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auditoria e investigação sobre fraudes. Slides de Aula I (2)

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Profa. Ma. Valdice Pólvora
UNIDADE I
Auditoria e Investigações 
sobre Fraudes
 Será abordado os conceitos fundamentais de uma ação de auditoria ou investigação 
corporativa. Veremos as definições que diferenciam o erro, a irregularidade e a fraude, e a 
importância das investigações internas. 
O que vamos abordar nesta unidade?
Fonte: 
https://cdn.pixabay.com/photo/2017/10/31/09/55/fingerprint-
2904774__340.jpg
SECURITY
 A auditoria e a investigação são ações complementares. 
Em tese, o sistema deve ser implantado com a seguinte ideia:
Conceitos iniciais
AUDITORIA
• Identificar 
irregularidades, 
como as fraudes.
FRAUDE
• Ocorra entre o 
período de uma 
auditoria e outra.
INVESTIGAÇÃO
 A auditoria contábil é um procedimento conduzido, normalmente, por contadores ou 
auditores fiscais que tem por objetivo verificar os apontamentos contábeis, tais como o 
patrimônio líquido, ativos e passivos. Ou seja, todos os lançamentos originados no 
faturamento da empresa, a sua movimentação financeira, enfim, tudo o que se relaciona aos 
aspectos financeiros.
Auditoria contábil
Fonte: https://cdn.pixabay.com/photo/2019/05/09/10/52/audit-4190944__340.jpg
 Etimologicamente, a palavra “auditoria” tem a sua origem no verbo latino audire, que significa 
“ouvir”, e que conduziu à criação da palavra “auditor” (do latim auditore) como sendo aquele 
que ouve (DEZEN JUNIOR; BEDUSCHI; BORÇATO, 2018).
 As auditorias podem ser realizadas com o objetivo de verificar quaisquer irregularidades ou 
não conformidades nas organizações, ou podem ser realizadas com a finalidade contábil. 
Conceito de auditoria
Fonte: https://cdn.pixabay.com/photo/2019/05/08/20/15/audit-
4189560__340.jpg
AUDIT
 Normalmente, é conduzida por contadores ou auditores fiscais. 
Mas, outros profissionais podem participar das auditorias em geral: 
 Profissionais que podem complementar a atuação de contadores e/ou auditores fiscais; 
 Os profissionais podem ser das áreas administrativa, tecnológica e de segurança, 
dentre outras.
 Um trabalho de auditoria pode ser feito por uma equipe multidisciplinar: de acordo com as 
características da empresa ou da atividade a ser auditada, os profissionais de várias áreas, 
inclusive operacionais, podem ser fundamentais.
Quem pode participar das auditorias contábeis?
Fonte: 
https://cdn.pixabay.com/photo/2018/07/07/09/3
3/financial-3521844__340.jpg
As auditorias podem ser:
 Podem ser realizadas por profissionais da própria empresa ou por organizações externas; 
 Normalmente, as auditorias externas são promovidas porque o trabalho dos auditores não é 
influenciado por aqueles que trabalham na própria organização, gerando maior credibilidade; 
 Podem ser exigidas por investidores, financiadores ou por parceiros internacionais. 
Tipos de auditorias
INTERNAS EXTERNAS
É obrigatória a auditoria externa ou independente, em algumas situações. Por exemplo, para 
organizações caracterizadas pela Lei 11.638, de 28/12/2007 (BRASIL, 2007):
 Art. 3º Aplicam-se às sociedades de grande porte, ainda que 
não constituídas sob a forma de sociedades por ações, as 
disposições da Lei n. 6.404, de 15 de dezembro de 1976, 
sobre a escrituração, e a elaboração de demonstrações 
financeiras e a obrigatoriedade de auditoria independente por 
auditor registrado na Comissão de Valores Mobiliários;
 Parágrafo único. Considera-se de grande porte, para os fins 
exclusivos desta Lei, a sociedade ou o conjunto de sociedades 
sob controle comum que tiver, no exercício social anterior, 
ativo total superior a R$ 240.000.000,00 (duzentos e quarenta 
milhões de reais) ou receita bruta anual superior a R$ 
300.000.000,00 (trezentos milhões de reais).
Auditoria externa
Lei 11.638, de 28/12/2007 
 Há outras situações em que a auditoria externa ou independente, pode ser obrigatória ou 
recomendada. 
 Esse tipo de auditoria pode ser demandado pelo Ministério 
Público Estadual quando do velamento das fundações, ou 
exigido de forma obrigatória em se tratando 
das OSCIPs quando celebram os termos de parceria em valor 
acima de R$ 600.000,00, ou quando entidades portadoras do 
CEBAS* registram receita anual em um montante superior a 
R$ 3.600.000,00, até o ano de 2017, e R$ 4.800.000,00, a 
partir de 2018 (APF, 2017).
 *Certificação de Entidades Beneficentes de Assistência 
Social.
Auditoria externa ou independente
NO TERCEIRO SETOR
 Tanto as auditorias quanto as investigações podem contemplar a interação de vários setores 
da organização. 
O objetivo é fazer com que a empresa tenha o seu desempenho otimizado nos mais 
diversos aspectos:
Auditorias e investigações
ADMINISTRATIVO
PATRIMONIAL
TÉCNICO
FINANCEIRO
ECONÔMICO
ÉTICO
O aspecto administrativo contribui para a redução de:
Aspecto administrativo
INEFICIÊNCIA
NEGLIGÊNCIA
INCAPACIDADE
IMPROBIDADE
EMPREGADOS E ADMINISTRADORES
 O aspecto patrimonial, possibilita melhor controle dos bens, direitos e obrigações que 
constituem o patrimônio.
 Patrimônio como “o conjunto de bens, direitos e obrigações, avaliável em moeda, e 
pertencente a uma pessoa física ou jurídica”.
 O Balanço Patrimonial é uma demonstração que evidencia todo o patrimônio de uma 
entidade em um determinado momento, ou seja, ela vai mostrar todos OS BENS, OS 
DIREITOS E AS OBRIGAÇÕES numa certa data.
Aspecto patrimonial
Fonte: 
https://cdn.pixabay.com/photo/2016
/03/05/20/00/accountant-
1238598__340.jpg
 O aspecto técnico, contribui para a mais adequada utilização das contas, maior eficiência dos 
serviços contábeis, maior precisão das informações, e a garantia de que a escrituração e as 
demonstrações contábeis foram elaboradas, de acordo com os princípios e as normas 
de Contabilidade.
Aspecto técnico
Fonte: 
https://cdn.pixabay.com/photo/2019/01/17/19/27/
data-3938447__340.jpg
 O aspecto financeiro, resguarda créditos de terceiros – fornecedores e financiadores – contra 
as possíveis fraudes e dilapidações do patrimônio, permitindo maior controle dos recursos 
para fazer face a esses compromissos.
Aspecto financeiro
Fonte: 
https://cdn.pixabay.com/photo/2015/09/20/18/31/coins-
948603__340.jpg
 O aspecto econômico assegura maior exatidão dos custos e veracidade dos resultados, na 
defesa do interesse dos investidores e titulares do patrimônio.
Aspecto econômico
Fonte: 
https://cdn.pixabay.com/photo/2018/03/08/06/17/financial
-3207895__340.jpg
 Sob o aspecto ético, ele examina a moralidade do ato praticado, pois o registro poderá estar 
tecnicamente elaborado e o fato, legalmente comprovado, porém o ato da administração 
poderá ser moralmente indefensável, cabendo à auditoria apontá-lo para o julgamento dos 
titulares do patrimônio ou de seus credores (MOURA; SILVA, 2004).
Aspecto ético
Fonte: https://cdn.pixabay.com/photo/2016/11/29/11/45/business-
1869266__340.png
Os objetivos da auditoria e das investigações são realizadas considerando alguns aspectos. 
A contribuição para a redução de ineficiência, negligência, incapacidade, e improbidade de 
empregados e administradores, refere-se ao aspecto:
a) Ético.
b) Financeiro.
c) Administrativo.
d) Patrimonial.
e) Técnico.
Interatividade
Os objetivos da auditoria e das investigações são realizadas considerando alguns aspectos. 
A contribuição para a redução de ineficiência, negligência, incapacidade, e improbidade de 
empregados e administradores, refere-se ao aspecto:
a) Ético.
b) Financeiro.
c) Administrativo.
d) Patrimonial.
e) Técnico.
Resposta
A investigação tem a ver com a identificação de:
Identificação da motivação da ocorrência de uma possível fraude: 
Ocorreu alguma irregularidade operacional?
Ocorreu algum erro não intencional?
Ocorreu um ato intencional e doloso?
Por que a ocorrência analisada não foi interrompida durante o seu curso? 
Faltou fiscalização? 
Não era possível fiscalizar antes? 
Há a possibilidade de prevenir novas ocorrências do mesmo tipo?Conceito de investigação
Fonte: 
https://cdn.pixabay.com/photo/2015/11/03/09/03/
magnifying-glass-1019982_960_720.jpg
 A investigação é própria em relação ao que já ocorreu. 
E pode ser demandada em função de uma ocorrência identificada pela auditoria regular ou 
extraordinária, ou pela análise de quaisquer das consequências do:
Investigação
In
v
e
s
ti
g
a
ç
ã
o ERRO
In
v
e
s
ti
g
a
ç
ã
o FRAUDE
In
v
e
s
ti
g
a
ç
ã
o IRREGULARIDADE
 Os autores, em geral, caracterizam o erro, a fraude e a irregularidade segundo conceitos 
administrativos, de regimentos internos ou pelas leis do país.
Definição de erro, fraude e irregularidade
Tipo de ocorrência Designação do ato Origem da 
ocorrência
ERRO Ato fortuito não 
intencional.
Descuido ou falha 
técnica.
FRAUDE Ato intencional, 
ilegítimo e doloso.
Obtenção de 
benefícios ilegais ou 
ilícitos.
IRREGULARIDADE Ato intencional não 
doloso.
Desconhecimento 
técnico (sujeito a 
sanções).
Fonte: Adaptado de: Lourenço e Sarmento (2008).
Neste caso, o que motivou a ocorrência foi um erro de operações ou de confecção, de um ato 
administrativo, ou de uma providência tática ou gerencial: 
 Quem cometeu o erro não queria aquele resultado; 
 Não tinha a intenção de criar o problema detectado. 
O erro, geralmente, é fruto de descuidos imprevisíveis, como:
Se a ocorrência foi motivada por ERRO
Falhas 
técnicas
Treinamento 
inadequado 
de pessoal
ERRO
 Neste caso, é necessário averiguar se a irregularidade foi cometida por alguém ou algum 
setor que deveria ter a devida competência para lidar com o ocorrido. Por exemplo: um 
engenheiro civil que não calculou adequadamente a proporção de concreto a ser utilizado 
numa determinada estrutura. 
 O engenheiro foi exatamente contratado para esta função. 
 Tem a competência e a formação adequadas. No entanto, ocorreu a irregularidade, que pode 
ensejar responsabilizações para o profissional e, conforme as circunstâncias, para toda a 
empresa, mesmo que não tenha sido um ato intencional.
Se a ocorrência foi determinada por alguma IRREGULARIDADE
Fonte: 
https://cdn.pixabay.com/photo/2016/04/28/15/50
/construction-site-1359136__340.jpg
 A ocorrência de fraude tem por objetivo obter alguma vantagem ilícita (não devida, não 
autorizada) ou ilegal (que se constitui em infração penal). 
 Neste caso, os envolvidos devem ser civil, administrativo e penalmente responsabilizados. 
 As ocorrências de fraude acabam criando uma imagem para a organização de ineficiência 
dos controles internos, de descuido administrativo e de descrença no mercado.
Se houver elementos de FRAUDE
Fonte: 
https://cdn.pixabay.com/photo/2019/01/12/19/38/audit
-3929140__340.jpg
 Compras e vendas de empresas, fusões, operações entre as empresas nacionais e 
internacionais, interesses em novos mercados, dentre outras vertentes têm como orientação 
a verificação de possíveis fraudes contábeis.
 De acordo com Pereira, Santos e Rocha (2018), as fraudes contábeis, no Brasil, têm grande 
repercussão não apenas nos profissionais contábeis, mas também pelos meios de 
comunicação e profissionais de outras áreas do conhecimento humano. 
 O principal enfoque dessas discussões tem sido pela necessidade de que haja: 
transparência, segurança e confiabilidade, nos números apresentados pelas empresas quer 
sejam para os seus acionistas, fornecedores, poder público, entre outros.
Se houver elementos de FRAUDE
Transparência
Segurança
Confiabilidade
 A corrupção traz o descrédito da instituição, representado na queda de clientes, na queda do 
valor de mercado da organização, além de inúmeros problemas com os próprios 
colaboradores, como, por exemplo: a sensação de trabalhar numa instituição irregular e que 
não respeita o regramento legal. 
Corrupção nas empresas
Fonte: 
https://cdn.pixabay.com/photo/2013/07/13
/13/52/lobbying-161689_1280.png
Classificação dos tipos de corrupção:
Vamos abordar dois tipos, a saber:
Tipos de corrupção
Corrupção 
ativa Corrupção 
passiva
 A corrupção ativa refere-se ao ato de oferecer vantagens a alguém visando o 
próprio benefício.
 A corrupção passiva diz respeito ao funcionário público – ou ao colaborador, no âmbito 
empresarial – que aceita receber vantagens para si ou para outros indivíduos em troca de 
atitudes corruptas.
 Exemplo: o gerente de compras de um órgão público quer comissão “por fora”, não 
contabilizada, da empresa vendedora para comprar os seus produtos. “Combina” com o 
vendedor (e este concorda!) que o mesmo apresentará um preço de 15% a mais no produto. 
 A fraude, neste caso, propiciou o crime de corrupção 
passiva (praticada pelo funcionário público) e corrupção 
ativa (praticado pelo vendedor). 
Corrupção ativa e passiva 
 Os escândalos de corrupção têm permeado o dia a dia dos brasileiros. Seja na televisão, 
seja nas rádios, seja na rua, seja em casa, só se fala de corrupção envolvendo as empresas 
que atuam nesta terra que, em se plantando, tudo dá. Diante dos fatos que nos são 
apresentados diariamente, chegamos à conclusão de que as nossas empresas sempre 
tiveram um compliance de papel, ou seja, aquele que lá está para cumprir a lei, mas que não 
serve de norte no momento das negociações. Afinal, o dito é secular: A lei?... Ora, a lei... 
(CREDIDIO, 2018, p. 87).
A fraude é contemplada no Código Penal Brasileiro – CPB. O capítulo VI do referido Código 
trata “Do Estelionato e Outras Fraudes” (BRASIL, 1948):
 Art. 171 – Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em 
prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, 
mediante artifício, ardil ou qualquer outro meio fraudulento;
 Pena – reclusão, de um a cinco anos, e multa, de quinhentos 
mil réis a dez contos de réis. (Vide Lei n. 7.209, de 1984);
 § 1º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor o 
prejuízo, o juiz pode aplicar a pena conforme o disposto no 
art. 155, § 2º.
Corrupção nas empresas
Disposição de coisa alheia como própria:
 I – Vende, permuta, dá em pagamento, em locação ou em garantia coisa alheia como 
própria;
Alienação ou oneração fraudulenta de coisa própria:
 II – Vende, permuta, dá em pagamento ou em garantia coisa própria inalienável, gravada de 
ônus ou litigiosa, ou imóvel que prometeu vender a terceiro, mediante o pagamento em 
prestações, silenciando sobre qualquer dessas circunstâncias;
Defraudação de penhor:
 III – Defrauda, mediante a alienação não consentida pelo 
credor ou por outro modo, a garantia pignoratícia, quando 
tem a posse do objeto empenhado;
Art. 155 – § 2º - Nas mesmas penas incorre quem:
Fraude para o recebimento de indenização ou valor de seguro:
 V - Destrói, total ou parcialmente, ou oculta coisa própria, ou lesa o próprio corpo ou a saúde, 
ou agrava as consequências da lesão ou doença, com o intuito de haver indenização ou 
valor de seguro;
Fraude no pagamento por meio de cheque:
 VI - Emite cheque, sem a suficiente provisão de fundos em poder do sacado, ou lhe frustra o 
pagamento;
 § 3º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é cometido em detrimento de entidade de 
direito público ou de instituto de economia popular, assistência social ou beneficência;
Estelionato contra o idoso:
 § 4º Aplica-se a pena em dobro se o crime for cometido 
contra o idoso. (Incluído pela Lei n. 13.228, de 2015).
Art. 155 – § 2º - Nas mesmas penas incorre quem:
Estelionato contra o idoso:
 § 4º Aplica-se a pena em dobro se o crime for cometido contra o idoso. (Incluído pela Lei n. 
13.228, de 2015);
 § 5º Somente se procede mediante a representação, salvo se a vítima for: (Incluído pela Lei 
n. 13.964, de 2019);
 I – A Administração Pública, direta ou indireta; (Incluído pela 
Lei n. 13.964, de 2019);
 II – Criança ou adolescente (Incluído pela Lei n. 13.964, de 
2019);
 III – Pessoa com deficiência mental; ou (Incluído pela Lei n. 
13.964, de 2019);
 IV – Maior de 70 (setenta) anos de idade ou incapaz.(Incluído 
pela Lei n. 13.964, de 2019).
Art. 155 – § 2º - Nas mesmas penas incorre quem:
 O famoso artigo “171” descreve o que a maioria das pessoas já conhecem como sinônimo 
de “enganação”. 
 O artigo define inicialmente: “Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo 
alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante o artifício, o ardil ou qualquer outro 
meio fraudulento”. 
 No âmbito das empresas, pode ser enquadrado, nesta prática, o responsável principal e 
todos aqueles que contribuíram para o resultado. O prejuízo é, normalmente, da própria 
organização, mas pode ser, também, de um dos acionistas, proprietários ou funcionários.
Artigo 171
Fonte: 
https://cdn.pixabay.com/photo/2018/02/28/
14/19/fraud-prevention-3188092__340.jpg
 Na esfera privada, na prática, é diferente. Por exemplo, os crimes de corrupção (passiva ou 
ativa) em que uma das pontas paga propina e a outra a recebe estão configurados nos 
artigos 317 e 333 do Código Penal Brasileiro (BRASIL, 1948). 
 Há certa dificuldade em reprimir determinados comportamentos na esfera privada.
Há duas situações características:
Corrupção na iniciativa privada
SITUAÇÃO CARACTERÍSTICAS
Primeira
É aquela em que a diretoria da empresa, ou alguém com conhecimento da mesma, 
tem envolvimento com alguma ocorrência ilícita que tem por objetivo fechar um grande 
contrato ou elevar sistematicamente o faturamento da organização, aumentando o seu 
mercado de atuação, por exemplo. Neste caso, a própria diretoria promove a ilicitude. 
O objetivo é a sobrevivência ou o crescimento da organização.
Segunda
É um ato ilícito isolado, promovido por algum funcionário, seja do nível estratégico, 
tático ou operacional. Conforme o caso, o funcionário é demitido (por justa causa ou 
não) e as demais providências ocorrerão em função do contexto. Por exemplo: as 
empresas não têm interesse em protagonizar as ocorrências ilícitas, criminosas e/ou 
irregulares. Muitas destas não denunciam as ocorrências, nem tomam providências 
judiciais pertinentes. 
A Fundação Getúlio Vargas divulgou uma pesquisa em que os respondentes admitem que, nos 
últimos 12 meses, cometeram algumas das irregularidades. Tal pesquisa está explicitada na 
figura a seguir:
 Observe-se que dentre os comportamentos estão as atitudes irregulares, como atravessar a 
rua fora da faixa de pedestres, até crimes como dar dinheiro a funcionário público (corrupção 
ativa) ou levar itens sem pagar de estabelecimentos (furto).
Pesquisa da Fundação Getúlio Vargas
Pesquisa da Fundação Getúlio Vargas
Fonte: FGV Direito (2015, p. 17).
73%
59%
33%
22% 23%
15%
10%
7% 4% 3%
Atravessar 
a rua fora 
da faixa de 
pedestre
Comprar 
CD ou 
DVD 
pirata
Fazer 
barulho 
capaz de 
incomodar 
os seus 
vizinhos
Jogar o 
lixo em 
lugar 
proibido
INDICADOR DE COMPORTAMENTO
(Percentual de entrevistados que responderam que já realizaram essas condutas, pelo menos, uma vez, 
nos últimos 12 meses) 
Estacionar 
em um 
local 
proibido
Dirigir 
depois de 
consumir 
bebida 
alcoólica
Fumar 
em local 
não 
permitido
Usar a 
carteira 
de 
estudante 
para 
pagar 
meia 
entrada, 
sem ser 
estudante
Dar 
dinheiro a 
um policial 
ou outro 
funcionário 
público 
para evitar 
ser 
multado
Levar itens 
baratos de 
uma loja 
sem pagar 
por eles
Em relação à ocorrência de fraude, analise as afirmações a seguir:
I. A ocorrência de fraude tem por objetivo obter alguma vantagem ilícita (não devida, não 
autorizada) ou ilegal (que se constitui em infração penal); 
II. Os envolvidos devem ser civil, administrativo e penalmente responsabilizados; 
III. As ocorrências de fraude acabam criando uma imagem para a organização de eficiência 
dos controles internos.
Está correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I e III, apenas.
e) I, II e III.
Interatividade
Em relação à ocorrência de fraude, analise as afirmações a seguir:
I. A ocorrência de fraude tem por objetivo obter alguma vantagem ilícita (não devida, não 
autorizada) ou ilegal (que se constitui em infração penal); 
II. Os envolvidos devem ser civil, administrativo e penalmente responsabilizados; 
III. As ocorrências de fraude acabam criando uma imagem para a organização de eficiência 
dos controles internos.
Está correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I e III, apenas.
e) I, II e III.
Resposta
Comentário: o item III está incorreto, 
pois as ocorrências de fraude acabam 
criando uma imagem para a 
organização de ineficiência dos 
controles internos.
 Combate as irregularidades praticadas no âmbito das empresas, como a Lei 12.529/2011 
(BRASIL, 2011).
Portanto, cabe ao gestor enfrentar as possíveis irregularidades nas organizações com ações:
Como enfrentar as irregularidades nas empresas?
PREVENTIVAS
CORRETIVAS
 Cursos, seminários e palestras que esclareçam a importância de atender aos regramentos e 
à adoção a comportamentos éticos.
 Instituir setores de controle interno, capaz de adotar procedimentos que inibam ações ilícitas.
 As auditorias internas e externas também atendem a esses objetivos. Apesar das auditorias 
conseguirem identificar problemas já ocorridos, também podem ser consideradas de caráter 
preventivo porque, pelo fato de existirem, podem inibir iniciativas irregulares e/ou criminosas 
e, além disso, podem interromper processos que poderiam gerar consequências mais 
graves.
Ações preventivas 
Fonte: 
https://cdn.pixabay.com/photo/2018/03/08/16/31
/audit-3209053__340.jpg
 Ao serem identificadas quaisquer ações irregulares, ilícitas ou criminosas, a organização 
deve tomar as providências adequadas para treinar ou reciclar o pessoal envolvido (caso a 
ocorrência não seja motivada por dolo ou não importe em crime), demitir o funcionário ou 
funcionários que, eventualmente, tenham provocado, propositalmente, alguma irregularidade 
administrativa, ou, ainda, promover a responsabilização civil ou criminal dos envolvidos, 
quando for o caso.
Ações repressivas
Fonte: https://cdn.pixabay.com/photo/2017/01/18/09/59/freelance-1989333__340.png
A área de segurança da organização que investiga e/ou audita deve prezar, sempre, pela 
exatidão, pela coleta adequada de provas e por relatórios objetivos:
 Exatidão: relacionar os fatos, sem ilações;
 Coleta adequada de provas: a materialidade deve ser preservada. Papéis, bilhetes, 
gravações de câmeras de monitoramento, testemunhas, dentre outros elementos que 
tenham relação com a ocorrência investigada;
 Relatórios objetivos: os relatórios devem conter os fatos, com objetividade. Hipóteses e 
outros exercícios de raciocínio podem ser anotados à parte.
Como enfrentar as irregularidades nas empresas?
Fonte: 
https://cdn.pixabay.com/photo/2018/
07/07/09/33/financial-
3521844__340.jpg
 Os tipos específicos de fraudes dependem naturalmente de cada organização. As empresas 
mais complexas, com múltiplos setores, departamentos e atividades podem ensejar várias 
oportunidades de fraude. Empresas mais simples, normalmente, possuem menos vertentes 
deste tipo.
 A organização deve estabelecer o devido controle interno para que as fraudes sejam 
evitadas e, se ocorrerem, possam ser reprimidas e as suas consequências 
corrigidas rapidamente.
 Os mecanismos de auditoria e investigação servem, justamente, para cumprir esta finalidade.
Modalidades de fraudes
Fonte: 
https://cdn.pixabay.com/photo/2018/
03/23/17/08/audit-3254283__340.jpg
Um aspecto bastante observado é que a fraude, comumente, é planejada:
a) A fraude demanda organização e planejamento; 
b) O investigador e/ou auditor devem levar em conta que a dissimulação é o objetivo para 
que o fraudador ou fraudadores possam ganhar tempo suficiente para apagar, 
definitivamente, os indícios do ato ilícito ou de escaparem de responsabilizações;
c) Há alguns elementos que podem“acender um alerta” de que algo está errado: pessoas 
que passam a ter gastos que não são próprios com os seus rendimentos e/ou posses, 
atitudes diferentes das esperadas por parte de gestores e funcionários, dentre outros. 
Tais situações são conhecidas como redflags. 
Modalidades de fraudes
Fonte: 
https://cdn.pixabay.com/photo/2018/
02/05/16/26/red-flag-
3132583__340.jpg
Na figura ao lado, estão 
relacionados alguns tipos de 
fraudes a que as organizações 
estão sujeitas:
Modalidades de fraudes
FURTO Crime tipificado no Código Penal, artigo 155: “Subtrair, para si 
ou para outrem, coisa alheia móvel” (BRASIL, 1948)
PIRATARIA Cópia de algum produto, sem o pagamento devido de direitos 
autorais e/ou de identificação da autoria.
CORRUPÇÃO Pode ser entendido como algo, tipo dinheiro ou favor, oferecido ou 
dado a alguém em posição de confiança, para induzir a agir 
desonestamente.
FALSIFICAÇÃO Crime tipificado em vários artigos do Código Penal.
ESPIONAGEM A espionagem pode se dar de duas formas, a primeira se dá quando 
um funcionário repassa informações confidenciais da empresa para 
terceiros, em troca de dinheiro ou outro benefício. A segunda forma 
se dá quando um funcionário, tendo informações privilegiadas sobre 
a empresa, faz denúncias com o intuito de prejudicá-la.
CONSPIRAÇÃO Envolve o acordo ilegal entre duas ou mais pessoas para executar 
propósitos ilegais ou um propósito legal por meios ilegais. 
FALSO 
TESTEMUNHO OU 
FALSA PERÍCIA
Previsto no artigo 342, do Código Penal. “Fazer afirmação falsa, ou 
negar ou calar a verdade como testemunha, perito, contador, tradutor 
ou intérprete em processo judicial, ou administrativo, inquérito 
policial, ou em juízo arbitral” (BRASIL, 1948). 
CONIVÊNCIA Encobrir alguma ilicitude ou crime. Saber de alguma irregularidade e 
nada fazer para evitá-la ou saná-la, tendo ou não algum benefício.
Fonte: Adaptado de: Moura e Silva (2004).
TIPOS DE FRAUDES NAS 
ORGANIZAÇÕES
Alguns aspectos são importantes de serem observados: há quem tenha dificuldade em 
diferenciar os crimes de roubo e de furto. Há várias especificidades que podem ser observadas 
no âmbito do Direito, mas o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios – TJDFT, 
em sua página institucional, explica, de forma objetiva, esta diferença:
Furto
• O crime de furto é descrito como 
subtração, ou seja, a diminuição do 
patrimônio de outra pessoa, sem que 
haja violência. O Código Penal prevê 
para o furto a pena de reclusão de 1 a 
4 anos e multa.
FURTO
• O roubo é um crime mais grave, 
descrito na lei como subtração 
mediante uma grave ameaça ou 
violência. A pena prevista é de 4 a 10 
anos e multa. 
ROUBO
O furto ocorre sem a violência, como a de um ladrão, ou seja, uma arma ou uma ameaça 
explícita. Ocorre de forma sub-reptícia. Nas organizações, alguns cenários podem ser 
observados:
 Furto de documentos: especialmente, se os mesmos podem subsidiar ações de 
concorrentes (com fórmulas, dados, pesquisas, dentre outros);
 Furto de equipamentos ou componentes dos mesmos: muito especialmente de 
componentes pequenos, mas valiosos;
 Furto de insumos: componentes que fazem parte da composição da produção;
 Furto de produtos produzidos;
 Furto de materiais de vários tipos: material de limpeza 
(produtos em geral), materiais administrativos (papel sulfite, 
grampeadores, clips, dentre outros) e outros materiais.
Furto
 A pirataria há alguns anos estava caracterizada na cópia irregular de filmes ou músicas, e, 
ainda, de programas de computador vendidos em barracas ou ambulantes em locais de 
grande fluxo de pessoas. 
Atualmente, o conceito foi ampliado. Segundo o Ministério da Cidadania, do Governo Federal, 
os elementos (já conhecidos e os novos) que definem a pirataria podem ser encontrados em 
(GOV.BR, 2019):
 Compras de DVDs ou pendrives irregulares de músicas, softwares e filmes, ou ao fazer o 
download ilegal de algum seriado de TV;
 Apps (aplicativos); 
 Caixas de streaming.
Pirataria
Fonte: 
https://cdn.pixabay.com/photo/2017/11
/19/23/56/hacking-2964100__340.jpg
 A figura ao lado, traz as definições 
assinaladas no site do Governo Federal, 
com a informação do Ministério da 
Cidadania, enfatizando a ideia de 
prejuízos à economia brasileira e aos 
autores nestes tipos de pirataria.
Pirataria
COMO IDENTIFICAR A PIRATARIA?
PREJUÍZO À ECONOMIA 
BRASILEIRA
PLATAFORMAS DE VÍDEO
APLICATIVOS DE CELULAR
CAIXAS DE STREAMING
Consumo de filmes, seriados e 
músicas em canais não 
autorizados ou detentores de 
direitos autorais.
Download e consumo de filmes, 
seriados e músicas em 
aplicativos não autorizados, ou 
detentores de direitos autorais.
Transmissão de canais de TV 
fechada de forma irregular e 
não autorizada.
PRESTÍGIO AO TRABALHO 
DOS AUTORES
Conteúdos nos 
canais oficiais de 
cada produção.
Opções pagas ou 
legalizadas, de 
conteúdo por celular 
ou Smart TV.
Opções pagas ou 
legalizadas de TV por 
assinatura e transmissão 
via streaming.
Fonte: https://www.gov.br/cidadania/pt-br
 Os aspectos de corrupção podem abranger as mais diversas atividades da organização e 
pode contaminar todos os níveis (estratégico, tático e operacional). 
Alguns exemplos típicos de corrupção:
 Receber “propina” para favorecer um determinado comprador (especialmente, quando o 
mercado está com uma demanda alta e a empresa não consegue suprir todos os pedidos);
 Receber “propina” para favorecer algum vendedor (especialmente, se o agente corrupto 
tem o poder de decidir a compra).
Corrupção
Fonte: 
https://www.saudebusiness.
com/gesto/por-que-falar-de-
corrupo-em-tempos-de-
pandemia. Acesso em: 01 
abr. 2021.
A falsificação é um crime tipificado em vários artigos do Código Penal. As tipificações vão da 
falsificação de produtos, medicamentos, documentos públicos e privados, moeda, dentre 
outros. Nas organizações privadas alguns destes itens devem ser especialmente focados:
 Falsificação de produtos ou medicamentos: o gestor deve tomar todas as providências 
de controle interno, em relação às possíveis falsificações de produtos ou medicamentos; 
 Falsificação de documentos públicos ou privados: outra área que pode trazer 
complicações em diversos níveis à organização. Os documentos devem ser absolutamente 
preservados, como um fator de segurança de toda a organização;
 Outras falsificações.
Falsificação
 A espionagem tem a ver com a ação de se apropriar de dados, informações ou 
conhecimento protegidos. As empresas precisam proteger o conhecimento sensível. Há 
empresas que possuem setores especializados na área de inteligência.
Espionagem
ATIVIDADE DESCRIÇÃO
INTELIGÊNCIA
Prática central, que tem por objetivo coletar dados e 
informações para produzir conhecimento que possa 
subsidiar as decisões da alta direção da organização.
CONTRAINTELIGÊNCIA
Prática que tem por objetivo neutralizar o efeito de 
atividades que pretendam impedir o sucesso da 
organização, seja por meio de fraudes (ou outras 
práticas criminosas e/ou não éticas), seja por meio de 
atitudes indevidas produzidas por funcionários ou 
outros stakeholders (ESPUNY, 2020, p. 216).
 A conspiração ocorre, na corporação, quando várias pessoas se unem para perpetrar uma 
fraude. Por exemplo: um determinado funcionário faz um lançamento propositalmente errado 
num dos livros de controle e o encarregado valida o lançamento, mesmo sabendo do ilícito. 
E, posteriormente, o encarregado da contabilidade, também ciente, não aponta 
a irregularidade. 
Se a irregularidade se constituir em crime, todos que conscientemente concorreram para 
perpetrar o mesmo poderão ser responsabilizados, conforme o artigo 29, do Código Penal 
(BRASIL, 1940):
Conspiração
 O falso testemunho está tipificado no artigo 342 do Código Penal. 
 Na prática, o falso testemunho ou a falsa perícia podem ser provocados pela prevaricação de 
quem deveria ter praticado a ação (tipoalguém que deveria ter feito uma inspeção, e não a 
fez e relata como se tivesse feito) ou para encobrir algum ilícito de outrem (tipo para proteger 
alguém que tenha cometido uma irregularidade).
Falso testemunho ou falsa perícia
 A conivência é caracterizada pela inércia ao perceber ou ser confrontado com alguma 
ilicitude na corporação.
 É difícil comprovar e envolve questões, muitas vezes, relacionadas à segurança do 
conivente; por exemplo: dois colegas de trabalho que convivem num determinado setor da 
empresa, e um deles comete furtos de mercadorias e o outro não. Os controles são 
deficientes e não há videomonitoramento na seção. 
 Quem comete os desvios sabe que, se for delatado, o único 
que tem conhecimento é o próprio colega de trabalho.
Conivência
Subtrair algo para si mesmo, ou para outra pessoa ou organização está inserido na 
modalidade:
a) Conivência.
b) Conspiração.
c) Falsificação.
d) Furto.
e) Corrupção.
Interatividade
Subtrair algo para si mesmo, ou para outra pessoa ou organização está inserido na 
modalidade:
a) Conivência.
b) Conspiração.
c) Falsificação.
d) Furto.
e) Corrupção.
Resposta
O gestor de segurança que desenvolve investigações internas a respeito de fraudes deve 
conhecer e seguir os seguintes parâmetros:
 O órgão responsável pela investigação criminal é a polícia judiciária;
 Nada impede que haja investigações internas conduzidas pelo pessoal de segurança;
 O gestor de segurança deve sempre se arvorar no apoio do departamento jurídico ou de 
algum advogado contratado para esta finalidade. Lidar com eventuais crimes precisa de 
respaldos legais adequados;
 O gestor de segurança pode ter o apoio do comitê de 
compliance, caso haja na empresa um setor organizado para 
este tipo de atuação. Caso contrário, é importante que, além 
do departamento jurídico, outros componentes da empresa 
possam dar suporte às investigações. 
Normalização e legislação em vigor
Fonte: 
https://cdn.pixabay.com/photo/2019/12/26/16/
56/policies-4720824__340.png
LAWS
REQUIREMENTS
RULES
STANDARDS
REGULATION
POLICIES
COMPLIANCE
Observem-se as considerações de Castro e Cajazeira (2018, p. 3):
 As empresas recebem vários tipos de alegações de canais internos de denúncias ou outras 
fontes. Algumas resultam de divergências inofensivas entre os funcionários, por exemplo. 
Outras envolvem atos ilegais, com possíveis impactos econômicos e reputacionais
significativos para a empresa. Outras, ainda, podem alcançar a mídia e gerar situações de 
crise de variadas dimensões. Todas as reclamações exigem algum nível de resposta pela 
administração. Decidir quais requerem uma investigação mais ampla envolve um julgamento. 
Trata-se de uma função essencial do compliance da administração – que, normalmente, 
requer a supervisão do comitê de auditoria. 
Normalização e legislação em vigor
De acordo com Castro e Cajazeira (2018, p. 3) as principais denúncias que motivam as 
investigações partem das seguintes fontes: 
Normalização e legislação em vigor
Fonte: Castro e Cajazeira (2018, p. 3).
Canal de 
denúncias
Conclusões 
da auditoria 
interna
Acusações 
diretas de 
funcionários ou 
ex-funcionários
Acusações de 
clientes ou 
fornecedores
Ações 
judiciais
Investigações 
de reguladores*
De onde 
partem as 
alegações
 Uma excelente fonte de material para as investigações. Muitas organizações estabelecem 
um canal exclusivo de denúncias em que é garantido o sigilo absoluto ao denunciante. 
Algumas organizações desenvolvem ouvidorias que têm, praticamente, a mesma função, 
apesar de – em princípio – a ouvidoria ser utilizada como recurso em que o consumidor se 
utiliza quando não é atendido pelos canais normais de reclamações. Contudo, na prática, 
muitas ouvidorias acabam funcionando como um canal de denúncias. Há empresas que 
disponibilizam e-mails exclusivos para este fim. 
Canal de denúncias 
Fonte: https://www.gov.br/mj/pt-br/canais_atendimento/ouvidoria
 Auditorias desenvolvidas na organização podem apontar irregularidades. Muitas vezes, tais 
irregularidades estão ligadas aos setores ou às atividades determinadas, mas, muitas vezes, 
não possuem pessoas identificadas, ou seja, aqueles que cometeram as irregularidades. 
 Neste caso, as investigações buscam identificar precisamente os elementos responsáveis 
pelas irregularidades.
Conclusões da auditoria interna
Fonte: https://cdn.pixabay.com/photo/2018/03/21/05/29/finance-
3245621__340.jpg
 Situações bastante comuns. Funcionários ou ex-funcionários insatisfeitos podem alegar 
irregularidades e, até, crimes. 
 Neste caso, o Departamento de Recursos Humanos pode auxiliar a discernir o que pode ter 
base na realidade, ou o que seja fruto de desentendimentos entre as pessoas ou grupos 
de funcionários. 
Acusações diretas de funcionários ou ex-funcionários
Fonte: 
https://cdn.pixabay.com/photo/2018/07/06/16/57/
the-labour-code-3520806__340.jpg
 Estas são fontes que precisam ser constantemente monitoradas com muito cuidado. Focos 
constantes de corrupção estão ligados às compras e às vendas das organizações. 
 Acordos ilegais, comissões ilícitas e pagamentos de propina, normalmente, têm origem nas 
atividades de compras e vendas.
 Eventuais acusações de clientes e fornecedores devem ser registradas, e efetivamente 
investigadas, inclusive com a ciência da Polícia Civil, para as providências oficiais e a efetiva 
responsabilização administrativa, civil e criminal dos responsáveis.
Acusações de clientes e/ou fornecedores
Fonte: https://cdn.pixabay.com/photo/2017/02/14/07/27/center-
2064919__340.jpg
 Ações judiciais podem ser fontes de investigações internas. 
 Especialmente se, em tais ações, são citados fatos que possam estar relacionados às 
atividades da organização, direta ou indiretamente.
Ações judiciais
Fonte: https://cdn.pixabay.com/photo/2015/06/08/18/37/hammer-
802296__340.jpg
 Alguns órgãos reguladores, como a Comissão de Valores Mobiliários – CVM podem emitir 
relatórios que envolvam a atividade ilícita ou irregular da organização. Tais relatórios podem 
subsidiar investigações pertinentes.
Investigações de reguladores
Fonte: 
https://cdn.pixabay.com/photo/2018/11/09/10/39/
problem-3804254_1280.jpg
 Esta lei dispõe a respeito da “responsabilização administrativa e civil de pessoas jurídicas 
pela prática de atos contra a administração pública, nacional ou estrangeira, e dá outras 
providências” (BRASIL, 2013).
 A Lei 12.846/2013 é também conhecida como Lei Anticorrupção. 
A Controladoria Geral da União – CGU observa que:
 Além de atender a compromissos internacionais assumidos 
pelo Brasil, a lei fecha uma lacuna no ordenamento jurídico do 
país ao tratar, diretamente, da conduta dos corruptores. A Lei 
Anticorrupção prevê punições como multa administrativa – de, 
até, 20% do faturamento bruto da empresa – e o instrumento 
do acordo de leniência, que permite o ressarcimento de danos 
de forma mais célere, além da alavancagem investigativa 
(CGU).
Lei n. 12.846, de 1º de agosto de 2013
 Esta lei possui uma série de inovações no regramento jurídico brasileiro, mas afinados com 
tendências internacionais para a responsabilização de organizações envolvidas em 
corrupção. 
 O Decreto n. 8.420, de 18/03/2015, estabelece a devida regulamentação da lei supracitada 
(BRASIL, 2015).
A CGU também elencou tais inovações:
Lei n. 12.846, de 1º de agosto de 2013
INOVAÇÃO DESCRIÇÃO
Responsabilidade 
objetiva
Empresas podem ser responsabilizadas em casos de corrupção, 
independentemente da comprovação de culpa.
Penas mais rígidas Valor das multas pode chegar, até, a 20% do faturamento bruto anual da 
empresa, ou, até, 60 milhões de reais, quando não for possível calcular o 
faturamento bruto. Na esfera judicial, pode ser aplicada, até mesmo, a 
dissolução compulsória da pessoa jurídica.
Acordo de leniência Se uma empresa cooperar com as investigações, elapode conseguir uma 
redução das penalidades.
Abrangência Lei pode ser aplicada pela União, estados e municípios, e tem 
competência, inclusive, sobre as empresas brasileiras atuando no exterior.
Além da Lei Anticorrupção, especialmente voltada às empresas, existem outras leis pertinentes 
que municiam o combate às fraudes:
Lei n. 12.850, de 02 de agosto de 2013:
 Responsabiliza indivíduos que fazem parte de organizações criminosas (BRASIL, 2013, II);
Lei de Lavagem de Dinheiro (Lei n. 9.613/1998):
 Dispõe sobre os crimes de “lavagem” ou ocultação de bens, direitos e valores; a prevenção 
da utilização do sistema financeiro para os ilícitos previstos nesta Lei; cria o Conselho de 
Controle de Atividades Financeiras – COAF, e dá outras providências (BRASIL, 1998).
Lei n. 12.846, de 1º de agosto de 2013
Fonte: 
https://cdn.pixabay.com/photo/2016/02/11/23/24/ballots
-1195005__340.jpg
As principais denúncias que motivam as investigações partem de determinadas fontes. 
“O Departamento de Recursos Humanos pode auxiliar a discernir o que pode ter base na 
realidade, ou o que seja fruto de desentendimentos entre as pessoas ou os grupos de 
funcionários”. Essa fonte é denominada de:
a) Canal de denúncias.
b) Acusações diretas de funcionários ou ex-funcionários.
c) Acusações de clientes e/ou fornecedores.
d) Conclusões da auditoria interna.
e) Ações judiciais.
Interatividade
As principais denúncias que motivam as investigações partem de determinadas fontes. 
“O Departamento de Recursos Humanos pode auxiliar a discernir o que pode ter base na 
realidade, ou o que seja fruto de desentendimentos entre as pessoas ou os grupos de 
funcionários”. Essa fonte é denominada de:
a) Canal de denúncias.
b) Acusações diretas de funcionários ou ex-funcionários.
c) Acusações de clientes e/ou fornecedores.
d) Conclusões da auditoria interna.
e) Ações judiciais.
Resposta
 APF. Associação Paulista de Fundações. 2017. Disponível em: http://www.apf.org.br/fundacoes/.
 BRASIL. Legislação. Lei 11.638, de 28 de dezembro de 2007. Altera e revoga dispositivos da Lei 
n. 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e da Lei n. 6.385, de 07 de dezembro de 1976, e estende 
às sociedades de grande porte disposições relativas à elaboração e à divulgação de 
demonstrações financeiras. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
2010/2007/lei/l11638.htm. Acesso em: 30 out. 2020.
 BRASIL. Legislação. Lei 12.529, de 30 de novembro de 2011. 
Estrutura o Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência; 
dispõe sobre a prevenção e a repressão às infrações contra a 
ordem econômica; altera a Lei n. 8.137, de 27 de dezembro de 
1990, o Decreto-Lei n. 3.689, de 03 de outubro de 1941 –
Código de Processo Penal, e a Lei n. 7.347, de 24 de julho de 
1985; revoga dispositivos da Lei n. 8.884, de 11 de junho de 
1994, e a Lei n. 9.781, de 19 de janeiro de 1999; e dá outras 
providências. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-
2014/2011/lei/l12529.htm. Acesso em: 30 out. 2020.
Referências
 BRASIL. Legislação. Lei 12.846, de 01 de agosto de 2013. Dispõe sobre a responsabilização 
administrativa e civil de pessoas jurídicas pela prática de atos contra a administração pública, 
nacional ou estrangeira, e dá outras providências. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/lei/l12846.htm. Acesso em: 30 out. 2020.
 BRASIL. Legislação. Lei 12.850, de 02 de agosto de 2013. Define a organização criminosa e 
dispõe sobre a investigação criminal, os meios de obtenção da prova, infrações penais correlatas 
e o procedimento criminal; altera o Decreto-Lei n. 2.848, de 07 de dezembro de 1940 (Código 
Penal); revoga a Lei n. 9.034, de 03 de maio de 1995; e dá outras providências. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/lei/l12850.htm. Acesso em: 30 out. 2020.
 BRASIL. Legislação. Lei 9.613, de 03 de março de 1998. Dispõe 
sobre os crimes de “lavagem” ou ocultação de bens, direitos e 
valores; a prevenção da utilização do sistema financeiro para os 
ilícitos previstos nesta Lei; cria o Conselho de Controle de 
Atividades Financeiras – COAF, e dá outras providências. 
 BRASIL. Legislação. Decreto n. 8.420, de 18 de março de 2015. 
Disponível em: http:// www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-
2018/2015/decreto/D8420.htm. Acesso em: 25 set. 2020.
Referências
 CASTRO, M.; CAJAZEIRA, F. Como supervisionar investigações internas. Investigações internas 
são uma realidade em muitas empresas, out., 2018. PricewaterhouseCoopers Brasil Ltda. 
Disponível em: https://www.pwc.com.br/pt/estudos/preocupacoes-ceos/mais-
temas/2018/sup_invest_int_18.pdf. Acesso em: 19 dez. 2020.
 CREDIDIO, G. S. O compliance empresarial como ferramenta de redução da corrupção. Revista CEJ, 
Brasília, ano XXII, n. 74, p. 85-90, jan./abr., 2018. 
 DEZEN JÚNIOR, R.; BEDUSCHI, D.; BORÇATO, E. C. Detectar erros e fraudes na auditoria 
contábil: uma análise à luz da teoria dos escândalos corporativos. Rev. Ciênc. Empres. UNIPAR, 
Umuarama, v. 19, n. 2, p. 291-301, jul./dez., 2018.
 ESPUNY, H. G. A atividade de inteligência na gerência moderna, 
p. 210-221. In: Gestão 4.0 em Tempos de Disrupção. São Paulo: 
Blucher, 2020.
Referências
 FGV DIREITO. Relatório IPCL Brasil. 1º Semestre/2015. Disponível em: 
http://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/bitstream/handle/10438/14133/Relatorio-
IPCLBrasil_1o_Sem_2015.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 31 out. 2020.
 GOV.BR. Ministério da Cidadania. 2019. Disponível em: https://www.gov.br/cidadania/pt-br.
 LOURENÇO, M.; SARMENTO, M. A fraude contabilística e o ambiente empresarial. Revista da 
Ordem dos Contabilistas Certificados de Portugal, out. 2008. Disponível em: 
https://www.occ.pt/fotos/downloads/files/1224596074_34a37_contabilidade.pdf. Acesso em: 
17 out. 2020.
 MOURA, H. da S.; SILVA, A. C. R. da. Auditoria de fraude: 
instrumentos na prevenção de fraudes contra as empresas. 
X Congresso de Contabilidade. Centro de Congressos do Estoril, 
nov., 2004, Lisboa/Portugal. Disponível em: 
https://repositorio.ipl.pt/bitstream/10400.21/1655/1/Auditoria%20d
e%20fraude.pdf. Acesso em: 24 out. 2020.
Referências
 PEREIRA, V. F.; SANTOS, A. das N.; ROCHA, L. F. da. Procedimentos de prevenção de fraude 
contábil numa empresa de Comércio Exterior. Revista Unasp, v. 1, n. 2, abr., 2018. Disponível 
em: https://revistas.unasp.edu.br/actanegocios/article/view/1025.
Referências
ATÉ A PRÓXIMA!

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