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PROCESSO CIVIL

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INTRODUÇÃO
Normas de direito material: são normas que estabelecem direitos para cada individuo, por exemplo, direito de postular alimentos, divorcio etc.
Normas de direito processual: normas meramente instrumentais servem de instrumento para que o titular do direito material, não respeitado, busque a tutela jurisdicional necessária para fazer valer, quando não há reconhecimento espontâneo.
Direito não respeitado + necessidade de intervenção do Estado juiz: só resta o processo como instrumento para o Estado garantir o respeito ao direito e solucionar o conflito.
PROCESSO DE CONHECIMENTO
Fase de discussão, a fim de reconhecer ou confirmar a sua existência e, com isso, permitir a formação de um título executivo. Definição de qual das partes tem razão, resultando, em caso de procedência dos pedidos formulados pelo autor, em decisão que reconhece e declara a certeza do direito, sendo, a partir daí, passível de execução, discute-se quem tem razão.
Procedimento comum, arts. 318 a 512: procedimento padrão, a ser observado desde que não haja a previsão de procedimentos especiais, art. 318.
Art. 318. Aplica-se a todas as causas o procedimento comum, salvo disposição em contrário deste Código ou de lei.
Parágrafo único. O procedimento comum aplica-se subsidiariamente aos demais procedimentos especiais e ao processo de execução.
Procedimentos especiais, art. 539 a 770: procedimentos que se ajustam as peculiaridades das exigências das relações jurídicas, as quais, porque escapam do alcance de um tratamento processual comum, justificam a especialização procedimental.
No processo existe a relação jurídica entre 3 personagens, autor, réu e juiz. As partes tem o direito a tutela jurisdicional, o juiz tem o dever de prestar a tutela jurisdicional.
Relação jurídica processual: é de direito público, trata-se da função soberana do Estado de solucionar conflitos e assegurar o império da ordem jurídica.
Atual teoria sobre a relação jurídica processual: angular, os direitos e deveres processuais das partes estão voltados para o juiz, os litigantes não atingem diretamente um ao outro, no processo, apenas por meio de decisões do juiz.
O procedimento comum deve ser aplicado a todos os processos de conhecimento, aplica-se subsidiariamente se for preciso em processos especiais e em processos de execução, quando houver procedimentos especiais previstos no CPC, como, por exemplo, ação de consignação em pagamento, ou em leis esparsas, ex: ação de recuperação judicial.
Fases do processo de conhecimento
POSTULATÓRIA: apresentação da petição inicial, citação do réu, audiência de conciliação, apresentação da contestação/reconvenção, impugnação a contestação/reconvenção se houver.
Art. 312.Considera-se proposta a ação quando a petição inicial for protocolada, todavia, a propositura da ação só produz quanto ao réu os efeitos mencionados no art. 240 depois que for validamente citado.
Jurisdição inerte, ação começa por iniciativa da parte, para o desenvolvimento do processo é necessário impulso oficial, principio do inquisitivo (Princípio segundo o qual o juiz tem liberdade para investigar todos os fatos que entenda relacionados à causa. Vide princípio dispositivo). O juiz deve zelar pelo andamento até a decisão final.
Na PI o autor pleiteia a tutela jurisdicional do Estado para solucionar seu litígio (tutelas condenatórias, declaratórias, constitutivas, mandamental ou executiva lato sensu), faz o pedido de providencia contra o réu.
Considera-se proposta a ação com o registro e distribuição e distribuição da PI.
Art. 284. Todos os processos estão sujeitos a registro, devendo ser distribuídos onde houver mais de um juiz.
Registro significa anotar a existência, individualiza-lo. Distribuição, art. 285, significa a partição aleatória, alternada e equilibrada do trabalho, ocorrem em comarcas e subseções judiciárias com mais de um juiz, poderá ser eletrônica. Acontece a formação do polo ativo da relação jurídica processual. A partir daí, ocorre a estabilização do processo, visa agiliza a decisão do pleito, após a distribuição não se pode mais modificar as partes, o órgão julgador, o pedido e a causa de pedir pode na forma do art. 329.
Art. 285: a distribuição que poderá ser eletrônica, será alternada e aleatória, obedecendo-se rigorosamente igualdade.
Paragrafo único: a lista de distribuição deverá ser publicada no diário oficial.
Art. 329. O autor poderá:
I - até a citação, aditar ou alterar o pedido ou a causa de pedir, independentemente de consentimento do réu;
II - até o saneamento do processo, aditar ou alterar o pedido e a causa de pedir, com consentimento do réu, assegurado o contraditório mediante a possibilidade de manifestação deste no prazo mínimo de 15 (quinze) dias, facultado o requerimento de prova suplementar.
Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste artigo à reconvenção e à respectiva causa de pedir.
Após o saneamento mais nenhuma alteração poderá ser feita.
Alterações subjetivas previstas em Lei, art. 108, autorizadas apenas em casos específicos previstos na lei, por exemplo, sucessão por morte das partes, art. 110.
Art. 108.No curso do processo, somente é lícita a sucessão voluntária das partes nos casos expressos em lei.
Art. 110.Ocorrendo a morte de qualquer das partes, dar-se-á a sucessão pelo seu espólio ou pelos seus sucessores, observado o disposto no art. 313, §§ 1º e 2º.
A prevenção do juiz é outro efeito gerado pela distribuição da PI, para causas conexas ou continentes.
a- Para o autor, faz litispendência, torna a coisa litigiosa.
b- Para o réu, interrompe a prescrição, que retroage a data da propositura da ação, gera litispendência, torna litigiosa a coisa, constitui o devedor em mora. Art. 240.
Art. 240. A citação válida, ainda quando ordenada por juízo incompetente, induz litispendência, torna litigiosa a coisa e constitui em mora o devedor, ressalvado o disposto nos arts. 397 e 398 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil).
§ 1º A interrupção da prescrição, operada pelo despacho que ordena a citação, ainda que proferido por juízo incompetente, retroagirá à data de propositura da ação.
§ 2º Incumbe ao autor adotar, no prazo de 10 (dez) dias, as providências necessárias para viabilizar a citação, sob pena de não se aplicar o disposto no § 1º.
§ 3º A parte não será prejudicada pela demora imputável exclusivamente ao serviço judiciário.
§ 4º O efeito retroativo a que se refere o § 1º aplica-se à decadência e aos demais prazos extintivos previstos em lei.
Distribuição pode dependência: art. 286, por conexão ou continência, pressupõe a existência de uma demanda já em curso.
Art. 286.Serão distribuídas por dependência as causas de qualquer natureza:
I - quando se relacionarem, por conexão ou continência, com outra já ajuizada;
II - quando, tendo sido extinto o processo sem resolução de mérito, for reiterado o pedido, ainda que em litisconsórcio com outros autores ou que sejam parcialmente alterados os réus da demanda;
III - quando houver ajuizamento de ações nos termos do art. 55, § 3º, ao juízo prevento.
Parágrafo único. Havendo intervenção de terceiro, reconvenção ou outra hipótese de ampliação objetiva do processo, o juiz, de ofício, mandará proceder à respectiva anotação pelo distribuidor.
Cancelamento da distribuição: parte intimada na pessoa de seu advogado não realizar o pagamento das custas iniciais, prazo de 15 dias. Art. 290.
Art. 290.Será cancelada a distribuição do feito se a parte, intimada na pessoa de seu advogado, não realizar o pagamento das custas e despesas de ingresso em 15 (quinze) dias.
ORDINATÓRIA OU DE SANEAMENTO: juiz verifica a regularidade do processo mediante a decretação de nulidades insanáveis e promoção para suprimento das nulidades sanáveis. Nessa fase se conclui se o processo está em ordem para ser julgado ou se o mesmo deve ser extinto, sem resolução do mérito, caso não reúna os requisitos mínimos necessários.
FASE INSTRUTÓRIA: encerrando o saneamento do processo, o juiz decide quais as provas serão produzidas, art. 357, destinam-se a colher as provas que servirãode base para a decisão do mérito. Não se deve esquecer que as provas documentais devem já vir junto com a petição inicial e com a contestação. Compreende então, a realização de prova pericial, a primeira parte da AIJ destinada a tomada de depoimento das partes das testemunhas (produção de prova oral).
Art. 357. Não ocorrendo nenhuma das hipóteses deste Capítulo, deverá o juiz, em decisão de saneamento e de organização do processo:
I - resolver as questões processuais pendentes, se houver;
II - delimitar as questões de fato sobre as quais recairá a atividade probatória, especificando os meios de prova admitidos;
III - definir a distribuição do ônus da prova, observado o art. 373;
IV - delimitar as questões de direito relevantes para a decisão do mérito;
V - designar, se necessário, audiência de instrução e julgamento.
§ 1o Realizado o saneamento, as partes têm o direito de pedir esclarecimentos ou solicitar ajustes, no prazo comum de 5 (cinco) dias, findo o qual a decisão se torna estável.
§ 2o As partes podem apresentar ao juiz, para homologação, delimitação consensual das questões de fato e de direito a que se referem os incisos II e IV, a qual, se homologada, vincula as partes e o juiz.
§ 3o Se a causa apresentar complexidade em matéria de fato ou de direito, deverá o juiz designar audiência para que o saneamento seja feito em cooperação com as partes, oportunidade em que o juiz, se for o caso, convidará as partes a integrar ou esclarecer suas alegações.
§ 4o Caso tenha sido determinada a produção de prova testemunhal, o juiz fixará prazo comum não superior a 15 (quinze) dias para que as partes apresentem rol de testemunhas.
§ 5o Na hipótese do § 3o, as partes devem levar, para a audiência prevista, o respectivo rol de testemunhas.
§ 6o O número de testemunhas arroladas não pode ser superior a 10 (dez), sendo 3 (três), no máximo, para a prova de cada fato.
§ 7o O juiz poderá limitar o número de testemunhas levando em conta a complexidade da causa e dos fatos individualmente considerados.
§ 8o Caso tenha sido determinada a produção de prova pericial, o juiz deve observar o disposto no art. 465 e, se possível, estabelecer, desde logo, calendário para sua realização.
§ 9o As pautas deverão ser preparadas com intervalo mínimo de 1 (uma) hora entre as audiências.
FASE DECISÓRIA: é a que se destina a prolação da sentença de mérito, inicia-se após encerrada a fase de instrução; pode ser antecipada nos casos de julgamento ainda na fase de saneamento, pode ser antecipada também quando ocorrer o indeferimento da PI, art. 330, ou a decretação de improcedência liminar do pedido, art. 332, ou seja, antes de completar a fase postulatória.
Art. 330.
A petição inicial será indeferida quando:
I - for inepta;
II - a parte for manifestamente ilegítima;
III - o autor carecer de interesse processual;
IV - não atendidas as prescrições dos arts. 106 e 321.
§ 1º Considera-se inepta a petição inicial quando:
I - lhe faltar pedido ou causa de pedir;
II - o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se permite o pedido genérico;
III - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão;
IV - contiver pedidos incompatíveis entre si.
§ 2º Nas ações que tenham por objeto a revisão de obrigação decorrente de empréstimo, de financiamento ou de alienação de bens, o autor terá de, sob pena de inépcia, discriminar na petição inicial, dentre as obrigações contratuais, aquelas que pretende controverter, além de quantificar o valor incontroverso do débito.
§ 3º Na hipótese do § 2º, o valor incontroverso deverá continuar a ser pago no tempo e modo contratados.
Art. 332. Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar:
I - enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça;
II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos;
III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência;
IV - enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local.
§ 1o O juiz também poderá julgar liminarmente improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência de decadência ou de prescrição.
§ 2o Não interposta a apelação, o réu será intimado do trânsito em julgado da sentença, nos termos do art. 241.
§ 3o Interposta a apelação, o juiz poderá retratar-se em 5 (cinco) dias.
§ 4o Se houver retratação, o juiz determinará o prosseguimento do processo, com a citação do réu, e, se não houver retratação, determinará a citação do réu para apresentar contrarrazões, no prazo de 15 (quinze) dias.
A sentença pode ser proferida oralmente ao final da AIJ, art. 366, ou no prazo de 30 dias após a AIJ.
Art. 366. Encerrado o debate ou oferecidas às razões finais, o juiz proferirá sentença em audiência ou no prazo de 30 (trinta) dias.
PROCESSO DE EXECUÇÃO
Continuidade do processo de conhecimento. Providencia praticas para tornar efetivo o direito reconhecido no processo de conhecimento. Realização de atos contra o réu, em favor do autor, cujo direito já está representado em um título executivo, judicial ou extrajudicial.
PROCESSO CAUTELAR
Foi incluso na tutela provisória de urgência, visa obtenção de medida destinada a garantir a eficácia da tutela que, posteriormente, será prestada nos processos de conhecimento ou de execução; presta-se a garantir efetividade dos processos principais, de conhecimento ou de execução.
PROCESSO SINCRÉTICO
Misturam todos os outros, processo civil atual, fruto das constantes modificações pelas quais vem passando o nosso CPC, no qual se conciliam ideias que antes só eram concebidas separadamente. Atualmente não existem mais processos tipicamente e conhecimento, execução e cautelar. Existem processos onde prevalecem atos cognitivos, executivos e cautelares, portanto sincréticos.
SUSPENSÃO DO PROCESSO
Paralisação temporária do processo, paralisação temporária da atividade jurisdicional. Art. 314.
Art. 314. Durante a suspensão é vedado praticar qualquer ato processual, podendo o juiz, todavia, determinar a realização de atos urgentes a fim de evitar dano irreparável, salvo no caso de arguição de impedimento e de suspeição.
Nenhum ato processual poderá ser praticado, exceto por urgência a fim de evitar dano irreparável. São ineficazes os atos processuais praticados durante a suspensão.
Arguição de impedimento ou suspeição do juiz: em razão da suspeita que paira sobre o juiz, ele não pode determinar nem medidas urgentes, se necessário, nesse caso, nomeia-se um substituto legal.
Decisão judicial declaratória da suspensão: sempre será necessária, a suspensão pode depender de decisão do juiz a partir do qual começará a fluir ou da ocorrência do fato que a determinarem, limitando-se a torna-lo certo.
Hipóteses de suspensão, art. 313:
a- Morte ou perda da capacidade processual de qualquer das partes, de seu representante legal ou de seu procurador: morte da parte deve haver a habilitação dos sucessores, incapacidade da parte deve ser nomeado curador especial, caso não tenha representante legal ou seus interesses colidirem com estes, morte ou incapacidade do representante legal deve ser nomeado curados especial, morte ou incapacidade do procurador deve ser constituído novo mandatário em 15 dias, sob pena de extinção do processo sem analise do mérito ou efeito revelia.
b- Convenção das partes: até seis meses, não é necessário declinar a razão para a suspensão, juiz não poderá indeferir, esgotado o prazo de suspensão o processo volta a correr.
c- Arguição de impedimento ou suspeição do juiz: processo volta a correr depois de julgada a arguição, não é necessário o trânsito em julgado.
d- Admissão de incidente de resolução de demandas repetitivas: até um ano, visa a uniformização dos entendimentos jurisprudenciais quando houver repetição de processos com a mesma questão de direito e com risco de ofensa a isonomia e segurança jurídica.
e- Questão prejudicial ouprejudicialidade externa: até um ano.
f- Sentença de mérito: que dependa de julgamento a ser proferido em outro processo, ex: suspensão da execução fiscal até que seja decidida ação ajuizada pelo contribuinte visando obter a declaração da ilegalidade da cobrança do tributo. Que dependa da declaração de existência ou inexistência da relação jurídica em outro processo pendente, ex: suspensão do cumprimento da sentença ou execução enquanto não julgada a ação rescisória, ou suspensão da ação de execução de contrato, enquanto não julgada ação declaratória de nulidade do NJ contratual. Não pode ser proferida até que se verifique determinado fato ou se produza prova requisitada a outro juízo, ex: suspensão do processo até que seja colhido o depoimento de testemunha por carta precatória.
g- Por motivo de força maior: fatos imprevistos ou inevitáveis que impedem o prosseguimento normal do processo perdurarão enquanto o acontecimento inevitável e irresistível, ex: greve dos servidores do PJ, catástrofes naturais.
h- Quando se discutir questões decorrentes de fatos da navegação de competência do tribunal marítimo: TM não é órgão jurisdicional, suas decisões não vinculam o PJ, mas o judiciário pode suspender o processo e aguardar manifestação d instancia marítima.
i- Nos demais casos previstos no CPC: incapacidade ou irregular representação da parte, para aguardar decisão da justiça criminal, por oferecimento de oposição, por recebimento de embargos a execução, durante o prazo dado, pelo exequente, para o executado cumprir a obrigação, etc.
Art. 313. Suspende-se o processo:
I - pela morte ou pela perda da capacidade processual de qualquer das partes, de seu representante legal ou de seu procurador;
II - pela convenção das partes;
III - pela arguição de impedimento ou de suspeição;
IV - pela admissão de incidente de resolução de demandas repetitivas;
V - quando a sentença de mérito:
a) depender do julgamento de outra causa ou da declaração de existência ou de inexistência de relação jurídica que constitua o objeto principal de outro processo pendente;
b) tiver de ser proferida somente após a verificação de determinado fato ou a produção de certa prova, requisitada a outro juízo;
VI - por motivo de força maior;
VII - quando se discutir em juízo questão decorrente de acidentes e fatos da navegação de competência do Tribunal Marítimo;
VIII - nos demais casos que este Código regula.
§ 1º Na hipótese do inciso I, o juiz suspenderá o processo, nos termos do art. 689.
§ 2º Não ajuizada ação de habilitação, ao tomar conhecimento da morte, o juiz determinará a suspensão do processo e observará o seguinte:
I - falecido o réu, ordenará a intimação do autor para que promova a citação do respectivo espólio, de quem for o sucessor ou, se for o caso, dos herdeiros, no prazo que designar, de no mínimo 2 (dois) e no máximo 6 (seis) meses;
II - falecido o autor e sendo transmissível o direito em litígio, determinará a intimação de seu espólio, de quem for o sucessor ou, se for o caso, dos herdeiros, pelos meios de divulgação que reputar mais adequados, para que manifestem interesse na sucessão processual e promovam a respectiva habilitação no prazo designado, sob pena de extinção do processo sem resolução de mérito.
§ 3º No caso de morte do procurador de qualquer das partes, ainda que iniciada a audiência de instrução e julgamento, o juiz determinará que a parte constitua novo mandatário, no prazo de 15 (quinze) dias, ao final do qual extinguirá o processo sem resolução de mérito, se o autor não nomear novo mandatário, ou ordenará o prosseguimento do processo à revelia do réu, se falecido o procurador deste.
§ 4º O prazo de suspensão do processo nunca poderá exceder 1 (um) ano nas hipóteses do inciso V e 6 (seis) meses naquela prevista no inciso II.
§ 5º O juiz determinará o prosseguimento do processo assim que esgotados os prazos previstos no § 4º.
EXTINÇÃO DO PROCESSO
ART. 316. A extinção do processo dar-se-á por sentença.
Pronunciamento do juiz singular que conclui o procedimento em primeiro grau de jurisdição e, dependendo do tipo de tutela pretendida, não havendo recurso, encerra também o processo. Art. 203, §1º.
Art. 203. Os pronunciamentos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e despachos.
§ 1º Ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos especiais, sentença é o pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução.
Tipos de sentença:
a- Sentença que julga o mérito (definitiva), art. 487: o mérito é julgado quando o juiz profere sentença acolhendo ou rejeitando o pedido do autor, a lide é solucionada, faz coisa julgada material. Cabe recurso de apelação.
Haverá resolução de mérito quando o juiz:
I - acolher ou rejeitar o pedido formulado na ação ou na reconvenção;
II - decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência de decadência ou prescrição;
III - homologar:
a) o reconhecimento da procedência do pedido formulado na ação ou na reconvenção;
b) a transação;
c) a renúncia à pretensão formulada na ação ou na reconvenção.
Parágrafo único. Ressalvada a hipótese do § 1º do art. 332, a prescrição e a decadência não serão reconhecidas sem que antes seja dada às partes oportunidade de manifestar-se.
b- Sentença que não julga o mérito (terminativa), art. 485: ocorrência de fatos que impedem o prosseguimento regular do processo, esses fatos causam a interrupção definitiva e a dissolução do processo, a lide não é solucionada, não faz coisa julgada material, a ação pode ser proposta novamente, sem vício. Cabe recurso de apelação.
O juiz não resolverá o mérito quando:
I - indeferir a petição inicial;
II - o processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes;
III - por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias;
IV - verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo;
V - reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de coisa julgada;
VI - verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual;
VII - acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou quando o juízo arbitral reconhecer sua competência;
VIII - homologar a desistência da ação;
IX - em caso de morte da parte, a ação for considerada intransmissível por disposição legal; e
X - nos demais casos prescritos neste Código.
§ 1º Nas hipóteses descritas nos incisos II e III, a parte será intimada pessoalmente para suprir a falta no prazo de 5 (cinco) dias.
§ 2º No caso do § 1º, quanto ao inciso II, as partes pagarão proporcionalmente as custas, e, quanto ao inciso III, o autor será condenado ao pagamento das despesas e dos honorários de advogado.
§ 3º O juiz conhecerá de ofício da matéria constante dos incisos IV, V, VI e IX, em qualquer tempo e grau de jurisdição, enquanto não ocorrer o trânsito em julgado.
§ 4º Oferecida a contestação, o autor não poderá, sem o consentimento do réu, desistir da ação.
§ 5º A desistência da ação pode ser apresentada até a sentença.
§ 6º Oferecida a contestação, a extinção do processo por abandono da causa pelo autor depende de requerimento do réu.
§ 7º Interposta a apelação em qualquer dos casos de que tratam os incisos deste artigo, o juiz terá 5 (cinco) dias para retratar-se.
c- Sentença proferida em execução, art. 925:
A extinção só produz efeito quando declarada por sentença.
ATENÇÃO: SENTENÇA TRANSITADA EM JULGADO PODE OU NÃO EXTINGUIR O PROCESSO, EX: DIVÓRCIO, A DECLARAÇÃO DA DESCONSTITUIÇÃO DO MATRIMÔNIO BASTA.
TIPOS DE TUTELA
a- Tutela condenatória: busca a condenação da parte contrária, trata-se da atividade cognitiva do Estado, a qual confere, após conhecimento da lide, a certeza sobre o direito pleiteado. Ex: obrigação de pagar, ação de indenização pela prática de ato ilícito, ação de alimentos, ação de cobrança, indenizações em geral. O processo continua em segunda instância fase recursal.
b- Tutela declaratória: busca declarara existência ou a inexistência da relação jurídica, a sentença põe fim ao processo, basta por si só para fazer a vontade da parte. Ex: ação declaratória de inexistência de indébito (financiamento quitado e a financiadora cobra novamente), ação declaratória de nulidade de clausula em NJ (juros abusivos, direito do consumidor), ação de usucapião (declarar aquisição da propriedade), etc.
c- Tutela constitutiva: visa o autor constituir, alterar ou extinguir uma relação jurídica. Pode ser constitutiva positiva ou negativa (desconstitutiva), a finalidade dessa ação é pedir que o juiz crie, modifique ou extinga uma determinada relação jurídica. Ex: ação de divórcio (desconstitui o casamento), primeiro declara, depois desconstitui, ação de interdição (declara a interdição, após constitui a interdição), ação de retificação de registro de nascimento, ação de divisão de terrar, etc.
d- Tutela mandamental: sub espécie da condenatória, caracteriza-se pela existência de uma ordem, consubstanciada num mandado, a efetivação da tutela mandamental dar-se-á através da coerção sobre a vontade do réu para o adimplemento da obrigação. Ex: sentença proferida em mandado de segurança, ação que tenha por objeto a entre da coisa, etc.
e- Tutela executiva lato sensu: a sentença é adimplida independentemente da fase executiva e caso não haja cumprimento voluntário do réu na obrigação, o próprio Estado cumprirá em seu lugar, em casos de não devolução da coisa pelo réu, é expedido mandado tirando-a do seu poder e entregando para o autor, ex: busca e apreensão, possessória. Envolve mandado, é condenatória.
f- Tutela inibitória: trata-se da tutela preventiva, que tem por fim prevenir a pratica, a continuação ou a repetição do ilícito. Ex: ação inibitória ambiental, ação de interdito proibitório, ação de nunciação de obra nova. Inibitória: prevenir, inibir.
PETIÇÃO INICIAL NA FASE POSTULATÓRIA, ARTS. 319 E 320
Na PI deve ser feita a indicação do juízo, autor, réu, causa de pedir, pedido.
Art. 319. A petição inicial indicará:
I - o juízo a que é dirigida; indica o órgão jurisdicional e não a pessoa física do juiz, é colocado no cabeçalho da PI, ex: EXMO.SR. JUIZ DE DIREITO DA VARA...
II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu; qualificação completa de ambos e de todas as demais partes em litisconsórcio.
III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido; fundamentos de fato, por exemplo, batida de carro, fundamentos de direito, por exemplo, resp. civil do agente pelo ato ilícito. Todo direito subjetivo nasce de um fato que coincide exatamente com aquele previsto abstratamente pela lei, a PI deve indicar o direito subjetivo e apontar o fato do qual ele provém. “DO DIREITO”: expõe-se as razões de Direito que motivaram o exercício do direito de ação, apresenta-se os fundamentos jurídicos do pedido.
IV - o pedido com as suas especificações; pedido imediato: sentença de procedência da ação, é a providencia processual/resposta judicial esperada. Pedido mediato: condenação, declaração ou constituição do direito, é a providencia material, o bem da vida esperado. Tópico de elaboração técnica mais precisa da PI, razão pela qual o advogado deve ser muito cuidadoso ao redigi-lo, deve ser sucinto e de maneira clara; a PI indica o máximo que o juiz pode conceder na demanda, ao juiz é vedado exceder os limites do pedido, o pedido da PI é o projeto do dispositivo da sentença.
V - o valor da causa;
VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;
VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação.
§ 1º Caso não disponha das informações previstas no inciso II, poderá o autor, na petição inicial, requerer ao juiz diligências necessárias a sua obtenção. Possibilidade de diligencias pelo juízo.
§ 2º A petição inicial não será indeferida se, a despeito da falta de informações a que se refere o inciso II, for possível a citação do réu. Com a ausência de qualificação a petição não será indeferida, se possível, a citação.
§ 3º A petição inicial não será indeferida pelo não atendimento ao disposto no inciso II deste artigo se a obtenção de tais informações tornar impossível ou excessivamente oneroso o acesso à justiça. Indeferimento da PI por incompletude da qualificação do réu não se justifica se a obtenção de tais informações tornar impossível ou excessivamente oneroso o acesso a justiça.
Art. 320. A petição inicial será instruída com os documentos indispensáveis à propositura da ação.
PEDIDO, art.322 e 324: deve ser certo e determinado. Certo: expresso, bem delineado, indicando o bem de vida pretendido. Determinado: indica a quantidade postulada, o quantum pretendido com a ação, essa é a regra. Genérico: expressa o bem de vida pretendido, mas não determina o seu quantum, essa é a exceção, só é admitido excepcionalmente, ex: danos morais a critério do juiz.
Art. 322. O pedido deve ser certo.
§ 1º Compreendem-se no principal os juros legais, a correção monetária e as verbas de sucumbência, inclusive os honorários advocatícios. Trata-se de pedido implícito, subentendido.
§ 2º A interpretação do pedido considerará o conjunto da postulação e observará o princípio da boa-fé.
Art. 324. O pedido deve ser determinado.
§ 1º É lícito, porém, formular pedido genérico:
I - nas ações universais, se o autor não puder individuar os bens demandados;
II - quando não for possível determinar, desde logo, as consequências do ato ou do fato;
III - quando a determinação do objeto ou do valor da condenação depender de ato que deva ser praticado pelo réu.
§ 2º O disposto neste artigo aplica-se à reconvenção.
PEDIDOS CUMULADOS, ART. 327: é a cumulação objetiva de várias pretensões e pedidos em uma mesma e única ação, a cumulação subjetiva é o litisconsórcio.
Art. 327. É lícita a cumulação, em um único processo, contra o mesmo réu, de vários pedidos, ainda que entre eles não haja conexão.
§ 1º São requisitos de admissibilidade da cumulação que:
I - os pedidos sejam compatíveis entre si;
II - seja competente para conhecer deles o mesmo juízo;
III - seja adequado para todos os pedidos o tipo de procedimento.
§ 2º Quando, para cada pedido, corresponder tipo diverso de procedimento, será admitida a cumulação se o autor empregar o procedimento comum, sem prejuízo do emprego das técnicas processuais diferenciadas previstas nos procedimentos especiais a que se sujeitam um ou mais pedidos cumulados, que não forem incompatíveis com as disposições sobre o procedimento comum.
§ 3º O inciso I do § 1º não se aplica às cumulações de pedidos de que trata o art. 326.
CUMULAÇÃO SUCESSIVA: faz-se vários pedidos, mas a procedência de uns depende da procedência de outros analisados anteriormente, há uma relação de prejudicialidade, por exemplo: investigação de paternidade c.c. alimentos, rescisão de contrato c.c. perdas e danos.
PEDIDOS ALTERNATIVOS OU CUMULAÇÃO ALTERATIVA, ART. 325 E 326: faz-se mais de um pedido, mas pede-se a procedência de apenas um deles alternativamente, a procedência de uns afasta dos outros, a escolha não cabe ao autor, cabe ao juiz ou ao réu. Por exemplo, demandas de consumidor (troca de produto, indenização em dinheiro), ação de depósito, etc.
Art. 325. O pedido será alternativo quando, pela natureza da obrigação, o devedor puder cumprir a prestação de mais de um modo.
Parágrafo único. Quando, pela lei ou pelo contrato, a escolha couber ao devedor, o juiz lhe assegurará o direito de cumprir a prestação de um ou de outro modo, ainda que o autor não tenha formulado pedido alternativo.
Art. 326. É lícito formular mais de um pedido em ordem subsidiária, a fim de que o juiz conheça do posterior, quando não acolher o anterior. Faz-se mais de um pedido, mas requer a procedência de apenas um deles, autor manifesta a preferencia, dizendo qual o pedido principal e quais os pedidos subsidiários. O juiz só analisao subsidiário se o principal, feito primeiramente, não puder ser atacado, uma vez acolhido o pedido subsidiário o autor poderá recorrer da decisão. Ex: pedido de anulação de casamento que se não acatado, que seja decretado o divorcio, etc.
Parágrafo único. É lícito formular mais de um pedido, alternativamente, para que o juiz acolha um deles.
PEDIDOS E SUAS ESPECIFICAÇÕES, REQUERIMENTOS NECESSÁRIOS NA PI: citação do réu, procedência do pedido (o autor deve pedir a procedência da ação e de seus pedidos, como o pedido deve ser certo, a certeza diz respeito a providencia jurisdicional pleiteada), outros como, por exemplo, tutela provisória, assistência judiciária gratuita, exibição de documentos pelo réu, etc.
VALOR DA CAUSA, ART. 291: é expressão econômica do pedidos, toda causa deve ter um valor certo, ainda que o conteúdo econômico não seja imediatamente auferível. Quando a lei não determinar, a parte pode voluntariamente fixar o valor da causa, essa estimativa é feita pelo autor, é comum a atribuição de valor genérico. Legislações esparsas também podem trazer regras expressas quanto ao valor da causa, ex: lei de locação.
Art. 292. O valor da causa constará da petição inicial ou da reconvenção e será:
I - na ação de cobrança de dívida, a soma monetariamente corrigida do principal, dos juros de mora vencidos e de outras penalidades, se houver, até a data de propositura da ação; 
II - na ação que tiver por objeto a existência, a validade, o cumprimento, a modificação, a resolução, a resilição ou a rescisão de ato jurídico, o valor do ato ou o de sua parte controvertida; 
III - na ação de alimentos, a soma de 12 (doze) prestações mensais pedidas pelo autor; 
IV - na ação de divisão, de demarcação e de reivindicação, o valor de avaliação da área ou do bem objeto do pedido;
V - na ação indenizatória, inclusive a fundada em dano moral, o valor pretendido;
VI - na ação em que há cumulação de pedidos, a quantia correspondente à soma dos valores de todos eles; VII - na ação em que os pedidos são alternativos, o de maior valor;
VIII - na ação em que houver pedido subsidiário, o valor do pedido principal.
§ 1º Quando se pedirem prestações vencidas e vincendas, considerar-se-á o valor de umas e outras. Prestações vencidas + vincendas = valor da causa.
§ 2º O valor das prestações vincendas será igual a uma prestação anual, se a obrigação for por tempo indeterminado ou por tempo superior a 1 (um) ano, e, se por tempo inferior, será igual à soma das prestações.
§ 3º O juiz corrigirá, de ofício e por arbitramento, o valor da causa quando verificar que não corresponde ao conteúdo patrimonial em discussão ou ao proveito econômico perseguido pelo autor, caso em que se procederá ao recolhimento das custas correspondentes.
INDICAÇÃO DAS PROVAS: autor deve indicar os meios pelo qual pretende provas o alegado, incumbe ao autor o ônus da prova dos fatos que constituem seu direito, art. 373.
Art. 373. O ônus da prova incumbe:
I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;
OPÇÃO PELA REALIZAÇÃO OU NÃO DE AUDIENCIA DE CONCIALIAÇÃO OU DE MEDIAÇÃO, ART. 319, VII: - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação.
JUNTADA DE DOCUMENTOS INDISPENSÁVEIS, ART. 320 E 434: trata-se de dever processual da parte autora. Documentos de ordem processual: procuração, substabelecimento, custas processuais. Documentos de ordem material: certidão de casamento, nascimento, escritura de propriedade de imóvel. Sem a juntada desses documentos, a PI não deve ser distribuída, mas se for, deve ser regularizada sob pena de indeferimento.
Art. 320. A petição inicial será instruída com os documentos indispensáveis à propositura da ação.
Art. 434. Incumbe à parte instruir a petição inicial ou a contestação com os documentos destinados a provar suas alegações.
Parágrafo único. Quando o documento consistir em reprodução cinematográfica ou fonográfica, a parte deverá trazê-lo nos termos do caput, mas sua exposição será realizada em audiência, intimando-se previamente as partes.
Art. 435. É lícito às partes, em qualquer tempo, juntar aos autos documentos novos, quando destinados a fazer prova de fatos ocorridos depois dos articulados ou para contrapô-los aos que foram produzidos nos autos.
Parágrafo único. Admite-se também a juntada posterior de documentos formados após a petição inicial ou a contestação, bem como dos que se tornaram conhecidos, acessíveis ou disponíveis após esses atos, cabendo à parte que os produzir comprovar o motivo que a impediu de juntá-los anteriormente e incumbindo ao juiz, em qualquer caso, avaliar a conduta da parte de acordo com o art. 5º.
DOCUMENTOS INDISPENSÁVEIS: se a parte não dispõe do documento pode pedir ao juiz que determine sua exibição no próprio processo, pode valer-se da ação preparatória de exibição de documentos ou coisa, que é um tipo de cautelar antecedente. Se o documento se encontrar numa repartição pública deve tentar obtê-lo e, não conseguindo, pode requerer ao juiz sua requisição.
OUTROS REQUISITOS DA PI: 
a- Ações de revisão de obrigação decorrente de empréstimo, financiamento ou alienação de bens: sob pena de inépcia deve constar na PI as obrigações controvertidas e a quantificação do valor incontroverso do débito, o valor incontroverso deve continuar a ser pago. Art. 330, §2º
§ 2º Nas ações que tenham por objeto a revisão de obrigação decorrente de empréstimo, de financiamento ou de alienação de bens, o autor terá de, sob pena de inépcia, discriminar na petição inicial, dentre as obrigações contratuais, aquelas que pretende controverter, além de quantificar o valor incontroverso do débito.
b- Advogado deve indicar na PI o endereço para receber intimações: na pratica deve constar o endereço completo do advogado ao menos na procuração ou no papel timbrado, art. 106, inc. I.
I - declarar, na petição inicial ou na contestação, o endereço, seu número de inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil e o nome da sociedade de advogados da qual participa, para o recebimento de intimações;
c- Procuração acompanhando a PI, art. 287: 
Art. 287. A petição inicial deve vir acompanhada de procuração, que conterá os endereços do advogado, eletrônico e não eletrônico.
Parágrafo único. Dispensa-se a juntada da procuração:
I - no caso previsto no art. 104;
II - se a parte estiver representada pela Defensoria Pública;
III - se a representação decorrer diretamente de norma prevista na Constituição Federal ou em lei.
d- Custas judiciais: o autor deve comprovar o pagamento das custas judiciais juntamente com a PI, deve juntar as guias de recolhimento. Art. 82.
Custas judiciais são gêneros, as espécies são: custas processuais (forma de remuneração do Estado por toda movimentação da maquina judicial) e despesas processuais (abrangem as custas dos atos do processo, a indenização da viagem, a diária de testemunha e a remuneração de assistente técnico, relacionam-se ao custeio de atos que extrapolam a atividade cartorial, gastos feitos para levar o processo a atingir suas finalidades, ex: honorário de perito, tradutor, interprete, oficial, etc., vide art. 84).
Art. 82. Salvo as disposições concernentes à gratuidade da justiça, incumbe às partes prover as despesas dos atos que realizarem ou requererem no processo, antecipando-lhes o pagamento, desde o início até a sentença final ou, na execução, até a plena satisfação do direito reconhecido no título.
§ 1º Incumbe ao autor adiantar as despesas relativas a ato cuja realização o juiz determinar de ofício ou a requerimento do Ministério Público, quando sua intervenção ocorrer como fiscal da ordem jurídica.
§ 2º A sentença condenará o vencido a pagar ao vencedor as despesas que antecipou.
Art. 84. As despesas abrangem as custas dos atos do processo, a indenização de viagem, a remuneração do assistente técnico e a diária de testemunha.
e- Gratuidade de Justiça: Aquele que não tem condições financeiras suficientes para arcar com as custas judiciais sem evidente prejuízo ao seu sustento ou de sua família, na PI deve trazer requerimento expressode gratuidade para ser dispensada a juntada previa das guias recolhidas, deve sempre ser anexado nos autos uma declaração de pobreza assinada pelo cliente, o juiz ainda pode requerer mais algum comprovante, ex: holerite.

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