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Aula 03 - Disfunção Temporomandibular e avaliação(1)

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Disfunção Temporomandibular 
 
Prof. João Paulo 
Fisioterapiamanual.tk 
Definição de DTM 
• 1934: Estudos de James Costen (otorrino) 
– Relatou uma série de sintomas que ficaram conhecidos 
como síndrome de Costen (dor, ruídos, vertigens, 
zumbidos, tinidos,...) 
 
• 1980: DTM definidas como conjunto de sinais e 
sintomas manifestados em decorrência de alterações 
no sistema estomatognático, cuja etiologia envolve: 
 
– Tensão emocional, interferências oclusais, perda de dentes 
ou má posição dentária, alterações funcionais da 
musculatura mastigatória, alterações intrínsecas ou 
extrínsecas da ATM, combinação desses fatores. 
Etiologia 
• DTM caracterizada por diversos sinais e sintomas – 
dor, sons articulares, cefaléias, zumbidos e 
compressões; 
 
• Etiologia e sintomatologia variada – inúmeros fatores 
podem afetar o equilíbrio estrutural desse complexo; 
 
• DTM multifatorial 
– Miogênica; 
– Artrogênica; 
– Neurogênica; 
– Mista. 
Epidemiologia 
• Os sinais e sintomas mais comuns na população são 
sensibilidade à palpação dos músculos mastigatórios 
e ruídos; 
 
• Ocorre em todas as faixas etárias, principalmente 
entre 20 e 45 anos; 
 
– Entre 15 e 40 anos: causa miogênica; 
– A partir dos 40: causa artrogênica; 
– 5:1 em mulheres; 
– 10% da população busca ajuda terapêutica. 
Sintomatologia 
• Subjetiva: refere-se ao relato do paciente (dor); 
 
• Objetiva: refere-se aos achados clínicos que, 
somados ao relato dos pacientes, contribuem 
para o diagnóstico; 
 
• Dor – sintomatologia mais prevalente 
(estabelecer uma forma “objetiva” de avaliar a 
dor do paciente). 
Tipos de DTM 
• Atividades da musculatura mastigatória: 
 
– Funcional: estímulos periféricos – permite o 
sistema mastigatório desempenhar suas funções 
necessárias sem dano estrutural; 
 
– Parafuncional: influenciada por estímulos do SNC 
– apertar e ranger os dentes. 
Tipos de DTM 
• Cada estrutura do sistema estomatognático 
apresenta um grau de tolerância às forças 
exercidas sobre ela => quando essas forças 
excedem um nível suportável = colapso das 
estruturas e tecidos; 
 
• Quando uma hiperatividade muscular causar 
alguma alteração mecânica mastigatória = 
colapso de estruturas mais fracas (músculos, 
ATM, dentes e suas estruturas de suporte). 
Tipos de DTM 
• Fator mais comum para a DTM miogênica é a 
hiperatividade muscular. Pode ser gerado por: 
 
– Maloclusão; 
– Alterações posturais; 
– Alterações emocionais; 
– Traumas; 
– Doenças sistêmicas; 
– Desordens de crescimento. 
Tipos de DTM 
• Parafunções: causa de dor muscular e/ou articular, 
descompasso côndilo/disco, cefaléias, hipertrofia 
muscular, lesão periodontal e abrasão dental; 
 
• Diurnas: apertar ou ranger os dentes, morder a 
língua ou a bochecha, chupar dedos, hábitos 
posturais errados, morder canetas, alfinetes ou 
unhas, ou segurar objetos debaixo do queixo; 
 
• Noturnas: ocorrem durante o sono, sendo compostas 
de episódios únicos e de contrações rítimicas = 
BRUXISMO. 
Bruxismo 
• Ato de ranger ou apertar os dentes de forma 
subconsciente ou parafuncional; 
 
• Ocorre mais frequentemente durante a noite mas 
pode acontecer durante o dia; 
 
• Forças são aplicadas contra os dentes quando a 
mandíbula se movimenta de um lado para o outro; 
 
• Esse movimento produz forças horizontais que não 
são bem aceitas, aumentando a probabilidade de 
danos aos dentes ou às estruturas de suporte. 
Bruxismo 
• Atividade muscular isotônica => contração muscular 
mantida => inibição do fluxo sanguíneo => acúmulo 
maior de metabólitos => fadiga, dor e espasmo; 
 
• O estresse emocional pode aumentar o bruxismo, 
mas não é sua única causa; 
 
• Alterações musculares decorrentes do bruxismo são 
projetadas diretamente nas musculaturas 
mastigatória e cervical. 
Disfunções Miogênicas 
• Podemos encontrar: 
 
– Dor miofascial; 
– Mialgia; 
– Espasmo muscular; 
– Contratura; 
– Miosite; 
– Distensão; 
– Tendinite. 
Desordens Articulares 
• A causa desse comprometimento ainda não foi bem 
estudada, mas parece não estar relacionada com 
idade, sexo, perda dentária ou uso de prótese; 
 
• Com redução: retorno do disco para a região mais 
central da articulação, realizando um movimento 
contrário ao movimento condilar funcional; 
 
• Sem redução: anteriorização do disco em relação à 
cabeça da mandíbula, sem o retorno para a suposta 
posição normal. 
Deslocamento do disco com redução 
• Disfunção caracterizada pelo relacionamento anormal 
entre a cabeça da mandíbula, disco e tubérculo articular; 
 
• Pode ser anterior, ântero-medial, medial, e raramente 
posterior; 
 
• Caracteriza-se pela vibração produzida pela redução ou 
pelo movimento do disco articular durante a excursão 
mandibular; 
 
• Ocorre um desvio mandibular para o lado ipsilateral até 
que ocorra a redução do disco ou o realinhamento 
mandibular. 
Deslocamento do disco sem redução 
• Limitação da abertura bucal, desvio acentuado 
para o lado ipsilateral na tentativa da abertura, 
restrição do movimento protrusivo, movimento 
laterotrusivo normal, dor articular e muscular; 
 
• Desordens articulares apresentam-se 
clinicamente como movimentos mandibulares, 
promovendo desvios da linha mediana e/ou 
aparecimento de ruídos. 
Estalidos Articulares 
• Estalidos e/ou ruídos crepitantes: sintomas mais 
frequentes nos casos de DTM (uni ou bilateral); 
 
• Ocorre frequentemente durante movimentos de 
abaixamento, elevação, lateralidade e protrusão 
mandibular; 
 
• Audíveis pelo paciente – Necessário o 
estetoscópio para a ausculta do fisioterapeuta. 
Estalidos Articulares 
• Não apresenta uma causa bem definida; 
 
• É considerado um “descompasso processo condilar-
disco”; 
 
• Sugere alterações estruturais da própria articulação – 
perfurações do disco ou má posição da cabeça da 
mandíbula; 
 
• Deslocamento anterior do disco = explicação mais 
provável dos estalidos recíprocos ocorridos no início do 
movimento de abertura da boca. 
Avaliação da ATM 
• Avaliação postural; 
– Anterior 
– Posterior 
– Lateral direita e esquerda 
 
• Avaliação estática e dinâmica da coluna cervical; 
 
• Avaliação do início da abertura mandibular e da 
abertura mandibular total. 
Avaliação da ATM 
• Dimensão Vertical 
Avaliação da ATM 
• Mensurações: 
 
– Abertura da boca; 
– Protrusão mandibular; 
– Desvios laterais ou da linha média; 
– Medida do overjet. 
Avaliação da ATM 
• Palpações: 
 
– Masseter (EO/IO); 
– Temporal (EO/IO); 
– Pterigóide Lateral (EO/IO); 
– Pterigóide Medial (EO/IO); 
– Digástrico (EO); 
– Cervicais; 
– ECOM; 
– Trapézio; 
– ATM (Endoauricular). 
Avaliação da ATM 
• Teste de Força Muscular: 
 
– Abaixadores da mandíbula; 
– Elevadores da mandíbula; 
– Lateralização da mandíbula. 
 
• Ausculta da ATM.

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