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Amenorreia Bárbara Pinheiro O que é amenorreia? · Amenorreia primária (nunca menstruou) · Ausência de menstruação aos 14 anos sem caracteres sexuais secundários; · Ausência de menstruação aos 16 anos com caracteres sexuais secundários. · Amenorreia secundária · Ausência de menstruação por 6 meses; · Ausência de menstruação por 3 ciclos consecutivos. OBS: no desenvolvimento feminino primeiro ocorre a telarca, posteriormente pubarca, estirão do crescimento e menarca. Amenorreia fisiológica? · Infância; · Pós-menopausa; · Gestação · A placenta assume a produção de estradiol e progesterona, não tem a pulsatilidade de GnRH, FS e LH para que ocorra o ciclo; · Lactação · sobre livre demanda e sem complemento estimula a produção de prolactina na hipófise que bloqueia a pulsatilidade do FSH e do LH que não vai na célula da teca e granulosa produzir estradiol. Revisão: Quais os elementos necessários para a menstruação? · Secreção pulsátil de GnRH pelo hipotálamo na fase folicular de alta frequência e baixa amplitude e na fase lútea de baixa frequência e alta amplitude; · Produção adequada de gonadotrofinas (FSH e LH) pela hipófise sensível ao GnRH; · Ovários responsivos às gonadotrofinas, produzindo por descarboxilação testosterona e androstenediona; · Produção de quantidades adequadas de esteroides e peptídeos ovarianos; · Endométrio capaz de responder aos estímulos ovarianos; · Trajeto pérvio entre a cavidade uterina e o exterior. Investigação da amenorreia · Examinar genitália da paciente (hímen imperfurado, ausência de vagina) estigmas de Turner; · Dosar B-hcg (excluir gravidez); · Dosar TSH (excluir hipotireoidismo); · Dosar prolactina (excluir hiperprolactinemia) Divisão em 4 compartimentos para saber de onde vem o motivo da amenorreia: - Compartimento I: útero - Compartimento II: ovários - Compartimento III: hipófise - Compartimento IV: hipotálamo Compartimento I · Teste da progesterona · Acetato de medroxiprogesterona 10mg/dia por 5-7 dias · Espera-se que após 7 dias da suspensão ocorra sangramento; · Esse teste avalia status estrogênico (se estiver tudo bem vai levar ao espessamento do endométrio) e trato de saída genital; · Positivo (paciente sangrou) · Anovulação (SOP), existe estimulo estrogênico, trato de saída pérvio · Negativo (prosseguir para o próximo teste) · Produção estrogênica deficiente, Obstrução do trato de saída, endométrio não responsivo (ex:curetagem). · Teste do estrogênio + progesterona · Administra-se estrógeno equino conjugado (EEC) ou estradiol por 21 dias seguido de AMP 10mg/dia por 5 dias; · Espera-se que após 7 dias da suspensão ocorra sangramento. · Mimetiza um ciclo menstrual; · Positivo: · Apenas exclui causas útero-vaginais; · Devemos seguir investigação dos compartimentos II, III e IV; · Negativo: · Obstrução ou ausência do trato de saída; · Problema está no compartimento I (útero-vaginal): · Síndrome de Mayer-Roktansky-Kuster Hauser (mal formação Mulleriana: a menina não nasce com o útero e os 2/3 superior da vagina) · Síndrome de Morris ou síndrome dos testículos feminilizantes, o cariótipo é XY (insensibilidade dos receptores androgênicos) · Hímen imperfurado · Septo vaginal transverso · Síndrome de Asherman (pós-curetagem em casos que foram retirados todos os receptores) Compartimento II · Dosagem do FSH · Caso tenha ocorrido sangramento com teste do E+P, indica-se a dosagem do FSH FSH elevado (> 20U/L) Hipogonadismo Hipergonadotrófico · Gônada hipofuncionate (ovário não está produzindo estradiol suficiente e faz feedback para ocorra uma maior produção de FSH para tentar ter um recrutamento folicular maior); · Causa é ovariana ! · Sd. de Turner (45,X0, pescoço alado, tórax em escudo, hipertelorismo mamilar, ausência de desenvolvimento puberal); · Sd. De Savage: resistência à ação das gonadotrofinas ou ausência de receptores ovarianos; · Falência Ovariana Precoce: falência <40 anos (radiação pélvica, quimioterapia, cirurgias...) FSH baixo (< 5U/L) Hipogonadismo Hipogonadotrófico · Não está havendo produção de hormônios ovarianos por falta de estímulo central; · O problema pode estar na hipófise ou hipotálamo; Compartimento III ou IV · Dosagem do GnRH · Utilizado para esclarecer a origem do hipogonadismo hipogonadotrófico (hipofisário ou hipotalâmico?) · Coleta-se amostra inicial de FSH e LH para avaliar níveis basais; · Administra-se 100mg de GnRH e nova dosagem 1 hora depois de FSH e LH posterior a administração; · Positivo: · Aumento de 200% nos níveis de FSH e LH basais; · Sugere que o defeito é na secreção hipotalâmica de GnRH; · Problema está no compartimento IV (causas hipotalâmicas). · Corresponde a grande maioria dos casos de amenorreia secundária; · Decorrem de falha na pulsatilidade do GnRH; · Exemplos: Grande tensão nervosa; Anorexia; Bulimia; Exercícios físicos intensos (amenorreia da atleta); Drogas (metoclopramida, metildopa); Tumores (craniofaringioma, germiomas), Sd. De Kallmann (anosmia+ hipogonadismo + cegueira para cores). · Negativo: · Não ocorre elevação após o teste; · Ausência de resposta hipofisária · Problema está no compartimento III (causa hipofisárias). · Corresponde a minoria dos casos de amenorreia secundária; · Principal causa é a Hiperprolactinemia (prolactioma); · Fármacos (haloperidol, amitriptilina, fluoxetina, ranitidina); · Estimulação mamária; Hipotireiodismo (TSH alto ocupa a subunidade alfa da prolactina mimetizando um quadro de hiperprolactinemia); · Sd. De Sheehan (necrose hipofisária pós-parto devido a grande perda sanguínea durante o parto); · Sd. De Simmonds (necrose hipofisária não relacionada ao parto, pode ser um choque hipovolêmico. Ex: acidente automobilístico...). Revisão!!! Prolactina e TSH
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