Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Universidade Federal do Rio de Janeiro Campus Macaé Enfermagem Angie Martinez Introdução • Há doenças que podem ser tratadas sem a necessidade de nenhum remédio, só levando saneamento básico e prevenção às doenças. • Tem algumas referências na área: Manual de recomendações para o controle da tuberculosa no Brasil, 2019. Eles servem para se aprofundar no tema e para ser consultados. Fala sobre todo o manejo as diferentes faixas etárias e casos específicos, além de abordar outros tipos de TB. Breve histórico • A tuberculose é uma doença antiga, com relatos em múmias egípcias. • O bacilo é nomeado em honra ao microbiologista que a descobriu, Robert Koch – Bacilo de Koch. Características da tuberculose • Doença infecciosa e contagiosa, causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis ou bacilo BK. • O nome da doença se origina pelo fato dela causar lesões chamadas de tubérculos – observável na macroscopia e na histologia. Mycobacterium tuberculosis • Intracelular aeróbio restrito – precisa de O2 para se multiplicar. Por ser capaz de sobreviver e se multiplicar dentro de células fagocitárias é considerado um parasito intracelular facultativo, • Virulência variável – capacidade de infectar e se multiplicar. • Multiplica-se a cada 25-32 horas dentro do macrófago. • Resiste à ação de agentes químicos e é sensível aos agentes físicos como calor e radiação uv. Diante disso há algumas formas de prevenção e intervenção. Incidência • É um problema global de saúde pública. Não corresponde ao termo pandemia, porque já alcançou um platô – mantêm-se em números. Logo, é uma doença endêmica. • Segundo a OMS, em 2014 ocorreram 9,6 milhões de casos. Sendo que 80% se concentraram em 22 país. O Brasil ocupando a 18 posição na classificação. • A mortalidade ainda é alta. Em 2014 houve 1M de mortes pela doença, 4400 no Brasil. Brasil • Em 2018 foram registrados 75717 casos novos no Brasil. • O coeficiente de incidência tem variado ao longo dos anos. • O risco de morte entre homens é maior, sendo mais prevalente de 15 a 59 anos. Nas regiões mais escuras há maior incidência. • Distribui-se desigualmente elo território nacional, sendo mais prevalente (pelo coeficiente de mortalidade) na região Norte, Nordeste, sudeste, sendo menor na região Sul e Centro-oeste. Devido a características socioeconômicas e a estruturação dos serviços de saúde presentes em cada região. Epidemiologia • A notificação é realizada por meio de um formulário preenchido pelo profissional de saúde, para alertar sobre novos casos da doença. Informa a altos níveis até o ministério sobre a saúde local. • Dos óbitos em 2014 causados apenas pela tuberculose, registrados no SIM, 1848 (39%) não foram notificados como caso de tuberculose no Sinan. Entre o total de óbitos que sugerem a TB como causa associada, 38,3% não foram notificados no Sinan. Cuidados de enfermagem às pessoas com tuberculose pulmonar Universidade Federal do Rio de Janeiro Campus Macaé Enfermagem Angie Martinez • Muitos pacientes iniciam apenas o tratamento em hospitais, com a doença já avançada, o que demonstra a falta de acesso a atenção básica e a ausência do cadastro no Sinan. • A subnotificação gera uma falha no serviço de vigilância epidemiológica e contribui para a permanência da transmissão da doença. Ao detectar pouco, gera uma maior transmissão (silenciosa), aparecendo apenas em quadros avançados/graves. • O número de casos conhecidos apenas pelo SIM é um indicador que deve ser utilizado para avaliar as ações de vigilância epidemiológica da doença. • Realiza-se um cruzamento de dados do SIM e do SINAN. • A epidemiologia nesses casos é imprescindível, já que os indicadores epidemiológicos e operacionais atuam na construção do planejamento de atividades dos programas de controle da tuberculose. Transmissão • Ocorre por meio da liberação de gotículas com bacilos, expelidos por uma pessoa com tuberculose pulmonar ao tossir, espirrar ou falar. Quando inaladas por pessoas sadias, podem provocar a infecção. • A propagação da TB está associada principalmente às condições de vida da população. • Prolifera-se em áreas de grande concentração humana, com serviços precários no que tange à infraestrutura urbana, como saneamento básico e habitação, onde há fome e miséria. Por conta disso, é mais incidente nas periferias das grandes cidades. Contudo, pode acometer qualquer indivíduo, inclusive e áreas rurais. • A transmissão é frequente em ambientes fechados, nos quais as partículas expelidas pelo infectado podem permanecer no ar, principalmente em locais escuros e pouco ventilados, por longos períodos de tempo. • A ventilação constante e luz solar direta removem as partículas e matam os bacilos rapidamente. (a TB é pouco resistente a agentes físicos). É importante não estigmatizar a doença. É mais associada às condições de vida, porém não significa que não atinge classes sociais mais altas ou que estejam saudáveis aparentemente e não possuam vulnerabilidades. Desenvolvimento da doença • O bacilo chega aos alvéolos, onde se multiplicam e disseminam para a corrente sanguínea – tuberculose extrapulmonar, na qual o bacilo atinge outros órgãos. • Muitas pessoas têm o bacilo no pulmão, porém a infecção está controlada pelo sistema imunológico. Quando há diminuição da imunidade pode causar o desenvolvimento da doença. • O sistema imunológico intervém e impede o bacilo de se multiplicar. Os linfócitos e macrófagos o bloqueiam, formando um granuloma – barreira em torno dos bacilos, provocando sua destruição pela fagocitose. A formação no granuloma é a que permite que a pessoa tenha o patógeno, mas não desenvolva a doença – também não transmite. • A TB tem alto tropismo pelas células pulmonares, por ser aeróbico e precisar de O2 para sua vitalidade. Sintomas da tuberculose • Os sintomas clássicos da TB pulmonar são: - Tosse persistente, produtiva ou não (com muco ou sangue) – por 3 semanas ou mais; - Febre vespertina; - Sudorese noturna; - Emagrecimento; - Dor no peito; - Cansaço; - Falta de apetite; - Falta de ar. Os sintomas são bem inespecíficos, além da doença poder se desenvolver de forma silenciosa, atacando os tecidos do corpo sem desenvolver sintomas. Isso dificulta a detecção de casos, já que muitas vezes são tratados como gripe ou tosse normal. Detecção de casos • As principais medidas para o controle da TB são diagnosticar e tratar prontamente os casos. Há muitos casos nos quais são feitos inúmeros exames, sem mesmo realizar o teste de escarro e descartar TB. é importante rastrear o mais prevalente e comum na população. Universidade Federal do Rio de Janeiro Campus Macaé Enfermagem Angie Martinez • A detecção se dá pela busca ativa de sintomáticos respiratórios – SR. Faz-se por meio de um rastreio. Na unidade de saúde da família, casos que apresentem tosse por três semanas ou mais, assim como os outros sintomas característicos, devem fazer o teste de escarro (não se ater ao número de semanas com tosse). Com a presença de catarro já é possível fazer a busca. • A busca ativa de SR é fundamental da saúde pública, principalmente no contexto de TB, já que é orientada a identificar precocemente as pessoas com tosse por 3 semanas ou mais, consideradas suspeitas de TB pulmonar, visando a descoberta dos casos bacilíferos – com bacilos no escarro. • A busca ativa do SR deve ser permanente em todos os serviços de saúde (primário, secundário e terciário). É uma estratégia recomendada internacionalmente. • Definição de Sintomático Respiratório: pessoa com tosse por período maior ou igual a 3 semanas de duração. Na prática não se espera completar 3 semanas para realizar o teste de escarro. • O objetivoda busca ativa é identificar os casos precoces, interromper a transmissão e reduzir a incidência da doença a longo prazo. • A principal estratégia de controle da TB é essa busca ativa, pois permite a detecção precoce da doença, antes de que se torne um caso grave. • Deve ser feito um acompanhamento e tratamento oportuno, isolando o indivíduo, dando os atestados correspondentes. Estimativa de SR • O SER (sintomáticos respiratórios esperados) é o número de SE que se espera ser encontrados em um determinado período de tempo. Para fins operacionais, o parâmetro nacional é de 1% da população ou 5% das consultas de primeira vez de indivíduos com 15 anos ou mais nos serviços. • A cada 100 SR, espera-se que 3 a 4 são doentes bacilíferos. • Cálculo do SR para a população adscrita em um mês. • População= Y. SR= Y x 0,01. • Dos SR, os estimados que sejam positivos= SR x 0,04. • Em alguns momentos faz-se campanhas de rastreio, coleta nos domicílios, para identificar mais casos e ver a taxa de incidência da região. • É uma forma simples de observar a importância dos números epidemiológicos. Tratamento Diretamente Observado • O TDO consiste em uma mudança na forma de administrar os medicamentos, sem mudanças no esquema terapêutico: o profissional treinado passa a observar a tomada da medicação do paciente desde o início do tratamento até a sua cura. • O profissional de saúde vê o paciente tomar o remédio, diariamente. • Importante para a eficácia do tratamento. • A TB tem uma incidência grande, com frequente falência do tratamento. É importante adotar o TDO. • A medicação da TB não é encontrada em farmácias nem estabelecimentos privados. Assim como HIV e câncer, possui tratamento público exclusivo. • É estipulado que para populações vulneráveis haja auxílios e medidas que incentivem a permanência do tratamento, como lanche, auxílio-alimentação, vale- transporte. • As doses devem ser tomadas e observadas de segunda a sexta, no fim de semana o paciente toma sozinho. Pode ser pactuado com o paciente que a observação seja 3x na semana, quando não é possível a presença do paciente todos os dias na unidade. • É importante que o paciente entenda a relevância do TDO para o sucesso do tratamento. • Não é imposto, mas necessário. • Atentar-se e explicar sobre a resistência: se abandonar o tratamento na metade, a bactéria pode criar resistência pelos tratamentos e ser necessário utilizar mais fortes. Por isso a necessidade de garantir o uso contínuo e consultas mensais, para avaliar o curso do tratamento. Diagnóstico • A pesquisa bacteriológica é um método importante em adultos, tanto para diagnóstico como para controle de tratamento (BRASIL, 2008), feita por meio da baciloscopia do escarro. • A baciloscopia do escarro (se feita corretamente) permite detectar de 60 a 80% dos casos de TB pulmonar. • A baciloscopia de escarro deve ser realizada no mínimo em duas amostras: na primeira consulta; e independentemente do resultado da primeira, a Universidade Federal do Rio de Janeiro Campus Macaé Enfermagem Angie Martinez segunda deve ser feita na manhã do dia seguinte à consulta, preferencialmente ao acordar; cai na prova oral. Esse exame é o escolhido em suspeita de TB. • Essa baciloscopia é utilizada também como controle da terapêutica implementada e deve ser repetida no 2do, 4to e 6to mês. Atualmente, na prática, se faz todos os meses. • Também deve ser realizado o teste rápido para sífilis, hepatites e HIV na primeira consulta. Resultado imediato. Na prática, o raio x é pedido no primeiro mês. • Deve haver pelo menos 2 baciloscopias negativas para que o paciente receba alta. • Outro processo pedido para diagnóstico é a cultura da micobactéria. Não se pede um exame a mais, o exame de escarro normalmente já vai para cultura. Utiliza-se uma amostra para baciloscopia e pede a cultura. • A cultura é um método bem específico e sensível no diagnóstico da TB. Nos casos pulmonares com baciloscopia negativa, a cultura do escarro pode aumentar em até 30% o diagnóstico bacteriológico da doença. • Com a cultura é possível saber se a bactéria tem resistência. Como a cultura é a cultivação das bactérias presentes, ela pode diagnosticar casos que a baciloscopia não perceba (por estar muito inicial). • Cultura indicada nos casos: - Suspeita clínica e/ou radiológica de TB com baciloscopia repetidamente negativa; - Suspeitos de TB com amostras que possuem poucos bacilos; - Suspeitos de TB com dificuldades de obtenção da amostra (crianças, por exemplo); - Suspeitos de TB extrapulmonar; - Casos suspeitos de infecções causadas por micobactérias não tuberculosas. Exame de escarro • O volume ideal de escarro é de 5 a 10 ml. • A secreção deve vir do pulmão. • Deve ser explicado ao paciente; • Uma boa amostra de escarro é a que vem do pulmão, obtida após esforço de tosse, e não da faringe ou aspiração de secreções nasais, nem apenas saliva. • Coleta de escarro: • Não precisa de jejum; • Realizar em áreas ventiladas, espaço aberto; • Colocar em recipiente adequado entregue pela unidade com identificação, fechar assim que colocada a amostra; • Colocar o recipiente dentro do saco de plástico – evitar contaminação; • Higienizar a boca com água para eliminar resíduos – não afeta escovar o dente, mas não é o indicado; • Ingerir 1 copo de água – para estar bem hidratado, o que facilita a coleta; • Armazenar em local refrigerado até ser encaminhado para o laboratório. Deve ser levado à unidade assim que possível – até levar, deve estar refrigerado. Universidade Federal do Rio de Janeiro Campus Macaé Enfermagem Angie Martinez O escarro é a amostra, que vai dar origem à baciloscopia e a cultura. Análogo à coleta de sangue, que é analisado para vários exames. Pacientes confirmados serão orientados a medidas de segurança para evitar a contaminação dos outros, utilizarão máscara cirúrgica, enquanto o profissional passa a usar a N95. Além disso, o diagnóstico garante 15 dias de atestado médico, período no qual o paciente está propenso a contagiar. Diagnóstico radiológico • A radiografia de tórax é método diagnóstico importante na investigação da TB; • Deve ser solicitada para pacientes com suspeita clínica de TB pulmonar. Contudo, até 15% dos casos de TB pulmonar não apresentam alterações radiológicas – por conta disso, alguns manuais recomendam a realização apenas no segundo mês; • O exame radiológico permite a diferenciação de imagens sugestivas de TB ou outra doença. • Indispensável submetê-los a exame bacteriológico – é o essencial para diagnosticar. • O exame radiológico em pacientes com baciloscopia positiva tem como objetivo a exclusão de doença pulmonar associada, além de permitir avaliar a evolução radiológica dos pacientes, ainda mais aqueles que não respondem ao tratamento antiTB. • O ideal é que o pulmão tenha a impressão dos órgãos, ossos, diafragma, tudo definido. Considera-se como TB pulmonar positiva: • 2 baciloscopias diretas positivas; • 1 baciloscopia direta positiva e cultura positiva; • 1 baciloscopia direta positiva e imagem de raio x sugestiva de TB; • 2 ou 1 baciloscopias diretas negativas e cultura positiva; • 2 baciloscopias negativas, com raio x sugestivo e achado clínico. Nessa situação deve ser buscada a confirmação bacteriológica solicitando cultura para confirmar o diagnóstico. Consulta de Enfermagem com SR • Criar vínculo; • Anamnese e exame físico; • Avaliação antropométrica; • Registro; • Solicitação de exames para investigação; • Orientações quanto à possibilidade do diagnóstico de TB; • Assegurar acesso em caso de necessidade; • Planejar retorno ou busca ativa; • Conferir dados importantes no cadastro (telefone,endereço, ponto de referência, cpf). Orientações ao paciente para evitar a transmissão • Os pacientes devem ser informados sobre a transmissão da doença, orientados a cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar, utilizando de preferência um lenço descartável ou máscaras cirúrgicas para reduzir a liberação de partículas infectantes no ambiente. • O risco de transmissão pode ser minimizado por meio de medidas de higiene e etiqueta respiratória. • Higienizar as mãos após tossir ou espirrar e após a coleta de escarro. Atribuições do enfermeiro • Identificar os sintomáticos respiratórios; • Realizar assistência integral às pessoas e famílias na UBS e no domicílio ou espaços comunitários (quando necessário). • Orientar sobre a coleta de escarro. • Administrar a vacina BCG; • Realizar a prova tuberculínica; • Realizar consulta de enfermagem, conforme protocolos ou outras normas técnicas estabelecidas pelo gestor municipal, observadas as disposições legais da profissão. • Solicitar exames (BAAR, raio-x, cultura, identificação e teste de sensibilidade para BK, prova tuberculínica), além do teste HIV sob autorização e aconselhamento, iniciar tratamento e prescrever medicações (esquema básico de TB), observadas as disposições legais da profissão e protocolos do ministério da saúde. • Convocar os contatos para investigação. • Orientar pacientes e familiares sobre a medicação, esclarecer dúvidas e desmitificar estigmas. • Convocar o doente faltoso à consulta e abandono de tratamento. • Acompanhar a ficha de supervisão da tomada de medicação preenchida pelo ACS; • Assistência domiciliar, quando necessária. Universidade Federal do Rio de Janeiro Campus Macaé Enfermagem Angie Martinez • Planejar, gerenciar, coordenar e avaliar as ações desenvolvidas pelos ACS, técnicos e auxiliares; • Orientar os auxiliares, técnicos, ACS e ACE para o acompanhamento dos casos em tratamento e TDO. • Contribuir e participar das atividades de educação permanente dos membros da equipe. • Enviar mensalmente ao setor competente as informações epidemiológicas referentes à TB da UBS. Analisar os dados e planejar intervenções com a equipe de saúde. • Notificar os casos confirmados de TB – notificação compulsória. • Encaminhar ao setor a ficha de notificação conforme estratégia local. • Observar os cuidados básicos de redução da transmissão da bactéria. Prova tuberculínica • A suscetibilidade à infecção da TB é quase universl. • A maioria das pessoas resiste à doença após a infecção e desenvolve imunidade parcial. Alguns bacilos permanecem vivos, embora bloqueados pelo sistema imune. • Condição conhecida como infecção latente da tuberculose (ILTB). A prova tuberculínica é recomendada para diagnosticá-la. • Pode auxiliar no diagnóstico da TB, como no caso das crianças. • O ministério da saúde recomenda o tratamento dependendo da idade, probabilidade de ILTB e risco de adoecimento. • A PT é indicada no controle de contatos, na investigação da ILTB no adulto, na investigação em crianças e na avaliação anual de profissionais de saúde. • Prova tuberculínica> teste para diagnóstico. O profissional deve estar capacitado. Indicado nos controles de contato Tratamento • Prioridade de controle da TB. • Cada município pode ter seu protocolo. • Esquema básico: 4 fármacos – RHZE: Rifampicina (R), Isoniazida (H), Pirazinamida (Z) e Etambutol (E). Nas dosagens: 150 mg, 75 mg, 400 mg, 275 mg. • Esse esquema é o recomendado pela OMS e na maioria dos países para adultos e adolescentes. • Para crianças abaixo de 10 anos permanece o esquema RHZ. • Em todos os esquemas a medicação deve ser utilizada diariamente e administrada em uma única vez. • Normalmente são 4 comprimidos, porque a maioria das pessoas tem mais de 50 kg. • O tratamento medicamentoso básico dura 6 meses, podendo durar mais em alguns casos. Varia em casos em que o paciente não negativa no escarro, apresenta raio x alterado... • São 2 meses na fase intensiva – com RHZE (cada comprimido tem os 4 fármacos em um só). São administrados 4 comprimidos. • Depois é a fase de manutenção durante 4 meses, com RH. 4 comprimidos. • Há vários efeitos adversos. Porém, esses devem ser tratados conforme surgindo. É uma quimioterapia com várias consequências. • A TB é uma doença curável em quase 100% dos casos novos sensíveis aos medicamentos antiTB, desde que obedecendo o tratamento básico. • Falência – Persistência da positividade do escarro ao final do tratamento. São também classificados como casos de falência aqueles que no início do tratamento, são fortemente positivos (++ ou +++) e mantêm essa situação até o 4o mês ou aqueles com positividade inicial seguida de negativação e nova positividade por 2 meses consecutivos, a partir do 4o mês de tratamento. • Não é contraindicado para a amamentação, desde que não seja portadora de mastite tuberculosa. É Universidade Federal do Rio de Janeiro Campus Macaé Enfermagem Angie Martinez recomendado utilizar máscara cirúrgica ao amamentar e cuidar da criança. Observações sobre o tratamento • Os medicamentos deverão ser administrados preferencialmente em jejum (uma hora antes ou duas horas após o café da manhã), em uma única tomada, ou em caso de intolerância digestiva, com uma refeição. • O tratamento das formas extrapulmonares (exceto a meningoencefálica) terá a duração de seis meses, assim como o tratamento dos pacientes coinfectados com HIV, independentemente da fase de evolução da infecção viral. • Pode durar até 9 meses, em casos de falha, etc. • Há número de doses mínimas para um tratamento de sucesso. Critério para cura • O paciente terá que apresentar durante o tratamento pelo menos duas baciloscopias negativas: uma na fase de acompanhamento e outra no final do tratamento (as baciloscopias são feitas mensalmente). Com uma negativa não significa que o paciente está curado. Independente do exame, deve permanecer no tratamento 6 meses. • Avaliar número de doses tomadas na 1° e 2° Fase; Avaliação longitudinal da melhora clínica, radiológica e cura bacteriológica. Tipos de alta • Por cura; • Por completar tratamento; • Por abandono de tratamento; • Por mudança de diagnóstico; • Por óbito; • Por falência do tratamento; • Por transferência.
Compartilhar