Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
AOL 1 ASPECTOS FILOSÓFICOS E SOCIOANTROPOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO 1. Leia o texto a seguir: Cura para alguns tipos de câncer e doenças degenerativas; possibilidade de que pessoas com lesões na coluna e paraplégicas possam voltar a andar, cura para o mal de Alzheimer (...) é no que muitos estudiosos e cientistas apostam conseguir com o avanço das pesquisas com as chamadas células-tronco (...). O problema é que para extrair à célula-tronco, o embrião é destruído. Essa é a chave da questão que tem levantado debates não só na comunidade científica, mas principalmente nos setores religiosos. As opiniões se dividem até mesmo dentro da Igreja Católica – maior opositora da aprovação das pesquisas. Muitos fiéis acreditam que o avanço da ciência nessa área é necessário para que muitas pessoas possam ter acesso à cura (...). CAPUCHINHO, Patrícia. Célula-tronco: a batalha da ciência X religião. Portal Jornalismo UNIP Chácara. Disponível em: https://chacara.wordpress.com/2008/06/11/celulas-tronco-%E2%80%93-a-batalha-da-ciencia-x-religiao/ O debate em torno da questão da utilização das células-tronco para a cura de diversas doenças geralmente é marcado pelo conflito de dois tipos de conhecimentos historicamente conflitantes desde o Renascimento (século XVI). Assinale a opção que corresponde a essas formas de conhecimento: Religioso e científico. 2. Leia o texto abaixo: O etnocentrismo pode ser definido como uma atitude emocionalmente condicionada que leva a considerar e julgar sociedades culturalmente diversas com critérios fornecidos pela sua própria cultura. Assim, compreende-se a tendência de menosprezar ou odiar culturas cujos padrões se afastam ou divergem dos da cultura do observador que exterioriza a atitude etnocêntrica (...). Preconceito racial, nacionalismo, preconceito de classe ou de profissão, intolerância religiosa são algumas formas de etnocentrismo. WILLEMS, E. Dicionário de Sociologia. Porto Alegre: Editora Globo, 1970, p.125). Com base no texto e nos conhecimentos sociológicos, assinale a opção que expressa uma atitude etnocêntrica. A existência de culturas subdesenvolvidas relaciona-se a presença, em sua formação, de etnias de tipo incivilizado. 3. Leia o texto abaixo: As ideias da classe dominante são, em todas as épocas, as ideias dominantes, ou seja, a classe que é o poder material dominante da sociedade é, ao mesmo tempo, o seu poder espiritual dominante. A classe que tem à sua disposição os meios para a produção material dispõe assim, ao mesmo tempo, dos meios para a produção espiritual, pelo que estão assim, ao mesmo tempo, submetidas em média as ideias daqueles a quem faltam meios para a produção espiritual. As ideias dominantes não são mais do que a expressão ideal das relações materiais dominantes concebidas como ideias; portanto, das relações que precisamente tornam dominante uma classe, portanto, ideias do seu domínio. Os indivíduos que constituem a classe dominante também têm, entre outras coisas, consciência, e daí que pensem; na medida, portanto, em que dominam como classe e determinam todo o conteúdo de uma época histórica, é evidente que fazem em toda a sua extensão, e, portanto entre outras coisas, dominam também como pensadores, como produtores de ideias, regulam a produção e a distribuição de ideias do seu tempo; que, portanto, as suas ideias são as ideias dominantes da época. MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. A Ideologia Alemã. São Paulo: Boitempo Editorial, 2007. O trecho do texto acima faz referência ao conceito de ideologia, que corresponde ao processo no qual as ideias da classe dominante adquirem a aparência de serem universais e naturais, escondendo o seu caráter de dominação de uma classe sobre a outra. No processo ideológico, a escola assume um papel essencial na sociedade capitalista. Assinale a opção correta que descreve o referido papel: a educação é assumidamente um elemento de manutenção da hierarquia social, do controle das classes dominantes sobre as dominadas, ou seja, de dominação da burguesia sobre o proletariado. 4. Leia o texto abaixo: Admitido que a educação fosse uma função essencialmente social, não pode o Estado desinteressar-se dela. Ao contrário, tudo o que seja educação deve estar até certo ponto submetido à sua influência. Isto não quer dizer que o Estado deva, necessariamente, monopolizar o ensino. A questão é muito complexa para que se trate dela assim de passagem. Pode-se acreditar que o progresso escolar seja mais fácil e mais rápido onde certa margem se deixe à iniciativa privada. O indivíduo é sempre mais renovador do que o Estado. Mas, do fato de dever o Estado, no interesse público, deixar abrir outras escolas que não as suas, não se segue que deva tornar-se estranho ao que nelas venha se passar. Pelo contrário, a educação que aí se der deve estar submetida à sua fiscalização. Não é mesmo admissível que a função da educação possa ser preenchida por alguém que não apresente garantias de que o Estado, e só ele, pode ser o juiz. Os limites dentro dos quais deve permanecer esta intervenção não podem ser determinados uma vez por todas; mas o princípio de intervenção não se contesta. DURKHEIM, Émile. Educação e Sociologia. São Paulo: Editora Melhoramentos, 1978. A partir do texto acima, podemos concluir que, na área da educação, Durkheim defendia: o funcionamento do sistema privado de ensino, desde que devidamente fiscalizado pelo Estado, que agiria em nome do interesse público.
Compartilhar