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Classe II (slot vertical) Primeiro molar superior direito, sem envolvimento do sulco oclusal (mesial). Instrumentos necessários ▪ Pinça clínica, sonda exploradora nº 05 e espelho clínico plano. ▪ Contra – ângulo convencional. ▪ Escova para limpeza de brocas. ▪ Porta – matriz circular com matriz de aço de 5mm. ▪ Cunhas de madeira. ▪ Mandril para discos de lixa, para peça de mão. ▪ Disco de lixa de granulação grossa. ▪ Broca para alta velocidade, cone invertido longo de extremo plano e arestas arredondadas nº245. ▪ Broca cilíndrica picotada nº 556 e cilíndrica lisa nº56, para rotação convencional. ▪ Broca tronco – cônica picotada nº699, para rotação convencional. ▪ Enxada dupla monoangulada nº 8-9 (10-4- 14 e 10-4-8). ▪ Machado para esmalte nº 14-15 (10-6-14). ▪ Recortador de margem gengival nº29 (10- 95-7-14). ▪ Colher de dentina 11 ½. Técnica de preparo Forma de contorno Inicialmente, delimita-se com lapiseira a forma de contorno oclusal, envolvendo apenas a crista marginal mesial e procurando englobar, no sentido vestíbulo-lingual, a área correspondente ao ponto de contato. Com a broca nº 245 ou 556 executa-se a penetração inicial junto à crista marginal mesial, com ligeira inclinação para vestibular. A seguir, a broca é colocada paralela ao eixo longitudinal da coroa do dente, atuando com ligeira pressão para gengival e com movimento pendular vestíbulo-lingual. Com a confecção desse canal, esboçam-se as paredes axial, gengival, vestibular e lingual. Continuando com esse movimento e com maior pressão para proximal, perfura-se a face proximal abaixo do ponto de contato. Esboçadas as paredes da caixa proximal, o remanescente da parede mesial é fraturado com uma colher de dentina. Pode-se utilizar também, uma matriz para amálgama, estabilizada por uma cunha de madeira para, proteger o dente vizinho caso se opte pelo rompimento da parede mesial com broca. A extensão de conveniência das paredes vestibular, lingual e gengival é realizada com a mesma broca e depois complementada com o machado para esmalte. Essa extensão é de cerca de 0,25 a 0,50 mm, suficiente para separar de forma adequada o ângulo cavossuperficial das paredes proximais do dente vizinho. Para economizar estrutura dentária, pode-se também lançar mão da separação prévia dos dentes, para obter acesso técnico às margens da cavidade. Esses procedimentos satisfaziam os requisitos de uma extensão de conveniência conservadora, proporcionando fácil acabamento das margens do preparo e das bordas da futura restauração, bem como espaço para limpeza durante a higienização. Desse modo, toda vez que se notar visualmente a separação total das paredes circundantes do dente vizinho, é sinal de que essa extensão está correta. Por outro lado, no sentido áxio-proximal a profundidade da parede axial é aproximadamente 1 ½ vez o diâmetro da ponta ativa da broca. Forma de resistência e retenção A confecção das paredes vestibular e lingual convergente para oclusal proporciona auto-retentividade no sentido gengivo-oclusal e preserva ao máximo o remanescente da crista marginal. As paredes vestibular e lingual formam um ângulo de aproximadamente 90º com a superfície externa do dente. A parede gengival em dentina deve ser plana e perpendicular ao eixo longitudinal do dente, enquanto a parede axial deve ficar plana vestíbulo-lingualmente e ligeiramente expulsiva no sentido gêngivo-oclusal. As retenções adicionais da caixa proximal, em forma de canaleta, são realizadas nas paredes vestibular e lingual com o uso da broca nº699, devendo nesse tipo de cavidade estender-se até o próximo do ângulo cavossuperficial oclusal. Esse procedimento favorece a melhor estabilidade da restauração no sentido proximal, uma vez que o segmento da caixa oclusal não está presente. Forma de conveniência A expulsividade dada à parede axial, além de ser uma forma de resistência, facilita o acabamento da cavidade e a condensação do material restaurador. Como o preparo da caixa proximal é estabelecido por meio do acesso oclusal (crista marginal), esse procedimento também constitui forma de conveniência. Acabamento da cavidade Se a cavidade for preparada com a broca nº 556, o acabamento inicial deverá ser realizado com a broca cilíndrica lisa nº 56, com os mesmos movimentos realizados anteriormente. Com o auxílio de um machado de esmalte, elimina-se qualquer irregularidade das paredes vestibular e lingual, com movimentos ocluso-gengivais. O acabamento da parede gengival é dado com recortadores de margem gengival, em movimentos vestíbulo- linguais e linguo-vestibulares. A planificação da parede de esmalte para eliminar prismas é realizada com recortador de margem gengival, em movimentos vestíbulos-linguais. Em seguida ou a um só tempo, esse instrumento é acionado em direção, planificando o esmalte do terço gengival das paredes vestibulares e lingual, eliminando a definição dos ângulos diedros gêngivo-vestibular e gêngivo-lingual, os quais devem permanecer arredondados e sem prismas fragilizados no nível do cavossuperficial. Quando a cavidade for realizada com a broca nº 245, é necessário apenas um refinamento do cavossuperficial, para eliminar prismas fragilizados, e dos ângulos diedros, uma vez que essa broca estabelece ângulos arredondados. CARACTERISTICAS DA CAVIDADE - Paredes vestibular e lingual convergentes para oclusal. - Paredes vestibular e lingual formando um ângulo de 90º com a superfície externa do dente. - Parede axial plana vestíbulo- lingualmente e ligeiramente expulsiva no sentido gengivo-oclusal. - Parede gengival plana e perpendicular ao eixo longitudinal do dente e formando, em “dentina”, ângulos definidos com as paredes vestibular e lingual. - Ângulo cavossuperficial definido, livre de prismas fragilizados e sem bisel. - Retenções adicionais em forma de canaleta estendendo-se até perto do ângulo cavossuperficial. OBS Broca nº 245: ângulos internos da cavidade são ligeiramente arredondados. Broca nº 556: ângulos do segundo grupo são definidos.