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Clínica de Silvestres

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Resumo Clínica de Silvestres
1. Aves Anatomia e Nutrição
Sistema Tegumento: 
• Pele delgada
• Queratina – penas, patas e bico
• Glândula uropigiana (localiza-se na base da cauda): Secreta uma substância oleosa utilizada para ajudar na impermeabilização de todas as penas e termorregulação (aves aquáticas não se molham – gotícula de água não entra na pena) 
• Tipos de Penas: Rêmiges (pena das asas) e Retrizes (pena da cauda) / Cálamo é o canhão da pena (sustenta a pena) 
 Penas novas ainda possuem sangue (tem suprimento sanguíneo pelo canhão – nunca cortar essa pena já que pode gerar hemorragia) e estão em formação.
 Quando as penas são cortadas de maneira errada, causam desequilíbrio do animal levando-o a ter alguns traumas causado por queda 
 Quando realizar o corte é importante faze-lo por baixo das coberteiras, que ficam por cima das penas primárias, assim não aparece a ponta do canhão.
 Sempre realizar nas duas asas para não causar desequilíbrio. 
 Sistema Respiratório:
• Pulmões são fixos (não expandem) mas realizam troca gasosa através de parabrônquios. Quem direciona o ar a esses pulmões são os sacos aéros (9 ao todo) 
• A troca gasosa acontece na primeiria expiração, através dos capilares que ficam nos parabrônquios. Esse tipo de respiração tem um ciclo de duas fases = o ar chega pela traqueia e é encaminhado para sacos aéreos caudais que direcionam na expiração aos parabrônquios fazendo essa troca gasosa, posteriormente deixando o ar pobre em oxigênio, sendo esse encaminhado para sacos aéreos craniais e eliminados pela traqueia novamente.
Sistema Cardiovascular:
• Desenvolvimento das linhagens – excedem limites fisiológicos
• Impulsão do sangue pelo coração através dos vasos com padrão circulatório
• Coração localizado no tórax com pequeno desvio à esquerda com 2 átrios e 2 ventrículos
• Frequência cardíaca – 250 a 550 batimentos/minuto
• Volume de sangue – 7% do peso corporal
Sistema Digestório: 
• Esôfago
• Papo (inglúvio): armazenar comida e permitir que o animal tenha energia / Ingerir grande quantidade de alimento de uma vez
Cuidado com papo cheio na contenção!! Inglúvio cheio dificulta/impede coleta de sangue na jugular!
• Proventrículo (digestão de proteínas) e Ventrículo / Moela (Trituração do alimento e mistura secreções digestivas com alimentos)
• Fígado, Intestinos, Pâncreas, Ceco
Sistema Urinário: 
• Rins
Dividido em medial, cranial e caudal
Em passeriformes o medial é fundido com o cranial
Localizados na depressão ventral do sinsacro – dissecção é difícil
Não há diferenciação clara de cortex e medula como em mamíferos
Dois tipos de néfrons: Com alça de Henle (10-30% dos néfrons) / Sem alça de Henle (maior parte – “néfrons reptilianos” – não é capaz de deixar a urina concentrada)
• Produzem ácido úrico no final do metabolismo de nitrogênio
• Vantagem na produção de urina dentro dos ovos, pois a uréia é tóxica, o que impediria o crescimento dos embriões
- Sistema Porta Renal: Quando medicamentos são aplicados nos membros pélvicos, o sangue pode ir direto para os rins, aumentando a chance de nefrotoxicidade. Medicamento pode ser eliminado antes de ser distribuído para o organismo. Sempre dar preferência para região anterior ao administrar medicamentos. Sistema porta-renal só abre quando o animal tiver ativado o sistema simpático. 
Sistema Reprodutor Feminino: 
• Ovários - Localizados caudal as glândulas adrenais, perto do porção inicial da parte cranial do rim
• Fêmeas em período de reprodução apresentam diversos folículos (gemas)
• Animais jovens e adultos fora da época reprodutiva – ovário e oviduto pequeno e inativo (atresia)
• Oviduto - unilateral na maioria das espécies
Sistema Reprodutor Masculino:
• Testículo intracavitário
• Dois testículos – região cranial dos rins
• Mudança de cor e tamanho durante período reprodutivo
• Ausência de Pênis – falo erétil (algumas espécies)
Nutrição:
Psittaciformes
• Granívoros – sementes
• Frugívoros – frutas
• Nectarívoros – néctar de flores 
Piciformes
• Onívoros
• Ração específica
• Frutas
• Pequenos roedores e aves
• Insetos
Passeriformes
• Granívoros
• Insetívoros
• Ração específica
• Frutas e verduras
• Insetos (tenébrios)
2. Enfermidades em Aves
Bornavírus: Doença da Dilatação proventricular 
Etiologia: Bornavírus da família Bornaviridae composto por vários genótipos (espécies): Genótipos de psitacídeos: PaBv-1, PaBv-2, PaBv-3 e PaBv-4 (Estados Unidos) / PaBv-5 (Japão) / PaBv-6 (Suiça) / PaBv-7 (Alemanha) / PaBv-2 e 4 (Brasil)
Patogenia: Transmissão oro-fecal, com via de eliminação pelas fezes, podendo ter portadores sem sinais clínicos e saudáveis. Esse vírus tem um tropismo por nervos, logo pode afetar tanto a inervação do sistema do TGI (proventrículo) como também o cérebro. No estômago ocorre um infiltrado linfoplasmocitário, impedindo a passagem dos alimentos e provocando dilatação dessa área
Sinais Clínicos: Presença de alimento não digerido nas fezes (TGI) e Ataxia, alteração em propriocepção, tremores (cérebro)
Diagnóstico: Histórico e sinais clínicos, RX (simples e/ou contrastado), Achados macro e micro de necropsia, Detecção de RNA (RT-PCR) e de anticorpos (ELISA), Diagnóstico diferencial: Corpo estranho ou Megabacteriose
Prevenção: Antibiótico (infecções secundárias), metoclopramida (motilidade), fluidoterapia, gavagem (suporte nutricional)
Doença de natureza inflamatória: celecoxibe
Circovírus: Doença do bico e das penas de psitacídeos
Etiologia: Circovírus é um vírus não envelopado, da família Polyomaviridae. Muito comum em catatuas (aves exóticas) 
Patogenia: O vírus é eliminado pelo pó das penas e fezes (Transmissão por via oral-fecal, aerógena e vertical), com período de incubação de 21 dias a anos;
O vírus se instala e afeta tecido linfóide - intestinal, facilitando infecções secundárias – imunossupressão, e se dissemina para outros órgãos e tecidos (TROPISMO de ÓRGÃOS LINFÓIDES: BURSA, TIMO, TECIDO LINFOIDE INTESTINAL - DESTRUIÇÃO desses ÓRGÃOS. PROGRESSÃO para FIGADO, PELE, BAÇO, MEDULA ÓSSEA - DESTRUIÇÃO DESSES ORGÃOS, COM ISSO TEMOS ALTERAÇÕES sanguíneos COMO ANEMIA, LEUCOPENIA...). Podem muito facilmente adquirir infecções secundárias, já que o sistema imune está comprometido.
Sinais Clínicos: 
Hiperaguda: neonatos apresentam pneumonia, enterite, sepse e óbito.
Aguda: jovens em fase de muda desenvolvem apatia, alteração no desenvolvimento de penas, diarreia e óbito.
Crônica: adultos apresentam distrofia de penas, sangramentos, perda da pigmentação, alongamento de bico, necrose de palato e ulceração da mucosa oral.
Imunossupressão – infecções secundárias
Diagnóstico: Achados macroscópicos (Necrose de Bursa e Timo/ Necrose e hiperplasia das células epiteliais na camada epitelial intermediária e basal) e PCR ou Histologia: Corpúsculo de inclusão intranuclear basofílico
Prevenção: Não há tratamento específico, sendo preconizado o tratamento sintomático e prevenção de infecções secundária. Por ser extremamente contagioso, deve tomar cuidado com proprietários que possuem mais de uma ave e evitar contato com outros animais quando estiver na clínica veterinária
Clamidiose: zoonose (notificação obrigatória)	
ETIOLOGIA: Bactéria Chlamydophila psittaci gram negativa e intracelular obrigatória, pode acometer tanto aves silvestres como exóticas, mas principalmente os pstaciformes - calopsitas. Existem vários sorovares, sendo o A endêmico, causando infecções esporádicas em humanos e o D extremamente virulento. 50-80% de morbidade e 10-30% de mortalidade nas mais virulentas. 
PATOGENIA: contato direto (fezes, secreções e aerossóis). doença clínica é induzida por fatores estressantes associados ao manejo inadequado, como má nutrição e excesso populacional
SINAIS CLÍNICOS: prostração, anorexia, desidratação, secreção ocular, nasal ou conjuntival, conjuntivite, blefarite, dispneia, poliúria, biliverdinúria e diarreia.
DIAGNÓSTICO: detecção do agente etiológico por PCR (Reação em Cadeia pela Polimerase) em amostras (swab) de cloaca ou coana ou dos órgãos mais acometidos:fígado, baço e sacos aéreos, e sorologia.
Notificar a ocorrência da doença às autoridades sanitárias; testar aves suspeitas e aves que tiveram contato com aves positivas por PCR e acompanhar a evolução da doença no plantel; e isolar e tratar aves positivas ou suspeitas
PREVENÇÃO: Limpeza e desinfecção do ambiente.
TRATAMENTO: DOXICICLINA (10 – 20 MG/KG VO, BID) POR 45 DIAS
Megabacteriose:
ETIOLOGIA: Fungo Macrohabdus ornithogaster com transmissão por contato direto (fezes) 
PATOGENIA:
SINAIS CLÍNICOS: regurgitação, polifagia, perda de peso, alimento não digerido nas fezes, diarreia, dilatação proventricular/ventricular
DIAGNÓSTICO: Sinais clínicos, Achados radiográficos e Exame de coloração de Gram
PREVENÇÃO: Tratamento: Anfotericina B (100 mg/Kg VO, BID por 7 dias)
 Nistatina (20 a 30 dias) ou Fluconazol
 Probióticos
Hipovitaminose A: 
ETIOLOGIA: quantidade de vitamina A insuficiente na alimentação ou alterações de absorção (ex: parasitas intestinais) – muito comum em dietas utilizando somente sementes
PATOGENIA:
SINAIS CLÍNICOS: ressecamento e irritação da conjuntiva ocular e da córnea, resultando em opacidade e infeção, infecções e alterações em epitélio de trato respiratório, alteração em epitélio de pele e patas
DIAGNÓSTICO: histórico alimentar, sinais clínicos e dosagens de vitamina A
PREVENÇÃO: suplementação com vitamina A (parenteral), tratar infecção secundária, correção da dieta (cenoura, manga, melão, melancia, espinafre, couve)
Lipidose:
ETIOLOGIA: mais triglicerídeos do que o metabolismo suporta = acúmulo de triglicerídeos – lipidose hepática
Fatores predisponentes: alimentação inadequada, falta de exercício e idade da ave
PATOGENIA:
SINAIS CLÍNICOS: anorexia (conforme a lesão hepática se agrava – impossibilitando a metabolização correta de tudo que a ave consome), letargia, fraqueza, diarreia, PU/PD, penas com alteração de cor, dispneia (compressão de sacos aéreos pelo fígado), uratos amarelados ou esverdeados, aumento de volume abdominal, ascite, coagulopatias, anormalidades em bico e unhas (por alteração por alteração nas vitaminas que o fígado produz) 
Consequências da obesidade: lipidose hepática, aterosclerose, imunossupressão, aumento na incidência de diabetes melitos, neoplasias e riscos inerentes à anestesia
DIAGNÓSTICO: Exame radiográfico - hepatomegalia (ampulheta cardíaca), Ultrassonografia, ascite, Biópsia ou citologia guiada por US, Tomografia, Ressonância
PREVENÇÃO: Dieta com baixo teor de gordura, uso de Vitaminas antioxidantes, quando se tem Anemia – Vitamina B e Ferro, Silimarina
3. Roedores e Lagomorfos 
• Herbívoros (alimentos estão relacionados ao desgaste/manutenção dos dentes que continuam crescendo) X Onívoros
• Praticam a coprofagia (cecotrofia: ingestão das primeiras fezes do período da manhã) – Coelhos
• Bolsas faciais – estoque de alimento (Hamster)
• Hábitos noturnos X Hábitos crepusculares (porquinho da índia)
• Respiração obrigatoriamente nasal (nunca vão respirar de boca aberta – indicativo de doença!) 
• Possuem orelhas compridas e com bastante vascularização – que favorece a termorregulação – Coelhos (frio: vasoconstrição / calor: vasodilatação) 
• Comportamento territorial (exceto porquinho da índia) 
• Crescimento contínuo dos dentes (Coelhos, Cobaias e Chinchilas)
Ordem Lagomorpha 
2 famílias (Ochotonidae/coelho e Leporidae/lebre)
- O ceco é a maior porção do TGI, com capacidade de até dez vezes a do estômago - Ingere os cecótrofos direto do ânus (Composição: rica em proteínas, nitrogênio, fibra, vit. B) 
- Os lagomorfos diferem dos roedores por possuírem 2 pares de dentes incisivos superiores (dentes com longas raízes) e 1 par de incisivos inferiores 
- O sistema urinário está envolvido no metabolismo do cálcio. A excreção de cálcio e magnésio pela urina, torna a vesícula urinária e os rins favoráveis à formação de cálculos
- A cor da urina pode variar de amarelo a vermelho; é naturalmente pigmentada pelas porfirinas
- NUNCA fazer contenção pelas orelhas (sempre enrolar em uma toalha ou fazendo prega cervical – apoiando os membros pélvicos)
- Via de Adm Intravenosa: Orelhas (veia auricular ou marginal), Membros .Pelvicos (veia safena lateral) e veia jugular (grandes quantidades de sangue) 
Ordem Rodentia (família Muridae)
- Rato, Mercol ou Twister, Camundongos, Gerbil, Hamster
- Apresenta 1 par de incisivos superiores e 1 par de incisivos inferiores
- Bolsa gutural ou bolsas faciais (Localizam-se no interior da boca, onde estoca alimentos /As mães, quando ameaçadas, escondem seus filhotes)
- Os Porquinhos Da India (cobaia), tem dificuldade em sintetizar vitamina C (Pouca ingesta de vit C causa escorbuto - hipovitaminose C – frouxidão dos dentes – sangramento gengival – dores articulares – anorexia / quando não inclusa na ração, Administrar via oral (50 a 100 mg/kg) – diariamente)
- Na contenção, tirar o estimulo visual / em camundongos realizar prega dorsal / em chinchilas enrolas em uma toalha ou apoiar região ventral – evitar muito manuseio por conta do estresse e perda de pelo
- Via de Administração Intramuscular: Musculatura do Glúteo ou região de quadriceps / Via de Administração Intraóssea: Membros posteriores (tíbia) / Intraperitoneal em ratos e camundongos 
Ordem Rodentia (família Mustelidae) 
- Ferret 
- São carnívoros (Ração específica: Proteína 30% a 40% / Gorduras 18% a 20%)
- Não digerem grandes quantidades de carboidratos ou fibras
- Carne crua e ovo podem ser oferecidos como petisco 1 vez por semana
4. Principais Enfermidades Bacterianas em Mamíferos 
Pasteurelose
Etiologia: Pasteurella multocida
Suscetíveis: coelhos
Transmissão: contato direto, aerossóis, fômites e aleitamento
Sinais clínicos: espirros, estertores, descarga nasal e/ou ocular de coloração esbranquiçada ou amarelada – aspecto leitoso – ducto lacrimal abstruído / quando disseminada para tubas auditivas causa otite e incoordenação motora, head tilt/ quando ocorre disseminação hematógena pode atingir o subcutâneo levando ao aparecimento de abcessos de característica caseosa
Diagnóstico: cultura bacteriana do exsudato, sangue ou tecidos
Tratamento: SUPORTE (ALIMENTAÇÃO - probióticos, FLUIDOTERAPIA, LIMPEZA)
Enrofloxacina VO, 5 – 20 mg/kg, BID, 14-30 dias
Ciprofloxacina (colírio), BID ou TID
Prevenção: manter colônia livre através de testes sorológico
Abcessos
Etiologia: Pasteurella spp*, Staphylococcus spp e Pseudomonas spp.
Suscetíveis: lagomorfos
Fatores predisponentes: má oclusão dentária – raiz cresce muito e leva a uma ferida de pele, fratura dentária, laceração de gengivas e lesões em pele – permitem contaminação bacteriana 
Transmissão: contato direto (com animais infectados) e indireto (através de objetos) 
Sinais clínicos: edema e exsudato purulento (caseoso)
Diagnóstico: exame radiográfico (dentes) e cultura bacteriana
Tratamento: excisão cirúrgica, extração dentária e antibioticoterapia/ozônioterapia 
Enterites Bacterianas
Etiologia: Escherichia coli, Clostridium piliforme, Salmonela spp. e Pseudomonas spp.
Suscetíveis: lagomorfos e roedores
Fatores predisponentes: dietas inadequadas (leva a uma hipomotilidade que altera o equilíbrio da microbiota) ou utilização inadequada de antibióticos
Transmissão: via oro-fecal
Sinais clínicos: diarreia com sangue, desidratação, perda de peso, prolapso retal
Diagnóstico: cultura bacteriana e antibiograma
Prevenção: Correção da dieta (nível adequado de fibras), Probiótico (Lactobacillus)
Enrofloxacina VO, SC ou IM, 5 mg/kg, BID, 14 dias
Sulfa-trimetroprim VO, 15 mg/kg, BID, 14 dias
Suporte (alimentação, fluidoterapia, limpeza)
Pododermatite ulcerativa
Etiologia: Staphylococcus aureus
Suscetíveis: lagomorfos e roedores (cobaia e chinchila)
Fatores predisponentes: erros de manejo (piso de grade, sujo, de matéria orgânica – inadequado: gera atrito -> lesões -> infecções), deficiência de vitamina C* (cobaia) – fragilidade da pele por conta da alteração de colágeno, tornando maissuscetível a infecções secundárias
Transmissão: contato direto (lesões)
Sinais clínicos: úlceras em coxins (região plantar) e disseminação óssea (osteomielite)
Diagnóstico: exame radiográfico e cultura bacteriana
Tratamento: limpeza, antibioticoterapia , bandagem, lazer terapia 
5. Principais Enfermidades Parasitárias em Mamíferos
Encefalitozoonose ou Síndrome vestibular
Etiologia: Encephalitozoon cuniculi (tropismo por sistema neurológico – disseminação para outros órgãos) 
Suscetíveis: lagomorfos* e roedores
Transmissão: via oral (esporos eliminados na urina) ou vertical (mãe para o filhote)
Sinais clínicos: torcicolo, head tilt (síndrome vestibular), ataxia, nistagmo – olho move de um lado para o outro, paresia ou paralisia, convulsões, rolamento, uveíte piogranulomatose (granulomas nos olhos) 
Diagnóstico: sorologia, resposta ao tratamento, sinais clínicos e histopatológico
Diagnóstico diferencial: trauma, otite bacteriana, sarna (Psoroptes), acidente vascular cerebral ou neoplasia
Tratamento: SUPORTE (ALIMENTAÇÃO, FLUIDOTERAPIA, LIMPEZA)
Enrofloxacina VO, SC ou IM, 5 mg/kg, BID, 14 dias
Sulfa-trimetroprim VO, 15 mg/kg, BID, 14 dias
Febendazol VO, 20 mg/kg, SID, 28 dias
Sarna Sarcóptica
Etiologia: Sarcoptes scabiei
Suscetíveis: coelhos
Transmissão: contato direto
Sinais clínicos: crostas brancas ou cinzas em região de olhos, narinas, orelhas e patas
Diagnóstico: microscopia de crostas
Tratamento: ivermectina 0,3 – 0,4 mg/kg, SC, a cada 7 a 14 dias
Sarna Dermodética
Etiologia: Demodex criceti e D. aurati
Suscetíveis: hamster*
Transmissão: contato direto
Sinais clínicos: alopecia em dorso, descamação esbranquiçada (caspa), prurido
Diagnóstico: raspado de pele e microscopia
Tratamento: ivermectina 0,2 – 0,4 mg/kg, SC, a cada 7 dias, 3 tratamentos
6. Principais Enfermidades Não Infecciosas em mamífero 
Tricobezoar
Etiologia: dieta inadequada (pouca fibra – causa hipomotilidade gástrica), manejo inadequado (principalmente de escovação – ingestão de pelos causando acúmulo em estômago) 
Suscetíveis: coelhos
Sinais clínicos: hiporexia, diminuição do volume fecal, prostração, colar de pérolas (fezes unidas por pelo)
Diagnóstico: sinais clínicos, histórico da dieta, palpação e exame radiográfico (intestino com gases)
Tratamento:
Hipercrescimento dentário e má oclusão 
Etiologia: dieta inadequada (pouca fibra – não tem desgaste correto dos dentes, causando hipercrescimento), manejo inadequado
Suscetíveis: lagomorfos e roedores (cobaia e chinchila)
Sinais clínicos: hiporexia, dor, prostração, sialorreia (salivação) com perda de pelos ao redor da boca ou dermatite úmida em queixo e papada
Diagnóstico: sinais clínicos, exame da cavidade oral e exame radiográfico
Tratamento: desgaste dentário e correção da dieta
7. Principais Enfermidades em mamíferos
Cinomose
Etiologia: paramixovírus (Paramyxoviridae)
Suscetíveis: mamíferos (carnívoros)*
Reservatórios: canídeos, mustelídeos e procionídeos
Transmissão: contato direto e aerossóis
Sinais clínicos: anorexia, vômitos, descarga nasal e ocular, diarreia, vermelhidão e erupção em queixo, dermatite em região inguinal, hiperqueratose de coxins, sinais neurológicos (hiperexcitabilidade, convulsões, tremores)
Diagnóstico: histórico, sinais clínicos, sorologia e histopatológico
Prevenção: vacinação*
Hiperadrenocorticismo 
Órgãos: glândulas adrenais
Fatores predisponentes: castração precoce, fotoperíodo prolongado e genética
Sinais clínicos: alopecia simétrica bilateral, prurido, recorrência do comportamento sexual, disúria, aumento de mamas, aumento de próstata
Diagnóstico: sinais clínicos, ultrassonografia, dosagem de hormônios sexuais*
Tratamento: cirurgia ou acetato de leuprolide* (100 a 200 μg/animal/mês)
Insulinoma
Órgãos: pâncreas (células betapancreáticas – excesso de produção de insulina)
Sinais clínicos: hipoglicemia, idade (5 anos), náusea, salivação, incoordenação, fraqueza de membros pélvicos, coma
Diagnóstico: dosagem de glicose após 4 horas de jejum (<60 mg/dl), sinais clínicos, concentração de insulina sérica*, ultrassonografia
Tratamento: cirurgia ou prednisolona* (gluconeogênese), diazóxido (inibição da secreção de insulina)
Metástases são raras – prognóstico bom

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