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Carlos Caique Araujo Mendes Curso de Medicina 3º Período Faculdade Santo Agostinho de Itabuna – Fasai, Afya Educacional Sistemas Orgânicos Integrados – SOI III. Prof. Tutor Henrique Lanza Salmos 23. APG 28 – “INVESÃO ALVEOLAR” Abertura: 21/05/2021 Devolutiva: 25/05/2021. Objetivos: 1. COMPREENDER A FISIOPATOLOGIA DA PNEUMONIA BACTERIANA. 1. Definição; 2. Etiologia; 2. Fatores de risco. 2. ESTUDAR SOBRE A FISIOPATOLOGIA DA PNEUMONIA BACTERIANA. 1. Patologia; 2. Correlacionar com o processo inflamatório 3. Tipos mais comuns de bactérias causadoras. 3. DELINEAR AS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA PNEUMONIA BACTERIANA 4. CITAR OS EXAMES COMPLEMENTARES E O TRATAMENTO DA PNEUMONIA BACTERIANA. 1. Tipos de diagnóstico; 2. Principais exames utilizados; 3. Protocolos/cruzamento de fármacos para o tratamento. ➔ DEFINIÇÃO: As pneumonias caracterizam-se por uma síndrome clínica decorrente de um processo inflamatório no parênquima pulmonar (bronquíolos respiratórios e alvéolos). Nesse processo, também chamado de pneumonite, ocorre alveolite e exsudação, podendo ser de qualquer natureza, porém, habitualmente se deve a um agente infeccioso (bactérias, vírus ou fungos) o A classificação das pneumonias, baseada no seu agente etiológico, é a que melhor atenderia tanto às finalidades diagnósticas quanto terapêuticas. Contudo, neste momento, a identificação do microrganismo responsável só é possível em 50% dos casos, mesmo utilizando- se recursos diagnósticos muito especializados. Dessa maneira, a abordagem de pacientes com suspeita de pneumonia deve ser feita baseada em dados clinicoepidemiológicos para sua melhor condução. Quando o acometimento restringe-se a um lobo pulmonar, denomina-se pneumonia lobar, entretanto, quando ocorrem múltiplas imagens radiológicas uni ou bilaterais, afetando brônquios, bronquíolos e alvéolos, de limites mal definidos, irregulares, entremeados de áreas de parênquima sem lesões aparentes, denomina-se broncopneumonia. A maioria dos autores classifica as pneumonias em comunitárias e nosocomiais. ➔ PNEUMONIA ADQUIRIDA NA COMUNIDADE (PAC): É a pneumonia que ocorre em pacientes fora do ambiente hospitalar ou de unidades especiais de saúde ou, ainda, quando se manifesta nas primeiras 48 h de internação. Pode ser causada por vírus, bactérias ou fungos. ➔ PNEUMONIA NOSOCOMIAL: É aquela que se instala após 48 h de internação, não sendo produzida por germes previamente incubados no momento da admissão; ou que ocorre até 48 h após a alta hospitalar. É subdividida em pneumonia relacionada com os cuidados de saúde (PRCS) e pneumonia associada à ventilação mecânica (PAVM). A pneumonia aguda adquirida na comunidade se refere a uma infecção pulmonar em indivíduos saudáveis sob os demais aspectos, adquirida em um ambiente normal (em contraste com a pneumonia adquirida no hospital). Elas podem ser bacterianas ou virais. As características clínicas e radiológicas geralmente são inespecíficas na diferenciação entre elas. Muitos biomarcadores mais novos foram desenvolvidos para identificar pacientes com infecção bacteriana e definir seus prognósticos. Deles, a proteína C-reativa e a procalcitonina, ambos reagentes de fase aguda produzidos primariamente no fígado, estão significativamente mais elevadas em infecções bacterianas do que em virais. Frequentemente, a infecção bacteriana segue uma infecção viral do trato respiratório superior. A invasão bacteriana do parênquima pulmonar causa o preenchimento dos alvéolos com um exsudato inflamatório, consequentemente levando à consolidação (“solidificação”) do tecido pulmonar. o Muitas variáveis, como o agente etiológico específico, a reação do hospedeiro e a extensão do envolvimento, determinam a forma precisa da pneumonia. Condições predisponentes incluem extremos de idade, doenças crônicas (insuficiência cardíaca congestiva, DPOC e diabetes), deficiências imunológicas congênitas ou adquiridas e função esplênica diminuída ou ausente (anemia falciforme ou estado pós- esplenectomia, que coloca o paciente em risco de infecções por bactérias encapsuladas, como pneumococos). Carlos Caique Araujo Mendes Curso de Medicina 3º Período Faculdade Santo Agostinho de Itabuna – Fasai, Afya Educacional Sistemas Orgânicos Integrados – SOI III. Prof. Tutor Henrique Lanza Salmos 23. ➔ STREPTOCOCCUS PNEUMONIAE: Streptococcus pneumoniae, ou pneumococos, é o agente causador mais comum de pneumonia aguda adquirida na comunidade. O exame do escarro por coloração de Gram é uma etapa importante no diagnóstico da pneumonia aguda. A presença de numerosos neutrófilos contendo os diplococos lancetados Gram-positivos típicos é compatível com o diagnóstico de pneumonia pneumocócica, mas deve-se lembrar que o S. pneumoniae faz parte da flora endógena em 20% dos adultos, e, consequentemente, resultados falso-positivos podem ser obtidos. O isolamento de pneumococos em hemoculturas é mais específico, porém menos sensível (na fase inicial da doença, apenas 20% a 30% dos pacientes apresentam hemoculturas positivas). Vacinas antipneumocócicas contendo polissacarídeos capsulares de sorótipos comuns são usadas em indivíduos com alto risco para sepse pneumocócica. ➔ HAEMOPHILUUS INFLUENZAE: A Haemophilus influenzae é um organismo Gram-negativo pleomórfico que ocorre em formas não encapsuladas e encapsuladas. Há seis sorótipos das formas encapsuladas (tipos A a F), dos quais o tipo B é o mais virulento. Os anticorpos contra a cápsula protegem o hospedeiro da infecção por H. influenzae; assim, o polissacarídeo capsular b é incorporado na vacina contra H. influenzae amplamente usada. Com o uso rotineiro de vacinas conjugadas contra H. influenzae, a incidência da doença causada pelo sorótipo b diminuiu significativamente. Em contraste, as infecções pelas formas não encapsuladas, também chamadas de formas não tipáveis, estão aumentando. Elas são menos virulentas, disseminam-se ao longo da superfície do trato respiratório alto e causam otite média (infecção da orelha média), sinusite e broncopneumonia. Recém-nascidos e crianças com comorbidades como prematuridade, malignidades e imunodeficiência têm alto risco de desenvolvimento de infecções invasivas. A pneumonia por H. influenzae, que pode seguir uma infecção respiratória viral, é uma emergência pediátrica e apresenta alta taxa de mortalidade. A laringotraqueobronquite descendente resulta em obstrução das vias aéreas, à medida que os brônquios menores são obstruídos por um exsudato denso, rico em fibrina, contendo neutrófilos, semelhante ao observado nas pneumonias pneumocócicas. A consolidação pulmonar geralmente é lobular e irregular, mas pode ser confluente e envolver todo o lobo pulmonar. Antes de a vacina se tornar amplamente disponível, o H. influenzae era uma causa comum de meningite supurativa em crianças com até 5 anos de idade. O H. influenzae também causa uma conjuntivite aguda purulenta (olho rosa) em crianças e, em pacientes idosos com predisposição, pode causar septicemia, endocardite, pielonefrite, colecistite e artrite supurativa. O H. influenzae é a causa mais comum de exacerbação bacteriana aguda de DPOC. ➔ MORAXELLA CATARRHALIS: Moraxella catarrhalis está sendo cada vez mais reconhecida como causa de pneumonia bacteriana, especialmente em idosos. É a segunda causa bacteriana mais comum de exacerbação aguda de DPOC. Juntamente com S. pneumoniae e H. influenzae, M. catarrhalis constitui uma das três causas mais comuns de otite média em crianças. ➔ STAPHYLOCOCCUS AUREUS: Staphylococcus aureus é uma importante causa de pneumonia bacteriana secundária em crianças e adultos saudáveis após doenças respiratórias virais (p. ex., sarampo em crianças e gripe em crianças e adultos). A pneumonia estafilocócicaestá associada a uma alta incidência de complicações, como abscesso pulmonar e empiema. Usuários de drogas intravenosas apresentam alto risco de desenvolvimento de pneumonia estafilocócica em associação com endocardite. Também é uma causa importante de pneumonia hospitalar adquirida. ➔ KLEBSIELLA PNEUMONIAE: Klebsiella pneumoniae é a causa mais frequente de pneumonia bacteriana por Gram-negativos. Ela afeta comumente indivíduos debilitados e desnutridos, particularmente alcoólatras crônicos. Um escarro espesso, mucoide (geralmente com raios de sangue) é característico, porque o organismo produz um polissacarídeo capsular viscoso abundante, que o paciente pode ter dificuldade para expectorar. Carlos Caique Araujo Mendes Curso de Medicina 3º Período Faculdade Santo Agostinho de Itabuna – Fasai, Afya Educacional Sistemas Orgânicos Integrados – SOI III. Prof. Tutor Henrique Lanza Salmos 23. ➔ PSEUDOMONAS AERUGINOSA: Embora Pseudomonas aeruginosa na maioria das vezes cause infecções hospitalares, ela também é mencionada aqui em razão da sua ocorrência em pacientes com fibrose cística e imunocomprometidos. Ela é comum em pacientes neutropênicos e tem uma propensão a invadir os vasos sanguíneos, com consequente disseminação extrapulmonar. A septicemia por Pseudomonas é uma doença fulminante. ➔ LEGIONELLA PNEUMOPHILA: Legionella pneumophila é o agente da doença dos Legionários, um epônimo para formas epidêmicas e esporádicas de pneumonia causadas por esse organismo. Ela também causa a febre de Pontiac, uma infecção do trato respiratório superior autolimitada. Esse organismo prospera em ambientes aquáticos artificiais, como torres de resfriamento de água e no sistema de tubulação para suprimento de água doméstica (potável). O modo de transmissão consiste tanto na inalação de organismos aerossolizados como na aspiração de água potável contaminada. A pneumonia por Legionella é comum em indivíduos com condições predisponentes, como doenças cardíaca, renal, imunológica ou hematológica. Receptores de transplantes de órgãos são particularmente suscetíveis. Ela pode ser bastante severa, frequentemente exigindo hospitalização, e pacientes imunossuprimidos podem apresentam taxas de fatalidade de até 50%. O diagnóstico rápido é facilitado pela demonstração de antígenos de Legionella na urina ou por um teste de anticorpo fluorescente positivo em amostras de escarro; cultura continua sendo o padrão-ouro para o diagnóstico. ➔ MYCOPLASMA PNEUMONIAE: Infecções por Mycoplasma são particularmente comuns entre crianças e adultos jovens. Ocorrem esporadicamente ou como epidemias locais em comunidades fechadas (escolas, acampamentos militares e prisões). MORFOLOGIA DA PNEUMONIA BACTERIANA: A pneumonia bacteriana tem dois padrões de distribuição anatômica: broncopneumonia lobular e pneumonia lobar. A consolidação irregular do pulmão é a característica dominante da broncopneumonia, enquanto a consolidação de uma grande porção de um lobo ou de um lobo inteiro define a pneumonia lobar; Muitas vezes, pode ser difícil aplicar essas classificações anatômicas em casos individuais, porque os padrões se sobrepõem. O envolvimento irregular pode se tornar confluente, produzindo uma consolidação lobar virtualmente total; contudo, a antibioticoterapia efetiva pode limitar o envolvimento a uma consolidação subtotal. Além disso, os mesmos organismos podem produzir qualquer um dos padrões, dependendo da suscetibilidade do paciente. Mais importante do ponto de vista clínico são a identificação do agente causador e a determinação da extensão da doença. Carlos Caique Araujo Mendes Curso de Medicina 3º Período Faculdade Santo Agostinho de Itabuna – Fasai, Afya Educacional Sistemas Orgânicos Integrados – SOI III. Prof. Tutor Henrique Lanza Salmos 23. Na pneumonia lobar, quatro estágios de respostas inflamatórias foram descritas classicamente: 1. CONGESTÃO, 2. HEPATIZAÇÃO VERMELHA, 3. HEPATIZAÇÃO CINZENTA E 4. RESOLUÇÃO. No primeiro estágio de congestão, o pulmão é pesado, encharcado e vermelho. É caracterizado por um ingurgitamento vascular, acúmulo de líquido intra-alveolar com alguns neutrófilos e, muitas vezes, pela presença de numerosas bactérias. O estágio de hepatização vermelha que se segue é caracterizado por exsudação confluente maciça, com neutrófilos, hemácias e fibrina preenchendo os espaços alveolares. Ao exame macroscópico, o lobo é vermelho, firme e desprovido de ar, com consistência semelhante à do fígado, daí o termo hepatização. O estágio da hepatização cinzenta a seguir é marcado por desintegração progressiva das hemácias e pela persistência de um exsudato fibrinossupurativo, resultando em uma alteração na cor para castanho-acinzentado. No estágio final de resolução, o exsudato no interior dos espaços alveolares é quebrado por digestão enzimática para produzir debris granulares, semifluidos, que são reabsorvidos, ingeridos por macrófagos, expectorados ou organizados por fibroblastos que crescem em meio a eles. A reação fibrinosa pleural à inflamação subjacente, frequentemente presente nos estágios iniciais se a consolidação se estender para a superfície (pleurite), pode se resolver de modo semelhante. Na maioria das vezes, ela sofre organização, deixando espessamento fibroso ou aderências permanentes. Focos de broncopneumonia são áreas consolidadas de inflamação supurativa aguda. A consolidação pode estar confinada a um lobo, mas, na maioria das vezes, é multilobar e frequentemente bilateral e basal em razão da tendência de as secreções se acumularem nos lobos inferiores pelo efeito da gravidade. Lesões bem desenvolvidas são discretamente elevadas, secas, granulares, cinza-avermelhadas a amarelas e mal delimitadas. Histologicamente, a reação geralmente é de um exsudato rico em neutrófilos, que preenche brônquios, bronquíolos e os espaços alveolares adjacentes. AS COMPLICAÇÕES DA PNEUMONIA INCLUEM (1) DESTRUIÇÃO E NECROSE DOS TECIDOS, LEVANDO À FORMAÇÃO DE ABSCESSO (PARTICULARMENTE COMUM EM INFECÇÕES POR PNEUMOCOCOS TIPO 3 OU KLEBSIELLA); Carlos Caique Araujo Mendes Curso de Medicina 3º Período Faculdade Santo Agostinho de Itabuna – Fasai, Afya Educacional Sistemas Orgânicos Integrados – SOI III. Prof. Tutor Henrique Lanza Salmos 23. (2) DISSEMINAÇÃO DA INFECÇÃO PARA A CAVIDADE PLEURAL, CAUSANDO A REAÇÃO FIBRINOSSUPURATIVA INTRAPLEURAL CONHECIDA COMO EMPIEMA; E (3) DISSEMINAÇÃO BACTERÊMICA PARA VALVAS CARDÍACAS, PERICÁRDIO, CÉREBRO, RINS, BAÇO OU ARTICULAÇÕES, CAUSANDO ABSCESSOS METASTÁTICOS, ENDOCARDITE, MENINGITE OU ARTRITE SUPURATIVA. ➔ PNEUMONIAS VIRAIS ADQUIRIDAS NA COMUNIDADE: Infecções virais comuns incluem as dos vírus influenza tipos A e B, dos vírus sinciciais respiratórios, o metapneumovírus humano, adenovírus, rinovírus, rubéola e vírus da varicela. Qualquer um desses agentes pode causar simplesmente uma infecção do trato respiratório superior, reconhecida como um resfriado comum ou uma infecção do trato respiratório inferior mais severa. OS FATORES QUE FAVORECEM ESSA EXTENSÃO DA INFECÇÃO INCLUEM EXTREMOS DE IDADE, DESNUTRIÇÃO, ALCOOLISMO E DOENÇAS DEBILITANTES DE BASE. Embora os detalhes moleculares variem, todos os vírus que causam pneumonia produzem a doença através de mecanismos gerais similares. Esses vírus têm tropismos que permitem que eles se fixem e entrem nas células de revestimento respiratório. A replicação viral e expressão de genes levam às alterações citopáticas, induzindo à morte celular e inflamação secundária. Os danos e prejuízos resultantes das defesas pulmonares locais, como a eliminação mucociliar, podem predispor a superinfecções bacterianas, que geralmente são mais sérias que as próprias infecções virais. ➔ INFECÇÕES POR INFLUENZA:O vírus influenza tipo A infecta seres humanos, porcos, cavalos e aves e constitui a principal causa de pandemias e epidemias de infecções por influenza. O GENOMA DA INFLUENZA DECODIFICA VÁRIAS PROTEÍNAS, MAS AS MAIS IMPORTANTES PARA A VANTAGEM DA VIRULÊNCIA VIRAL SÃO AS HEMAGLUTININAS E NEURAMINIDASES. A hemaglutinina tem três subtipos principais (H1-H3), enquanto a neuraminidase tem dois (N1, N2). Ambas as proteínas são componentes do envelope viral do influenza, que consiste em uma dupla camada de lipídios. A hemaglutinina é particularmente importante, já que serve para fixar o vírus no seu alvo celular através de resíduos de ácido siálico na superfície de polissacarídeos. Depois da captação do vírus em vesículas endossômicas, a acidificação do endossomo desencadeia uma alteração na conformação das hemaglutininas que permite a fusão do envelope viral com a membrana celular da célula hospedeira, liberando os RNAs genômicos virais dentro do citoplasma da célula. A neuraminidase, por sua vez, facilita a liberação de novos virions formados, que germinam das células infectadas por meio da clivagem de resíduos de ácido siálico. Anticorpos do hospedeiro neutralizantes da hemaglutinina e neuraminidase virais evitam e melhoram, respectivamente, infecções pelo vírus influenza ao interferirem nessas funções. O GENOMA VIRAL É COMPOSTO DE OITO RNAS DE FITA SIMPLES, CADA UM DECODIFICANDO UMA OU MAIS PROTEÍNAS. Os RNAs são empacotados em hélices por nucleoproteínas que determinam o tipo do vírus influenza (A, B ou C). Um único subtipo de vírus influenza A é predominante no mundo em um tempo determinado. Epidemias de influenza são causadas por mutações espontâneas que alteram os epítopos antigênicos da hemaglutinina e neuraminidase. Essas alterações antigênicas (tendência antigênica) resultam em novas cepas virais que são diferentes o suficiente para confundir, ao menos em parte, os anticorpos anti-influenza produzidos em membros da população como resposta às exposições anteriores a outras cepas gripais. Contudo, geralmente essas novas cepas trazem semelhanças suficientes em relação às cepas anteriores, de modo que alguns membros da população são, ao menos parcialmente, resistentes à infecção. Em contraste, as pandemias, que são mais longas e disseminadas que as epidemias, ocorrem quando tanto os genes da hemaglutinina quanto da neuraminidase são substituídos pela recombinação com os vírus de influenza animal (mudança antigênica). Nesse caso, essencialmente todos os indivíduos estão suscetíveis aos novos vírus influenza. A montagem do vírus envolve o empacotamento de cada um dos oito RNAs virais em virions únicos, e é fácil perceber como a infecção de um animal por dois tipos diferentes de vírus da gripe pode levar à troca de material genético dentro das células coinfectadas, criando uma cepa completamente nova. Portanto, o genoma incomum do vírus influenza garante que desvios antigênicos que levam a pandemias são inevitáveis. Se o hospedeiro não tiver anticorpos de proteção, os vírus infectam os pneumócitos e estimulam várias alterações citopáticas. LOGO DEPOIS DE ENTRAR NOS PNEUMÓCITOS, A INFECÇÃO VIRAL INIBE OS CANAIS DE SÓDIO, PRODUZINDO DESVIOS DE ÁGUA E ELETRÓLITOS QUE LEVAM AO ACÚMULO DE FLUIDOS NA LUZ ALVEOLAR. Segue-se a morte das células infectadas através de vários mecanismos, incluindo a inibição da tradução de mRNAnas células hospedeiras e ativação das caspases, levando à apoptose. ➔ A morte das células epiteliais exacerba o acúmulo de fluidos e libera “sinais de perigo” que ativam os macrófagos residentes. ➔ Além disso, antes de sua morte, as células epiteliais infectadas liberam vários mediadores inflamatórios, Carlos Caique Araujo Mendes Curso de Medicina 3º Período Faculdade Santo Agostinho de Itabuna – Fasai, Afya Educacional Sistemas Orgânicos Integrados – SOI III. Prof. Tutor Henrique Lanza Salmos 23. incluindo várias quimiocinas e citocinas, adicionando combustível ao “fogo inflamatório”. Somem-se ainda os mediadores liberados de células epiteliais e macrófagos que ativam o endotélio pulmonar próximo, permitindo que os neutrófilos se liguem e extravasem para o interstício dentro de 1 ou 2 dias de infecção. Em alguns casos, a infecção viral pode causar dano pulmonar suficiente para causar a síndrome da angústia respiratória aguda, mas geralmente mais grave e fatal é a doença pulmonar que se origina de uma pneumonia bacteriana superposta. Entre elas, as pneumonias secundárias causadas pelo Staphylococcus aureus são particularmente comuns e geralmente oferecem risco à vida. O controle da infecção está em vários mecanismos do hospedeiro. A presença de produtos virais induz às respostas imunes inatas em células infectadas, tais como a produção de interferon-α e β. ▪ Esses mediadores estimulam a expressão do gene MX1, que decodifica uma GTPase que interfere na transcrição gênica do influenza e na replicação viral. ▪ Assim como em outras infecções virais, as células natural killer (NK) e as células T citotóxicas reconhecem e exterminam as células hospedeiras infectadas, limitando a replicação e disseminação viral para os pneumócitos adjacentes. ▪ A resposta imune celular é geralmente aumentada pelo desenvolvimento da resposta de anticorpos às proteínas hemaglutinina e neuraminidase. ➔ METAPNEUMOVÍRUS HUMANO: O metapneumovírus humano (MPV), um paramixovírus descoberto em 2001, é encontrado no mundo todo e está associado a infecções dos tratos respiratórios superior e inferior. Ele pode infectar grupos de qualquer idade, porém é mais comum em crianças jovens, indivíduos idosos e pacientes imunocomprometidos. O MPV humano pode causar infecções severas, como bronquiolite e pneumonia, e é responsável por 5% a 10% das hospitalizações e 12% a 20% das visitas ambulatoriais de crianças que sofrem de infecções agudas do trato respiratório. Essas infecções são clinicamente indistinguíveis daquelas causadas pelo vírus sincicial respiratório humano e geralmente são confundidas com influenza. A primeira infecção por MPV humano ocorre durante o início da infância, porém reinfecções são comuns ao longo da vida, especialmente em indivíduos mais velhos. Os métodos de diagnóstico incluem PCR para RNAviral e imunofluorescência direta. A ribavirina é o único tratamento antiviral que está atualmente disponível para infecções pelo MPV humano; ela é usada principalmente em pacientes imunocomprometidos com doenças graves. Embora o trabalho esteja em andamento, uma vacina clinicamente segura e eficaz ainda não foi desenvolvida. MORFOLOGIA: Todas as infecções virais produzem alterações morfológicas similares. ➔ As infecções respiratórias superiores são marcadas por hiperemia da mucosa e tumefação com um infiltrado linfomonocítico e plasmocitário da submucosa, acompanhado por superprodução de secreções mucosas. ➔ A mucosa tumefeita e o exsudato viscoso podem obstruir as fossas nasais, seios paranasais ou as tubas de Eustáquio, provocando uma infecção bacteriana supurativa secundária. ➔ A tonsilite induzida por vírus que causa hiperplasia do tecido linfoide dentro do anel de Waldeyer é frequente em crianças. Na laringotraqueobronquite viral e na bronquiolite existem tumefação da prega vocal e produção abundante de muco. O prejuízo da função broncociliar convida à superinfecção bacteriana com supuração mais acentuada. A obstrução das pequenas vias aéreas pode originar atelectasias pulmonares focais. ➔ Com o envolvimento bronquiolar mais severo, a obstrução difusa das vias aéreas secundárias e terminais por resíduos celulares, fibrina e exsudato inflamatório pode, se prolongada, levar à organização e fibrose, resultando em bronquiolite obliterativa e lesão pulmonar permanente O envolvimento pulmonarpode ser bastante irregular ou pode envolver lobos inteiros bi ou unilateralmente. As áreas afetadas são violáceas e congestas. A pleurite ou derrame pleural não são frequentes. O padrão histológico depende da severidade da doença. Predomina uma reação inflamatória intersticial envolvendo as paredes dos alvéolos. ➔ Os septos alveolares estão alargados e edematosos e geralmente apresentam um infiltrado inflamatório mononuclear de linfócitos, macrófagos e, ocasionalmente, plasmócitos. Em casos agudos, neutrófilos podem estar presentes. Os alvéolos podem estar livres de exsudato, mas em muitos pacientes existem um material proteináceo intra-alveolar e um exsudato celular. Quando complicada por SARA, as membranas hialinas rosa revestem as paredes alveolares). Carlos Caique Araujo Mendes Curso de Medicina 3º Período Faculdade Santo Agostinho de Itabuna – Fasai, Afya Educacional Sistemas Orgânicos Integrados – SOI III. Prof. Tutor Henrique Lanza Salmos 23. A erradicação da infecção é seguida pela reconstituição da arquitetura normal do pulmão. A infecção bacteriana superposta modifica esse quadro, causando bronquite ulcerativa, bronquiolite e pneumonia bacteriana. Alguns vírus, como herpes simples, varicela e adenovírus, podem estar associados à necrose do epitélio brônquico e alveolar e à inflamação aguda. DELINEAR AS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA PNEUMONIA BACTERIANA A SUSPEITA DIAGNÓSTICA DE PNEUMONIA SURGE NA ANÁLISE DOS SINAIS E SINTOMAS QUE INDICAM COMPROMETIMENTO PULMONAR (TRÍADE SINTOMÁTICA PRINCIPAL: DOR TORÁCICA, TOSSE PRODUTIVA - PURULENTA OU PIOSSANGUINOLENTA- E DISPNEIA). Outras manifestações clínicas incluem febre, calafrios, astenia, anorexia, mialgia, sudorese. A febre pode não ocorrer em 20% dos pacientes, principalmente idosos, que podem apresentar debilidade do estado geral, confusão mental ou piora de uma condição clínica subjacente. Ao exame físico do tórax, pode-se encontrar a síndrome de consolidação pulmonar (expansibilidade pulmonar diminuída, frêmito toracovocal aumentado, macicez ou submacicez, murmúrio vesicular diminuído, estertores finos, sopro tubário, pectorilóquia), o que reforça a suspeita, mas não é suficiente na maioria dos casos para firmar o diagnóstico. Não é raro ocorrer derrame pleural em pacientes com pneumonia; nesse caso, os achados de exame físico do derrame pleural podem prevalecer com os seguintes achados: expansibilidade diminuída, frêmito toracovocal diminuído, macicez e abolição do murmúrio vesicular. É FUNDAMENTAL A DETERMINAÇÃO DA FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA EM PACIENTES COM SUSPEITA DE PNEUMONIA, POIS O ACHADO DE TAQUIPNEIA, PRINCIPALMENTE SE ACIMA DE 30 INCURSÕES POR MINUTO, CORRELACIONA-SE FORTEMENTE COM A GRAVIDADE DO QUADRO E RISCO DE ÓBITO. ➔ Sempre é necessária uma avaliação completa do paciente (e não apenas do aparelho respiratório), incluindo idade, dados epidemiológicos, antecedentes, identificação de comorbidades (DPOC, rinite, sinusite, laringite, bronquiectasias, asma brônquica, diabetes, alcoolismo, desnutrição, AIDS, insuficiência cardíaca, neoplasia maligna, condições que possibilitem aspiração de substâncias exógenas ou endógenas, uso de corticodes e de outros medicamentos, principalmente antibióticos). O conjunto desses dados torna possível, inclusive, diagnóstico etiológico “presuntivo" na maioria dos pacientes para escolha do esquema terapêutico mais adequado. Diagnóstico etiológico ((de certeza" pode ser difícil ou impossível, mesmo quando se lança mão de métodos laboratoriais sofisticados, aliás, nem sempre disponíveis. A identificação do agente infeccioso pode ser feita pelo exame de escarro, mas não se pode esquecer de que é frequente a contaminação desse material pela flora normal das vias respiratórias superiores, boca e faringe. Carlos Caique Araujo Mendes Curso de Medicina 3º Período Faculdade Santo Agostinho de Itabuna – Fasai, Afya Educacional Sistemas Orgânicos Integrados – SOI III. Prof. Tutor Henrique Lanza Salmos 23. A obtenção de material para exame bacteriológico por broncoscopia, embora mais difícil do ponto de vista técnico, revela resultados mais confiáveis. Isolamento de agentes virais apresenta dificuldades ainda maiores e, em geral, só é feito em casos especiais. OS PRINCIPAIS SINTOMAS DA PNEUMONIA AGUDA BACTERIANA ADQUIRIDA NA COMUNIDADE CONSISTEM EM FEBRE ALTA DE INÍCIO ABRUPTO, CALAFRIOS COM TREMORES E TOSSE PRODUTIVA COM ESCARRO MUCOPURULENTO; PACIENTES OCASIONAIS PODEM APRESENTAR HEMOPTISE. Quando a pleurite está presente, ela é acompanhada por dor pleurítica e atrito pleural. Todo o lobo é radiopaco na pneumonia lobar, enquanto existem opacidades focais na broncopneumonia. O quadro clínico é modificado dramaticamente com a administração de antibióticos. Os pacientes tratados podem estar relativamente afebris e com poucos sinais clínicos em 48 a 72 horas após a introdução de antibióticos. A identificação do organismo e a determinação de sua sensibilidade ao antibiótico são as chaves-mestras da terapia apropriada. Menos de 10% dos pacientes com pneumonia severa o suficiente para exigir hospitalização sucumbem atualmente, e na maioria desses casos a morte resulta de uma complicação, como empiema, meningite, endocardite ou pericardite ou de alguma influência predisponente, como debilidade ou alcoolismo crônico. O curso clínico das infecções virais é extremamente variado. Muitos casos são mascarados como infecções do trato respiratório superior severas ou como resfriados. Mesmo indivíduos com pneumonia atípica bem desenvolvida apresentam poucos sintomas localizadores. ➔ Tosse pode estar ausente, e as principais manifestações podem consistir apenas em febre, dor de cabeça, dores musculares e dores nas pernas. ➔ O edema e a exsudação estão estrategicamente localizados, causando desequilíbrio da relação entre ventilação e fluxo sanguíneo e, consequentemente, produzindo sintomas desproporcionais aos achados físicos escassos. ➔ As infecções virais geralmente são leves e se resolvem espontaneamente, sem qualquer sequela duradoura. ➔ Contudo, pneumonias intersticiais virais podem assumir proporções epidêmicas, e nessas circunstâncias, mesmo com baixas taxas de complicações, podem levar a morbidade e mortalidade significativas, como é tipicamente visto nas epidemias de influenza. CITAR OS EXAMES COMPLEMENTARES E O TRATAMENTO DA PNEUMONIA BACTERIANA. 1. Tipos de diagnóstico; 2. Principais exames utilizados; 3. Protocolos/cruzamento de fármacos para o tratamento. O diagnóstico da infecção se dá por meio da análise de achados diversos obtidos por meio de evidencias clínicas, laboratoriais e de exames de imagem, como os radiológicos. ➔ A radiografia revela presença de infiltrado persistente de caráter recente ou progressivo, cavitação pulmonar ou consolidação. ➔ Os exames laboratoriais e a clínica, por sua vez, revelam aspectos como: leucopenia (inferior a 4000 cél/mm3 ) ou leucocitose (maior que 12000 cel /mm3 ), febre, secreção purulenta com sua mudança ou aumento gradual . Além destes, os testes de identificação microbiana também podem ser empregados, visando aprimorar o diagnóstico, já que se sabe que outros achados, de forma isolada, carecem de especificidade. Além do isolamento do patógeno envolvido na infecção, o método também gera informações relevantes acerca da sensibilidade dos patógenos aos antimicrobianos. Por fim, têm-se o diagnóstico mais completo e, por consequência, tratamento mais efetivo. A demora na liberação de diagnóstico para pneumonia deve- se, em parte, aos métodos convencionais de diagnóstico e demora no encaminhamento a partir da suspeita clínica. Logo, faz-se necessário o aprimoramento cada vez maior das técnicas empregadas no diagnóstico da infecção,que precisa ser rápida e específica. Acrescenta-se a isto a importância vital exercida pela equipe de saúde, responsável por prestar esclarecimentos ao paciente e orientá-lo quanto às etapas do tratamento. Assim, quanto mais cedo o diagnóstico, mais eficaz será o tratamento, evitando-se o uso errôneo de medicamentos e, por consequência, o desenvolvimento de bactérias resistentes e o decréscimo do número de casos de morte por pneumonia. Carlos Caique Araujo Mendes Curso de Medicina 3º Período Faculdade Santo Agostinho de Itabuna – Fasai, Afya Educacional Sistemas Orgânicos Integrados – SOI III. Prof. Tutor Henrique Lanza Salmos 23. Não se deve retardar a instituição do tratamento em função da realização de exames para identificação de causa. Vários são os estudos que mostram que é frequente o insucesso na busca do agente etiológico, a despeito dos avanços tecnológicos dos exames de imagem e microbiológicos. Na maioria dos pacientes, diagnóstico etiológico das pneumonias continua controverso e o direcionamento do tratamento antimicrobiano faz-se por avaliação de outros fatores como a gravidade do quadro clínico e o local em que o paciente se encontra. ➔ Exame de escarro. Embora o exame de escarro seja frequentemente utilizado na busca do diagnóstico etiológico, o benefício dessa prática no manejo inicial da PAC ainda é controverso. Em geral, a bacterioscopia do escarro não é suficiente para indicar a escolha do antibiótico inicial, mas pode indicar a ampliação do espectro de tratamento em casos especiais. Consideram-se válidas para cultura amostras com menos de 10 células epiteliais e mais de 25 células polimorfonucleares por campo de pequeno aumento. ➔ Hemocultura. Deve ser reservada para pacientes hospitalizados com PAC grave e nos pacientes que não respondem à terapêutica empiricamente instituída, pois apresenta baixo rendimento, sendo positiva em apenas 1 O a 20% dos casos. ➔ Outros exames. Os testes sorológicos, imunoeletroforese, aglutinação com látex, imunofluorescência e ELISA NÃO devem ser rotineiramente solicitados e não são úteis para o tratamento dos pacientes individualmente, mas podem ter utilidade para se estabelecer o perfil epidemiológico de uma determinada região ou um surto epidêmico. As pesquisas de antígenos urinários são exames simples, rápidos e não influenciáveis pelo uso de antibióticos. Exemplos: o teste para Legionella pneumophila toma-se positivo a partir do primeiro dia da doença e assim permanece durante semanas. A sua sensibilidade varia de 70 a 90%, com especificidade próxima de 100%. O teste para pneumococos apresenta sensibilidade que varia de 50 a 80% (maior que na pesquisa do escarro e hemocultura) e especificidade de 90%. ➔ TRATAMENTO: A antibioticoterapia deve ser específica para o(s) microrganismo(s) envolvido(s), devendo, portanto, ser evitado, sempre que possível, o uso desnecessário de tais Carlos Caique Araujo Mendes Curso de Medicina 3º Período Faculdade Santo Agostinho de Itabuna – Fasai, Afya Educacional Sistemas Orgânicos Integrados – SOI III. Prof. Tutor Henrique Lanza Salmos 23. medicamentos, assim como a sua administração de forma empírica. ➔ PARA PACIENTES NÃO INTERNADOS E PREVIAMENTE SADIOS, É INDICADO O USO DE UM MACROLÍDEO. ➔ PARA AQUELES COM COMORBIDADES PRÉVIAS, ASSOCIAÇÃO DE MACROLÍDEO E UM BETA- LACTÂMICO OU APENAS FLUOROQUINOLONA. ➔ PACIENTES INTERNADOS, POR SUA VEZ, MACROLÍDEO ASSOCIADO A BETA-LACTÂMICOS OU FLUOROQUINOLONA. O controle no uso de antimicrobianos durante o tratamento é fundamental para evitar surtos. Os principais cuidados pairam sobre o uso exagerado de fluoroquinolonas, carbapenêmicos e cefalosporinas, que devem ser observados. Assim, o entendimento dos mecanismos de resistência responsáveis por esta situação e de práticas adequadas de controle de infecção são fundamentais para manejar melhor essas infecções. É sabido que todos os antibióticos de algum modo selecionam e, então, favorecem a resistência, levando a mudança da microbiota, de revestida por microrganismos sensíveis para revestida por resistentes. Assim, a emergência do tema levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a reconhecer a Resistência Antimicrobiana como um sério problema enfrentado pela saúde pública global. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 1. ROBBINS & COTTRAN – BASES PATOLÓGICAS DAS DOENÇAS; 2. SEMIOLOGIA MÉDICA DE PORTO. 3. RAÍSSA GUARÁ ASSUNÇÃO. ET AL. PNEUMONIA BACTERIANA: ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS, FISIOPATOLOGIA E AVANÇOS NO DIAGNÓSTICO. Rev. Investig, Bioméd. São Luís, 10(1): 83-92, 2018 4. HISBELLO DA SILVA CAMPOS. FIO CRUZ.2013; 5. MINISTÉRIO DA SAÚDE DO BRASIL. 6. OMS;
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