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APOSTILA TIPOS DE CURATIVOS

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CURATIVOS 
Técnicas de curativos 
 
VANTAGENS DO MEIO ÚMIDO 
O meio úmido tem algumas vantagens em relação aos curativos secos. Estimula a epitelização, a formação 
do tecido de granulação e maior vascularização. Facilita à remoção do tecido necrótico e impede a formação 
de espessamento de fibrina. Promove a diminuição da cor, evitando traumas na troca do curativo, além de 
manter a temperatura corpórea. 
 
� SORO FISIOLÓGICO 0,9% OU ÁGUA DESTILADA 
Deve ser aquecido próximo a temperatura de 37° C quando utilizado em tecido de granulação e epitelização, 
em temperatura inferior a essa ocorrerá um choque térmico, e a pele levará de 3 a 4 horas para voltar à 
temperatura normal; 
 
� TÉCNICA DO JATO DE SORO 
Técnica utilizada para higienização do tecido de granulação. Nesta técnica pode-se utilizar o próprio frasco de 
soro ou uma seringa de 20 ml, e agulha 40x12 mm, para exercer a devida pressão (4 a 15 pps); 
Além do tecido de granulação essa técnica é utilizada para limpeza de cavidades e pontos subtotais, áreas de 
difícil acesso apenas com gaze úmida. 
Os pontos subtotais são pontos que abrangem todas as camadas da parede abdominal, da pele até peritônio. 
Eles são confeccionados com equipo de soro e fio tipo cordonê. Para proceder à limpeza desses pontos, 
devem-se lavar todos os pontos introduzindo soro fisiológico 0,9% com auxílio de uma seringa com agulha de 
40x12 mm no interior de cada ponto, colocando uma gaze no lado oposto para reter a solução. 
Continuar a limpeza de todo o restante da lesão, com o auxílio de uma pinça, utilizando a técnica asséptica. 
Realizar a limpeza de dentro para fora e de cima para baixo, utilizando as duas faces da gaze sem voltar ao 
início da incisão. 
� FITA ADESIVA 
A fita adesiva sempre deve ser retirada molhando-a com SF 0,9%, para evitar a lesão da pele do paciente por 
trauma local. Se possível deve priorizar a utilização das fitas indicadas pelo fabricante, como hipoalergênicas 
e nunca deve ser utilizada fita crepe adesiva direto à pele do paciente. 
� CURATIVOS DAS FERIDAS LIMPAS: 
 
• Começar a limpeza do local de incisão, com movimentos de dentro para fora; 
• Nunca passar o lado sujo da gaze duas vezes sobre a lesão; 
• O centro da ferida asséptica é sempre mais limpo que as borda, pois está mais protegido de 
contaminação. 
� FERIDAS CIRÚRGICAS E TRAUMÁTICAS: 
 
• As primeiras 24 horas são especialmente importantes, porque o edema é maior neste período. 
 
 
• O edema depende do tipo da ferida, podendo permanecer de 72 horas, e nesse tempo o curativo 
deverá permanecer fechado. 
• Os curativos proporcionam proteção física para a lesão, estabiliza o fechamento da ferida, absorvem a 
frenagem serosa e protegem contra infecção. 
 
� CURATIVOS DAS FERIDAS CONTAMINADAS OU INFECTADAS: 
 
• Deve-se iniciar a limpeza de fora para dentro da lesão, ou seja, das bordas para o centro, para não 
espalhar infecção nos tecidos ao redor da ferida. 
 
� ÚLCERAS DE ESTASE VENOSA: 
 
• Objetivo principal é reduzir a hipertensão venosa devido à incompetência vascular. Melhorar o retorno 
venoso, diminuído as áreas pobres em nutrientes e oxigênio. 
 
� TRATAMENTO COMPRESSIVO PARA AS ÚLCERAS VENOSAS 
 
O tratamento compressivo melhora a função da bomba muscular da panturrilha e reduz o edema, 
melhorando assim o retorno venoso. 
Os materiais são: 
• Meias elásticas; 
• Ataduras elásticas de alta compressão; 
• Bota de ulna; 
IMPORTANTE! 
Antes de iniciar o tratamento compressivo deve ser bem investigado se o paciente não é portador de úlceras 
arteriais: 
• Verificar pulso pedioso, caso fraco ou ausente, há necessidade de avaliação especializada; 
• Sinais de necrose nos dedos ou dorso do pé; 
• Cianose de extremidades; 
• Aumento na dor com elevação do membro. 
 
� CURATIVO DE ÚLCERA PLANTAR: 
 
• Objetivo do tratamento é reduzir a hiperpressão sobre a ferida; 
• Repouso; 
• Imobilização com tala gessada; 
• Palmilhas. 
 ALGUNS PRODUTOS E TÉCNICAS UTILIZADAS EM CURATIVOS 
 
ANTISSEPSIA 
É um processo de desinfecção das camadas superficiais ou profundas da pele, inativando, destruindo ou 
removendo os microrganismos, mediante a aplicação de antissépticos. 
 
ANTISSÉPTICOS 
 
 
Substâncias capazes de impedir a proliferação de microrganismos pela sua destruição ou inativação. Essas 
substâncias reduzem a carga bacteriana sobre a superfície da célula mediante ação bactericida e 
bacteriostática. 
• Bactericida: Podem destruir os microrganismos. 
• Bacteriostática: Permite que os microrganismos permaneçam viáveis, porém impedem que se 
reproduzam (inibidor do crescimento). 
Todos os anti-sépticos têm uma ação histolítica e, portanto, diminuem os processos cicatriciais, se 
usados inconvenientemente. 
 
 
PVPI (PORRILIDONA – IODO) 
MECANISMO DE AÇÃO: 
• Reduz a carga bacteriana por destruição das proteínas; 
• Estudos “in vivo” indicam que ele reduz a carga bacteriana da pele de 68% a 84% em uma única 
aplicação, e de 92% a 96% em seis aplicações sucessivas. 
VANTAGENS E INDICAÇÕES: 
• Antisséptico de amplo espectro; 
• Ativo no combate de bactérias grã positiva e grã negativa; 
• Esporicida e fungicida ; 
• Na ausência de matéria orgânica a grande maioria das bactérias é destruída ao fim de 10 segundos 
por solução a 1%. 
• Indicado em todas as formas de infecção clinicamente presentes ou de colonização; 
• Mantém ação germicida residual. 
DESVANTAGENS E CONTRA INDICAÇÃO: 
• Seu emprego deve ser LIMITADO à resolução dos fenômenos infecciosos; 
• É citotóxico para os fibroblastos; 
• Retarda o processo de cura (epitelização); 
• Seu uso deve ser restrito no caso de insuficiência renal (nefrotóxico); 
• É contra indicado em mulheres que amamentam; 
• NÃO previne infecção; 
• Podem ocorrer fenômenos alérgicos. Quando o paciente apresenta hipersensibilidade ao iodo, os 
sintomas podem ocorrer sob a forma de febre e erupções cutâneas generalizadas. 
APRESENTAÇÃO: 
• É encontrado na forma de solução; 
• PVPI degermante: é o PVPI diluído em uma solução de detergente neutro. Podem ser utilizadas para 
a anti-sepsia das mãos, tricotomias ou para anti-sepsia de feridas sujas. 
• PVPI tópico: é o PVPI diluído em solução aquosa. Pode ser utilizado para anti-sepsia de feridas e 
mucosas. 
• PVPI tintura: É o PVPI diluído em solução alcoólica a 70%, deve ser utilizado somente em assepsia de 
pele integra. 
CUIDADOS NA APLICAÇÃO: 
 
 
• Por ser uma solução aquosa é passível de contaminação por Grã positivo. Podendo estar colonizado 
em 12 horas e infectado em até 48 horas. 
• Manter a rotina de troca do frasco a cada 7 dias; 
• Não deve ser removido da ferida. 
SULFADIAZINA PRATA 1%: 
VANTAGENS E INDICAÇÕES: 
• Baixa toxicidade; 
• É de fácil remoção da lesão, não causa dor; 
• Se aplicada imediatamente á superfície queimada reduz nível de infecções secundárias, diminui o 
tempo de internação, e queda no custo de internação hospitalar; 
• Baixo custo. 
DESVANTAGENS E CONTRA INDICAÇÕES: 
• Hipersensibilidade ao produto; 
• Não pode ser utilizado concomitante a outros anti-sépticos derivados de iodo, sódio e potássio. 
CUIDADOS NA APLICAÇÃO: 
• Deve ser aplicado com luvas estéreis ou com o auxílio de uma espátula; 
• Aplicar o creme e manter 3 mm de espessura; 
• Lavar a lesão com água corrente e/ou água destilada; 
• Deve ser trocada a cada 12 horas ou quando a cobertura secundária estiver saturada; 
• Retirar o excesso de pomada a cada troca de curativo. 
ANTISSÉPTICOS INDUSTRIALIZADOS 
CARVÃO ATIVADO COM PRATA 
DESCRIÇÃO: 
• É composta por uma almofada a base de nylon com relativa não aderência em seu interior tem um 
tecido de carvão ativado com pasta de nitrato de prata a 1%; 
• É selado nos 4 lados, esterilizado e embalado individualmente; 
• O tecidode carvão ativado é um material que possui poros em sua superfície, que são capazes de 
capturar moléculas que ficam presas por atração elétrica do carvão. 
AÇÃO/CARACTERÍSTICAS: 
• Adsorção dos microrganismos e secreção purulenta no tecido de carvão, através de ação magnética. 
Com isso as bactérias ficam presas no carvão, longe do tecido danificado; 
• O exsudato da lesão é absorvido pelo curativo secundário; 
• A prata age impedindo a proliferação bacteriana. 
VANTAGENS E CONTRA INDICAÇÃO: 
• Pode causar sangramento controlável por ser aderente quando utilizados em queimaduras; 
• Fazer a limpeza da ferida e aplicar o produto diretamente sobre a ferida com técnica asséptica; 
• Não pode ser cortado; 
• Pode ser dobrado, amassado, para ter contato direto coma ferida; 
• Deve ser coberto com curativo secundário e este deve ser substituído sempre que estiver úmido; 
 
 
• Utilizar óleo de girassol para retirar o carvão ativado da ferida, evitando sangramento e para impedir 
que a secreção contida no carvão retorne para o leito da ferida; 
• Na fase inicial do tratamento, deve ser trocado em intervalos de 48 a 72 horas. À medida que a 
secreção do curativo, pela exsudação, for diminuindo, a troca poderá ser prolongada por até 7 dias, no 
Máximo. 
ALGINATO DE CÁLCIO 
MECANISMO DA AÇÃO: 
O sódio presente no exsudato e no sangue interage com o cálculo presente no curativo de alginato. A troca 
iônica: 
• Resulta na formação de um gel que mantém o meio úmido para a cicatrização, além de auxiliar no 
desbridamento autolítico; 
• Aumento capacidade de absorção e induz hemostasia. 
VANTAGENS E INDICAÇÕES: 
• Úlceras limpas e com exsudato, dá origem a um gel e impede a adesão da ferida e mantém um 
microambiente úmido; 
• É indolor nas trocas; 
• Pode ser usado em feridas com cavidade de difícil acesso; 
• Acelera o processo de cicatrização; 
• Alcança a hemostasia entre 3 e 5 minutos; 
• Superabsorvente, com redução das trocas e dos vazamentos. 
DESVANTAGENS E CONTRA INDICAÇÃO: 
• No caso de pouca secreção, pode secar dando origem a uma crosta muito aderente e de difícil 
remoção; 
• Contra indicado em queimaduras. 
CUIDADOS NA APLICAÇÃO: 
• Umedecer a fibra com SF 0,9%; 
• Não deixar que a fibra de alginato ultrapasse a borda da ferida, com risco de prejudicar a epitelização; 
• Ocluir com curativo secundário. 
TROCA DO CURATIVO: 
• Feridas infectadas: no máximo em 24 horas; 
• Feridas limpas com sangramentos: a cada 48 horas; 
• Feridas limpas: quando saturar; 
• Quando o exsudato reduzir, e a frequência das trocas estiver sendo feita a cada 3 a 4 dias, significa 
que é hora de utilizar outro curativo. 
ÁLCOOL 
• Ação: antisséptico 
• Vantagens e indicações: NENHUMA 
• Desvantagens e contra indicações: 
• Aumenta por 6 vezes a incidência de escaras; 
• Seu uso freqüente causa ressecamento e liquidificação da pele por remoção dos lipídios cutâneos. 
 
 
• Modalidade de emprego: NUNCA 
• Seu uso tem apenas valor histórico. 
DESBRIDAMENTO OU DEBRIDAMENTO 
Desbridamento=debridamento 
DEFINIÇAO: É a remoção do tecido necrosado de uma lesão. 
A AHCPR recomendada que qualquer tecido necrótico observando durante a avaliação inicial ou subsequente 
deverá ser desbridada, desde que a intervenção seja consistente com os objetivos globais do tratamento e 
condições clínicas do paciente. 
Entretanto, existem algumas situações em que não é recomendado o desbridamento de tecido desvitalizado, 
como em feridas isquêmicas com necrose seca. Estas necessitam que sua condição vascular seja melhorada 
antes de ser desbridada. Neste caso, a escara promove uma barreira contra infecção. 
Outra exceção se faz em pacientes fora de possibilidades terapêuticas que possuem úlceras com presença 
de escaras, que ao desbridar pode promover desconforto, dor, e devido às condições clínicas, não disporá de 
tempo e condições para a cicatrização. 
 
TECIDO NECROSADO 
• Dificulta o fornecimento de sangue (oxigenação e nutrição dos tecidos); 
• Atua como meio de cultura de bactérias; 
• Inibe a ação dos leucócitos em controlar microrganismos invasores; 
• Aumenta a possibilidade de infecção sistêmica; 
• Inibe a migração de células epiteliais, interrompendo a segunda fase do processo de cicatrização; 
• Impede a atuação de substâncias antibacterianas administradas por via tópica; 
• A presença deste tecido pode esconder a extensão e possível penetração da ferida. 
POR ISSO... 
É importante que o tecido desvitalizado/necrosado seja removido das feridas, pois o processo de 
cicatrização e a regeneração epitelial não são possíveis sem o desbridamento regular e cuidadoso. 
 
MÉTODOS DE DESBRIDAMENTO 
MÉTODO CIRÚRGICO: 
• É a ressecção dos tecidos necrosados, utilizados quando a área necrótica é muito extensa e/ou 
profunda, e quando o tecido necrótico é mais desidratado, mais firme, seco, petrificado e caloso; 
• A execução é de responsabilidade médica, envolvendo analgesia ou anestesia para a realização do 
procedimento. 
CUIDADOS DE ENFERMAGEM: 
• Compressão no local (curativo compressivo); 
• Observar sinais de choque (hipotensão, sudorese, palidez, taquicardia e alteração do nível de 
consciência); 
• Se a hemostasia não acontecer, será necessária a assistência médica para avaliação e provável 
sutura do(s) vasos lesionados. 
MÉTODO MECÂNICO 
 
 
É a remoção dos tecidos necróticos pela limpeza mecânica, utilizando-se de fricção de gaze umedecida com 
SF 0,9% ou da gaze umedecida sobre a necrose e após a secagem retirá-la com consequente 
desbridamento. 
• Técnica muito traumática; 
• Lesa tecidos viáveis próximos à necrose; 
• Consiste na utilização de agentes químico-enzimáticos. 
Dentre eles: 
• Colagenase; 
• Papaína... 
COLAGENASE 
MECANISMO DA AÇAO: 
• Desbridante, fibrinolítica; 
• É uma enzima proteolítica que consome as pontas do colágeno natural, favorecendo a remoção da 
necrose. 
VANTAGENS E INDICAÇOES: 
• É indicado nas úlceras com presença de áreas necróticas com acúmulo de fibrina no fundo da lesão; 
• É indicado em feridas isquêmicas. 
DESVANTAGENS E CONTRA INDICAÇAO: 
• Alta concentração de colagenase pode causar eritema e descamação nas bordas da lesão; 
• Quando em excesso e com sobras nas bordas causa endurecimento do tecido; 
• Não age na presença de tecido necrótico seco (escara). 
CUIDADOS NA APLICAÇÃO: 
• O curativo e a troca deverão ser realizados a cada 8 ou 12 horas; 
• Deve ser aplicada uma fina camada; 
• Deve ser mantido um ambiente úmido para melhor efeito do produto; 
• É inativa na presença de água oxigenada, algodão e ressecamento da lesão; 
• Requer um curativo secundário oclusivo. 
PAPAÍNA 
DESCRIÇÃO: 
• Enzima proteolítica, bactericida e bacteriostática e de antiinflamatória; 
• De origem vegetal extraída da Carica Papaya. Após o seu preparo, obtém-se um pó de cor leitosa, 
com odor forte e característico; 
• É inativo ao reagir com agentes oxidantes como o ferro, oxigênio, derivados de iodo, água oxigenada 
e nitrato de prata. 
AÇÃO: 
• A papaína é uma mistura complexa de enzimas proteolíticas e peroxidases, ou seja, capaz de 
decompor substâncias protéicas; 
• Como desbridante, liquefaz o tecido necrótico; 
• Atua como antiinflamatório, agindo ao nível das prostraglandinas; 
 
 
• Fibrinolítica provoca uma diluição na rede de fibrina dos coágulos, podendo provocar sangramento por 
esta razão, não interferindo nos fatores de coagulação; 
• Este efeito bacteriostático. Rompem a parede celular de bactérias especialmente aquelas de parede 
predominante protéica; 
• Estimula o desenvolvimento de tecido de granulação e auxilia no processo cicatricial através do 
alinhamento dos fibroblastos, reduzindo a possibilidade de formação de quelóides. 
APRESENTAÇAO: 
• É comercializada purificada na forma de pó, em diferentes concentrações,que variam de 2% a 10%, 
podendo ser manipulada/preparada na forma de pomada ou gel. 
VANTAGENS E INDICAÇÕES: 
• Indicadas em feridas necróticas e fibrinas; 
• Preserva o capilar e o tecido de granulação; 
• A solução de papaína pode ser utilizada em lesões muito profundas com exposição de estrutura 
óssea, em deiscência cirúrgica com evisceração em fistula pleural, em grandes queimados, entre 
outros. 
 % INDICAÇÃO 
 2% FERIDA COM TECIDO DE GRANULAÇÃO 
 5-6% FERIDAS COM EXSUDATO PURULENTO 
 10% FERIDAS NECRÓTICAS 
 
DESVANTAGENS E CONTRA INDICAÇÃO: 
• Em lesões infecciosas pode ocorrer irritação do tecido perilesionado, pois a produção do exsudato é 
aumentada com o uso da papaína; 
• Nesta enzima existe um radical sulfidrila (SH) que é facilmente oxidado quando em contato com 
substâncias compostas por iodo, oxigênio e ferro, e quando é armazenada em temperaturas elevadas. 
CUIDADOS NA APLICAÇÃO: 
• Proteger a pele perilesional com alguma substância que forme uma película protetora; 
• Manter o produto em refrigeração; 
• A limpeza de lesão deve ser feita com água destilada, para evitar a inativação do radical sulfidrila; 
• Ao utilizar o lavado de papaína, diluir a papaína pó em água destilada e em recipiente plástico. 
DESBRIDAMENTO POR AUTÓLISE 
• É o desbridamento realizado pelo organismo; 
• É facilitado pelo meio úmido, onde ocorre a digestão das células mortas pelas próprias enzimas 
presentes no leito da lesão. 
HIDROGEL 
COMPOSIÇÃO: 
Gel transparente, incolor, composto por: 
• Água (77,7%): Mantém meio úmido; 
• Carboximetilcelulose – CMC (2,3%): Facilita a hidratação celular e o desbridamento; 
• Propilenoglicol – PPG (20%): Estimula a liberação de exsudato. 
 
 
MECANISMO DE AÇAO: 
• Amolece e remove tecido desvitalizado através de desbridamento autolítico; 
• Provoca uma hidratação compacta do tecido necrótico, favorecendo uma rápida autólise com ativação 
simultânea dos processos de granulação; 
• Protege as terminações nervosas expostas e diminui a dor. 
VANTAGENS E INDICAÇOES: 
• Indicado na detenção de necroses e escaras; 
• Indicado, também em úlceras secas, lesões não cavitárias; 
• Não adere ao fundo da ferida tornando fácil a sua remoção; 
• Apresenta-se em placas transparentes que permitem frequentes controles da úlcera sem retirar o 
produto. 
DESVANTAGENS E CONTRA INDICAÇÕES: 
• São de alto custo; 
• Produzem um intenso e desagradável odor; 
• Contra indicado em úlceras infectadas e hiper exsudantes; 
• Pode acarretar um agravamento no caso de maceração em lesões da pele perilesional. 
CUIDADOS NA APLICAÇÃO: 
• Espalhar o gel sob a ferida assepticamente; 
• Ocluir a ferida com cobertura secundária estéril; 
• Não usar produtos iodados; 
• É aconselhável a cobertura com uma película semipermeável para prevenir o ressecamento. 
PERIODICIDADE DE TROCA 
• Feridas infectadas: No máximo em 24 horas; 
• Necrose: No máximo em 72 horas; 
• Na forma de placa: Troca de 1 a 7 dias. 
CURATIVO COM GAZE 
GAZE SIMPLES 
VANTAGENS: 
• Baixo custo; 
• Facilidade de seu uso; 
• Estão disponíveis na maioria das instituições. 
DESVANTAGENS: 
• Não se deve utilizar gaze seca diretamente na lesão, exceto quando se deseja o desbridamento; 
• Tem pouca capacidade de absorção; 
• Exigem trocas freqüentes, precisam de cobertura secundária e fixação e pode provocar maceração 
das áreas adjacentes; 
• Permeáveis a bactérias, podem soltar fios e fibras, que atuam como corpo estranho, podendo 
provocar inflamação e infecção.

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