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Farmacologia dos Antiepilépticos

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Fármacologia dos Antiepilépticos 
MECANISMOS GERAIS DE AÇÃO 
Os fármacos possuem especificidades e particularidades entre eles, porem, temos algumas 
características que são comuns à maioria dos agentes antiepilépticos:
1. Potencializar a ação GABA (aumento da hiperpolarização para inibição)
2. Bloqueio de canais de cálcio do tipo T 
3. Bloqueio de canais de sódio (dependentes de uso)
4. Inibir ação glutamatérgica (NMDA/AMPA)
Reduz a 
excitabilidade 
Independente do mecanismo, tudo culinária com:
• Aumento da inibição (hiperpolarização); ou
• Redução na excitabilidade (dificultando a despolarização).
Abaixo é mostrado a atividade dos canais em cada fase de uma crise epilética.
Barbitúricos (fenobarbital)
Atualmente não é um fármaco de primeira escolha e o único usado é o fenobarbital (Gardenal). O 
mecanismo de ação é através da ação do GABAa.
No entanto, ele pode agravar as crises de ausência, aumentando a sedação (gerando sonolência e 
diminuindo o desenvolvimento infantil, além de induzi o metabolismo de enzimas hepáticas, gerando 
interações indesejadas. Além disso, a margem de segurança é muito baixa, podendo gerar parada 
cardiorrespiratória. 
Fenitoína 
(hidantonínas, derivados barbitúricos)
O principal fármaco é o Hidantal. Seu mecanismo de ação principal é o bloqueio de canais de sódio 
dependentes de voltagem (canais que foram abertos recentemente).
Esse fármaco pode ser usado tanto para crises focais quanto para tônico-clínica e, como vantagem, não 
causam sedação. 
Dentre os problemas que esse fármaco causa, tem-se o baixo índice terapêutico (paciente pode sofrer 
toxicidade com baixas doses); alta ligação plasmática (quando se liga a roteias plasmáticas pode alterar 
as concentrações de outros fármacos); Metabolismo saturável (a metabolização alcança um teto, 
independente da dose, fazendo com que o tempo d meia vida aparente aumente); indutor enzimático 
(causa interações).
Obs: a Fenitoína deveria ter acompanhamento plasmático individualmente, pois a metabolização no 
organismo é individual em cada um. 
Dentre os efeitos indesejados, pode agravar crise de ausência, causar vertigem, cefaleia, hiperplasia 
gengival, hirsutismo e masculinização, malformação fetal, entre outros. 
Etossuximida
Não é um fármaco usado com muita frequência. Seu mecanismo é bloquear canais de cálcio T, sendo 
efetivo em crises de ausência. Além disso, possui poucos efeitos colaterais, como náusea, anorexia, 
letargia e tontura. 
Benzodiazepinico Clássicos 
(diazepam, clobazam e clonazepam)
Assim como os barbitúricos, sua ação é por potencializar GABAa, porém com mecanismo um pouco 
diferente. Ao contrário dos barbitúricos, os benzodiazepinicos tem alta segurança e tolerabilidade. É 
utilizado para controle de status epilepticus (agudo). 
O clonazepam (Rivotril), além de potencializar ação GABA, ele bloqueia canais de CA T, por isso é 
usado em casos de crise de ausência.
Dentre os efeitos indesejados, pode causar sedação, tolerância e dependência. 
Carbamazepina 
Sua ação se dá por bloquear canais de Sódio, além de ser eficaz em crises focais, assim como a 
fenitoína. Outro benefício, também em comparação com a fenitoína é sua cinética linear, não variando 
muito entre as pessoas. 
Dentre as desvantagens, ela é sedativa, causa ataxia, tontura, ganho de peso, depressão da medula 
óssea, causa indução enzimática reduzindo as concentrações plasmáticas de outros anticonvulsivante, 
como valproato, barbitúrico e BZDs. Além disso, causa tolerância farmacocinética, visto que reduz o 
tempo de meia vida com uso, tendo que aumentar a dose conforme usa.
Como alternativa, existe a oxcarbazepina, um pró-fármaco que é menor indutor enzimático. 
ÁCIDO VALPROICO
Sua ação se dá bloqueando tanto canais de Sódio como de Cálcio T e também reduz a degradação 
de GABA (FUNCIONA NOS TRÊS PRINCIPAIS MECANISMOS E PRATICAMENTE EM QUALQUER TIPO 
DE EPILEPSIA), tendo um espectro mais amplo de ação, funcionando também para crise de ausência.
Dentre as vantagens, não causa tanta sedação, tem um índice terapêutico seguro e tem um perfil de 
liberação lenta, o que aumenta a adesão, visto que o paciente necessite tomar o medicamento em 
menos vezes aos dia.
Dentre os efeitos indesejados, há perda de cabelo, perda sensorial, hetatoxicidade, teratogênico e 
inibe o metabolismo da fenitoína.
MECANISMOS ANTICONVULSIVANTES “NOVOS”
Na imagem ao lado ilustra um neurônio pré-sináptico que 
libera GABA, que vai atuar em outro neurônio e, ao lado 
uma célula da Glia, que faz, por exemplo, a receptação do 
transmissor. 
Abaixo é citado novos agentes:
1. Tiagabina, agindo no GAT1, que inibe a receptação de 
GABA, ficando mais GABA na sinapse, tendo um efeito 
inibitório maior;
2. Vigabatrina, atua na GABA transaminase, que a enzima 
que faz a degradação de GABA. Assim, inibindo a enzima, 
aumenta-se a disponibilidade do transmissor;
3. BZDs e Barbitúricos, atuam diretamente nos canais de 
GABAa;
4. Fármacos que atuam em GABAb
Fármacos que atuam na transmissão GLUTAMATÉRGICA
1. NaT: Fenitoína, carbamazepina;
2. CaT: etossumiximida, valproato;
3. Canais K+ (Retigabina): ao atuar em canal de potássio, 
abre o canal e causa uma hiperpolarização e impedir uma 
excitabilidade muito grande;
4. SV2A (levetiracetam): tem a ação de impedir a ação de 
moléculas que participam do ancoramento de vesículas 
para causar a exocitose e, com isso, se tem uma liberação 
menor de glutamato;
5. CRMP2 (lacosamida (Na)): atua em mediadores 
intracelulares associado a ação de fatores de crescimento;
6. AMPA (lamotrigina, topiramato): 
7. NMDA (felbamato)
a. Vigabatrina (inibe irreversivel a GABA-transaminase, ↑GABA + CaT);
b. Gabapentina e pregabalina (↓Cav pré-sináptico + ação GABA);
c. Tiagabina (↓recaptação de GABA via GAT1);
d. Lamotrigina (↓liberação de glutamato + Nav + CaT);
e. Felbamato (antagonismo NMDA + Nav);
f. Perampanel (antagonista AMPA, ↑agressividade?);
g. Rufinamida (antagonista mGlu5 + Nav);
h. Retigabina (abertura K , ↑efluxo K+, hiperpolarização); v
i. Levetiracetam e brivaracetam
J. Topiramato — Boqueia canais de Sódio, potencializa a ação GABAérgica e bloqueia receptores glu-
tamatérgicos, principalmente AMPA. Dentre algumas vantagens, tem ação neuroprotetora e tem pou-
cos impactos farmacocinéticos. Um efeito colateral predominante é a sedação e redução da fome. 
Outros exemplos de fármacos:
MECANISMOS EM RESUMO 
Ação em Canais de Sódio 
dependente 
Ação em Canais de Cálcio
Atuam na transmissão 
GABAérgica
Para crises generalizadas e 
aquelas que acompanham 
crises de ausência 
Para crises focais 
Fármacos de acordo com o tipo de epilepsia

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