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Parto prematuro

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Parto pré-termo: Interrupção da gestação antes das 37ª semanas completas, ou seja, menos de 259 dias, 
contando a partir do primeiro dia do último período menstrual; lembrando que ele ocorre entre 20 -36 
semanas e 7 dias. 
Epidemiologia: - nascimento prematuro ocorre em torno de 12% dos nascidos vivos (EUA); Em 50% desses 
casos ocorreu trabalho de parto prematuro (espontâneo) 
- Mortalidade neonatal 70% 
-Mortalidade infantil 36% e problemas neurológicos 25-50% 
-Principais causas: trabalho de parto prematuro, ruptura prematura de membrana e interrupção espontânea; 
Importância: - 1ª causa de morte neonatal precoce (em torno dos primeiros 7 dias de vida); 
- Alta incidência da SDRN (em 70% dos casos para menores de 30 semanas 
- Alto morbidade de icterícia, HPIV, ECN, SDRN e sepse 
- Alta mortalidade no primeiro ano de vida 
- Sequelas no desenvolvimento a longo prazo como paralisia cerebral, retardo do desenvolvimento, 
retinopatia/cegueira, convulsão e outras repercussões. 
Classificação do neonato em relação a IG 
➔ Pré-termo tardio 34-36 semanas 
➔ Pré-termo moderado 32-34 semanas 
➔ Muito pré-termo < 32 semanas 
➔ Extremamente pré-termo < 28 semanas 
Classificação do peso ao nascer 
➔ Baixo peso < 2,500g 
➔ Muito baixo peso < 1500g 
➔ Extremamente baixo peso < 1000g 
Fatores de risco para Parto prematuro 
• História obstétrica de PP anterior e abortamento 
• Estresse: baixo nível SE, solteiras, ansiedade e depressão 
• Fadiga ocupacional 
• Distensão uterina excessiva: gestação gemelar e polihidrâmnio 
• Fatores cervicais: comprimento cervical (comprimento curto há um alto risco), incompetência istmo cervical 
e cirurgias anteriores 
• Infecções: IST (Chlamydia, gonorreia e tricomoníase), vaginose bacteriana, doença periodontal e ITU. 
• Anomalias placentárias: placenta prévia, DPPNI e história de sangramento genital 
• Fatores fetais: anomalias fetais e RCIU 
• Fatores genéticos: polimorfismo – fatores inflamatórios; 
• Tabagismo e uso de drogas 
• Baixo nível educacional 
• Pré-natal inadequado 
• Extremos de idade materna 
• Extremo de peso (baixo peso e obesidade) 
Importante: Um dos principais fatores de risco para TPP é o PP anterior (o risco de 9% aumenta para 22%) e 
aumenta ainda mais quando mais jovem foi esse PP, além do número de PP anterior ( 2 PP 42%); 
Patogênese: Não é muito bem explicada, mas existem teorias 
• Resposta inadequada do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal materno ou fetal (produção da ocitocina e inicio 
do TP) 
• Infecções podem levar a formação de prostaglandinas e desencadear o TP 
• Hemorragia decidual (entre a membrana coriônica e a parede uterina) 
• Distensão uterina 
• Fator cervical e IIC 
Predição: prever o risco de TPP para intervir 
• Marcadores clínicos 
o Índices ou escores 
o Parto prematuro prévio 
o Sangramento genital 
o Monitorização das contrações uterinas 
o Modificações cervicais (toque) 
• Marcadores laboratoriais 
o Secreção cervical 
▪ Fibronectina fetal (FDA) – sensibilidade de 89% e especificidade de 86% 
▪ Prolactina 
▪ Alfafetoproteína 
▪ Interleucinas 1, 6 e 8 
▪ Beta-hcg 
▪ Nitritos e nitratos 
Dentre esses o mais utilizado é a fibronectina fetal, que quando presente na secreção vaginal indica TP 
próximo: 
➔ Fibronectina fetal 
o Glicoproteína estável encontrada na interface materno fetal da junção corio-decidual 
o Papel relevante na implantação e na manutenção da integridade da junção 
o Secreção cervico-vaginal contem fibronectina na gestação inicial e próximo ao TP 
o Concentrações habitualmente baixas no 2ª e 3ª trimestre 
o Marcador logico da ameaça ou do real TPP 
Sugere que se dose em torno da 24ª semana e se ela apresentar um nível acima de 50, isso significa que o TP 
está bem próximo 
o Sangue materno 
▪ Interleucinas 6 e 8 
▪ Interferom gama 
▪ CRH 
▪ Proteína C reativa 
o Saliva 
▪ Estriol 
• Avaliação cervical (USG) – Maior sensibilidade que o toque!!! 
o USG transvaginal 
▪ Correlação inversa entre o comprimento cervical e a frequência de 
parto prematuro 
▪ Elevado valor preditivo negativo 
▪ Risco aumentado de parto prematuro < 2,5 cm 
▪ Modificações cervicais 
• Diâmetro antero-posterior 
• Dilatação, afunilamento e USG dinâmica (contrações uterinas) 
Diagnóstico 
• Acima de 2 contrações uterinas efetivas em 10 minutos com modificação do colo (TP a termo) 
• Para TPP considera-se: 
Contrações dolorosas, palpáveis, em torno de 30´´ e ocorrendo pelo menos 4 vezes a cada 30´ com presença 
de alteração do colo uterino (apagamento e/ou dilatação) 
• Elementos diagnósticos adjuvantes: fibronectina fetal e US transvaginal (não devem ser utilizados para 
definir uma conduta – baixo valor preditivo) 
• Ameaça de TPP: contrações sem alterações cervicais 
• Início do TPP: contrações com 2 cm até 5 cm de dilatação 
• TPP avançado: acima de 5 cm 
Prevenção 
➔ Prevenção primária: Evitar o TPP (alterar fatores de risco modificáveis – infecções, corrimento e contração) 
➔ Prevenção secundária: evitar ou postegar o parto prematuro 
➔ Prevenção terciária: prevenção de sequelas do neonato 
Intervenções pré-natais 
• Tratamento de infecções (IST e ITU) 
• Orientar repouso? 
• Abstinência sexual e orgasmo 
• Cerclagem cervical (somente em caso de IIC) 
• Progesterona (principal método de prevenção – pacientes com colo curto ou com PP anterior) 
• Inibição do trabalho parto prematuro 
• Hidratação? (diluir a ocitocina) 
➔ Progesterona para prevenção do TPP → estudo com uso em mulheres com colo curto 
➔ Inibição do parto prematuro (agentes tocolíticos) 
o Prevenção secundária: evitar ou postergar o parto prematuro 
o Conduta individualizada de acordo com a idade gestacional e condições cervicais 
o Permitir transferência 
o Reduzir as complicações perinatais 
o Administrar corticoide 
o Terapia de manutenção 
Drogas tocolíticas 
➔ Beta miméticos 
➔ Sulfato de magnésio 
o Abaixo de 32ª semana: neuroproteção 
o Previnir eclâmpsia 
➔ Nitroglicerina / doadores de óxido nítrico 
➔ BCC (nifedipina) (1ª escolha) 
➔ AINH (indometacina) 
➔ Inibidores da ocitocina (ATOSIBAN) 
Particularidades em relação a essas drogas: 
➔ Indometacina (Uma boa indicação é quando o TPP é devido a polidrâmnio – ela diminui o LA) 
o Droga recomendada para prevenção do parto prematuro antes da 32ª semana 
o NÃO usar antes da 32ª semana (maior risco de fechamento do ducto arterioso e hipertensão 
pulmonar) 
o Não usar por mais de 48h 
o Acompanhar com USG doppler ; opção a ser usada junto com MgSO4 
 
Avaliar a cada 30min DU 
➔ Nifedipina 
o Redução da interrupção do tratamento por efeitos adversos 
o Bloqueador do canal de cálcio; oral ou sublingual 
o Redução do risco de SDRN, HPIV, enterocolite necrosante e icterícia neonatal 
Esquema para Nifedipina Sublingual 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Esquema para Nifedipina oral 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dose de ataque: 20 mg SL 
Repetir 10 mg SL caso 
NÃO se verifique tocólise 
com 30 min (até 4 doses) 
Após, inibição: 20 mg VO 
a cada 6horas (24horas) 
20 mg VO a cada 8h 
(mais 24h) 
Suspensão Novamente presença de TPP, volta para 
o esquema de dose de ataque e 
manutenção até 4x 
Dose de ataque: 10-20mg 
mg VO 
Não cedeu as 
contrações com 20 min 
Repetir dose de ataque 
Repetir 20 mg a cada 6h 
por 24horas 
20 mg a cada 8h mais 
24h 
Corticoterapia 
• Objetivo primário: aceleração da maturidade pulmonar fetal (Os corticoides atuam nos pulmões fetais, 
principalmente nos pneumócitos do tipo 2, acelerando a maturidade pulmonar com produção de 
surfactante, favorecendo as trocas gasosas alveolares) 
• Esquemas propostos 
o Betametasona 12 mg IM 24/24h (2 doses) → 48h 
o Dexametasona – 6 mg IM 12/12 (4 doses) → 48h 
• Diminui os riscos de complicações de SDRN, HPIV, ECN, infecção precoce 
• Pode ser feitoentre 24-34 semanas; sem corticoide antes das 34 → 34-37 pode ser aplicado 
• Efeitos favoráveis 
o Diminui a persistência do canal arterial 
o Diminui a displasia pulmonar 
o Diminui a retinopatia da prematuridade 
o Diminui a leucomalacia periventricular 
o Diminui a paralisia cerebral 
• Dose única x múltiplas 
o poderiam gerar RCIU 
o Dose de resgaste próximo ao nascer > 15 dias e < 34 semanas 
Sulfato de Magnésio 
• Redução de risco de paralisia cerebral 
• Somente abaixo de 32 semanas 
• Dose de ataque 6g IV + manutenção de 1g/h 
Antibioticoterapia 
• Não há evidências do seu uso de rotina 
• Indicação: 
o Inibir o TPP 
o Prolongar a gestação 
o Diminuir o desconforto respiratório do RN

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