários em salvador, não pode existir outro).
OBS: O art. Que exige a autorização para a fundação de sindicato na CLT foi revogado.
2- Princípio da Unicidade Sindical 
Art. 8º, II, CF
Só pode existir UM sindicato em uma base territorial que não pode ser inferior a um município (o mínimo que um sindicato pode abranger é um município).
Não existe liberdade plena dos sindicatos em razão da unicidade sindical, só existiria liberdade plena se houvessem mais de um sindicato de uma mesma categoria no mesmo território.
Obs: Há quem defenda a pluralidade dos sindicatos
3- Princípio da Autonomia Sindical
Garante a autogestão aos sindicatos sem interferências empresárias ou estatais, essa autonomia vai desde estruturação interna a atuação e sustentação econômica financeira.
Não pode interferência do Estado ou das Empresas.
Obs: O sindicato pode estabelecer formas para criar receitas (criar verba) e as suas funções ajudam na autogestão.
· Os sindicatos também possuem Autonomia Negocial - tem base na autonomia privada coletiva, que significa o poder atribuído aos sindicatos para, através da negociação coletiva, estabelecer normas jurídicas. -> autonomia coletiva privada tem base no chamado: PLURALISMO JURIDICO -> é a possibilidade de outros entes, não só o Estado, de criar normas jurídicas. Não é só o legislativo que pode criar normas jurídicas, eles possibilitam entes privados a criá-las (através de lei -> negociação coletiva). Podem autorizar os sindicatos a criar normas jurídicas, por permissão da lei, e elas terão forças de normas jurídicas.
4- Princípio da Criatividade Jurídica da Negociação Coletiva de Trabalho 
Art. 8, I, III e VI da CF
Significa que os processos de negociação coletiva e seus instrumentos (instrumentos - normas coletivas) tem o poder de criar normas jurídicas em harmoniacom a normatividade estatal. Este poder é uma das maiores justificativas da existência do direito coletivo do trabalho.
· Poder dos sindicatos de criar normas jurídicas (convenção coletiva).
· Instrumentos que dão a razão de ser do direito coletivo do trabalho
· Dependem de negociação coletiva
5- Princípio da Interveniência Sindical
Na negociação coletiva de trabalho é indispensável à intervenção do Sindicato obreiro, visando garantir a equivalência entre os sujeitos da relação sindicato obreiro (sindicato da categoria profissional).
Somente será valida negociação coletiva quando dela tiver tomado parte o sindicato da respectiva categoria dos trabalhadores.
(OBREIRO)
SIND. CAT. PROFISSIONAL ->
Equilibra o ente que está do outro lado
SIND CAT ECONÔMICA
OU
EMPRESAS
6- Princípio da Equivalência dos Contratantes
Visa o reconhecimento de uma igualdade entre os contratantes coletivos, sindicatos obreiros (da categoria profissional) e patronal, seja por sua natureza, seja por suas características. Em razão deste princípio é que alguns institutos do direito do trabalho, bem como de flexibilização das relações de trabalho dependem da negociação coletiva para sua validade. Ex: art 7, VI, CF - redução salarial, apenas por meio de negociação coletiva.
Igualdade entre as partes.
7- Princípio da Adequação Setorial Negociada
Visa adequar as necessidades das categorias, observando o mínimo garantido na CF. Este princípio informa os critérios para equilibrar as normas coletivas (acordo e convenção coletiva) às normas estatais.
•Critérios:
1- Padrão superior - significa que as normas coletivas devem implementar um padrão setorial melhor que o padrão geral da norma estatal.
Defende que a adequação deve ser condicionada ao que a lei determina, a lei diz o mínimo.
Art. 611- A (reforma trabalhista) está na CLT.
2- Indisponibilidade relativa - significa que os direitos trabalhistas devem ser examinados conforme a indisponibilidade absoluta ou relativa. 
OBS: A negociação coletiva atingirá apenas os direitos de indisponibilidade relativa - Quando a lei permite negociar.
ABSOLUTA> IMPOSITIVA - norma de ordem pública (é assim e acabou). Ex: quem é admitido como empregado deve ter a carteira de trabalho assinada em 48 horas e ponto. Não tem outro jeito.
RELATIVA > DISPOSITIVA - quando estamos diante de uma norma dispositiva. Aquela que relativiza o direito. Ex: não pode reduzir salário, salvo em negociação coletiva. Acordo de compensação.... (quando tiver”, salvo por negociação coletiva...” é relativa).
AUTONOMIA PRIVADA COLETIVA
LEI 13.467 de 2017
Pluralismo jurídico - temos no Brasil a autorização pela própria CF para criar normas.
Permissão da coexistência de varias fontes do direito, estabelecendo regras jurídicas. O Estado não monopoliza a atividade de produzir as normas jurídicas.
Pluralismo jurídico do direito do trabalho:
No direito do trabalho o pluralismo está no poder dos grupos em se autodeterminarem, estabelecendo normas próprias.
Fontes do direito do trabalho - convenções coletivas e acordos coletivos de trabalho
Autonomia privada coletiva de trabalho
Conceito: 
Poder dos particulares (coletivos) de criar regras próprias em função de seus interesses (autoregularem-se), dentro de uma esfera de conformidade com o ordenamento jurídico.
Tudo dentro da conformidade do ordenamento jurídico
Poder autorizado aos entes coletivos de trabalho para estabelecer regras que regulam os interesses das categorias, profissional e econômica, envolvidas.
Previsão no direito interno e internacional:
Art. 7º, são direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, alem de outros que visem à melhoria de sua condição social.
XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho.
Consolidação das leis do trabalho
Convenções coletivas acordo de carater normativo - carater de norma - ART 611, 1º
No dir. internacional - convenção n° 154 sobre o incentivo à negociação coletiva
Negociação coletiva de trabalho:
Princípios:
· Contraditório – direito de agir
· Cooperação das vontades ou da transacionalidade - deve-se cooperar com a negociação
· Compulsoriedade negocial - art. 114, 1º e 2º da CF. Negociação coletiva é a primeira forma de se tentar uma negociação, não pode declarar greve antes de uma negociação coletiva, se não a greve é considerada arbitrária.
· Boa-fé - não alterar/esconder dados, não argumentar sem fundamentos.
· Igualdade - não pode existir um sindicato menos favorecido que o outro
· Paz social - tem a negociação coletiva como um dos maiores instrumentos de paz da sociedade.
Funções da negociação (depois)
A reforma trabalhista de 2017 e a Autonomia privada coletiva
Lei 13. E os impactos no direito coletivo do trabalho:
· Plano de Demissão Voluntaria e demissão coletiva - antes da reforma só podia existir um plano de demissão voluntária, só tinha validade se tivesse assistência de sindicato por meio de negociação coletiva, e a reforma termina com isso, então não precisa da negociação; demissão coletiva - demissão em massa - antes da reforma já estava na jurisprudência que só era valida se existisse negociação coletiva.
· Fim da ultratividade da norma coletiva - antes da reforma, a norma coletiva tinha o prazo de 2 anos de vigência, se chegava o prazo e não tinha outra norma para substituir, continuava produzindo seus efeitos até que chegasse outra, a reforma acaba com isso, se acaba a vigência acaba o efeito
· Representantes dos trabalhadores na empresa 
· Fim da obrigatoriedade da contribuição sindical - antes era obrigatório, hoje é facultativo.
· Hierarquia entre normas coletivas - o acordo coletivo esta acima da convenção. (convenção é mais abrangente, porém o acordo é mais especifico para determinada categoria).
· O negociado sobre o legislado – o negociado é mais especifico do que o legislado. Acordo -> convenção.
· O princípio da intervenção mínima do estado art. 8º, parágrafo 3
· A reforma trabalhista de 2017 e a autonomia privada coletiva:
Princípio da intervenção minimina
Ver artigos no slide
Art. 611 -A, 1º - vem o negociado sobre o legislado, o que predomina é o que tem no parágrafo 3º do artigo 8º da CLT.
Art. 8º, 3º da CLT - 
ORGANIZAÇÃO SINDICAL
Categorias: ART 511, CLT.
· PROFISSIONAL: Atividades profissionais que assemelham a condição de vida oriunda da profissão ou trabalho em comum.
· ECONOMICA: Sindicato patronal/empregador – Vinculo social que se forma a partir da solidariedade de interesses econômicos dos que empreendem atividades idênticas, similares ou conexas. (§1º) 
· DIFERENCIADA: É a categoria profissional que se forma dos empregados que exerçam profissões e funções diferenciadas por força de estatuto profissional especial ou consequência de condições de vida singulares. EX: SINDIMED (Sindicato dos médicos).
Enquadramento Sindical:
A atividade econômica preponderante é o que vai definir o enquadramento sindical, e não a atividade que o trabalhador exerce.
EX: Sindicato dos médicos e não sindicato dos cardiologistas, sindicato dos dermatologistas.
Sistema Confederativo:
Organização em graus – Art. 533 e seguintes da CLT e Art. 8, IV da CF:
1 – Confederação – Art. 535
2 – Federação – Art. 534, §1º e §2º
3 – Sindicato (BASE) – Art. 511
FEDERAÇÃO:
É constituída por no mínimo 4 sindicatos (Estadual). EX: FIEB.
CONFEDERAÇÃO:
É constituída por no mínimo 3 federações e terá sede em Brasília (Federal). – (no mínimo 12 sindicatos).
Objetivo das Federações e Confederações:
Congregar interesses comuns dos sindicatos, fortalecendo a atuação das respectivas categorias. Uma atividade suplementar à atividade dos sindicatos.
SINDICATO
Art. 511, CLT
Conceito:
Sindicato é uma associação com fins específicos: fins de estudo, defesa e coordenação dos seus interesses econômicos ou profissionais de todos que como empregadores, empregados, agentes ou trabalhadores autônomos ou profissionais liberais exerçam respectivamente a mesma atividade ou profissão ou atividades ou profissões similares ou conexas.
Natureza jurídica: pessoa jurídica de direito privado, interessesparticulares de um determinado grupo, deve estar cadastrado como pessoa jurídica em cartório civil.
Constituição de sindicatos: Liberdade de formação dos sindicatos; criação de um sindicato goza de liberdade; liberdade da constituição; sendo vedada expressamente a interferência do estado – Art. 8, CF.
Princípio da unicidade sindical 
Precisa de um controle para esse princípio ser resguardado;
A partir da constituição de 88 foi adquirido o direito de greve, as convenções, negociações coletivas, liberdade sindical.
Não existe liberdade plena, embora a constituição tenha dito isso.
Unicidade sindical: art 8º, II, CF
É vedada a criação de mais de uma organização sindical em qualquer grau (sindicato, federação, confederação), representativa de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser inferior a área de um município.
No mínimo o sindicato deve abranger um município
Brasil não ratificou a convenção internacional de 87 – OIT.
Sumula 677 - até que lei venha dispor a respeito, incube ao Ministério do Trabalho proceder ao registro das entidades sindicais e zelar pela observância do princípio da unicidade.
Órgãos constitutivos:
A lei não pode exigir autorização do estado para fundar sindicato, ressalvado registro em órgão competente - órgão competente ministério do trabalho - sumula 677 - vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização sindical.
Órgãos indispensáveis para formação de qualquer associação:
Assembleia geral- é responsável pela criação do sindicato, bem como conduzir os seus interesses traçando os limites e modos do exercício da representação da categoria.
OBS:Ela necessariamente deve existir para decidir diversos assuntos de diversas naturezas - interesses da classe; fase para deflagrar uma greve, uma greve não pode ser deflagrada sem assembleia, negociação coletiva e aviso prévio. Greve sem assembleia é greve arbitrária (ilícita).
Diretoria executiva - obrigatória; responsável pelo cumprimento das deliberações da assembleia geral, além das finalidades que lhes são atribuídas. Executar as deliberações quem saem da assembleia geral.
OBS: A diretoria executiva é obrigatória, podendo existir outras, tais como, da comunicação, da saúde, etc.
Conselho Fiscal - Exerce um controle interno de gestão financeira da entidade.
Outras diretorias/órgãos podem existir:
Comissão da mulher
Receitas dos sindicatos (de onde sai o dinheiro):
Contribuição sindical (ANUAL) - até o advento da reforma trabalhista era a única receita compulsória/obrigatória. 
Art 579; Lei 13.467/2017 - Contribuição passou a ser facultativa e esta condicionada a autorização prévia e expressa do trabalhador ou do empregador. A contribuição é recolhida de uma só vez anualmente correspondendo a um dia de trabalho para os empregados, e a uma importância proporcional ao capital social da empresa conforme artigo 580 da CLT.
Era considerado tributo, pois era obrigatório, feria a liberdade sindical (contribuição compulsória).
Ocorre que o fim da obrigatoriedade pode levar ao fim não só das contribuições, mas também dos sindicatos. (Opinião da prof)
Dois requisitos - previamente avisado que o trabalhador quer contribuir e de forma expressa.
Contribuição confederativa (EVENTUAL) - Tem como fim o custeio do sistema confederativo. Art. 8º, IV, CF. Só pode ser cobrada dos filiados do sindicato e ainda assim o filiado pode negar a contribuição. Sumula 666 do STF que diz expressamente que a contribuição federativa só pode ser cobrada dos filiados e estes podem se opor.
Contribuição assistencial (taxa de reforço, taxa sindical ou taxa de fortalecimento sindical) (EVENTUAL) - Visa custear atividades dos sindicatos. Normalmente vem com uma norma coletiva. Ex: custear uma greve, custear negociação coletiva...
OBS: não se confunde com contribuição sindical.
Mensalidade sindical (MENSAL) - mês, pago mensalmente, paga mensalmente pelo filiado, associado...
Aos associados, poderão ser privilegiados por determinados serviços como assistência jurídica, medica ou odontológica, em valores baixos ou até mesmo de graça, demonstrando a vantagem em filiação.
Pode fazer distinção entre o associado e o não associado – nos casos supracitados – consultas, etc.
O que o sindicato não pode fazer é tratar de forma diferenciada na convenção coletiva os associados e não associados
(Não pode em uma empresa ter tratamento diferenciado entre associados e não associados - dois tratamentos distintos para dois empregados).
Honorários advocatícios - As demandas que os advogados defendem nos sindicatos judicialmente. Definição - lei 5.584/70
Prevê pagamentos de honorários advocatícios sucumbências ao advogado do sindicato que estiver assistindo ou representando trabalhador vencedor em demanda judicial. A parte adversária vencida é condenada nos respectivos honorários, até o advento da reforma de 2017, somente nesta hipótese era cabível em honorários advocatícios, ou seja, se o advogado fosse de sindicato.
O sindicato pode ter atividades econômicas com fim de receitas.
Ex: sindicato dos bancários possui uma quadra que usam para alugar, teatro.
SIMPOJUD – CHACARA.
CENTRAIS SINDICAIS
São da classe trabalhadora, não tem sindicatos e categoria profissional especifica.
Previsão legal - Lei 11.648/2008
Conceito: entidade de representação geral (todos) dos trabalhadores, de natureza de direito privado e composto por organizações sindicais de trabalhadores que escolhem a central sindical que querem se filiar.
Atribuição: 
(não fazem parte do sistema confederativo)
 
Coordenar a representação dos trabalhadores por meio das organizações sindicais à central filiadas.
Participar de negociações nos espaços de diálogo social que possuam composição de seguimentos da sociedade nos quais a pauta seja de interesse geral dos trabalhadores.
Não é coordenar diretamente, é através das organizações sindicais: assembleias, reuniões, estratégias para luta da classe trabalhadora. 
Ex: para aumentar o salário mínimo o governo normalmente se reúne com as centrais sindicais.
Voz da classe trabalhadora de uma forma geral.
Soluções dos conflitos coletivos de trabalho.
Autocomposição, 
heterocomposição e 
autotutela. 
Regras e princípios próprios
Não existe na relação jurídica um mais frágil, os dois são iguais.
Sindicato de trabalhador e de empregador são entes iguais, contratantes coletivos equivalentes, não tem diferença nas características e natureza.
Meio de solução: arbitragem, na coletiva é possível, na individual não. Recebendo a partir de 11.000 e tantos reais pode arbitragem
Meios/formas de soluções dos conflitos coletivos de trabalho:
(Regido pelo direito coletivo do trabalho)
AUTOCOMPOSIÇÃO : ocorre quando o conflito é solucionado pelas próprias partes sem intervenção de outros agentes no processo de pacificação da controvérsia. Verifica-se pelo despojamento recíproco dos interesses das partes conflitantes. A espécie de autocomposição é a negociação coletiva de trabalho.
Forma de compor conflito coletivo sem intervenção de terceiro, diferente da heterocomposição.
NEGOCIAÇÃO COLETIVA DE TRABALHO (meio de autocomposição): Forma mais nobre de negociação, evita conflitos. Cuida de conflitos coletivos, para que não tenha necessidade de ir para justiça.
Negociação coletiva:
1- Meio de autocomposição de interesses realizada através dos entes coletivos representantes das categorias profissional e econômica, com o fim de fixar condições de trabalho e regulamentar as relações trabalhistas entre as partes, adequando às peculiaridades das categorias envolvidas. É um processo democrático de solução pacífica como verdadeira expressão da liberdade e autonomia sindical.
Onde se busca conciliar interesses opostos e expressa autonomia e liberdade - a autonomia privada coletiva de trabalho, pois assegura aos sindicatos o poder de criar normas jurídicas (pluralismo jurídico), através dos acordos e convenções coletivas de trabalho.
2- Constituição Federalde 88: Negociação coletiva foi muito prestigiada pela constituição de 88, que reconheceu expressamente o acordo coletivo e a convenção coletiva como verdadeiras normas jurídicas, além disso, previu como única forma de reduzir salário é a negociação coletiva (art. 7, XXVI e VI da CF).
Lei 13.467/2017 - Reforma trabalhista - estabeleceu o negociado sobre o legislado, ampliando significativamente o poder da negociação coletiva (art. 611-A da CLT)
3- Convenções Internacionais da OIT: O direito internacional do trabalho também da destaque à negociação coletiva, além da declaração universal de direitos humanos de 1948, ela é tratada no pacto internacional dos direitos econômicos, sociais e culturais, além da convenção 154 da OIT.
Na CLT - art. 611 e seguintes
4- Princípios:
Princípio do contraditório: como processo dialético que é, a negociação se orienta pela garantia para ambas as partes da defesa dos seus interesses. Contraditório é poder usar seus argumentos - processo dialético.
Princípio da cooperação das vantagens: as partes devem estar dispostas a solucionar o contraditório, inclusive fazendo concessões recíprocas.
Princípio da compulsoriedade negocial: significa que a negociação coletiva deve ser a primeira de todas as tentativas de solução. Sempre a primeira, obrigatório começar por ela. Somente pode passar para outro meio de solução se tentar a negociação primeiro. Então ela é compulsória, art. 114, 1º e 2º da CF - não pode partir direto para uma arbitragem ou greve, dissídio coletivo, sem antes tentar negociação coletiva (requisito obrigatório para declarar uma greve, não é reconhecido pela justiça se não provado que foi tentada a negociação coletiva).
Princípio da boa-fé: como todo negocio jurídico, a negociação coletiva deve ser orientada pela lealdade, verdade e boa fé das partes.
Ex: Empresa pode reduzir salário por meio de convenção, se ela estiver com dificuldades financeiras vai conversar com sindicato, mas se no caso a empresa mostrar balancete e contas falsas para enganar o sindicato, esta faltando com boa fé, então o acordo coletivo mesmo que assinado pode ser anulado na justiça do trabalho.
Princípio da paz social ou ....: Próprio da negociação coletiva que visa a paz social. Negociação é um instrumento de pacificação. O conflito é sempre problema de toda a sociedade, a negociação existe para resolvê-lo.
OBS: Sobre a negociação - só podia demitir em massa com negociação coletiva, a reforma trabalhista agora permite sem negociação.
Funções da negociação:
Função jurídica - a negociação exitosa (com êxito) resulta em acordo coletivo ou em convenção coletiva de trabalho, ou seja, cria normas jurídicas com direitos e obrigações aplicáveis ao contrato de trabalho das categorias envolvidas. (Resumindo: criar normas jurídicas)
Função Compositiva - um dos maiores objetivos é compor um conflito. Para que não se transforme em um dissídio na justiça, uma greve.
Função Política - refere-se ao processo de diálogo dos grupos sociais, que utilizam dos seus poderes para defesa dos seus interesses.
Função econômica e social - visa adequar os interesses a situação econômica atual, além de possibilitar a participação dos trabalhadores, através do sindicato, na elaboração de normas que lhe serão destinadas. Então de alguma forma tem função econômica e social, melhores condições de vida e de trabalho.
Normas coletivas de trabalho (ainda dentro de negociação):
As normas coletivas são os acordos e convenções coletivas de trabalho resultantes de uma negociação com êxito.
Previsão legal das normas coletivas - art. 7 da CF e art. 611 e seguintes da CLT
Convenção coletiva - art. 611 da CLT - caput - definição da convenção coletiva (tem a definição na parte de fontes).
Acordo coletivo parágrafo 1º do art. 611 da CLT.
Autocomposição é imprescindível, apenas se não a conseguir (negociação coletiva) que passa para os meios de heterocomposição.
HETEROCOMPOSIÇÃO
É a solução do conflito através da interferência de um terceiro, seja mediador, árbitro ou poder judiciário (justiça do trabalho).
Heterocomposição em:
A) mediação: a mediação consiste na conduta através da qual determinado agente considerado terceiro imparcial busca auxiliar e/ou estimular a composição entre as partes, sugerindo soluções e fomentando a realização de acordo ou convenção coletiva. O mediador é agente externo às partes, normalmente o MPT ou agente do ministério público do trabalho.
Apenas vai tentar fazer as partes conciliarem, sugerir, aconselhar.
O mediador não tem poderes decisórios!! Como é o caso do árbitro
Se acordar ou não, acaba ali.
B) arbitragem: se utiliza a lei de arbitragem - lei 9.306/96. É outra forma de heterocomposição.
Na arbitragem a solução é entregue a um terceiro, o árbitro, que é estranho à relação entre os entes coletivos.
Diferente da mediação, se não houver acordo entre as partes, o árbitro decidirá através do laudo arbitral.
Procedimentos da arbitragem:
1 - instalação: ocorre com a aceitação da nomeação do árbitro
Eleito, aceito instala-se a arbitragem.
Arbitragem é meio obrigatório em caso de negociação frustrada
Normalmente opta-se por um membro do ministério público do trabalho ou membro do ministério do trabalho.
Regras - instalado através da nomeação do árbitro são estabelecidas regras da arbitragem, como por exemplo: dia da audiência, forma, ouvida das partes, apresentação de documentos (todo o formato da arbitragem) todos devem aceitar as regras previamente estabelecidas.
Após estabelecidas as regras vem a tentativa de conciliação.
3- Tentativa de conciliação: FASE OBRIGATÓRIA - onde o árbitro obrigatoriamente utiliza técnicas e outras estratégias para a conciliação entre as partes. O que se deseja antes mesmo de se chegar a um laudo arbitral é se chegar à conciliação. Mediação vitoriosa termina na conciliação.
Depois da tentativa de conciliação vem à instrução.
4- instrução do feito: significa colher provas, como documentos e até mesmo testemunhas, com fim de convencer o árbitro. 
(Como se fosse audiência de instrução para depois chegar no laudo)
(Após falha da conciliação)
Depois da instrução o árbitro da o laudo arbitral
5- Laudo arbitral (decisão do arbitro) : Não havendo conciliação o árbitro dará laudo arbitral que é considerado título executivo extrajudicial (produz efeitos análogos a sentença judicial).
Prazo para o laudo, no silencio das partes, é de 6 meses.
Laudo deve ser escrito contendo relatório, fundamento e conclusão.
Espécies de arbitragem: 
Pode ser obrigatória ou facultativa:
Obrigatória: quando é imposta por lei ou acordo coletivo ou convenção coletiva de trabalho.
Havendo conflito entre as categorias deve ser buscada a arbitragem (depois da negociação coletiva sem êxito)
Facultativa: não há previsão em norma jurídica, mas surge da decisão das partes no início ou durante o conflito.
Não é obrigatória
C) Dissídio coletivo: justiça do trabalho
É conflito judicial
O dissídio coletivo é o processo judicial com a finalidade de solucionar o conflito, através da sentença normativa.
A competência originária é dos tribunais do trabalho.
Não é um processo extrajudicial, é judicial, quando não teve jeito na mediação/ arbitragem.
Antes de se instaurar um dissídio deve existir a negociação coletiva, não é aceito (acolhido) dissídio judicial se as partes não provarem que tentaram negociação coletiva.
Conciliação não é obrigatória e nem que seja firmado um acordo coletivo, e sim comprovar que houve negociação coletiva.
Em qualquer momento no processo judicial as partes podem fazer conciliação se quiserem.
Classificação dos dissídios:
1- Econômico: tem como objetivo a criação, alteração ou revisão das condições de trabalho previstas para as categorias envolvidas.
O dissídio econômico trata de conflitos no qual envolvem cláusulas econômicas - causas de trabalho.
Tem como finalidade resolver questões de condições de trabalho. 
Ex: piso salarial, ticket refeição.
Visa criar uma norma
2- jurídico: tem como fim apenas a interpretação de norma já existentes.Visa apenas interpretar norma que já existe quando há um conflito/dúvida em torno da aplicação de uma norma.
A sentença normativa - decisão oriunda do dissídio coletivo versando sobre as condições de trabalho que irão refletir nos contratos individuais dos representados das respectivas categorias envolvidas
Obs: antes de promover o dissídio as partes devem ter passado pela negociação coletiva.
AUTOTUTELA (é greve, única espécie de autotutela)
Ocorre quando o próprio sujeito busca afirmar seu interesse unilateralmente, é a autodefesa.
No direito coletivo refere-se a greve, lei 7.783/89
E art. 9 da CF de 88:
Greve é um direito dos trabalhadores conforme lei.
A) Conceito de greve: deve ser suspensão coletiva (coletividade, não podem ser por exemplo 5 pessoas), temporária (pode levar o tempo que for, mas não pode ser eterna), e pacífica (), total ou parcial (de toda ou parte da categoria - greve dos bancários (toda categoria) x greve dos bancários da caixa econômica (parcial)), de prestação pessoal de serviços a empregador.
B) Requisitos da greve para ser declarada lícita:
Se faltar um desses a greve é considerada arbitraria/ilegal
1- negociação coletiva = tentativa de conciliação
Para então partir para a greve, se não houver é ilícita.
2- assembleia - com o fim de obter a autorização da classe para definição de pauta e duração da greve. Discutir se a classe realmente deseja declarar greve, pauta de argumentações,quanto tempo vai durar a greve – (tudo documentado).
3- prévio aviso - a categoria decidiu pela greve, já organizou a pauta de reivindicação, resta a obrigação do prévio aviso.
Prévio aviso: de no mínimo 48 horas antes da paralisação que deve ser avisada a entidade/sindicato patronal ou os empregadores interessados.
Em se tratando de greve em serviços ou atividades essenciais - comunicar a decisão aos trabalhadores e os usuários com antecedência mínima de 72 horas da paralisação.
C) Atividades essenciais: tratamento e abastecimento de água, produção e distribuição de energia elétrica, gás e combustíveis.
Assistência medica e hospitalar
Distribuição e comercialização de medicamentos e alimentos
Funerários
Transporte coletivo
Copiar os outros do artigo 10 da lei de greve
Art. 11 - nos serviços ou atividades essenciais, os sindicatos, os empregadores e trabalhadores fica obrigados de comum acordo, a garantir que durante greve prestação dos serviços indispensáveis ao atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade. Necessidades inadiáveis da comunidade, são aquelas que se não atendidas coloquem em perigo iminente a sobrevivência, a saúde ou a segurança pública
3’S:
Sobrevivência, segurança pública e saúde da população.
Art. 12 - no caso de inobservância do disposto no art. 11 o poder publico assegurará a prestação dos serviços indispensáveis.
D) Abuso do direito de greve
Art. 14 da lei de greve
Constitui abuso do direito de greve a inobservância das normas contidas na presente lei, bem como a manutenção da paralisação após a celebração de acordo, convenção ou decisão da justiça do trabalho.
Ex: Mantém a greve e já houve um acordo
Ou a justiça já deu sentença normativa e a greve continua.
Com relação à administração pública - pode fazer greve
Expressamente proibida de fazer greve pela CF - POLICIA MILITAR

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