Buscar

Introdução a Epidemiologia

Prévia do material em texto

DIURÉTICOS E BLOQUEADORES DOS CANAIS DE CÁLCIOINTRODUÇÃO AO RACIOCÍNIO EPIDEMIOLÓGICO
Liz Schettini
· Qual o maior desafio da epidemiologia?
· De que depende o trabalho científico na epidemiologia?
· Qual o primeiro estudo a ser feito? Porque?
· Quais os tipos de variáveis?
· Qual o melhor tipo de estudo? Porque?
· Que perguntas fazer na hora de escolher um tipo de estudo?
 Durante a história várias doenças foram tratadas como forma de aceitação. Então, aceitava-se antigamente que todo tuberculoso ia morrer. Assim como, quando a AIDS apareceu todo mundo sabia que todas as pessoas iam a óbito. Por isso hoje, os alunos têm sido mais estimulados a valorizar a anamnese e história clínica do paciente, ver o ser humano de maneira integral.
· Pesquisa Científica em Epidemiologia
 Há uma infinidade de formas de buscar informações através de bancos de dados. Quando isso é feito o diagnóstico é aprimorado, podendo melhorar o prognóstico. Uma coisa é ver pessoas isoladamente, outra é analisar toda a amostra
 O maior desafio para a epidemiologia é a correta produção de hipóteses e rigoroso processo de validação destas na busca de solução para problemas identificados. É preciso estabelecer a pergunta concreta, saber qual a hipótese será testada e buscar responder da forma adequada. Não se pode, por exemplo, fazer uma pesquisa quantitativa e tentar determinar a letalidade de uma doença fazendo uma pesquisa qualitativa. Não dá para determinar fatores de risco de uma doença por um estudo transversal (ele determina hipóteses), é preciso adequar a metodologia.
 A própria essência do processo de produção do conhecimento científico, na medida que criar problemas pode não ser tão difícil como resolve-los. O trabalho científico na epidemiologia depende de modelos conceituais de saúde/doença capazes de orientar o processo de problematização na disciplina e de esforço de validação empírica das questões e hipóteses epidemiológicas através de um amplo repertório de estratégias metodológicas de pesquisa de campo.
 Ex: Se eu quero falar sobre leptospirose. Eu preciso entender o modelo saúde doença, o modelo de causalidade, entender quem está exposto ao risco, o que é o ambiente que expõem essas pessoas ao risco, saber o que é leptospirose e como se diagnostica, qual o prognóstico dela, esses prognósticos vão depender de que, tem que conhecer tudo para poder estudar sobre aquilo.
 O exame descritivo é o primeiro a ser feito porque não se começa a pesquisar sobre um tema por um estudo de coorte, por exemplo. Eu preciso primeiro saber se a doença que eu estou abordando tem uma prevalência grande, preciso saber se ela é relevante para aquela população.
 Uso de variáveis/atributos -> quantitativos (cor, gênero, sexo), qualitativos (peso, altura), modificáveis e não modificáveis. A escolha da variável depende do seu objetivo.
 Busca da relação de causa e efeito -> multicausalidade, relevância, plausibilidade teórica, biológica...
 Definição de hipóteses ou estudo descritivo? O estudo de coorte é o melhor estudo que tem, porque ele define e confirma uma hipótese, mas para que esse estudo ocorra é preciso que exista antes um estudo descritivo. A escolha de qual estudo usar depende do grau de conhecimento sobre o assunto, grau de maturação no grupo e tempo de investigação. Onde se quer chegar? Novas hipóteses? Determinação de causalidade? Validação de instrumentos? Eu preciso de um direcionamento para onde quero ir. Qual a plausibilidade da pesquisa?· O que a estrutura de dados engloba?
· Quais os tipos de fontes?
· De que dependem os instrumentos?
· Quais os tipos de estudo contínuo?
· Quais os fundamentos básicos de um estudo epidemiológico?
 De onde vem os dados? Como produzo a informação que desejo? Para isso temos 3 situações:
1. Estrutura dos dados: qual a minha unidade de análise? (pessoas, um grupo pequeno ou grande, aleatório ou selecionado, é uma corporação?) qual a variável/dimensão (descrever, classificar, medir, quantificar) e valor/quantidade (elemento do dado que se aplica diretamente aos cálculos dos parâmetros, indicadores e índice – morbimortalidade, medidade em ml, dl etc)
2. Fontes: origem (primária ou secundária), temporalidade (contínuo, episódico, temporário) e tipos (SIS, PNAD, DETRAN, prontuários, inquéritos específicos, pesquisa original etc)
3. Instrumentos: depende da disponibilidade dos dados, do tempo para a realização da pesquisa, da pergunta de investigação, do estado da arte do conhecimento, do avanço científico e tecnológico e do pesquisador.
 OBS.: estudo contínuo -> pode ser longitudinal, que define um tempo para o desfecho ocorrer, ou de coorte, que não define tempo. Estudo temporário -> você determina o tempo que o estudo vai acabar
· Fundamentos Básicos
· Exposição: algo que pode influenciar a saúde dos indivíduos. Tudo aquilo que pode levar ao efeito.
· Efeito: doença/agravo, óbito ou situação de saúde apresentado pelos indivíduos estudados. É o que eu estou medindo.
· Tabela de contingência: (2x2) é a forma de apresentar numericamente a população estudada de acordo a exposição e efeito.
 O primeiro estudo é descritivo e com base na força de exposição eu posso fazer um estudo analítico (no sentido de confirmatório)

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Perguntas Recentes