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ASSISTÊNCIA PRÉ NATAL

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Práticas Médicas II – 5º período Ginecologia e obstetrícia Denise Matos – Turma 108 
Aula dia 17/02/2021 Prof. Stanley 
ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL 
CONCEITOS FUNDAMENTAIS 
• Conceito: conjunto de cuidados multidisciplinar destinados a 
mulher e ao feto que viam oferecer desenvolvimento saudável 
da gestação, permitindo o parto de um RN saudável sem 
impacto para a saúde materna. 
• Objetivos: 
 Prevenção, diagnóstico e tratamento: doenças próprias da 
gestação e afecções clinicas intercorrentes 
• Evitar complicações maternas mais adiante na gravidez 
• Evitar repercussões danosas à saúde e ao 
desenvolvimento do feto 
 Proporcionar o menor desconforto possível à gravida: 
esclarecer e minimizar, quando possível, os transtornos 
próprios da gravidez 
 Orientar e alertar sobre hábitos de vida, procedimentos e 
drogas que podem ser danosos para o feto e gravidez. 
 Proporcionar apoio psicológico para a gravidez e preparo 
(técnico e emocional) para o parto. 
• Requisitos médicos básicos 
 Conhecimento das adaptações do organismo materno à 
gravidez (adequada valorização das queixas -> tratamento 
adequado) 
 Conhecimento da fisiopatologia das doenças intercorrentes: 
condução adequada da gravidez, analisando a possibilidade de 
interrupção de a sua continuidade puser em riscos a vida da 
mãe ou do feto. 
 Conhecimento da psicodinâmica da grávida: propiciando 
amparo afetivo na condução técnica de suas queixas. 
 “A assistência pré-natal deveria ser individualizada e tarefa 
para os mais experientes, mais interessados e com maiores 
conhecimentos, e não da forma usual, massificada e 
descuidada, deita por indivíduos apressados, com pouca 
vivência e inexperientes” 
• Início, número e intervalo entre consultas: 
 Início: deve ser preferencialmente precoce; entre 10-12 
semanas; o mais breve possível diante do diagnóstico de 
gravidez; identificar risco (estratificação) para estabelecer 
as recomendações adequadas. 
 Número de consultas: 7 a 10 (FEBRASGO) 
• Mensais até a 32ª semana 
• Quinzenais até a 33ª/37ª semana 
• Semanais ao atingir o termo (37 a 41 semanas) e até o 
parto. 
 Número mínimo de consultas: 6 (OMS); 1 no 1º trimestre, 2 
no 2º trimestre e 3 no 3º trimestre 
 OBS: segunda consulta do pré-natal deve ser realizada no 
máximo 15 dias após a primeira., para avaliar resultados dos 
exames e adotar medidas necessárias. 
 Há uma relação entre o início precoce e o número e a 
regularidade das consultas com bons resultados materno e 
perinatal. 
 A quantidade de consultas pode varias de acordo com a 
demanda da paciente (risco etc) 
AVALIAÇÃO DE RISCO 
• Avaliação de risco deve ser realizada desde a 1ª consulta e 
atualizada (reavaliada) nas consultas seguintes; buscando avaliar 
o mais precocemente possível anormalidades clinicas e 
obstétricas. 
• A partir da anamnese e exame clinico, aliada aos exames 
complementares. 
• Presença de fatores de risco determina encaminhamento ao 
pré-natal de alto risco. 
• Fatores geradores de risco gravídico 
 Características biopsiquicas e socioculturais: idade (<16 ou 
>35); estatura < 1,45m; peso < 40 kg ou > 75 kg; aumento 
de peso menor de 7 KG até a 35 semana; solteira; 
instabilidade familiar; baixa renda familiar; < 3 consultas até 
a 35ª semana; hábitos de vida -> fumo, álcool, drogas 
 História reprodutiva desfavorável: infertilidade. Ultimo parto 
há mais de 5 anos; aborto iterativo; restrição de 
crescimento intrauterino; partos prematuros; morte 
perinatal; RN malformado; multi ou nuliparidade; síndrome 
hipertensiva ou hemorrágica; cirurgia uterina previa. 
 Intercorrências clinicas: cardiopatia, pneumopatia, 
hemopatia, HAS, endocrinopatia, epilepsia, neuropatias, 
uropatias (doença inflamatória pélvica, infecção do trato 
urinário); ginecopatias; imunopatias. 
 Intercorrências obstétricas na gravidez atual: crescimento 
uterino anormal; restrição de crescimento intrauterino; 
alterações sistema amniótico; ruptura prematura das 
membranas; trabalho de parto prematuro; pré-eclâmpsia; 
síndrome hemorrágica; isso-imunização; pós-datismo. 
• O IDEAL seria um pré-natal cuidadoso (de alto risco) para todas 
as pacientes; todas as gravidezes possuem riscos. 
• Fatores de risco que devem indicar encaminhamento para Uni-
dade de Urgência/Emergência: 
 Síndromes hemorrágicas, 
 Suspeita de eclampsia, 
 Crise hipertensiva (pa >160x110), 
 Aminiorrexe prematura, 
 Hemoglobina < 8, 
 Trabalho de parto prematuro, 
 Suspeita/diagnóstico de abdome agudo, 
Práticas Médicas II – 5º período Ginecologia e obstetrícia Denise Matos – Turma 108 
Aula dia 17/02/2021 Prof. Stanley 
 Cefaleia intensa e súbita. 
SEMIOLOGIA (PRIMEIRA CONSULTA) 
• Anamnese e exame físico devem ser detalhados, abrangendo o 
maior número possível de informações. 
DIAGNÓSTICO DE GRAVIDEZ (CLINICO E LABORATORIAL) 
• Sinais de presunção: atraso menstrual, amenorreia. Investigar 
cronologia. Manifestações clínicas e anatômicas 
 Clinicas: náuseas e vômitos, tonturas, sonolências, polaciúria, 
nictúria, alterações do apetite; sialorreia. 
 Anatômicas: aumento das mamas, presença de tubérculos 
de Montgomery, colostro; sinal de Jacquemier/Chadwich 
 Sinal de Jacquemier: um dos primeiros sinais de gravidez.; 
consiste na alteração da coloração dos genitais (vulva, 
vagina e colo do útero) para uma cor mais azulada; causada 
pelo aumento do fluxo sanguíneo naquela área e a 
decorrente congestão venosa. 
• Sinais de probabilidade: aumento do útero; Sinal de Hegar; sinal 
de Nobile-Budin; teste laboratorial positivo (B-HCG) 
 Sinal de Hegar: amolecimento do istmo uterino percebido 
por meio do exame de toque ginecológico; consistência 
semelhante à labial. Quando não grávida, consistência 
semelhante à ponta do nariz. 
 Sinal de Nobile-Budin: abaulamento do útero gravídico ao 
toque do fundo de saco; corpo amolecido e globoso 
• Sinais de certeza: ausculta de batimentos cardíacos fetais 
(BCFs); percepção de mvoimentos fetais (MFs); observação do 
embrião em US. 
ANAMNESE 
• Gravidez atual: investigar data da última menstruação; tipo 
menstrual; motivação (planejada ou não oportuna) -> 
estabelecer idade gestacional e data provável do parto. 
• Antecedentes obstétricos: gesta/paridade; intercorrências; 
tipos de parto (vaginal/cesáreo); complicações 
• Avaliação ginecológica: vida sexual e DSTs; uso de contracepção 
(método, duração, etc); último exame preventivo; queixa genitais 
atuais. 
• Hábitos de vida: tabagismo, etilismo, drogas ilícitas, ocupação 
habitual. 
• Antecedentes mórbidos pessoais: alergias (fatores ambientais, 
asma brônquica, medicamentos, outras atopias), doenças 
relevantes passadas ou atuais (investigar tratamento); cirurgias 
prévias (uro ou ginecológicas) e eventuais traumas, 
especialmente da bacia. 
• Antecedentes familiares: gemelidade dizigótica na linhagem 
materna; diabetes melitus; outras doenças de caráter 
hereditário. 
 
EXAMES COMPLEMENTARES 
• Hemograma, tipagem (ABO/Rh), glicemia em jejum, sumario de 
urina, CDRL, Hbs-Ag, IgM e IgG para T/R/CMV, TGO/TGP, 
TSH/T4 livres; US entre a 11ª e 14ª semana, teste anti HIV I e 
II, outros exames eventuais, específicos. 
PRESCRIÇÕES/ORIENTAÇÕES 
• Ac. Fólico 5mg/dia até 14ª semana 
• Suplemento vitamínico-mineral para gestantes com carência 
alimentar (S04Fe 50-100 mg/dia) 
• TT/Dt a partir de 4-5 meses. dTpa entre 27-36 sem; outras 
(influenza, hepatites A/B) 
• Sintomáticos/ Apoio psicológico 
• Orientações sobre alimentação, repouso, atividade física. 
• Nutrição: dieta hiperproteica e hipocalórica (hipoglicídica e 
hipolipídica) 
• Habito de vida: alimentação moderada a intervalos curtos e 
regulares, sendo leve pela noite, evitar deitar logo após 
refeições; atividade física moderada; atividade sexual normal; 
evitar duchas vaginais; uso se sutiã e evitar sucção do mamilo; 
estão proscritosfumo, álcool e outras drogas. 
CÁLCULO DA IDADE GESTACIONAL (IG) E DA DATA 
PROVÁVEL DE PARTO (DDP) 
• Clínica: data da última menstruação; ausculta batimentos fetais, 
início da percepção dos movimentos fetais; AFU 
• Ultrassonográfica: medidas do saco gestacional; CCN, DBP e CF 
• Regra de Nagele: determina IG; baseada na data da última 
menstruação; somar o número de dias corridos desde a data da 
última menstruação até o dia no qual está sendo avaliada a IG e 
dividir por 7; 
 
• USG: permite calcular a idade gestacional.; a melhor US para 
cálculo é a realizada no 1º trimestre. 
• Calculo da data provável do parto (DDP): soma-se 7 aos dias da 
DUM e 9 ao número referente ao mês em que a DUM ocorreu. 
 
EXAME FÍSICO: 
• Deve ser completo, abrangendo dados vitais, enfatizando para 
paciente sobre alterações fisiológicas da gestação, inclusive as 
que ainda poderão surgir. 
• Geral: realizar exame físico geral suscinto, mas completo 
(estado geral; PA; peso; edema; ausculta cardio-pulmonar) 
Práticas Médicas II – 5º período Ginecologia e obstetrícia Denise Matos – Turma 108 
Aula dia 17/02/2021 Prof. Stanley 
• Obstétrico: inspeção, palpação (manobra de Leopold), ausculta 
fetal, toque combinado ao exame ginecológico. 
 Manobra de Leopold 
• Ginecológico: exame das mamas e dos genitais (especular e 
citologia) 
• IMPORTANTE: cálculo do IMC e estimativa de ganho de peso; 
exame físico obstétrico e exame físico ginecológico. 
CÁLCULO DE IMC E ESTIMATIVA DE GANHO DE PESO: 
BASE PARA FUTURAS ORIENTAÇÕES SOBRE HÁBITOS 
DE VIDA 
• Ganho de peso: habitual na gravidez; mas não devem 
ultrapassar os parâmetros esperados por representar mais 
riscos à saúde da gestante e do feto. 
• Utiliza-se como referência o IMC antes da gestação 
 
EXAME FÍSICO OBSTÉTRICO 
• Inspeção: abdome globoso ou ovoide; alterações na pele 
(estrias); hiperpigmentação da linha alba (linha nigra). 
• Palpação: objetiva avaliar o útero e suas possíveis alterações de 
tônus e superfície e determinar apresentação, situação, 
posição e insinuação fetal com a manobra de Leopold-Zweifel. 
 Alteração do tônus: hipertonia -> pode indicar descolamento 
prematuro da placenta 
 Alteração da superfície: irregularidades -> pode indicar 
miomas 
• Manobra de Leopold-Zweifel.: determina a: 1 situação fetal 
(relação entre o maior diâmetro fetal e o maior diâmetro 
materno; longitudinal ou transversa); 2 a posição (posição do 
dorso fetal em relação ao lado direito ou esquerdo da mãe); 3 a 
apresentação (grau de penetração do feto na bacia; cefálica, 
pélvica ou córmica); e 4 a insinuação (o quanto o feto esta 
preenchendo a pelve materna) 
 
 
• Ausculta dos batimentos cardiofetais (BCF): melhor realizada 
após a manobra de Leopold; pois é melhor escutada na região 
dorsal do feto (dado entregue pela manobra). Ouvidos em torno 
da 12ª semana (com o Sonar) e da 20ª semana (com o Pinard). 
 Sinal de certeza de gravidez 
 Normal: 120-160 bpm 
 Ausência: indica investigação de óbito fetal (afastar 
condições que prejudicam a ausculta como obesidade e 
dificuldade em encontrar o dorso). 
• Mensuração da altura uterina: avaliar o crescimento fetal de 
acordo com a IG, diagnosticando crescimentos acima ou abaixo 
do esperado. Deve ser realizado com a gestante em decúbito 
dorsal com abdome descoberto; delimita-se borda superior da 
sínfise púbica, marca-se 0cm na fita métrica, realiza-se a 
leitura da fita até atingir o fundo uterino. 
 
 Medida verificada em cm deve ser anotada no cartão 
gestacional e colocada na curva de valores 
 Repetir em cada consulta 
 Existe correlação entre medica de altura uterina e IG, 
entretanto, não é o método indicado para cálculo da IG. 
Utiliza-se para avaliar se o crescimento fetal está adequado 
de acordo com a IG. 
 
Práticas Médicas II – 5º período Ginecologia e obstetrícia Denise Matos – Turma 108 
Aula dia 17/02/2021 Prof. Stanley 
 
 Alterações que determinam Aumento da altura uterina: 
polidrâmnio, gemelaridade, macrossomia, etc 
 Alterações que determinam altura uterina reduzida: 
oligodramnio, restrição de crescimento, óbito fetal, etc. 
EXAME FÍSICO GINECOLÓGICO 
• Mama, abdome (já verificado no obstétrico), inspeção da vulva, 
toque vaginal e exames especular. 
• Mamas: na inspeção, percebe-se sinais de prepação das 
mamas para amamentação. Aumento de volume, sinal de Hunter 
(aréola gravídica), tubérculos de Montgomery e rede de Haller 
(todos sinais de presunção de gravidez). Avaliar presença de 
mamilos invertidos ou pouco desenvolvidos e orientar a paciente 
quando a exercícios para expressão dos mesmos. 
 Sinal de Hunter: aréola gravídica; surgimento de aréola 
secundaria menos pigmentada e de limites imprecisos. 
 Tubérculos de Montgomery: pápulas na área da aréola 
principal; decorrentes de glândulas mamarias acessórias ou 
sebáceas hipertrofiadas. 
 Rede de Haller: trama de vasos venosos da pele mais 
evidenciada -> MELHOR CIRCULAÇÃO DA MAMA. 
 
 
• Toque vaginal: apenas quando necessário; não representa risco 
a saúde fetal. Objetivo: diagnostico de gestação, analisar 
pelvimetria, analisar esvaecimento e dilatação do colo uterino. 
 Pelvimetria: influencia no prognostico do parto (vaginal ou 
não), pelo cálculo do diâmetro da pelve. 
• Exame especular: realizado na 1ª consulta para preventivo, 
caso a paciente não tenha feito no último ano; realizar quando 
houver queixa de perda de líquido amniótico, leucorreia ou 
sangramento; permite caracterizar a parede vaginal e uterina 
SISTEMATIZAÇÃO DIAGNOSTICA: 
• Diagnostico obstétrico de normalidade (DON) 
• Diagnostico obstétrico Patológico Pregresso (DOPP) 
• Diagnostico Obstétrico Patológico Atual (DOPA) 
• Diagnostico Ginecológico (DG) 
• Diagnóstico Clínico-Cirúrgico (GCG) 
ORIENTAÇÕES GERAIS E QUEIXAS COMUNS 
• Dialogo sobre gravidez e alterações fisiológicas; esclarecer 
sobre queixas comuns 
 Queixas mais comuns: náuseas, azia, câimbras, dores 
lombares e pélvicas, obstipação, veias varicosas e edema. 
 Intervenções: 
 
ORIENTAÇÕES GERAIS: 
• Evitar duchas vaginais: aumentam taxas de vaginose 
• Evitar esforço físico extenuante 
• Evitar radiação ionizante 
• Não há restrição para atividade sexual 
• Drogas e álcool devem ser suspensos 
• Medicamentos devem ser utilizados apenas sob prescrição 
Práticas Médicas II – 5º período Ginecologia e obstetrícia Denise Matos – Turma 108 
Aula dia 17/02/2021 Prof. Stanley 
 
 
• Sinais de alarme: procurar atendimento médico para devida 
avaliação 
 Perda de liquido 
 Sangramento genital 
 Redução dos movimentos fetais 
OLIGOELEMENTOS 
• Orientações e prescrição de suplementação de micronutrientes 
que contribuem para uma boa saúde da gestante e do feto. 
• Ferro: suplementação reduz em 70% o risco de anemia na 
gestação e puerpério. Recomenda-se ingesta de 40mg/dia de 
ferro elementar (200mg de sulfato ferroso), 1 hora antes das 
refeições devendo à mesmo ser mantida por 3 meses no pós-
parto ou pós-aborto. 
• Ácido fólico (vitamina B9): contribui para o fechamento do tubo 
neural que acontece na 6ª semana de gestação. fundamento da 
prevenção de defeitos de fechamento de tubo neural. 
Recomenda-se 0,4-0,8mg/dia de ácido fólico 1 mês antes da 
gravidez até a 12ª semana de gestação 
 População de alto risco: 5mg/dia. 
 Defeitos no tubo neural: espinha bífida, meningomielocele, 
acrania, anencefalia, meningocele, Encefalocele 
• Calcio: recomenda-se suplementação em populações com 
deficiência do mesmo e nas mulheres com risco de desenvolver 
hipertensão e pré-eclampsia. 1,5-2g de cálcio diariamente, 
ressaltando que a gestante precisa ter cerca de 30g de cálcio 
por dia para garantir uma boa formação do esqueleto fetal. 
EXAMES COMPLEMENTARES 
• Objetiva identificar e diagnosticar problemas de forma precoce 
para abordá-los adequadamente e garantir uma boa assistência 
a mãe e ao bebe.• Exames a serem pedido no 1º trimestre: tipagem sanguínea 
(abo/rh) e teste de coombs indireto se indicado; hemograma 
completo; glicemia de jejum; urina i com 
urocultura/antibiograma; sorologias: rubéola, toxoplasmose; 
sífilis, citomegalovírus, hepatite b, hepatite c e hiv; tsh; 
protoparasitológico de fezes (ppf); colpocitologia oncológica; 
ultrassonografia morfológica de 1º trimestre com perfil; 
bioquímico. 
• Exames a serem pedidos no 2º semestre: hemograma 
completo; teste de tolerância oral à glicose (ttog) de 75 g; 
sorologias: toxoplasmose e sífilis; ultrassonografia morfológica 
de 2º trimestre com dopplerfluxometria colorida das artérias 
uterinas maternas e avaliação do colo por via vaginal. 
• Exames a serem pedidos no 3º semestre: hemograma 
completo; sorologias: sífilis, toxoplasmose, hepatite b e hiv; urina 
i com urocultura/antibiograma. cultura seletiva para 
estreptococo hemolítico de introito vaginal e perianal; 
ultrassonografia obstétrica com dopplerfluxometria colorida; 
ecocardiografia fetal; cardiotocografia basal. 
• Tipagem sanguínea: objetiva selecionar pacientes com risco de 
isoimunização Rh (gestantes Rh negativo com parceiro Rh 
positivo) -> se Coombs indireto por positivo, gestante deve ser 
encaminhada para pre-natal de risco. 
• Hemograma: eritrograma, avaliar hemoglobina e investigar 
anemias; leucograma costuma estar aumentado na segunda 
metade da gravidez; plaquetas apresentam tendência a queda. 
• Glicemia em jejum: solicitada para todoas gestante na primeira 
consulta; investigar diabetes gestacional. 
• Urina tipo I e urocultura: urina tipo 1 no pre-natal de baixo risco; 
urocultura em caso de piúria, bacteriúria ou hematúria, ou para 
rastrear bacteriúria assintomática e evitar possível pielonefrite. 
• Rubéola: rastreio da imunidade da gestante para rubéola no 
inicio do pre-natal; iGg positivo tem risco mínimo de transmissão 
vertical; iGg negativo são suscetíveis; vacinar após parto (não é 
permitido durante a gravidez). 
• Toxoplasmose: investigar imunidade, infecção aguda, infecção 
antiga; e orientar quanto a prevenção. 
• Sífilis: diagnostico no 1º trimestre permite tratamento até 30 
dias antes do parto. 
Práticas Médicas II – 5º período Ginecologia e obstetrícia Denise Matos – Turma 108 
Aula dia 17/02/2021 Prof. Stanley 
• Citomegalovirus: não há consenso para tal investigação; 
diagnostico difícil, infecções podem ocorrer por reativação e 
não há tratamento que previna a infecção fetal. 
• Hepatites B e C: se negativo, repetir no 3º trimestre; se 
positivo, pesquisar outros antígenos e anticorpos; c é 
reservado para gestante de risco. 
• HIV: recomenda-se sorologia durante o pre-natal e repetição no 
final da gravidez. 
• TSH: busca diagnostico clinico de doenças da tireoide, que podem 
ter seus sintomas confundidos com os da gravidez. 
• Paratologico de fezes: solicitado em pacientes com anemia ou 
população de risco. 
• Cultura de estreptococos (GBS): fazem parte da microbiota 
natural vaginal e intestinal; entretanto, está associado ao 
aumento da morbimortalidade perinatal, podendo ser 
transmitida ao RN levando a pneumonia, septicemia e meningite. 
Exame deve ser realizado por volta da 35ª semana coletando 
culta do introito vaginal e perianal, para que seja realizada 
profilaxia adequada intraparto. 
 
• Rastreamento de cromossomopatia fetal: feito pelo teste de 
DNA livre fetal, realizado em pacientes com 10 semanas de 
gestação ou mais; identifica síndromes de Down, Patau e 
Edwards, e alterações nos cromossomos sexuais síndromes de 
Turner e Kleinefelter. 
EXAMES ULTRASSONOGRÁFICOS 
• Não existem estudos que comprovem benefícios para 
morbimortalidade; entretanto, trata-se de um exame de rotina 
para investigar bem estar fetal, restrição do crescimento fetal 
(caso haja) e avaliação e complicações clínicas. Exame não traz 
malefícios. 
• USG inicial: determina IG com maior precisão; importante para 
avaliar gestação múltipla e viabilidade fetal; detecção precoce e 
manejo de condições que possam se apresentar no início da 
gravidez. 
• USG 1º trimestre: entre 11ª e 14ª semanas; triagem de 
cromossomopatias (avaliação do osso nasal), avaliar 
transluscência nucal e presença do ducto venoso). 
• USG 2º trimestre: 20ª e 24ª semanas; avaliar todos os 
sistemas do feto e identificar possíveis mal-formações; estudo 
do fluxo das artérias uterinas (identificar mulheres com risco 
de pré-eclampsia); identificar fetos com maior risco de 
crescimento restrito; medir colo e estimar risco de parto 
prematuro (avaliar indicação do uso de progesterona). 
• USG 3º trimestre: entre 34 semanas; avaliar crescimento 
fetal, quantidade de líquido amniótico e placenta. 
 
VACINAS 
• Profilaxia para doenças infecciosas. 
• Vacinas que utilizam vírus vivo: contraindicadas pelo risco de 
transmissão fetal 
• Vacinas de vírus inativado: consideradas mais seguras após o 
4º mês da gestação 
• Toxoides: permitidos; ex vacina antitetânica. 
• Vacinação de rotina: Hepatite A, Hepatite B, Influenza 
(inativada); dT (difteria + tétano), DTPa (tríplice bacteriana: 
difteria, tétano e coqueluche). 
• Vacinação especial: meningocócica e raiva. 
 
Práticas Médicas II – 5º período Ginecologia e obstetrícia Denise Matos – Turma 108 
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CONSULTAS SUBSEQUENTES 
• Avaliação suscinta do tratamento das queixas anteriores 
• Avaliar resultado dos exames solicitados 
• Avaliação materna e do desenvolvimento fetal: 
 Aferir PA e peso; analisar coloração das mucosas; presença 
de edemas. 
 Exame obstétrico: altura do fundo de utero; estática fetal, 
ausculta dos BCF, etc... 
• Atualização da avaliação do risco gravídico 
 
SOLICITAÇÃO DE EXAMES COMPLEMENTARES 
• US morfológico de 2º trimestre (22-24 semanas); US 34-36 
semanas (eventual) 
• Hemograma (eritro), EAS, sorologia para lues e Anti-HIV (2º e 
3º trimestre) 
• Outros: IgM d IgG (quando IgG foi negativa no exame anterior); 
glicemia (TOTG-S 28ª semana); doppler obstétrico (24-8 
semana, artérias uterinas e umbilical; 34-38 semana, umbilical e 
cerebral media); coombs indireto nas Rh negativo não 
sensibilizadas. 
QUEIXAS COMUM NA GRAVIDEZ 
• Náuseas e vômitos: questionar e corrigir habito alimentar; 
sugerir alimentos secos e sólidos ricos em carboidrato desjejum; 
fracionado das refeições em 6 diárias; antieméticos. 
Medicamentos: dimenidrato, bromoprida, metoclopramida, 
meclizina. 
• Pirose (azia, queimação): fracionamento das refeições, evitar 
deitar após as refeições, leite gelado; medicações hidróxido de 
alumínio 1h após refeições 3º trimestre; cimetidina, pantoprazol 
• Constipação intestinal: adequação da dieta. Medicação: laxativo, 
concentrado de fibras vegetais, óleo mineral. 
• Hemorroidas: alimentação adequada (fibras), banho de assento 
com água morna. Medicação: supositório, pomada corticoide e 
analgésica; tratamento cirúrgico excepcional 
• Varicosidades: evitar ortostatismo, movimentar MMII, repouso 
com MMII elevados; uso de meias-calças elásticas 
• Câimbras: esticar pé ao acordar, evitar ingesta de fosforo, 
hiperextensão do membro nas crises, massagem ou calor local; 
• Leucorreias: normais; caso haja alteração do aspecto, odor ou 
sintomas associados, investigar etiologia. 
• Alterações de adaptação (fisiológicas) 
 Palpitações e FC/ lipotimia (vasodilatação/hipoglicemia) 
 Gengivite/gengivorragia (epúlide) 
 Sialorreia: ext. beladona (Atroveran) 10 mg 3x/dia, 
eventualmente 
 Edema/poliaciúria, nictúria, insônia ou hipersonia 
 Dispneia/obstrução nasal/ epistaxe 
 Dores abdominais (útero), lombares e quadril (lordose) 
ESCLARECIMENTOS DA CONSULTA DO ÚLTIMO MÊS 
• Orientar acerca das limitações de atividades físicas e sexuais 
• Falar sobre fase do pré-parto 
• Esclarecer sobre perda do tampão mucoso, sinal de parto e 
perda de liquido 
• Informar como reconhecero início de trabalho de parto, para 
dirigir-se a maternidade para exame 
• Orientar sobre alimentação em pródromos e início do trabalho 
de parto 
• Falar sobre duração do trabalho de parto e as características 
da dor.

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