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@veterinariando_ Visa realizar um exame diagnóstico para definir a causa mortis do animal, sendo produzido um relatório com todos os achados macroscópicos É aquela necropsia acompanhada de fotodocumentação macroscópica Há todo o relatório de necropsia e anexado a isso estão as fotos É o tipo de necropsia realizada quando tutor vai realizar velório para o animal, dessa forma o cadáver é preservado Pode trazer limitações, pois nem sempre será possível acessar todos as áreas do animal dependendo da espécie e do tamanho e ainda manter o corpo preservado É uma necropsia minimamente invasiva “Quando termina a morte da vida inicia-se a vida da morte” – Alves de Menezes → É o ramo da patologia que estuda o processo de morte (alterações cadavéricas) → Significa quebra/ruptura do equilíbrio biológico e físico-químico, fundamentais para a manutenção da homeostasia, que caracteriza a vida → O animal é identificado como morto quando há a interrupção de 3 sistemas principais: sistema nervoso, sistema circulatório e sistema respiratório (atria mortis – entrada da morte) Alterações cadavéricas • Morte celular em vida: necrose • Morte somática: autólise Imediatos (associados a interrupção da vida): perda de consciência, respiração, tônus muscular ... Consecutivos (associados a alterações envolvidas com ambiente): desidratação, resfriamento Destrutivos: digestão enzimática, putrefação, maceração Conservativos (aspectos morfológicos gerais são mantidos): mumificação, saponificação • Aparente: funções cardíacas fracas, mas presentes, com potencial de recuperação (tanatose – animais que se fingem de mortos) • Relativa: há parada cardiorrespiratória, mas procedimentos médicos podem reverter a situação • Real: morte completa e definitiva, com a parada das funções vitais sem a possibilidade de reversão do quadro • Súbita: fenômenos vitais cessam em um indivíduo hígido (saudável) • Agônica: procedida por doenças grave ou processos que se estendem de forma crônica, com perda de consciência por períodos prolongados – morte associada com sofrimento • Natural: decorrente de doença ou de envelhecimento • Violenta: decorre de ação externa e lesiva, mesmo que tardiamente, tendo a necessidade de esclarecimento • Suspeita: não há elementos que possam fornecer sua causa, há possibilidade de ter sido violenta Tanatologia forense: é um ramo da medicina legal veterinária que estuda e investiga as alterações cadavéricas pós mortem, além de sua caracterização e sua importância na apresentação dos fatos que se apresentam aos peritos e às autoridades O estudo da morte é realizado sob o ponto de vista biológico, não jurídico → Identificação da causa mortis → Identificação e condições do cadáver → Avaliação de riscos e condições para o consumo – inspeção → Medicina Legal → As alterações post mortem podem ser confundidas com lesões → Podem mascarar lesões → Estimar as condições nas quais a morte ocorreu e o tempo decorrido desde a morte (IPM – Intervalo Post Mortem) → A progressão e a intensidade das alterações post mortem não são homogêneos, dependendo de vários fatores – tecidos de maior metabolismo, geralmente sofre autólise mais rápido É o fenômeno de digestão enzimática da célula após a morte É a progressão do processo autolítico com crescimento bacteriano saprofítico Putrefação 1. Desaparecimento do rigor mortis, em decorrência da fragmentação das fibras musculares 2. Embebição hemolítica 3. Embebição biliar 4. Produção de sulfametaemoglobina 5. Eliminação do sangue pelas cavidades naturais devido à hemólise 6. Maceração das mucosas 7. Amolecimento das polpas 8. Timpanismo cadavérico 9. Pseudoprolapso retal 10. Enfisema cadavérico – crescimento microbiano, com fermentação e produção de gás 11. Odor ofensivo (cadaverina) 12. Proliferação da fauna cadavérica – entomofauna (crescimento de larvas) – FASE 1 Resfriamento – animal perde calor para o ambiente Livores (manchas) – alterações de cores Rigor mortis – rigidez do cadáver – FASE 2 Fermentação – decorrente do crescimento microbiano Abaulamento do cadáver – posição conhecida popularmente como “posição de lutador” – o abdômen fica abaulado e os membros contraídos Livor – alteração de cor – FASE 3 Dissolução pútrida – liquefação dos tecidos moles do cadáver – FASE 4 Perda completa de partes moles – há perda de: • Consciência • Tônus e motilidade muscular • Movimentos respiratórios • Batimentos cardíacos • Reflexos • Função cerebral – irá ocorrer: • Desidratação → Consiste na perda de líquidos corpóreos → Depende de fatores ambientais (temperatura, correntes de ar e umidade relativa do ar) → É mais bem observada no globo ocular (retração) e elasticidade da pele • Resfriamento – algor mortis/frigor mortis → Consiste na ausência de atividade metabólica → Tendência ao equilíbrio com meio ambiente → É perdido cerca de 1 grau por hora – padrão humano → Variações (espécies, pelagem, gordura, higidez, local, temperatura, umidade) • Manchas de hipóstase – livor mortis (alteração de cor) → Estão associadas a parada do sistema circulatório → Lividez cadavérica (palidez) → Manchas violáceas → Tendência a se depositar na porção em contato com o solo – machas hipostáticas em decorrência da estase sanguínea na pele do cadáver, depende da posição do cadáver (segue a lei da gravidade) • Rigidez cadavérica – rigor mortis → Ocorre devido a redução de ATP e da creatinina fosfato → Surge entre 2 e 3 horas após o óbito → Desaparece entre 24 e 48 horas após o óbito → Útil para determinação do tempo de morte (cronotanatologia) → Se manifesta de cranial para caudal, de maneira ordenada: músculos da pálpebra, cabeça, pescoço, membros anteriores, corpo, membros posteriores e finalmente a cauda → Se desfazem na mesma ordem → Se desenvolve rapidamente no coração – se não se desenvolver, ocorre degeneração • Coagulação sanguínea → Diferenciar coágulos de trombos – os coágulos não estão aderidos → Coágulo cruórico: cor e aspecto de geleia de amora (cor vermelho-escura), superfície lisa e brilhante, se molda ao vaso e não se adere → Coágulo lardáceo: coágulo de plasma, com coloração amarelo-esbranquiçada → Coágulo misto: possui ambas as características – ocorre devido a taxa de sedimentação, os eritrócitos sedimentam mais rápido que os leucócitos, formando diferentes organizações • Alterações oculares → Pálpebras entreabertas → Retração do globo ocular por desidratação → Midríase → Opacidade da córnea “tela viscosa” • Autólise → Consequência da anoxia total → Perda da função das membranas → Derrame de enzimas lisossomais → Sistema nervosos central, medula adrenal, pâncreas, epitélio de revestimento intestinal, fígado • Putrefação → Autólise + crescimento microbiano → Heterólise – destruição por microrganismos → Condições extrínsecas: temperatura, umidade, higiene local → Condições intrínsecas: pelagem, desidratação, morte rápida ou asfixia, doenças toxêmicas ou septicêmicas → 4 fases: cromática, gasosa, coliquativa, esqueletização ✓ Cromática: começa se estabelecendo na região abdominal e inguinal com cor esverdeada. As manchas geralmente são enegrecidas, pode haver embebição biliar e impregnação hemoglobinica ✓ Gasoso: chamado também de período enfisematoso ou deformante é decorrente da fermentação microbiana e produção de gás, isso pode refletir na liberação de gases pelo cadáver (meteorismo cadavérico), além de prolapso retal e vaginal devido a pressão que essa distensão gasosa faz nas vísceras. Pode acontecer também a “posição de lutador”, extrusão de olhos e língua e ruptura de vísceras ✓ Coliquativa: chamado também de fusão pútrida, nesse período todos os tecidosmoles estão sendo desfeitos, há diminuição na produção de gases e os odores começam a ficar cada vez mais evidentes ✓ Esqueletização: há redução esquelética e dissolução das partes moles, restando apenas a arquitetura óssea • Maceração → É o processo de putrefação associado ao ambiente aquático → Vistos em fetos em virtude da contaminação do útero materno geralmente no terço final da gestação – maceração fetal → Maceração fetal – morte in útero devido a contaminação bacteriana (septicemia) • Saponificação → Ocorre após um período avançado de putrefação → Cadáver em água estagnada ou pouco corrente → Grande número de cadáveres em cova coletiva, coberta por cal → Cadáver geralmente fica esbranquiçado, perde a característica normal, mas ainda se conserva o cadáver por maior tempo, devido a associação do pH com minerais evita o crescimento microbiano • Mumificação → Ocorre devido a uma desidratação rápida, sem envolvimento microbiano → Mumificação fetal – morte in útero sem contaminação bacteriana • Calcificação → Muito raro na veterinária → Ocorre quando há putrefação rápida e assimilação de calcáreos de cavernas ou solo rico em calcário fibrina, peritonite, hemorragia conteúdo próximo ao local alterações vasculares e circulatórias, fibrina, aderências, prolapsos anorretais: sinais de trauma e de inflamação (além das circulatórias), torção gástrica: baço é dobrado em “V” nada @veterinariando_
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