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Aula 09 - ORÇAMENTO PÚBLICO

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AULA 09 – ORÇAMENTO PÚBLICO 
 
1 - Conceito 
A despesa pública também deve ser conceituada considerando dois enfoques: 
sentido lato e sentido restrito. 
As despesas públicas, em sentido stricto sensu, são as despesas orçamentárias, 
que somente poderão ser executadas se estiverem autorizadas na lei orçamentária anual 
ou nas leis de créditos adicionais, e caracterizam os gastos que o governo realiza para 
atender as necessidades da população. 
Já as despesas públicas, em sentido lato sensu, abrangem além das despesas 
orçamentárias, acima citadas, as despesas extra-orçamentárias, que são representadas 
pelas devoluções de recursos de terceiros, pelas operações de crédito por antecipação de 
receita e pelos pagamentos de restos a pagar, serviço da dívida e consignações diversas. 
Fortes1, bem como outros autores, a exemplo do que ocorre na receita, entende que o 
termo despesa extra-orçamentária é indevidamente utilizado, sendo mais apropriado 
falar em “dispêndios extra-orçamentários”. 
Assim, podemos conceituar a despesa pública, em sentido restrito, como o 
conjunto de dispêndios do Estado ou de outra pessoa jurídica de Direito Público, 
autorizados no orçamento, para o funcionamento e manutenção dos serviços prestados à 
sociedade, por meio da realização de obras e prestação de serviços públicos. 
 
2 – Funções econômicas do governo 
Muitos acreditam que as despesas e receitas governamentais têm a única 
finalidade de proporcionar o funcionamento das atividades desenvolvidas pelo Estado, 
como por exemplo: construção de escolas, manutenção das repartições públicas, saúde, 
etc. E desconhecem que o orçamento público também desempenha papel primordial 
como instrumento de intervenção econômica. 
 
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 Fortes, João, Contabilidade Pública, 9.ed., Franco & Fortes, 2005, pág. 144. 
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Segundo Musgrave2, as funções econômicas do Estado se classificam em: 
função distributiva, função estabilizadora e função alocativa. 
 
2.1 - Função Distributiva 
A função distributiva tem como finalidade atenuar as injustiças e desigualdades 
sociais, através de uma distribuição mais igualitária da riqueza produzida em um país, já 
que o mercado por si só não consegue gerar a distribuição considerada justa pela 
maioria da sociedade. 
Para alcançar a igualdade considerada justa e desejada pela sociedade o governo 
utiliza-se de instrumentos como: transferências, impostos, subsídios, isenções, etc. 
A transferência de renda ocorre quando o governo tributa com alíquotas mais 
altas quem possue renda mais elevada, a exemplo das alíquotas progressivas do imposto 
de renda, e utiliza esses recursos financeiros para subsidiar os indivíduos das classes 
menos privilegiadas, oferecendo serviços público de saúde, educação, segurança, etc., 
de qualidade. 
Outra forma de aplicar a função distributiva é a cobrança de impostos com 
alíquotas mais gravosas para produtos considerados supérfluos, que somente são 
consumidos pelas classes mais favorecidas economicamente, e a sua utilização para 
subsidiar os produtos de primeira necessidade que são, desta forma, adquiridos por 
preços menores pelas classes mais necessitadas. 
 
2.2 – Função Alocativa 
Existem certas atividades que pelo alto capital a ser aplicado, pelo longo tempo 
de retorno do capital, pelo baixo retorno ou mesmo por simples desinteresse da área 
privada, exigem a presença do Estado. 
Portanto, a função alocativa consiste na aplicação de recursos públicos, pelo 
Estado, nas atividades em que não houver interesse da área privada ou a presença do 
Estado se faz necessária, como, por exemplo: investimentos na infra-estrutura 
 
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 Musgrave, Richard A. Teoria da Finanças Públicas, São Paulo, Atlas, 1994. 
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econômica: transporte, energia, comunicação, armazenamento; provisão bens públicos: 
infra-estrutura urbana, saneamento básico, meio ambiente; e semipúblicos ou 
meritórios: educação e saúde. 
 
2.2 – Função Estabilizadora 
Das três funções do Estado, esta é a mais recente e tem como objetivos 
principais: manutenção de um equilibrado nível de emprego, estabilidade dos níveis de 
preços, equilíbrio na balança de pagamentos e razoável taxas de crescimento 
econômico. 
O governo, por meio da função estabilizadora, atua sobre a economia 
aumentando ou diminuindo a demanda agregada. Se o objetivo for estimular a demanda 
os gastos públicos, com consumo e investimentos, podem ser aumentados ou os 
impostos reduzidos. 
No entanto se a intenção é conter a demanda, o governo diminuirá seus gastos ou 
aumentará os impostos, o que provocará a redução da renda e conseqüentemente dos 
níveis de consumo. 
Nesse sentido fica clara a importância do orçamento como instrumento de 
política fiscal estabilizadora, já que as alterações nas despesas do governo, bem como as 
alterações de alíquotas do impostos causam expressivos reflexos na demanda agregada. 
Além da utilização das políticas fiscais, a função estabilizadora também utiliza 
políticas monetárias para promover a estabilidade da economia, dentre as quais se 
destacam: controle da quantidade de moeda no mercado, das taxas de juros e 
lançamentos de títulos públicos. 
 
3 – Classificações da Despesa 
A despesa da Administração pública, em sentido lato, possui diversas classificações, 
sendo as mais consagradas pela doutrina: 
� Quanto à natureza; 
� Quanto à afetação patrimonial; 
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� Quanto à competência; 
� Quanto à regularidade. 
 
Como classificações legais podemos citar: 
� Quanto à categoria econômica; 
� Institucional; 
� Funcional. 
� Estrutura Programática 
� Outras classificações 
 
3.1 – Classificações Doutrinárias 
3.1.1 – A despesa, quanto à natureza, se classifica em: orçamentária e extra-
orçamentária. 
 
 
 
Orçamentárias: são as despesas fixadas na lei orçamentária anual ou na lei de créditos 
adicionais abertos durante o exercício. Devem obedecer as fases da despesa: fixação, 
empenho, liquidação e pagamento. 
 Em Atendimento ao artigo 35 da Lei 4320/64, a despesa orçamentária deverá 
ser reconhecida no exercício financeiro em que for realizada, independentemente do 
momento em que ocorrer seu pagamento, ou seja, a despesa deve ser reconhecida pelo 
regime de competência e não de caixa. 
 
 
 
TOME NOTA! A despesa, quanto à natureza, se classifica em: 
orçamentária e extra-orçamentária. 
IMPORTANTE! Na contabilidade pública adota-se o regime contábil 
misto: regime de caixa para a receita e de competência para despesa. 
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O regime de competência está previsto no artigo 35 da Lei 
4320/64, como segue: 
“Pertencem ao exercício financeiro: 
I -... 
II – as despesas nele legalmente empenhadas.”. 
De acordo com o artigo citado, devem ser apropriadas como despesa do 
exercício financeiro o valor empenhado no exercício, este procedimento no final do 
exercício, tem como finalidade contemplar os restos a pagar não processado. 
O regime de competência da despesa, assim como acontece na receita, possui 
exceção, sendo a mais conhecida e cobrada em concursos a inscrição de resto a pagar 
não processado. 
Extra-Orçamentárias: representam a saída de recursos financeiros transitórios, 
anteriormente registrados como receita extra-orçamentária, são as despesas que não 
constam na lei orçamentária anual ou em créditos adicionais como, por exemplo: 
restituição de cauções, pagamento de restos a pagar, resgate de ARO, etc. 
As despesas extra-orçamentárias não necessitam de autorização orçamentárias 
para se efetivarem, pois não são propriedades dos órgãos públicos.Características dos dispêndios orçamentários: 
� Registrados como despesa orçamentária corrente ou de capital; 
� Não são oriundos de ingressos extra-orçamentários; 
� São financiados pelas receitas extra-orçamentárias; 
� Passam pelos estágios da fixação, empenho, liquidação e pagamento; 
� Seguem a classificação econômica; 
� Necessitam de autorização em lei orçamentária. 
Características dos dispêndios orçamentários: 
� Diminuem o passivo financeiro (depósitos de terceiros, cauções em 
dinheiro, etc.); 
� São oriundos de ingressos extra-orçamentários; 
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� Não são financiados pela receita orçamentária; 
� Não passam por estágios; 
� Seguem a classificação contábil; 
� Não necessitam de autorização em lei orçamentária. 
 
3.1.2 – A despesa, quanto à afetação patrimonial, classifica-se em: efetivas ou não 
efetivas (por mutações patrimoniais). 
 
 
 
Despesas Efetivas: são as despesas que alteram o Patrimônio do Público, já que 
contribuem para o seu decréscimo, provocando um fato contábil modificativo 
diminutivo, sem a respectiva produção de mutação patrimonial. As despesas correntes, 
regra geral, são despesas efetivas (pessoal, encargo sociais, juros, aluguéis, etc.), no 
entanto as despesas de capital destinadas a auxílios e contribuições de capital, bem 
como investimentos em bens de uso comum do povo, também são despesas efetivas. 
Despesas não efetivas: também conhecida como despesa por mutação patrimonial, são 
as despesas que não provocam alteração no Patrimônio Público, já que possuem como 
fundamento um fato contábil permutativo, constituindo-se em alterações 
compensatórias por meio de mutações nos elementos patrimoniais. Em regra, as 
despesas de capital são despesas não efetivas (investimentos, inversões financeiras, 
amortização da dívida, outras despesas de capital (excetuadas as citadas como 
efetivas)), porém dentro das despesas correntes encontramos a aquisição de material 
permanente que também é uma despesa não efetiva. 
 
3.1.3 – A despesa, quanto à competência, classifica-se em: Federal, Estadual e 
Municipal. 
 
TOME NOTA! A despesa, quanto à afetação patrimonial, classifica-se 
em: efetivas ou não efetivas (por mutações patrimoniais). 
TOME NOTA! A despesa, quanto à competência, classifica-se em: 
Federal, Estadual e Municipal. 
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Federal: despesas de competência da União, visando realizar gastos para atender 
serviços e encargos demandados por dispositivo constitucional, pro leis ou contratos. 
Estadual: despesas de competência dos Estados, visando realizar gastos para atender 
serviços e encargos demandados por dispositivo legal. 
Município: despesas de competência dos Municípios, visando realizar gastos para 
atender serviços e encargos demandados por dispositivo legal. 
 
3.1.4 – A despesa, A despesa, quanto à regularidade, classifica-se em: ordinárias e 
extraordinárias. 
 
 
 
Ordinárias: sãs as despesas destinadas a manutenção contínua dos serviços públicos e, 
por isso, se repetem em todos os exercícios, exemplo: serviço de terceiro, material de 
consumo, encargos, etc. 
Extraordinárias: são as despesa de caráter esporádico ou excepcional, provocadas por 
circunstâncias especiais e inconstantes e, por isso, não aparecem todos os anos nas 
dotações orçamentárias, exemplo: guerra, comoção interna, enchentes, etc. 
 
3.2 – Classificações legais da despesa 
3.2.1 – A despesa, quanto à categoria econômica, se classifica em: despesa corrente 
e despesa de capital. 
 
 
 
TOME NOTA! A despesa, quanto à regularidade, classifica-se em: 
ordinárias e extraordinárias. 
TOME NOTA! A despesa, quanto à categoria econômica, se classifica 
em: despesa corrente e despesa de capital. 
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Despesa Corrente: são as despesas que não contribuem, diretamente, para a formação 
ou aquisição de um bem de capital.São despesas destinadas a manutenção e ao 
funcionamento dos serviços públicos, esses recursos geram diminuição no patrimônio. 
Despesa de Capital: são as despesas que contribuem, diretamente, para a formação ou 
aquisição de um bem de capital, ao contrário das despesas correntes geram acréscimo 
patrimonial resultante de mutação compensatória do bem. 
 
 
 
 
 
 
3.2.1.1 - classificação da despesa de acordo com a lei 4320/64 
IMPORTANTE! O artigo 12 da lei 4320/64 classifica a despesa nas seguintes 
categorias econômicas: 
 DESPESAS CORRENTES 
 Despesas de Custeio. 
 Transferências Correntes. 
 
DESPESAS DE CAPITAL 
 Investimentos. 
 Inversões Financeiras. 
 Transferências de Capital. 
 
As despesas correntes se dividem em subcategorias econômicas: despesas de 
custeio e transferências correntes 
ATENÇÃO! Dar uma boa lida nos artigos 12 a 21 da Lei 4320/64, ênfase no 
artigo 12 e 13 da lei 4320/64 que é de extrema importância para concursos 
públicos e deve ser memorizado pelo candidato. 
 
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Despesas de custeio: são as dotações destinadas a manutenção de serviços 
anteriormente criados, inclusive para atender obras de conservação e adaptação de bens 
imóveis, pagamento de serviços de terceiros, pagamento de pessoal e encargos, material 
de consumo, etc. 
Transferências correntes: são as dotações para despesas, as quais não corresponda 
contraprestação direta em bens ou serviços, tais como transferências de assistência e 
previdência social, pagamento de salário família, juros da dívida, incluindo as 
contribuições e subvenções destinadas a atender a manutenção de outras entidades de 
direito público ou privado. 
As despesas de capital se dividem em: investimento, inversões financeiras e 
transferência de capital. 
Investimentos: são as dotações para o planejamento e a execução de obras, inclusive as 
destinadas à aquisição de imóveis, considerados necessários à realização destas últimas, 
bem como para os programas especiais de trabalho, aquisição de instalações, 
equipamento e material permanente e a constituição ou o aumento de capital de 
empresas que não sejam de caráter comercial ou financeiro. No conceito econômico, as 
despesas de capital classificadas como investimento geram serviços que contribuem 
para o acréscimo ou incremento do Produto Interno Bruto – PIB. 
Inversões Financeiras: são as dotações destinadas à aquisição de imóveis ou de bens 
de capital já em utilização, à obtenção de títulos representativos do capital de empresas 
ou entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não importe 
aumento de capital; e, ainda, a constituição ou aumento de capital de entidades ou 
empresas que visem objetivos comerciais ou financeiros, inclusive operações bancárias 
ou de seguro. No conceito econômico, as inversões financeiras não geram serviço que 
contribuem para o acréscimo ou implemento do Produto Interno Bruto – PIB. 
Transferência de Capital: são as dotações destinadas a investimento ou inversões 
financeiras que outras pessoas de Direito Público ou Privado devam realizar, 
independentemente de contraprestação direta em bens ou serviços, constituindo essas 
transferências auxílios ou contribuições, segundo derivam diretamente da lei de 
orçamento ou de lei especial anterior, bem como as dotações para amortização da dívida 
pública. 
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Em conformidade com a lei, entende-se por elementos o desdobramento da 
despesa com pessoal, material, serviços, obras e outros meios de que se serve a 
administração pública para a consecução dos seus fins, nesse sentido o artigo 13 
apresenta a discriminação da despesa por elementos: 
 
 
 
 
DESPESAS CORRENTES 
Despesas de Custeio. 
Pessoal Civil. 
Pessoal Militar 
Material de Consumo 
Serviços de Terceiros 
TransferênciasCorrentes. 
 Subvenções Sociais 
 Subvenções Econômicas 
Inativos 
Pensionistas 
Salário-Família e Abono Familiar 
Juros da Divida Pública 
Contribuições de Previdência Social 
Diversas Transferências Correntes 
ATENÇÃO! Segundo o art. 15, da Lei 4320/64, na Lei de orçamento a 
discriminação da despesa far-se-á “no mínimo” por elemento. 
ATENÇÃO: As bancas costumam cobrar o conhecimento sobre a classificação 
dos elementos dentro dos grupos de despesas, sendo que os elementos mais 
cobrados em provas são os destacados em vermelho. 
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DESPESAS DE CAPITAL 
Investimentos. 
Obras Públicas 
Serviços em Regime de Programação Especial 
Equipamentos e Instalações 
Material Permanente 
Participação em Constituição ou aumento de capital de Empresas 
ou Entidades Industriais ou Agrícolas. 
Inversões Financeiras. 
Aquisição de Imóveis 
Participação em Constituição ou Aumento de Capital de 
Empresas ou Entidades Comerciais ou Financeiras 
Aquisição de Títulos Representativos de Capital de Empresa em 
Funcionamento 
Constituição dos Fundos Rotativos 
Concessão de Empréstimos 
Diversas Inversões Financeiras 
Transferências de Capital. 
Amortização da Dívida 
Auxílios para Obras Públicas 
Auxílios para Equipamentos e Instalações 
Auxílios para Inversões Financeiras 
Outras Contribuições 
 
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3.2.1.2 - Classificação da despesa conforme portaria 163/20013 
A classificação da despesa, elaborada pela Secretaria do Tesouro Nacional em 
conjunto com o Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão, através da portaria 
163/2001, ficou assim definida: 
3 – Despesas Correntes (categoria econômica) 
1 - Pessoal e Encargos Sociais (grupo) 
2 – Juros e Encargos da Dívida (grupo) 
3 – Outras Despesas Correntes (grupo) 
 
4 – Despesas de Capital (categoria econômica) 
 4 – Investimentos (grupo) 
 5 – Inversões Financeiras (grupo) 
 6 – Amortização da Dívida (grupo) 
 
Desta forma, a natureza da despesa, segundo a Portaria Interministerial 
STN/SOF 163/2001, compõe-se de: 
� Categoria econômica (dígito 3 para Despesas correntes e 4 para Despesa 
de capital); 
� Grupo de natureza da despesa (dígitos de 1 a 6); 
� Elemento de despesa (dígitos variam de 01 a 99). 
 
 
 
 
 
3
 Portaria Interministerial Nº 163, de 04 de Maio de 2001, atualizada até Portaria Interministerial Nº 688, 
de 14 de Outubro de 2005. 
 
ATENÇÃO, já foi tema de prova! Na LOA, a discriminação da despesa, 
quanto à natureza, far-se-á, no mínimo, por categoria econômica, grupo de 
despesa e modalidade de aplicação. 
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Em conformidade com a portaria 163/01 a estrutura da natureza de despesa a ser 
observada na execução orçamentária de todas as esferas de governo será através das 
letras: 
“c.g.mm.ee.dd”. 
“c” – categoria econômica 
“g” – grupo de natureza da despesa 
“mm” – modalidade de aplicação 
“ee” – elemento de despesa 
“dd” – desdobramento , facultativo, do elemento de despesa. 
 
 
 
 
 
 
 
Ex., a natureza de despesa: 3.3.90.30.04. 
 
 Combustíveis 
 Material de Consumo 
 Aplicação direta 
 Outras Despesas Correntes 
 Despesa Corrente 
1º dígito: 3 – categoria econômica. Despesa Corrente 
É IMPORTANTE! Saber o que cada dígito da codificação da despesa 
significa: 
1º dígito = identifica a categoria econômica. 
2º dígito = identifica o grupo de natureza de despesa. 
3º e 4º dígitos = identifica a modalidade de aplicação. 
5º e 6º dígitos = identifica o elemento de despesa (objeto do gasto) 
7º e 8º dígitos = Identificam o desdobramento do elemento (FACULTATIVO). 
 
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2º dígito: 3 – grupo de despesa. Outras Despesas Correntes 
3º e 4º dígitos: 90 – Modalidade de 
aplicação. 
Aplicações Diretas 
5º e 6º dígitos: 30 – Elemento de despesa. Material de Consumo 
7º e 8º dígitos: 04 - Desdobramento Combustíveis 
 
 
 
 
 
 
 
 
Segue a estrutura, conceitos e especificação da despesa segundo a portaria 
163/2001. Essa estrutura está adequada ao SIAF e SIAFEM, devendo ser utilizada por 
estados e municípios, com os ajustes necessários as suas peculiaridades. 
 
A - CATEGORIA ECONÔMICA 
3 - DESPESAS CORRENTES 
4 - DESPESAS DE CAPITAL 
 
B - GRUPOS DE NATUREZA DE DESPESA 
O grupo de despesas é a agregação de elementos de despesa que apresentam as 
mesmas características quanto ao objeto do gasto. 
1 - Pessoal e Encargos Sociais 
ATENÇÃO! A portaria 163/01 traz um rol exemplificativo, das naturezas de 
despesas, podendo ser ampliada para atender as necessidades de execução de 
cada ente. 
ATENÇÃO! É facultado o desdobramento suplementar dos elementos de 
despesa para atendimento das necessidades de escrituração contábil e 
controle da execução orçamentária. 
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Despesas de natureza remuneratória decorrente do efetivo exercício de cargo, 
emprego ou função de confiança no setor público, do pagamento dos proventos de 
aposentadorias, reformas e pensões, das obrigações trabalhistas de responsabilidade do 
empregador, incidentes sobre a folha de salários, contribuição a entidades fechadas de 
previdência, outros benefícios assistenciais classificáveis neste grupo de despesa, bem 
como soldo, gratificações, adicionais e outros direitos remuneratórios, pertinentes a este 
grupo de despesa, previstos na estrutura remuneratória dos militares, e ainda, despesas 
com o ressarcimento de pessoal requisitado, despesas com a contratação temporária para 
atender a necessidade de excepcional interesse público e despesas com contratos de 
terceirização de mão-de-obra que se refiram à substituição de servidores e empregados 
públicos, em atendimento ao disposto no art. 18, § 1o , da Lei Complementar no 101, de 
2000; (ALTERADO CONFORME ART. 1º DA PORTARIA INTERMINISTERIAL 
N.º 519, DE 27/11/2001) 
2 - Juros e Encargos da Dívida 
Despesas com o pagamento de juros, comissões e outros encargos de operações 
de crédito internas e externas contratadas, bem como da dívida pública mobiliária. 
3 - Outras Despesas Correntes 
Despesas com aquisição de material de consumo, pagamento de diárias, 
contribuições, subvenções, auxílio alimentação, auxílio-transporte, além de outras 
despesas da categoria econômica "Despesas Correntes" não classificáveis nos demais 
grupos de natureza de despesa; (ALTERADO CONFORME ART. 1º DA PORTARIA 
INTERMINISTERIAL N.º 519, DE 27/11/2001) 
4 - Investimentos 
Despesas com o planejamento e a execução de obras, inclusive com a aquisição 
de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, e com a aquisição de 
instalações, equipamentos e material permanente. 
5 - Inversões Financeiras 
Despesas com a aquisição de imóveis ou bens de capital já em utilização; 
aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer 
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espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento do capital; e com a 
constituição ou aumento do capital de empresas. 
6 - Amortização da Dívida 
Despesas com o pagamento e/ou refinanciamento do principal e da atualização 
monetária ou cambial da dívida pública interna e externa, contratual ou mobiliária. 
 
C - MODALIDADES DE APLICAÇÃO 
A modalidade de aplicação, segundo a portaria, é uma informação gerencial, a 
qual tem a finalidade de indicar se os recursos são aplicados diretamente por órgão ou 
entidade no âmbito da mesma esfera de Governo ou outro ente da Federação e suas 
respectivas entidades, e objetiva, precipuamente, possibilitar a eliminação de dupla 
contagem dos recursos transferidos ou descentralizados. 
10 -Transferências Intragovernamentais 
Despesas realizadas mediante transferência de recursos financeiros a entidades 
pertencentes à administração pública, dentro da mesma esfera de governo. (INCLUÍDO 
CONFORME ART. 2º DA PORTARIA INTERMINISTERIAL N.º 519, DE 
27/11/2001) 
20 - Transferências à União 
Despesas realizadas pelos Estados, Municípios ou pelo Distrito Federal, 
mediante transferência de recursos financeiros à União, inclusive para suas entidades da 
administração indireta. 
30 - Transferências a Estados e ao Distrito Federal 
Despesas realizadas mediante transferência de recursos financeiros da União ou 
dos Municípios aos Estados e ao Distrito Federal, inclusive para suas entidades da 
administração indireta. 
40 - Transferências a Municípios 
Despesas realizadas mediante transferência de recursos financeiros da União ou 
dos Estados aos Municípios, inclusive para suas entidades da administração indireta. 
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50 - Transferências a Instituições Privadas sem Fins Lucrativos 
Despesas realizadas mediante transferência de recursos financeiros a entidades 
sem fins lucrativos que não tenham vínculo com a administração pública. 
60 - Transferências a Instituições Privadas com Fins Lucrativos 
Despesas realizadas mediante transferência de recursos financeiros a entidades 
com fins lucrativos que não tenham vínculo com a administração pública. 
70 - Transferências a Instituições Multigovernamentais 
Despesas realizadas mediante transferência de recursos financeiros a entidades 
criadas e mantidas por dois ou mais entes da Federação ou por dois ou mais países, 
inclusive o Brasil. (ALTERADO CONFORME INCISO II, ART. 4º DA PORTARIA 
INTERMINISTERIAL N. º 325, DE 27/08/2001) 
71 - Transferências a Consórcios Públicos 
Despesas realizadas mediante transferência de recursos financeiros a entidades 
criadas sob a forma de consórcios públicos nos termos da Lei no 11.107, de 6 de abril 
de 2005, objetivando a execução dos programas e ações dos respectivos entes 
consorciados. 
80 - Transferências ao Exterior 
Despesas realizadas mediante transferência de recursos financeiros a órgãos e 
entidades governamentais pertencentes a outros países, a organismos internacionais e a 
fundos instituídos por diversos países, inclusive aqueles que tenham sede ou recebam os 
recursos no Brasil. 
90 - Aplicações Diretas 
Aplicação direta, pela unidade orçamentária, dos créditos a ela alocados ou 
oriundos de descentralização de outras entidades integrantes ou não dos Orçamentos 
Fiscal ou da Seguridade Social, no âmbito da mesma esfera de governo. 
91 - Aplicação Direta Decorrente de Operação entre Órgãos, Fundos e 
Entidades. 
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Integrantes dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social. Despesas de órgãos, 
fundos, autarquias, fundações, empresas estatais dependentes e outras entidades 
integrantes dos orçamentos fiscal e da seguridade social decorrentes da aquisição de 
materiais, bens e serviços, pagamento de impostos, taxas e contribuições, além de outras 
operações, quando o recebedor dos recursos também for órgão, fundo, autarquia, 
fundação, empresa estatal dependente ou outra entidade constante desses orçamentos, 
no âmbito da mesma esfera de Governo. 
99 - A Definir 
Modalidade de utilização exclusiva do Poder Legislativo, vedada a execução 
orçamentária enquanto não houver sua definição, podendo ser utilizada para 
classificação orçamentária da Reserva de Contingência, nos termos do parágrafo único 
do art. 8o desta Portaria; (alterado conforme art. 1º da portaria interministerial n.º 519, 
de 27/11/2001) 
 
D - ELEMENTOS DE DESPESA 
O elemento de despesa tem por finalidade identificar os objetos de gasto, tais 
como vencimentos e vantagens fixas, juros, diárias, material de consumo, etc. A portaria 
163/01 traz um rol de 96 elementos como por exemplo: 
01 – Aposentadorias e Reformas; 
14 – Diárias – Civil; 
30 – Material de Consumo; 
61 – Aquisição de Imóveis; 
91 – Sentenças Judiciais. 
 
3.2.2 - Classificação Institucional 
A classificação institucional representa a estrutura organizacional e 
administrativa governamental e está estruturada em dois níveis hierárquicos: órgão 
orçamentário e unidade orçamentária. Esta classificação tem como finalidade identificar 
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qual o órgão ou unidade orçamentária em que está consignada parte da despesa 
aprovada na LOA. Essa classificação é representada por um código de cinco dígitos: 
XX.XXX, onde os dois primeiros dígitos identificam o órgão ou entidade e os três 
últimos dígitos a unidade orçamentária. Exemplo: 
 01.000 – Câmara dos Deputados 
01.101 - Câmara dos Deputados 
02.000 – Senado Federal 
02.104 – Secretaria Especial de Editoração e Publicação 
 12.000 – Justiça Federal 
 12.101 – Justiça Federal de 1º Grau. 
 
Existem casos em que a classificação institucional não corresponde a um órgão 
ou uma unidade orçamentária real, exemplo: 
 90.000 – Reserva de Contingência; 
 73.000 – Transferências a Estados, Distrito Federal e Municípios; 
 74.000 – Operações Oficiais de Crédito. 
 
 
 
 
3.2.3 - Classificação funcional 
 
 
 
 A classificação funcional está definida na portaria 42/1999-MPOG e foi 
implantada a partir do ano de 2000 na União, Estados e Distrito Federal e no ano de 
IMPORTANTE! A classificação institucional, segundo o Manual Técnico 
de Orçamento – MTO – 2005, responde a indagação: “quem” é o 
responsável pela programação? 
IMPORTANTE! A classificação funcional, segundo o Manual Técnico de 
Orçamento – MTO – 2005, responde a indagação: “em que” área de ação 
governamental a despesa será realizada. 
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2002 nos municípios. Por ser de aplicabilidade obrigatória no âmbito de todos os entes 
da federação a classificação funcional permitirá a consolidação nacional dos gastos do 
setor público. A classificação funcional atual está estruturada em dois níveis de 
agregação: FUNÇÕES e SUBFUNÇÕES, as quais estão vinculadas em 
PROGRAMAS, que possuem em sua estrutura PROJETOS, ATIVIDADES e 
OPERAÇÕES ESPECIAIS, reagrupados de acordo com o critério de afinidade ou 
tipicidade. 
 A classificação funcional é de uso obrigatório para os municípios e estados, para 
possibilitar e facilitar a consolidação das contas nacionais. A codificação da 
classificação funcional é composta de cinco dígitos, sendo distribuídos da seguinte 
forma: XX = Função e XXX = Subfunção. 
 
 
 
 
O que é função e subfunção? 
 As funções que são representadas por um código de dois dígitos (XX), e se 
identificam com a área de atuação de cada um dos órgãos ou entidades do governo, 
representam o maior nível de agregação das diversas áreas da despesa que competem ao 
setor público. Exemplo: 
 01 – Legislativa 
 04 - Administração 
 10 – Saúde 
 12 – Educação 
 
 
 
ATENÇÃO! A classificação funcional é composta de um rol de funções e 
subfunções prefixadas, que serve como agregador dos gastos públicos por 
área de ação governamental, nas três esferas. 
FIQUE LIGADO! No balanço financeiro a despesa deverá ser classificada por 
função, que é seu maior nível de agregação. 
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Atualmente as funções constituem um universo de 28 itens, dentre todas as 
funções existentes uma é bastante exigida em concursos públicos: “Encargos 
Especiais”. A função “Encargos Especiais” engloba as despesas em relação as quais não 
se possa associar um bem ou serviço a ser gerado no processo produtivo corrente, tais 
como: dívidas, ressarcimentos, indenizações, e outras afins, representando, portanto, 
agregação neutra. (art. 1º, § 2º, Portaria MPOG nº 42/99). 
 
 
As subfunções, cuja codificação é composta de três dígitos (XXX), sãoa grande 
novidade desta nova classificação (funcional), representam um desdobramento das 
funções e tem a finalidade de agregar determinado subconjunto de despesas do setor 
público e identificar a natureza básica das ações que se aglutinam em torno das funções. 
Exemplo: 
031 – Ação legislativa; 
301 – Atenção básica; 
361 – Ensino Fundamental 
 Características das subfunções: identifica a natureza básica das ações do 
governo, a partir das funções e poderão ser combinadas com funções diferentes 
daquelas relacionadas, exemplificando: 
 Função com subfunção típica: 
 Função: 12 – Educação 
 Subfunção: 361 – Ensino Fundamental 
 362 – Ensino Médio 
 
Função com subfunção atípica: 
Função: 12 – Educação 
 Subfunção: 128 – Formação de Recursos Humanos 
FIQUE LIGADO! “Encargos Especiais” é uma função muito cobrada em 
concursos públicos. 
 
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3.2.4 - Classificação Por Programas 
 A classificação por programas, também conhecida como estrutura programática, 
passou a ser utilizada nas peças orçamentárias a partir do ano de 2000, em substituição à 
classificação funcional-programática, até então existente. 
A antiga classificação funcional-programática tinha a seguinte estrutura: 
Funções, Programas, Subprogramas e Projetos ou atividades. Esta classificação teve 
sua última utilização na elaboração do orçamento do ano de 1999. 
A classificação programática está assim estruturada em programas, ações e 
subtítulos. 
Classificação Funcional-Programática Classificação Funcional e programática 
FUNÇÃO FUNÇÃO 
PROGRAMA SUBFUNÇÃO 
PROJETO/ATIVIDADE PROGRAMAS 
SUBPROJETO/SUBATIVIDADE PROJETOS/ATIVIDADES/OP.ESPECIAIS 
 
3.2.4.1 – Programas 
O programa, que possui a codificação de quatro dígitos: XXXX, é o instrumento 
de organização da atuação governamental que articula um conjunto de ações que 
concorrem para um objetivo comum preestabelecido, mensurado por indicadores 
instituídos no plano, visando à solução de um problema ou o atendimento de 
determinada necessidade ou demanda da sociedade (Manual Técnico de Orçamento – 
MTO). 
Toda ação do Governo está estruturada em programas orientados para a 
realização dos objetivos estratégicos definidos para o período do Plano Plurianual – 
PPA, que é de quatro anos. A organização das ações do Governo sob a forma de 
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programas visa proporcionar maior racionalidade e eficiência na administração pública 
e ampliar a visibilidade dos resultados e benefícios gerados para a sociedade, bem como 
elevar a transparência na aplicação dos recursos públicos. 
 
 
 
Os programas, atualmente, são classificados em dois tipos4: 
a) Programa finalísticos: dos quais resultam em bens e serviços 
ofertados diretamente à sociedade cujos resultados sejam passíveis de 
mensuração; 
b) Programas de Apoio às Políticas Públicas e Áreas Especiais: são 
programas voltados aos serviços típicos de Estado, ao planejamento, 
à formulação de políticas setoriais, à coordenação, à avaliação ou ao 
controle dos programas finalísticos, resultando em bens ou serviços 
ofertados ao próprio Estado, podendo ser composto inclusive por 
despesas de natureza tipicamente administrativas. 
 
3.2.4.2 – Ações 
As ações, que tem a codificação representada por quatro dígitos: XXXX, 
representam o desdobramento dos programas. 
As ações são operações das quais resultam produtos (bens ou serviços), que 
contribuem par atender ao objetivo de um programa. Incluem-se também no conceito de 
ação as transferências obrigatórias ou voluntárias a outros entes da federação e a 
pessoas físicas e jurídicas, na forma de subsídios, subvenções, auxílios, contribuições, 
doações, etc, e os financiamentos. 
 
4
 No PPA 2004-2007 eram identificados quatro tipos de programas: Programas Finalísticos, Programas 
de Serviços ao Estado, Programas de Gestão de Políticas Públicas e Programas de Apoio Administrativos. 
O Manual de Elaboração do PPA 2008-2011 alterou esta classificação indicando apenas dois tipos: 
Programas Finalísticos e Programas de Apoio às Políticas Públicas e Áreas Especiais. 
 
IMPORTANTE! O programa é o módulo comum integrador entre o plano e 
o orçamento. 
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As ações, conforme suas características, podem ser classificadas como: 
a) Projetos: Instrumento de programação para atingir o objetivo de um 
programa, envolvendo um conjunto de operações limitadas no 
tempo, das quais resulta um produto que concorre para a expansão 
ou o aperfeiçoamento da ação governamental. 
b) Atividades: Instrumento de programação para alcançar o objetivo de 
um programa, envolvendo um conjunto de operações que se realizam 
de modo contínuo e permanente, das quais resulta um produto 
necessário à manutenção das ações de governo. 
c) Operações especiais: São ações que não contribuem para a 
manutenção das ações de governo, das quais não resulta um 
produto e não geram contraprestação direta sob a forma de bens 
ou serviços, representam basicamente o detalhamento da função 
“Encargos Especiais”, por exemplo: amortização e encargos, 
aquisição de títulos, pagamento de sentenças judiciais, transferências 
a fundo de participação, concessão de empréstimos, ressarcimentos, 
indenizações, etc. 
 
PROJETOS ATIVIDADES 
Conjunto de operações limitadas no 
tempo; 
Conjunto de operações que se realizam de 
modo contínuo e permanente; 
Concorre para a expansão ou o 
aperfeiçoamento da ação governamental; 
Necessário à manutenção das ações de 
governo; 
 
 
 
 
ATENÇÃO! Quando o primeiro dígito do conjunto que identifica os projetos 
e atividades for par (2, 4, 6) revela que se trata de atividade; se for impar (1, 
3, 5) indica que se refere a um projeto, e se for 0 refere-se a operações 
especiais 
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 25 
 
3.2.4.3 – Subtítulos 
As ações de governo (atividades, projetos e operações especiais) são 
desdobradas em subtítulos, utilizados especialmente, para especificar a sua localização 
física, não podendo haver, por conseguinte, alteração da finalidade, do produto e das 
metas estabelecidas. O subtítulo é composto de quatro dígitos: XXXX e representa o 
menor nível de categorias de programação. 
Atual codificação funcional e programática das ações 
Classificação Funcional Classificação Programática 
Função Subfunção Programa P/A/O Subtítulo 
XX XXX XXXX XXXX XXXX

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