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Aspectos radiográficos de interesse endodôntico Aluno: Alefi Marques Curso: Odontologia Turma: 14M5B Disciplina: Endodontia I Professor(a): Celbe Franco As radiografias devem permitir uma interpretação criteriosa. Portanto, quanto à radiografia periapical, ela deve ter contraste, sem distorção (ou mínima), bem definida no que diz respeito à forma e dimensões das estruturas radiografadas; precisa englobar as áreas alveolares e adjacentes, deve conter as coroas e as raízes dos dentes investigados, que precisam aparecer por completo, bem como as áreas próximas aos ápices radiculares. Em relação à face proximal dos dentes, a radiografia interproximal precisa apresentar ausência de sobreposições O tratamento endodôntico exige o uso da sensibilidade tátil, aliada à habilidade e aos conhecimentos que se completam quando se adquire a capacidade de extrair das nuanças radiográficas informações necessárias à complementação do diagnóstico e tratamento VARIAÇÃO ANGULAR - radiografias que são obtidas utilizando-se variações de angulação do cilindro posicionador, que podem ser horizontais ou verticais. O deslocamento cone-imagem revela a terceira dimensão. A utilização da variação angular horizontal e vertical pode trazer algumas inconveniências como a perda de nitidez, deformação das raízes, dificuldades na visualização do limite apical, na distinção do radiopaco e do radiolúcido, aumento, diminuição ou eliminação da área radiolúcida -> a fim de evitar ou, pelo menos, minimizar esses fenômenos, é aconselhável utilizar a menor variação angular possível. ANGULAÇÃO VERTICAL ANGULAÇÃO HORIZONTAL - Refere-se à variação de direção dos feixes de raios-X, em um plano horizontal, quando o cabeçote do aparelho se movimenta para a direita ou para a esquerda na direção horizontal ANGULAÇÃO VERTICAL - Refere-se à variação de direção dos feixes de raios-X, num plano vertical, significando que o cabeçote movimenta-se de cima para baixo ou vice- versa TÉCNICA TRIANGULAR DE RASTREAMENTO - A localização de reabsorções dentárias, perfurações e curvaturas radiculares são possíveis mediante três tomadas radiográficas que deverão ser analisadas em conjunto: uma radiografia periapical ortorradial, outra com dissociação mesial e outra distal. TÉCNICA DA BISSETRIZ - Consiste em dirigir o feixe de raios-X para a área apical de modo que o raio central se desloque perpendicularmente à bissetriz do ângulo formado pelos planos do filme e do dente TÉCNICA DO PARALELISMO - Essa técnica tem como característica básica a manutenção do filme paralelo ao plano do dente, fornecendo uma imagem praticamente sem distorções no que concerne à forma e ao tamanho. Ela exige o uso de suportes posicionadores do filme e maior tempo de exposição por causa do aumento da distância focal em torno de 40 cm Orienta o endodontista, mostrando Auxilia na avaliação da direção de entrada dos canais radiculares nos dentes posteriores; Observação da presença de nódulos de calcificação na câmara pulpar; Contribui para o planejamento de um aumento de coroa clínica dentária, para permitir o isolamento absoluto, mostrando a altura das cristas ósseas interproximais. RADIOGRAFIA INTERPROXIMAL - Nessa técnica, em um mesmo filme é registrada a imagem do terço cervical das raízes e as coroas de dentes superiores e inferiores. Em alguns acessos complicados: a relação assoalho-teto da câmara pulpar com um mínimo de deformação; A RADIOGRAFIA COMO UM RECURSO AUXILIAR - Pela radiografia, podem ser detectadas restaurações extensas e/ou lesões cariosas, geralmente sugerindo exposição pulpar. Entretanto, por exemplo, se a causa de necrose pulpar foi traumática, a coroa dentária pode apresentar-se hígida ou com restaurações pequenas Etapa Pré-operatória - Nesta etapa, as imagens radiográficas devem possibilitar a observação e a identificação de imagens radiolúcidas compatíveis com lesão de cárie, presença de materiais restauradores, forradores e retentores intrarradiculares. Ela também pode auxiliar na identificação da presença de material obturador que esteja preenchendo total ou parcialmente o espaço do canal radicular (tratamento endodôntico prévio) A avaliação meticulosa da radiografia inicial permitirá analisar a cavidade pulpar e detectar as alterações de forma, posição e dimensões. Também podem existir anomalias de desenvolvimento. Isso prepara o profissional para as dificuldades técnicas que podem ser encontradas durante os procedimentos em relação à execução do acesso coronário, à capacidade de se negociar a anatomia do canal, a presença de obstáculos no canal e na câmara pulpar, o comprimento das raízes, e as curvaturas Etapa Operatória - No método radiográfico denominado método de Ingle, de posse desta radiografia, se toma o comprimento do dente, traçando uma reta paralela ao seu eixo em toda a sua extensão. A seguir, nessa reta projetamos duas linhas perpendiculares; uma, passando pelo ponto de referência oclusal/incisal, e a outra, passando pelo vértice do ápice radicular. A distância entre as linhas perpendiculares à reta é conhecida como comprimento do dente na radiografia (CDR). Para canais radiculares retos ou com curvaturas suaves, uma medida correspondente a 2 mm menor que o CDR é transferida para um instrumento tipo K de aço inoxidável como medida de segurança (CEI); Para canais com curvaturas moderadas e acentuadas, a medida correspondente ao CDR ou até mesmo acrescida de 2 a 3 mm é transferida para o instrumento endodôntico (CEI), o que é justificado porque o comprimento do segmento de um arco é maior que o segmento de uma linha reta; A seleção do primeiro instrumento é feita de acordo com o presumível diâmetro do canal e com o comprimento do dente (CDR) -> o cursor é ajustado no comprimento (CEI) e o instrumento deve ser então introduzido no canal radicular até o limitador de avanço (cursor) tocar o ponto de referência oclusal/incisal Etapa Pós-operatória - concluída a intervenção endodôntica, o êxito da terapia endodôntica precisa ser analisado clínica e radiograficamente durante um longo período pós-operatório. Esse tempo de acompanhamento varia de 6 meses a 10 anos, as radiografias periapicais convencionais continuam a fornecer os meios primários de ponderação na etapa pré-operatória e avaliação de acompanhamento da terapia endodôntica e são usadas na maioria das avaliações retrospectivas