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Apostila Segurança Do Trabalho 01 Prof Flavio Becker

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ESTUDO DAS DEFINIÇÕES DE SEGURANÇA DO TRABALHO, SAÚDE E HIGIENE DO TRABALHO
 Prof. Flávio E. Becker
SEGURANÇA DO TRABALHO:
Segurança do trabalho é o estado no qual as pessoas, materiais, edifícios e outros elementos encontram-se livre de dano, perigo ou moléstia.
Segurança do trabalho é o conjunto de verificações e medidas práticas que visem a prevenção de acidentes do trabalho.
Segurança do trabalho é a isenção de riscos inaceitáveis de danos. (OHSAS 18001-1999 - [ISO/IEC Guide 2)
Segurança e Saúde no Trabalho (SST) são as condições e fatores que afetam o bem-estar de funcionários, trabalhadores temporários, pessoal contratado, visitantes e qualquer outra pessoa no local de trabalho. (OHSAS 18001-1999)
 SAÚDE
Saúde, com relação aos trabalhadores, abrange não só a ausência de afecções ou de doenças, mas também os elementos físicos e mentais que atentam a saúde e estão diretamente relacionados com a segurança e higiene no trabalho ( Artigo 3 ítem ”c” da Convenção 155 da OIT, de 22/06/81, promulgada pelo Decreto 1254 de 29/09/94).
HIGIENE DO TRABALHO
 Higiene do trabalho é a ciência e arte destinada ao reconhecimento, a avaliação e controle dos riscos profissionais. Estes são os fatores ambientais ou inerentes às próprias atividades, que podem, eventualmente, ocasionar alterações na saúde, conforto ou eficiência do trabalhador.
Em outras palavras é tudo o que se pode fazer em um ambiente de trabalho para prevenir doenças profissionais.
Dentro destes conceitos percebe-se uma maior amplitude, pois denota também aspectos de bem estar e produtividade.
Classificação dos riscos profissionais:
Os riscos profissionais são as condições inseguras do trabalho, capazes de afetar a saúde, a segurança e o bem estar do trabalhador.
As condições inseguras relativas ao processo operacional, por exemplo: máquinas desprotegidas, pisos escorregadios, empilhamento inseguro, são chamados de risco de operação.
As condições inseguras relativas ao ambiente de trabalho, por exemplo: a presença de gases e vapores tóxicos, ruído e calor intenso, são chamados os riscos ambientais. 
Riscos profissionais:
de operação (segurança do trabalho previne e controla-os )
de ambiente (higiene do trabalho previne e controla-os).
Agentes Ambientais
Agentes físicos: ruído, vibrações mecânicas, temperaturas extremas, pressões anormais, radiações ionizantes.
Agentes químicos :substâncias tóxicas absorvidas via respiratória, cutânea e digestiva.: aerodispersóides, gases, vapores.
Agentes biológicos: microorganismos patogênicos – vírus, bactérias, parasitas, fungos, bacilos.
Agentes ergonômicos: monotonia, posição e ritmo de trabalho, movimentos repetitivos, esforço intenso, fadiga visual, mobiliário e posto de trabalho, fatores de conforto(temperatura , umidade, ruído, iluminação, contaminantes atmosféricos), 
Reconhecimento Dos Agentes Ambientais
Levantamento preliminar qualitativo dos riscos profissionais, baseados em:
Diferentes formas dos agentes ambientais e dos riscos específicos de cada atividade profissional;
Características intrínsecas e propriedades tóxicas dos materiais usados;
Conhecimento dos processos e operações industriais desde o recebimento da matéria prima até os produtos finais desejados e indesejados.
Avaliação Dos Agentes Ambientais
Avaliação quantitativa dos agentes ambientais por métodos normatizados.
Controle Dos Agentes Ambientais
Medidas de controle:
- relativas ao meio ambiente de trabalho: no projeto; substituição do agente; modificação do processo; ventilação (geral diluidora, local exaustora), enclausuramento, ordem e limpeza, manutenção adequada.
- ou relativas ao trabalhador: EPI; treinamento e conscientização; exames médicos pré-admissionais e periódicos; limitação do tempo de exposição.
ACIDENTE DO TRABALHO
Conceito Legal
Art. 19 - Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art.11 desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.
§ 1º A empresa é responsável pela adoção e uso das medidas coletivas e individuais de proteção e segurança da saúde do trabalhador.
§ 2º Constitui contravenção penal, punível com multa, deixar a empresa de cumprir as normas de segurança e higiene do trabalho.
§ 3º É dever da empresa prestar informações pormenorizadas sobre os riscos da operação a executar e do produto a manipular.
§ 4º O Ministério do Trabalho e da Previdência Social fiscalizará e os sindicatos e entidades representativas de classe acompanharão o fiel cumprimento do disposto nos parágrafos anteriores, conforme dispuser o Regulamento.
Art. 20 - Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as seguintes entidades mórbidas:
I - doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social;
II - doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, constante da relação mencionada no inciso I.
§ 1º Não são consideradas como doença do trabalho:
a) a doença degenerativa;
b) a inerente a grupo etário;
c) a que não produza incapacidade laborativa;
d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho.
§ 2º Em caso excepcional, constatando-se que a doença não incluída na relação prevista nos incisos I e II deste artigo resultou das condições especiais em que o trabalho é executado e com ele se relaciona diretamente, a Previdência Social deve considerá-la acidente do trabalho.
Art. 21 - Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei:
I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação;
II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em conseqüência de:
a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho;
b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao trabalho;
c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro de trabalho;
d) ato de pessoa privada do uso da razão;
e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior;
III - a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade;
IV - o acidente sofrido pelo segurado, ainda que fora do local e horário de trabalho:
a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa;
b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito;
c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por esta dentro de seus planos para melhor capacitação da mão-de-obra, independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado;
d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado.
§ 1º Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de outras necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante este, o empregado é considerado no exercício do trabalho.
§ 2º Não é considerada agravação ou complicação de acidente do trabalho a lesão que, resultantede acidente de outra origem, se associe ou se superponha às conseqüências do anterior.
Art. 22 - A empresa deverá comunicar o acidente do trabalho à Previdência Social até o 1º (primeiro) dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato, à autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o limite máximo do salário-de-contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada pela Previdência Social.
§ 1º Da comunicação a que se refere este artigo receberão cópia fiel o acidentado ou seus dependentes, bem como o sindicato a que corresponda a sua categoria.
§ 2º Na falta de comunicação por parte da empresa, podem formalizá-la o próprio acidentado, seus dependentes, a entidade sindical competente, o médico que o assistiu ou qualquer autoridade pública, não prevalecendo nestes casos o prazo previsto neste artigo.
§ 3º A comunicação a que se refere o § 2º não exime a empresa de responsabilidade pela falta do cumprimento do disposto neste artigo.
§ 4º Os sindicatos e entidades representativas de classe poderão acompanhar a cobrança, pela Previdência Social, das multas previstas neste artigo.
Art. 23 - Considera-se como dia do acidente, no caso de doença profissional ou do trabalho, a data do início da incapacidade laborativa para o exercício da atividade habitual, ou o dia da segregação compulsória, ou o dia em que for realizado o diagnóstico, valendo para este efeito o que ocorrer primeiro.
..............................
Art. 11 - São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas físicas:
I - como empregado:
a) aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural à empresa, em caráter não eventual, sob sua subordinação e mediante remuneração, inclusive como diretor empregado;
b) aquele que, contratado por empresa de trabalho temporário, definida em legislação específica, presta serviço para atender a necessidade transitória de substituição de pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de serviços de outras empresas;
c) o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado em sucursal ou agência de empresa nacional no exterior;
d) aquele que presta serviço no Brasil a missão diplomática ou a repartição consular de carreira estrangeira e a órgãos a elas subordinados, ou a membros dessas missões e repartições, excluídos o não-brasileiro sem residência permanente no Brasil e o brasileiro amparado pela legislação previdenciária do país da respectiva missão diplomática ou repartição consular;
e) o brasileiro civil que trabalha para a União, no exterior, em organismos oficiais brasileiros ou internacionais dos quais o Brasil seja membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo se segurado na forma da legislação vigente do país do domicílio;
f) o brasileiro ou estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado em empresa domiciliada no exterior, cuja maioria do capital votante pertença a empresa brasileira de capital nacional;
g) o servidor público ocupante de cargo em comissão, sem vínculo efetivo com a União, Autarquias, inclusive em regime especial, e Fundações Públicas Federais.
h) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não vinculado a regime próprio de previdência social;
II - como empregado doméstico: aquele que presta serviço de natureza contínua a pessoa ou família, no âmbito residencial desta, em atividades sem fins lucrativos;
III - como empresário: o titular de firma individual urbana ou rural, o diretor não-empregado, o membro de conselho de administração de sociedade anônima, o sócio solidário, o sócio de indústria e o sócio-quotista que participe da gestão ou receba remuneração decorrente de seu trabalho em empresa urbana ou rural;
IV - como trabalhador autônomo:
a) quem presta serviço de natureza urbana ou rural, em caráter eventual, a uma ou mais empresas, sem relação de emprego;
b) a pessoa física que exerce, por conta própria, atividade econômica de natureza urbana, com fins lucrativos ou não;
V - como equiparado a trabalhador autônomo, além dos casos previstos em legislação específica:
a) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade agropecuária ou pesqueira, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou por intermédio de prepostos e com o auxílio de empregados, utilizados a qualquer título, ainda que de forma não contínua;
b) pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade de extração mineral - garimpo -, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou por intermédio de prepostos, com ou sem auxílio de empregados, utilizados a qualquer título, ainda que de forma não contínua;
c) o ministro de confissão religiosa e o membro de instituto de vida consagrada e de congregação ou de ordem religiosa, este quando por ela mantido, salvo se filiado obrigatoriamente à Previdência Social em razão de outra atividade, ou a outro sistema previdenciário, militar ou civil, ainda que na condição de inativo;
d) o empregado de organismo oficial internacional ou estrangeiro em funcionamento no Brasil, salvo quando coberto por sistema próprio de previdência social;
e) o brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial internacional do qual o Brasil é membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo quando coberto por sistema de previdência social do país do domicílio.
VI - como trabalhador avulso: quem presta, a diversas empresas, sem vínculo empregatício, serviço de natureza urbana ou rural definidos no Regulamento;
VII - como segurado especial: o produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais, o garimpeiro, o pescador artesanal e o assemelhado, que exerçam suas atividades, individualmente ou em regime de economia familiar, ainda que com o auxílio eventual de terceiros, bem como seus respectivos cônjuges ou companheiros e filhos maiores de 14 (quatorze) anos ou a eles equiparados, desde que trabalhem, comprovadamente, com o grupo familiar respectivo.
§ 1º Entende-se como regime de economia familiar a atividade em que o trabalho dos membros da família é indispensável à própria subsistência e é exercido em condições de mútua dependência e colaboração, sem a utilização de empregados.
§ 2º Todo aquele que exercer, concomitantemente, mais de uma atividade remunerada sujeita ao Regime Geral de Previdência Social é obrigatoriamente filiado em relação a cada uma delas.
§ 3º O aposentado pelo Regime Geral de Previdência Social - RGPS que estiver exercendo ou que voltar a exercer atividade abrangida por este Regime é segurado obrigatório em relação a essa atividade, ficando sujeito às contribuições de que trata a Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, para fins de custeio da Seguridade Social.
§ 4º O dirigente sindical mantém, durante o exercício do mandato eletivo, o mesmo enquadramento no Regimento Geral de Previdência Social - RGPS de antes da investidura.
Conceito Prevencionista
Acidente do Trabalho: ocorrência imprevista e indesejável, instantânea ou não, relacionada com o exercício do trabalho, de que resulta ou possa resultar lesão pessoal. (NBR 14280:2001)
Conceito Prevencionista: é toda a ocorrência estranha ao andamento do trabalho e não programada, da qual pode resultar danos físicos, funcionais ou morte ao trabalhador e danos materiais e econômicos à empresa. (Prática da Prevenção de Acidentes – Álvaro Zocchio)
CONSEQÜÊNCIAS DO ACIDENTE DE TRABALHO 
PARA A FAMÍLIA
Perda de ente querido (caso de morte) - filhos órfãos de pai ou mãe – sofrimento – dor – trauma psicológico e financeiro
Ônus de ter que cuidar de um inválido até o final de seus dias de vida
Diminuição da renda familiar: remuneração inferior (por exercer função menos qualificada ou perda de gratificações) ou despesas superiores (necessidade de tratamento permanente com medicamentos caros ou dieta especial mais cara)
Perda do trabalho (as empresas sérias e políticas de segurança voltadaspara a prevenção não querem trabalhadores que se acidentam)
PARA A EMPRESA
Abalo na imagem da empresa com reflexos na cotação das ações da mesma
Passivo trabalhista (ações cíveis indenizatórias altas)
Diminuição do clima organizacional interno (diminuição do “moral”)
Diminuição do lucro devido às despesas (custos diretos e indiretos) com o acidente
Aumento da fiscalização sobre a empresa
Perda de produção, produtividade e qualidade nos produtos
Perda da capacidade produtiva do trabalhador devido a incapacidade parcial permanente: perda de dedo, perda de olho, de um membro ou mesmo de seu movimento
PARA A NAÇÃO
Custo social desnecessário aos contribuintes: custo de tratamento médico hospitalar, imediato ou permanente, 
Falta de recursos públicos para necessidades mais nobres, tais como: educação, saneamento básico, campanhas de prevenção à saúde da população, etc.
Geração de contingente de inválidos sem capacidade laboral
Diminuição da capacidade de competitividade do país por perda de trabalhadores treinados e capacitados
Desperdício de investimento público feito com a educação e formação de trabalhadores em estabelecimentos públicos 
Imagem negativa do país no exterior e frente a organismos internacionais (OIT, direitos humanos, etc.)
ESTUDO DAS CAUSAS DOS ACIDENTES DE TRABALHO: CONDIÇÃO INSEGURA
ATO INSEGURO, FATORES PESSOAIS.
ACIDENTE
Acidente do Trabalho: ocorrência imprevista e indesejável, instantânea ou não, relacionada com o exercício do trabalho, de que resulta ou possa resultar lesão pessoal. (NBR 14280:2001)
Conceito Prevencionista: é toda a ocorrência estranha ao andamento do trabalho e não programada, da qual pode resultar danos físicos, funcionais ou morte ao trabalhador e danos materiais e econômicos à empresa. (Prática da Prevenção de Acidentes – Álvaro Zocchio)
Incidente ou quase acidente: ocorrência com potencial de causar danos a alguém ou alguma coisa, mas que nenhum dano visível ou mensurável ocasionou. (NBR 14280:2001). Evento que deu origem a um acidente ou que tinha o potencial de levar a um acidente.(OHSAS 18001:1999)
Acidente Impessoal: acidente cuja caracterização independe de existir acidentado, não podendo ser considerado como causador direto da lesão pessoal. (NBR 14280: 2001). (Quadro 2 – pág. 15 e 16)
Acidente Pessoal: acidente cuja caracterização depende de existir acidentado. (NBR 14280:2001). (Quadro 3 – pág. 17 a 19)
Na caracterização de acidente impessoal é necessário considerar-se que, muitas vezes, um acidente impessoal gera outro acidente impessoal, que, por sua vez, pode gerar outro acidente impessoal e assim por diante, sendo cada um desses acidentes impessoais capaz de gerar mais acidentes pessoais.
Exemplo: um galpão que armazena inflamáveis, atingido por um raio (primeiro acidente impessoal) incendeia-se (segundo acidente impessoal) e, em virtude desse incêndio, cai a rede elétrica externa (terceiro acidente impessoal), atingindo alguém (acidente pessoal) que sofre choque elétrico (lesão pessoal).
O acidente impessoal não pode ser considerado causador direto da lesão pessoal. Há sempre, entre eles e a lesão um acidente pessoal intermediário, como mostram os exemplos a seguir:
	Acidente Impessoal
	Acidente Pessoal
	Lesão Pessoal
	Queda de objeto
	Impacto sofrido pela pessoa
	Fratura
	Explosão de caldeira
	Contato com objeto ou substância a temperatura elevada (vapor)
	Queimadura
	Explosão de caldeira
	Impacto sofrido por pessoa de fragmento de caldeira
	Fratura
	Explosão de caldeira
	Nenhum
	Nenhuma
	Inundação
	Imersão
	Afogamento
	Inundação
	Picada de cobra
	Envenenamento
	Inundação
	Contato com condutor elétrico
	Choque elétrico
CAUSAS DOS ACIDENTES
Condição Ambiente de Insegurança (condição ambiente): condição do meio que causou o acidente ou contribuiu para sua ocorrência. (NBR 14280:2001).
Condições Inseguras apresentam-se como deficiências técnicas na:
Construção e instalações: em que se localiza a empresa: áreas insuficientes, pisos fracos e irregulares, excesso de ruído e trepidações, falta de ordem e de limpeza, instalações elétricas impróprias ou com defeitos, falta de sinalização, piso escorregadio, buracos, saliências, plataforma sem corrimão, sem rodapé(falha de projeto) iluminação inadequada(falta e excesso), ventilação inadequada, etc;
Maquinaria: localização imprópria das máquinas, falta de proteção em partes móveis polias, engrenagens e pontos de agarramento, máquinas apresentado defeitos, falta de dispositivos de segurança, etc;
Proteção do trabalhador: proteção insuficiente ou totalmente ausente, roupas não apropriadas, calçados impróprios, equipamento de proteção com defeito.
Elaboração e redação de procedimentos e normas de trabalho.
Execução de ordens advindas de superior, mesmo que informalmente.
Estas causas são apontadas como responsáveis pela maioria dos acidentes. No entanto, deve-se levar em conta que, às vezes, os acidentes são provocados por haver condições e atos inseguros ao mesmo tempo.
Ato Inseguro: ação ou omissão que, contrariando preceito de segurança, pode causar ou favorecer a ocorrência de acidente. (NBR 14280:2001). Eles podem ser:
Conscientes - as pessoas sabem que estão se expondo ao perigo;
Inconscientes - as pessoas desconhecem o perigo a que se expõem;
Circunstancial – as pessoas podem conhecer ou desconhecer o perigo, mas algo mais forte as leva a prática da ação insegura. Exemplos: tentativa de salvar alguém em situação perigosa, tentativa de evitar algum prejuízo à empresa; ou mesmo fazer algo errado por pressão da chefia.
Quanto à ação perigosa das pessoas, nada muda nos três exemplos; o que diferencia um dos outros é o estado de consciência das pessoas ou o motivo que as levou a praticar o ato inseguro. Convém não confundir, no caso, ato com atitude. Atitude é a decisão mental de praticar a ação física que aproxima as pessoas do perigo.
Alguns atos inseguros destacam-se entre os catalogados como mais freqüentes, embora a maior evidência de um ou de outro varie de empresa para empresa. Os mais conhecidos são:
Ficar junto ou sob cargas suspensas
Colocar parte do corpo em lugar perigoso
Usar máquinas sem habilitação ou autorização
Imprimir excesso de velocidade ou sobrecarga
Lubrificar, ajustar e limpar máquinas em movimento
Improvisação ou mau emprego de ferramentas manuais
Uso de dispositivo de segurança inutilizados
Não usar proteções individuais
Uso de roupas inadequadas ou acessórios desnecessários
Manipulação insegura de produtos químicos
Transportar ou empilhar inseguramente
Fumar ou usar chamas em lugares indevidos
Tentativa de ganhar tempo
Brincadeiras e Exibicionismo
Na caracterização do ato inseguro deve-se levar em consideração o seguinte:
a) o ato inseguro pode ser algo que a pessoa fez quando não deveria fazer ou deveria fazer de outra maneira, ou, ainda, algo que deixou de fazer quando deveria ter feito;
b) o ato inseguro tanto pode ser praticado pelo próprio acidentado como por terceiros;
c) a pessoa que o pratica pode fazê-lo consciente ou não de estar agindo inseguramente;
d) quando o risco já vinha existindo por certo tempo, anteriormente a ocorrência do acidente – sendo razoável esperar-se que durante esse tempo a administração o descobrisse e eliminasse – o ato que criou esse risco não deve ser considerado ato inseguro, pois o ato inseguro deve estar intimamente relacionado com a ocorrência do acidente, no que diz respeito ao tempo;
e) o ato inseguro não significa,necessariamente, desobediência às normas ou regras constantes de regulamentos formalmente adotados,mas também se caracteriza pela não observância de práticas de segurança tacitamente aceitas. Na sua caracterização cabe a seguinte pergunta: nas mesmas circunstâncias, teria agido do mesmo modo uma pessoa prudente e experiente?
f) a ação pessoal não deve ser classificada como ato inseguro pelo simples fato de envolver risco. Por exemplo: o trabalho com eletricidade ou com certas substâncias perigosasenvolve riscos óbvios, mas, embora potencialmente perigoso, não deve ser considerado, em si, ato inseguro. Será, no entanto, considerado ato inseguro trabalhar com eletricidade ou com tais substâncias, sem a observância das necessárias precações;
g) só se deve classificar uma ação pessoal como ato inseguro quando tiver havido possibilidade de adotar processo razoável que apresenta menor risco. Por exemplo: se o trabalho de uma pessoal exigir a utilização de certa máquina perigosa, não provida de dispositivo de segurança, isso não deve ser considerado ato inseguro. Entretanto, será considerado ato inseguro a operação da máquina dotada de dispositivo de segurança, quando tiver sido esse dispositivo retirado ou neutralizado pelo operador;
h) os atos de supervisão, tais como decisões e ordens de chefe no exercício de suas funções, não devem ser classificados como atos inseguros. Assim, também, nenhuma ação realizada em obediência a instruções diretas de supervisor deve ser considerada ato inseguro.
Fator Pessoal de Insegurança: causa relativa ao comportamento humano, que pode levar a ocorrência de acidente ou a prática de ato inseguro. (NBR 14280:2001) (Quadro 5 – pág. 36)
Alguns fatores que podem levar os trabalhadores a praticar atos inseguros:
Inadaptação entre homem e função por fatores constitucionais. Exemplos: sexo (mina); idade (serviços pesados); tempo de reação aos estímulos; coordenação motora(deficientes físicos); estabilidade X estabilidade emocional; extroversão / introversão (conversa); agressividade; impulsividade, problemas neurológicos; nível de inteligência; grau de atenção; percepção; coordenação visual-motora; voluntariedade (iniciativa). 
Fatores Circunstanciais: são os fatores que estão influenciando o desempenho do indivíduo no momento. Exemplos: problemas familiares; abalos emocionais; discussão com colegas; alcoolismo e toxicomania (consumo de drogas); grande preocupações; doença; estado de fadiga.
Desconhecimento dos riscos da função e/ou da forma de evitá-los. Causados por: seleção ineficaz; falhas de treinamento; falta de treinamento (em novatos): negação do risco (quando elevado).
Desajustamento: relacionado com certas condições específicas do trabalho. Exemplos: problemas com chefia; problemas com os colegas; política salarial imprópria; política promocional imprópria; clima de insegurança; pressão por produtividade.
Personalidade: fatores que fazem parte das características de personalidade do trabalhador e que se manifestam por comportamentos impróprios. Exemplos: o desleixado; o “machão”; o exibicionista calado; o exibicionista falador; o desatento o brincalhão; o negligente; o desleixado; o apressado; o indisciplinado; excesso de autoconfiança.
Fator Material do agente do Acidente: causa relativa a condição ambiental de insegurança que pode levar a ocorrência de acidente ou a sua existência.
falha de projeto;
erro ou desvios em instalação (na execução do projeto);
falha ou falta de manutenção;
desorganização ou indisciplina (indicam incompetência ou desleixo da chefia e falta de talento para comando, às vezes imputando pressa ao trabalho);
falta ou não liberação de verba, recursos (falha nas decisões administrativas);
desvios e improvisações nos processos (segurança não é envolvida nas mudanças no processo produtivo).
�
			CAUSAS						ACIDENTE				NSEQUÊNCIAS
										IMPESSOAL				DANO MATERIAL (ou não)
															NÀO HÁ VÍTIMA
							FONTE DA LESÃO						LESÃO
HOMEM		FATOR
PESSOAL		 ATOS INSEGUROS	 PESSOAL				VÍTIMA (acidentado)
															DANO MATERIAL
MEIO			FATOR			
			OU AGENTE			
�
INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTES DO TRABALHO, DEFINIÇÃO, IMPORTÂNCIA, MÉTODOS DE AVALIAÇÃO, ESTUDO DE CASO.
Definição:
É um processo que se baseia no levantamento de dados e a apuração de fatos que contribuíram para a ocorrência do acidente, bem como o estudo e dados para chegar à causa – ou às causas – do acidente e analisando estas causas, determinar que medidas preventivas devem ser tomadas para evitar a recorrência ou minimizar a probabilidade de novas ocorrências semelhantes.
Importância:
Ter uma sistemática que nos possibilite a oportunidade de aprender com os acidentes, evitando que estes se repitam. Não desejamos os acidentes, mas, uma vez que ocorrem, devemos aprender com os mesmos.
Roteiro Para Investigação de Acidente;
O processo de investigação deve começar o mais cedo possível, após o acidente. Isto porque, quaisquer alterações que venham a ser praticadas no cenário do acidente podem dificultar as investigações, ou mesmo desvia-la dos rumos mais favoráveis à elucidação dos fatos. O ideal é que nada se altere, a não ser em casos inevitáveis, para prevenir outras conseqüências, como estancar um vazamento de produtos perigoso, remoção do que ainda poderá cair ou explodir, etc.
O profissional que investiga um acidente deve sempre usar com cautela as informações que recebe, principalmente as primeiras. Não é conveniente formular hipóteses sobre as primeiras informações e se deixar emocional por qualquer que seja a origem ou o tipo de informação.
Boa parte do sucesso de uma investigação de um acidente depende de quem se encarrega dela: do domínio que tem do assunto, da sensibilidade na busca e no uso das informações – aceite ou rejeição, da habilidade de comunicação e de envolvimento de pessoas que devem participar e fornecer informações.
Uma habilidade importante do investigador é a de fazer perguntas. Ele deve entender, antes de tudo, o sentido que as tradicionais perguntas feitas nas investigações em geral tomam nas investigações de acidente de trabalho. São perguntas indispensáveis, mas para serem feitas nas oportunidades certas e de maneira a se obter respostas satisfatórias. Perguntas que ensejam respostas “sim” ou “não” podem não acrescentar dados ou outras informações úteis à investigação e até criar barreiras ou constrangimento entre os interlocutores.
“Quem?” A pergunta refere-se às pessoas ou presumivelmente envolvidas na ocorrência: quem se ”acidentou?” Quem mais participava do trabalho? Quem fez isto errado ou deixou de fazer? E assim por diante, de acordo com a necessidade ou conveniência.
“O Que?” É muito empregado para esclarecer danos ocasionais pelo acidente ou de algo que tenha contribuído para a ocorrência: o que resultou do acidente? O que falhou? O que deixou de ser feito ou foi feito errado? Deve estar sempre na mente a pergunta: o que teria evitado que o acidente acontecesse? 
“Qual?” Pode substituir as perguntas acima comentadas, por parecerem mais claras em certas ocasiões, ou por questão de estilo. Em vez de perguntar: o que faz normalmente? Pode-se perguntar: qual a atividade normal dele? Qual foi a parte do corpo afetada? Qual a norma de segurança que deixou de ser cumprida?
“Quando” É a pergunta que procura localizar no tempo os fatores que levaram ao desencadeamento do acidente. Ela busca respostas como: foi no dia e hora tal;...Quando alimentava a máquina X;... Quando soltava a braçadeira do acoplamento, etc.
“Onde?” Esta procura localizar o acontecimento no espaço, isto é, onde aconteceu o acidente: no prédio ”X", na seção “Y”, na máquina “Z”, no trabalho de..., etc.
“Como” É a pergunta para saber como o acidente aconteceu, ou como aconteceram outras coisas que contribuíram para que tenha acontecido. Costuma haver divergências entre as versões dos acidentados, de testemunhas, da supervisão e de outros. Nenhuma deve ser escolhida como a correta, quando isto acontece. É necessário compara-las entre si e com outras informações obtidas e indícios ou evidências encontradas no local do acidente. De tudo isso deve sair o “como” definitivo.
“Por quê” É a pergunta que mais se faz; ela pode ser feita em seqüência e para esclarecer respostas às outras perguntas. Não há limite para essa pergunta. Ela deve ser repetida até que exista algo que possa ser por ela esclarecido. O importante é saber coloca-la à medida que cada assuntoarrolado na investigação for sendo desenvolvido.
Quem investiga não deve temer o constrangimento. Deve, isso, sim, perguntar o porquê de tudo, de conformidade com a necessidade o a conveniência. Deve, além do mais, discutir as respostas quando não as entender ou não forem convincentes e procurar não perder a seqüenciados “porquês” até estar convencido que chegou ao que desejava.
Elementos da Vítima
Estes elementos são fundamentais na investigação, pois, dão pistas das possíveis causas do acidente.
Dados pessoais: Alguns dados referentes ao acidentado e mesmo de outros envolvidos na ocorrência mesmo sem sofrer lesão poderão ser úteis no transcorrer da investigação e no final para as conclusões. Entre eles, além da identificação funcional do empregado estão: idade, tempo de casa, função que exerce e se é especialista no assunto, tempo que exerce a função, se tem instruções se segurança para o que faz, etc.
Agente do Acidente - coisa, substância ou ambiente que, sendo inerente à condição ambiente de insegurança, tenha provocado o acidente. (Vide quadro 4 – NBR 14280:2001, pág. 21 a 34)
Agente do acidente – Indicar a coisa, substância ou ambiente a que se relaciona a condição de insegurança. Não se indica como agente do acidente coisa que, no momento do acidente, constituía estrutural e fisicamente, parte de alguma outra, mesmo quando dela se projetou ou se destacou imediatamente antes do acidente.
A característica do “agente do acidente” é apresentar condição ambiente de insegurança e ter contribuído para a ocorrência do acidente.
Sua escolha é baseada apenas nesse fato, sem se considerar se provocou ou não lesão.
Notas
1-A relação entre a condição ambiente de insegurança e o agente e tal que, quando as duas classificações são comparadas, a condição ambiente indica, necessariamente, o agente do acidente.
2-O agente do acidente pode ser ou não coincidente com a fonte da lesão. As duas classificações são inteiramente independentes uma da outra.
Agente do acidente e fonte de lesão
Para usar-se a classificação da NBR 14280:2001 é necessário que se tenha pleno conhecimento de tudo o que está estabelecido com relação à condição ambiente, agente e fonte da lesão.
A classificação do agente e da fonte da lesão tem normalmente a mesma denominação, porém nos casos de diversas manifestações de energia que, classificáveis como fonte de lesão, não devem, no entanto, ser consideradas como agente (o agente, sempre depende da inexistência de uma condição ambiente de insegurança, é o equipamento que libera a referida energia): ou o caso das substâncias ou equipamentos emissores das radiações ionizantes que, classificáveis como agente não devem ser considerados como fonte da lesão- ex. motor elétrico (AA), energia elétrica(FL); equipamento de mergulho (AA), pressão ambiente anormal (FL); equipamento de raio X (AA), radiação ionizante (FL); lixadeira (AA), ruído (FL).
Fonte da Lesão – coisa, substância, energia ou movimento do corpo que diretamente provocou a lesão. (Vide quadro 4 – NBR 14280:2001, pág. 21 a 34)
Se uma lesão resultar do contato violento com dois ou mais objetos, simultaneamente ou em rápida seqüência, sendo impossível determinar qual foi o objeto que diretamente produziu a lesão, escolher a fonte da lesão na foram seguinte:
a)Quando a opção for entre um objeto em movimento e outro parado, escolher o objeto em movimento;
b)quando a opção for entre dois objetos em movimento ou entre objetos parados, escolher o objeto tocado por último;
c)indicar “movimento do corpo” como fonte da lesão, apenas quando a lesão tiver resultado, exclusivamente, de tensão provocada por movimento livre do corpo ou suas partes (voluntário ou involuntário) ou de posição do corpo forçada ou anormal. Compreendem-se, aí , os casos de distensões, luxações, torções, que tenham resultado de esforços diversos, inclusive os necessários para retomar o equilíbrio, desde que a perda de equilíbrio não culmine em queda ou em contato violento com um objeto acima da superfície de sustentação;
d)não indicar “movimento de corpo” como fonte da lesão se esta tiver ocorrido durante uma queda, ou se tiver decorrido de batida em um objeto qualquer, ou do ato de levantar, empurrar, puxar, manusear ou arremessar objetos. No caso de queda, indicar a superfície ou o objeto sobre o qual o corpo da pessoa veio a parar. No caso de levantar, empurrar, puxar, manusear ou arremessar um objeto, indicar o objeto sobre o qual o esforço físico foi exercido;
e)se, em decorrência de acidente com veículo, uma pessoa que estava nesse veículo sofrer lesão, indicar o veículo como fonte de lesão;
f)deve ser assegurada relação entre a fonte da lesão e a natureza da lesão, que possibilite a análise comparativa desses elementos. 
Natureza da Lesão – expressão que identifica a lesão, segundo suas características principais (contusão, escoriação, distensão, torção, luxação, fratura, queimadura, lesões múltiplas, congelamento, geladura, asfixia, afogamento, insolação, dermatose, ferida incisa/corte). (Vide quadro 8 – NBR 14280:2001, pág. 44 a 46)
Localização da Lesão – indica a sede da lesão (cabeça, ouvido(D, E), olho, nariz, braço(D, E), antebraço, mão, perna, pé, joelho, etc.) . Muitas vezes a identificação da fonte da lesão só se dá por meio da localização desta. O estudo estatístico da localização da lesão pode determinar a existência de determinado fator de insegurança, seja por condição ambiental, administrativa ou “ato inseguro”. (Vide quadro 9 – NBR 14280:2001, pág. 46 a 48)
ESTUDO DE CASO – ACIDENTE COM PEDRO
Pedro estava furando um cano. Para executar o serviço se equilibrava em cima de umas caixas em forma de escada, pois a escada estava muito distante e o serviço precisava ser feito rapidamente, afinal de contas, ele já tinha feito isto inúmeras vezes e era um dos mais experientes. Utilizava uma furadeira elétrica portátil. Ele já havia feito vários furos e a broca estava com o fio gasto e, por esta razão, Pedro estava forçando a penetração da mesma.
Por um instante, a sua atenção fora desviada por algumas faíscas que saíam do cabo de extensão, exatamente onde havia um rompimento, que deixava expostos os fios condutores de eletricidade. Ao desviar a atenção, ele torceu o corpo, forçando a broca no furo. Com a pressão ela quebrou e, neste mesmo instante, ele voltou o rosto para ver o que ocorrera, sendo atingido por um estilhaço da broca em um dos olhos (direito). Com um grito, largou a furadeira, pôs as mãos no rosto, perdeu o equilíbrio e caiu. 
Um acontecimento semelhante, ocorrido há um ano atrás com um novato, nesta mesma empresa, determinava o uso de óculos de segurança na execução desta tarefa. 
O óculo que Pedro deveria ter usado estava sujo e quebrado, pendurado em um prego.
Segundo o que o encarregado dissera, não ocorrera nenhum acidente nos últimos meses e o pessoal não gostava de usar os óculos. Por esta razão, ele não se preocupou em recomendar o uso do mesmo nesta operação, porque tinha coisas mais importantes a fazer.
Exercício
Analise as causas deste acidente, separando-as em condições ambientais de insegurança, atos inseguros e os fatores pessoais relacionados, bem como o agente do acidente. Aponte também a fonte, natureza e localização da lesão e as medidas preventivas para evitar-se acidente semelhante.
Caracterização do acidente e da lesão
	Agente do acidente
	Furadeira elétrica (broca)
	Fonte da lesão
	Furadeira elétrica (broca)
	Natureza da lesão
	Lesão ocular
	Localização da lesão
	Olho (direito)
Causas do Acidente
	Condição ambiente de insegurança
	Medidas Preventivas
	Broca com fio gasto
	- Treinamento sobre afiação de broca.
- Revisar procedimento de trabalho quanto a riscos de acidente operando com broca sem fio.
- Escolher broca adequada para cada tipo de material a furar.
	Cabo de extensão com fios expostos
	- Treinamento sobre inspeção e preenchimento de check-list de ferramentas manuais antes de operá-las.
- Revisar procedimento de trabalho
- Não usar extensõescom emenda
	Óculo sujo e quebrado
	- Re-treinamento sobre importância do uso de EPI
- Conscientização da responsabilidade do superior em fazer cumprir as normas de segurança (EPI)
- Substituição de óculo quebrado (definir claramente as responsabilidades) 
	Superior não exigia o uso obrigatório do óculo de segurança, conforme recomendação.
	- Conscientização da responsabilidade do superior em fazer cumprir as normas de segurança (EPI)
- Revisar ou definir uma política de segurança
	Caixas no lugar de escada (não contribuiu para o acidente)
	- Remover caixas do local
	Ato Inseguro
	Fator pessoal de insegurança
	Ações preventivas
	Forçar a penetração da broca
	- Excesso de autoconfiança
	- A pressão sobre o trabalho deve ser avaliada frente ao risco de acidente
 - Retreinamento
	Não usar óculo de segurança
	- Excesso de autoconfiança
- Problemas com chefia (não cumprimento de normas de segurança)
	- Retreinamento
- Atitude pró-ativa frente aos riscos de acidente (não fazer tarefa se existir risco de acidente)
	Não examinar o cabo da extensão antes de iniciar o trabalho
	- Negligência do colega com seu equipamento de trabalho
- Desconhecimento dos riscos da fiação exposta
	- Retreinamento
	Improvisar caixas como escada
	- Excesso de autoconfiança
	- Retreinamento
- Atitude pró-ativa frente aos riscos de acidente (não fazer tarefa se existir risco de acidente)
GRUPOS DE RISCOS
CARACTERIZAÇÃO , CONSEQÜÊNCIAS, MEDIDAS DE CONTROLE COLETIVAS E INDIVIDUAIS POR AGENTES
�
GRUPO DE RISCO: FÍSICO									 	
	AGENTE
	CARACTERIZAÇÃO
	CONSEQÜÊNCIA
	MEDIDAS DE CONTROLE
	
	
	
	COLETIVA
	INDIVIDUAL
	Ruídos
	O ruído é caracterizado pela sua freqüência, intensidade.
Seus efeitos dependem do NPS e tempo de exposição.
(Vide NR 15- Anexo 1 e 2.)
	1.Surdez temporária ou permanente
2.Irritabilidade, fadiga,
Alteração do sistema cardiovascular.
3.Nervosismo, fadiga mental, frustração, prejuízo no desempenho do trabalho(faltas)
	1.Na fonte: diminuição das forças dinâmicas e velocidade, balanceamento, novas máquinas
2.Enclausuramento da máquina geradora de ruído (controle na trajetória) por materiais absorventes ou refletivos de som.
3.Trajetória: Barreiras para a propagação do ruído
	-Protetor auricular
-Rodízio de pessoas
-Redução da jornada
	Vibrações
(Vide NR 15- Anexo 8)
	Na indústria é comum o uso de máquinas e equipamentos que produzem vibrações, podendo ser nocivas ao trabalhador.
A sensibilidade do corpo humano varia em função da freqüência e aceleração:
-tórax-abdômen: 3 a 6 Hz,
-globo ocular: 60 a 90 Hz,
-mandíbula e lábios: 200 a 300 Hz.
	Enjôo ou náuseas (01 a 1 Hz e aceleração de 5 a 100 m/s2); Afundamento do tórax – constrição do peito e tosse (< 16 Hz e 140 dB); Artrose do cotovelo, necrose dos ossos dos dedos, problemas nervosos, alteração do tato (equipamento manual vibrante)
	-Amortecedores
-Isolamento (através de amortecedores, fixação não rígida)
	Revezamento dos expostos.
	
Radiações Ionizantes
(Vide NR 15- Anexo 5)
	Radiações de interesse: gama, raios X, beta, alfa e nêutron
Natural: minerais radiativos – U-238; K-40; tório-232; C-14; etc.
Artificial: Iodo-131; Estrôncio-90; Au-198; Co-60
Radiações são formas de energia transmitidas pelo espaço como ondas eletromagnéticas. Efeitos principais sobre o organismo: ionização e excitação.
Ionização: radiação atinge o átomo subdividindo-o em 2 partes carregadas eletricamente (par iônico).
Operadores de RX e de Radioterapia estão expostos à radiação ionizante.
Radiação beta: percorre curto trajeto no ar
Fontes pontuais de raios X, gama e nêutrons: a intensidade da radiação varia inversamente com a distância. I1 = (R2)2 
 I2 = (R1)2 
	1.Efeitos dependem da dose da radiação
 
2.Somáticos: 2.1.crônicos – catarata, anemia, leucemia, câncer de tireóide ou de pele
2.2. agudos – dor de cabeça, náuseas, vômitos, queda de cabelo, perda de apetite, fadiga, infecção na garganta, diarréia . 
3.Genéticos: mutação nos genes: aniridia (ausência de íris do olho), surdo-mudez, cataratas
	Radiação externa:
1.Blindagem: uso de barreiras adequadas, constituídas de materiais que tenham a capacidade de absorver as radiações ionizantes. Ex. chumbo ou concreto (espessura determinada em função do tipo e energia da radiação incidente).
2.Distância: afastar expostos da fonte (beta)
3.Limitação do tempo de exposição:
Radiação interna:
1.Cabines especiais: em trabalhos de laboratório onde há desprendimento de gases ou outros compostos radioativos – ventilação adequada evita que a radiação espalhe pelo ambiente, atingindo o trabalhador. 
Podem ser usadas cabines hermeticamente fechadas (materiais altamente perigosos à saúde). A manipulação é feita com luvas especiais acopladas à cabine. O trabalho é mais lento.
Enclausuramento da fonte de radiação: pisos e paredes revestidas de chumbo em salas de raios-X
	1.Vestimenta especial que impede o contato do organismo com material radiativo. 
2.Máscaras para proteção respiratória contra fontes radiativas dispersas no ar.
3.Limitação do tempo de exposição (caso de radiações de elevada intensidade – um menor tempo de exposição para a dose não ultrapassar o LT).
	AGENTE
	CARACTERIZAÇÃO
	CONSEQÜÊNCIA
	MEDIDAS DE CONTROLE
	
	
	
	COLETIVA
	INDIVIDUAL
	Radiação não ionizante
	Excitação: radiação atinge o átomo excitando-o, aumentando sua energia interna (não tem energia suficiente para ionizá-lo).
A radiação pode ser transmitida através do vácuo(radiação solar).
 
1.Microondas: 1 mm < ( < 1 m (Vide NR 15- Anexo 7)
2.Radiação infravermelha: 1 (m < ( < 1 mm ; emitida por corpos cuja superfície encontra-se à temperatura maior que a do ambiente ao redor deles. Também chamado de calor radiante. Fontes: solar; fornos metalúrgicos, siderúrgicos e na ind. vidro, solda oxiacetilênica. (Vide NR 15- Anexo 3)
3. Radiação ultravioleta: 10 nm < ( < 400 nm ; 
 3.1. 250 nm < ( < 350 nm (faixa eritemática e germicida)- fontes: solda elétrica, metais em fusão, maçaricos, lâmpadas germicidas. (Vide NR 15- Anexo 7)
4.Raios laser: emissão de apenas um comprimento de onda 9radiação altamente concentrada. (Vide NR 15- Anexo 7)
Freqüência: é o nº de vezes que um ciclo se repete.
1 cps = 1 Hz
comprimento de onda ( ( ): é a distância percorrida pela onda durante um ciclo.
(*) Intensidade de corrente elétrica - Sombra Nº 
 5 – 75 9
 75 - 200 10 - 11
 200 – 400 12 - 13
 > 400 14
	
1.Efeito térmico nos órgãos internos (menor a freqüência, maior o risco – maior a potência e tempo de exposição, maior possibilidade de órgãos expostos ficarem doentes).
2.Queimaduras na pele (( < 1,5 (m), cataratas e lesões na retina(casos extremos)
3.1. Conjuntivite (após horas de exposição) e câncer de pele (exposição repetida durante muitos anos de exposição – equivalente à irradiação solar).
4. Olhos e pele
	
1.Vedação do equipamento e parada da fonte em caso de abertura do aparelho.
2. Isolamento da fonte de radiação (biombo p/ proteção da operação de solda)
Sinalização da área/fonte radioativa.
3.1. Barreiras de chapas metálicas, cortinas opacas, ou materiais transparentes ou semi-transparentes à luz, que eliminam frações importantes da radiação.
	1.Óculos específicos e roupas protetoras para microondas em caso de emergência.
2. Óculos de segurança e vestimenta contra o calor radiante(luva, avental e perneira de raspa).
3.1. Protetores oculares e faciais, mãos, braços e tórax em materiais que refletem ou absorvem o U.V. para evitar doença de pele: luva, avental e perneira de raspa; óculos com sombra 2 por baixo da máscara de solda para evitar exposição aos outros soldadores(*).
4. Óculos de segurança de densidadeótica (D.O.) indicada para a energia envolvida.
	AGENTE
	CARACTERIZAÇÃO
	CONSEQÜÊNCIA
	MEDIDAS DE CONTROLE
	
	
	
	COLETIVA
	INDIVIDUAL
	Temperatura Extrema - Frio
	Em atividades ao ar livre em regiões de clima frio. Em atividades em câmaras frigoríficas de conservação, como pescados, alimentos congelados. 
Perde-se a destreza manual.
(Vide NR 15- Anexo 9)
	Queimaduras pelo frio (geladuras), gripes, inflamações das amídalas e da laringe, resfriados, algumas alergias, congelamento das mãos e pés, problemas circulatórios. 
	1.Isolamento das fontes de frio.
	Vestimentas contra o frio: jaquetas e calças térmicas, meias e luvas.
	Temperatura Extrema - Calor
	Presentes em atividades profissionais ligadas à indústria siderúrgica, indústria de vidro, têxtil e outros ramos que liberam grandes quantidades de energia térmica. Presente também em atividades ao ar livre (construção civil e trabalho no campo).
Mecanismos de trocas térmicas
Condução: quando dois corpos em temperaturas diferentes são colocados em contato, haverá um fluxo de calor do corpo com temperatura maior para o de temperatura menor. Fluxo nulo quando temperaturas tornam-se iguais.
Condução-convecção: a troca térmica se processa como no caso anterior, no entanto, neste caso, pelo menos um dos corpos é um fluido. Neste caso a transmissão do calor provocará a movimentação do fluido. (diferença de temp. vide fig. Pág.34 – Riscos Físicos – Fundacentro)
Radiação: quando dois corpos encontram-se com temperaturas diferentes, haverá uma transferência de calor, por emissão de radiação infravermelha, do corpo com temperatura maior para ao corpo de temperatura menor. O calor transmitido através deste mecanismo é denominado de calor radiante.
Evaporação: Um líquido que envolve um sólido, em uma determinada temperatura, transforma-se em vapor, passando para o meio ambiente. É função da quantidade de vapor já existente no meio e da velocidade do ar na superfície do sólido. Neste caso o líquido retira calor do sólido para passar a vapor. Conclui-se que o sólido perdeu calor ao meio ambiente pelo mecanismo da evaporação. (Vide NR 15- Anexo 3)
	Vasodilatação periférica; 
Sudorese;
Doenças do calor:
1. exaustão do calor, 
2. desidratação, 
3. Câimbras de calor, 
4. Choque térmico (mudança brusca de temperatura em ambientes diferentes)
 
	1.Insuflação de ar fresco no local de trabalho – altera a temperatura e velocidade do ar.
2.Ventilação local exaustora com a função de retirar umidade relativa, calor e gases dos ambientes.
3.Utilização de barreiras refletoras (alumínio polido, aço inoxidável) ou absorventes (ferro ou aço oxidado) de radiação infravermelha, colocadas entre a fonte e o trabalhador.
4. Isolamento das fontes de calor (p. ex. tubulações).
	1. Aclimatização (é total em aproximadamente 2 semanas)
2. Ingestão de água e sal (perdido pela sudorese).
3. Limitação do tempo de exposição – alternância com local de repouso térmico.
4. Óculos com lentes especiais (reter 95% da radiação infravermelho incidente) p/ fontes de calor radiante.
Luvas, mangotes, aventais e capuzes de amianto(isolante térmico) revestido por tecido aluminizado (refletir calor radiante).
	AGENTE
	CARACTERIZAÇÃO
	CONSEQÜÊNCIA
	MEDIDAS DE CONTROLE
	
	
	
	COLETIVA
	INDIVIDUAL
	Pressões Anormais
	Pressão normal é a atmosférica.
Patm = 101,3 Kpa (ao nível do mar)
1 Atm = 760 mm Hg a 0º C
1 Pa = 1 N / m2 
Baixas pressões: atividades realizadas onde a pressão ambiente está abaixo da atmosférica. Ex.: tarefas em grandes altitudes. Pilotos em aviões não pressurizados esporadicamente expostos.
Altas pressões: atividades realizadas onde a pressão ambiente está acima da atmosférica. Ex.: tarefas realizadas em tubulão de ar comprimido, máquinas de perfuração (“shield”), caixões pneumáticos, campânulas; trabalhos realizados por mergulhadores.
Tubulão de ar comprimido: em escavações abaixo do lençol freático. A pressão acima do normal é para evitar infiltração de água e instabilidade da escavação.
Caixão pneumático: compartimentos estanques para realizar trabalhos submersos: fundo dos mares, rios e represas. Usado na construção de pontes e barragens.
(Vide NR 15 - Anexo 6)
	Devido à compressão:
1.Rompimento do tímpano devido ao aumento brusco da pressão.
2.Irritação nos pulmões : a 5 atm, o oxigênio, em sua concentração normal no ar. 
3.A 15 atm, o ar pode ser tolerado por apenas 3 horas.
4.Efeito narcótico no nitrogênio: a + de 4 atm. 
5.Perda de consciência: a + de 10 atm.
Devido à descompressão:
1.Ruptura dos alvéolos pulmonares se a expansão brusca do ar nos pulmões.
2.Dores nas juntas, pruridos, suores frios, palidez, equimoses, ruptura do tímpano e dores nos ouvidos.
	As contidas na NR 15 – Anexo 6.
	As contidas na NR 15 – Anexo 6.
	Umidade
	Atividades ou operações executadas em locais alagados ou encharcados, com umidade excessiva, capazes de causar danos à saúde do trabalhador.
(Vide NR 15- Anexo 10)
	Gripes, inflamações das amídalas e da laringe, resfriados.
	1.Colocação de estrados de madeira
2.Ralos para escoamento.
	Botas, avental e luvas de borracha para empregados em galvanoplastia, cozinha, limpeza, etc.
GRUPO DE RISCO: QUÍMICO
	AGENTE
	CARACTERIZAÇÃO
	CONSEQÜÊNCIA
	MEDIDAS DE CONTROLE
	
	
	
	COLETIVA
	INDIVIDUAL
	Substâncias, compostos ou produtos químicos em geral
Vide NR 15 – Anexos 11 e 13
	1.Agentes químicos que podem poluir o local de trabalho e entrar em contato com o organismo dos trabalhadores. Podem ter ação localizada ou distribuídos em diversos órgãos e tecidos.
2.Vias de ingresso no organismo:
a-Inalação: principal via de ingresso e disseminação no organismo –a superfície dos alvéolos pulmonares no adulto é de 80 a 90 m2- , o que facilita a absorção de gases e vapores, que podem passar ao sangue e distribuir-se por todo o organismo.
b-Absorção cutânea: quando uma substância de uso industrial entra em contato com a pele, podem acontecer as seguintes situações:
a-A pele e a gordura protetora podem atuar como uma barreira protetora efetiva. (Nada ocorre)
b-O agente pode agir na superfície da pele, provocando uma irritação primária.
c-A substância química pode combinar com as proteínas da pele e provocar uma sensibilização.
d-O agente pode penetrar através dela, atingir o sangue e atuar como um tóxico generalizado. Ex. ácido cianídrico, mercúrio, chumbo tetraetila, alguns defensivos agrícolas.
c-Ingestão: via secundária de ingresso, pois somente ocorre acidentalmente (ninguém ingere deliberadamente – só se estiver comendo em local contaminado).
Para avaliar o potencial tóxico das substâncias químicas, alguns fatores devem ser considerados:
-Concentração: > concentração, + rápido efeitos
-Índice respiratório: representa a quantidade de ar inalado pelo trabalhador durante a jornada (é função da atividade).
-Sensibilidade individual: resistência varia de indivíduo p/ indivíduo.
-Toxicidade: é o potencial tóxico da substância no organismo.
-Tempo de exposição: é o tempo que o organismo fica exposto ao contaminante.
	Em função das características de cada substância, mas basicamente as mesmas descritas abaixo.
	1. Substituição do produto químico utilizado por outro menos tóxico ou não tóxico.
2.Mudança ou alteração do processo ou operação.
3.Enclausuramento do processo.
4.Segregação da operação ou processo (levar para fora).
5. Ventilação Geral diluidora
6.Ventilação e exaustão do local.(captura do contaminante no local de origem) associado a ciclones, câmaras de sedimentação, filtro de mangas, precipitadores eletrostáticos, processos úmidos, lavadores de gases.
7.Armazenamento adequado.
8.Fazer refeições em refeitório (não no local de trabalho)
	Máscara de proteção respiratória, luvas de borracha, neoprene, aventais e botas.
Limitação da exposição.
Controle médico.
	AGENTE
	CARACTERIZAÇÃO
	CONSEQÜÊNCIA
	MEDIDAS DE CONTROLE
	
	
	
	COLETIVA
	INDIVIDUAL
	Vapores e Gases
Vide NR 15 – Anexos 11 e 13
	Vapor: é a fase gasosa de uma substância,que a 25º C e 760 mm Hg é líquida ou sólida. Ex. vapores de água, vapores de gasolina, vapores de naftalina, mercúrio.
Gás: é a denominação dada às substâncias que, em condições normais de pressão e temperatura (25º C e 760 mm Hg), estão no estado gasoso. Ex. hidrogênio, oxigênio, nitrogênio, butano, GLP.
Classificam-se, segundo a ação sobre o homem:
1.Irritantes: 
 -Primários: ação sobre as vias respiratórias superiores: sobre os brônquios; sobre os pulmões; irritantes atípicos.
 -Secundários:além de irritantes, têm ação tóxica generalizada sobre o organismo. Ex. gás sulfídrico 
2.Anestésicos: maioria dos solventes orgânicos; ação depressiva sobre o sistema nervoso central.
 
De acordo com a ação sobre o organismo:
a.Anestésicos primários: substâncias que não produzem outro efeito além da anestesia, mesmo em exposições repetidas a baixas concentrações. Ex. hidrocarbonetos alifáticos (butano, propano, eteno), ésteres, aldeídos, cetonas.
b.Anestésicos de efeitos sobre as vísceras: Ex. hidrocarbonetos clorados (tetracloreto de carbono, tricloroetileno, percloroetileno).
c.Anestésicos de ação sobre o sistema formador do sangue: substâncias que se acumulam preferencialmente nos tecidos graxos, medula óssea e sistema nervoso. Ex. hidrocarbonetos aromáticos (benzeno, tolueno, xileno)
d.Anestésicos de ação sobre o sistema nervoso: Ex. Álcoois (metílico e etílico, ésteres de ácidos orgânicos, dissulfeto de carbono)
e.Anestésicos de ação sobre o sangue e o sistema circulatório: Ex. Nitrocompostos orgânicos (nitrotolueno, nitrito de etila, nitrobenzeno, anilina, toluidina).
3.Asfixiantes: chama-se de asfixia o bloqueio dos processos vitais tissulares, causado por falta de oxigênio.
Os gases podem ser subdivididos em:
a.Asfixiantes simples: substâncias que tem a propriedade de deslocar o oxigênio do ambiente (alta concentração). O ar deve ter no mínimo 18% de O2 para que a vida humana seja mantida sem risco algum. Ex. hidrogênio, nitrogênio, hélio (fisiologicamente inertes); metano, etano, acetileno (também anestésicos simples, de ação narcótica muito fraca); CO2 (devido a outros efeitos, possui LT)
b.Asfixiantes químicos: substâncias que, ao ingressarem no organismo, interferem na perfeita oxigenação dos tecidos. Não alteram a concentração do oxigênio no ambiente. O asfixiante não permite que o oxigênio seja adequadamente aproveitado pelo organismo. Ex. CO, anilina e ácido cianídrico.
	
1. Inflamação na pele, na conjuntiva ocular e nas vias respiratórias. Gases e vapores altamente solúveis em água atacam o nariz e a garganta, enquanto que os de baixa solubilidade os alvéolos pulmonares.
2.b.Dano ao fígado e aos rins
2.c.Anemia irreversível e leucemia (benzeno)
Hipertrofia do fígado e anemia discreta (tolueno e xileno).
2.d.Perturbação da visão e conjuntivites; inconsciência, dificuldade de respiração, depressão cardíaca, coma e morte (dependendo da concentração)
2.e.Alteração na hemoglobina do sangue.
	Idem às acima descritas.
No caso de asfixiantes simples, avaliar a concentração de O2 para tomar ações preventivas.
	Limitação da exposição.
2.d.Óculos de segurança; Quando a concentração for superior ao LT, usar respiradores com filtros químicos.
Controle médico.
	AGENTE
	CARACTERIZAÇÃO
	CONSEQÜÊNCIA
	MEDIDAS DE CONTROLE
	
	
	
	COLETIVA
	INDIVIDUAL
	Aero- dispersóides (poeiras, fumos, névoas, neblinas)
Vide NR 15 – Anexos 12 e 13.
	1.Poeiras: são partículas sólidas, produzidas por ruptura mecânica de sólidos. Geradas nos processos de moagem, perfuração, explosão, transporte e minérios; limpeza abrasiva (jateamento de areia); corte e polimento de mármore e granitos. Diâmetro da partícula < 100μ (mícron: que é a milésima parte de 1 mm). Partículas < 0,5 μ são reexaladas ao exterior. Maior problema é a sílica livre cristalizada. Pós orgânicos: Processos envolvendo atividades com vegetais: (Vide NR 15 - Anexo 12).
2.Fumos: são partículas sólidas produzidas por condensação ou oxidação de vapores de substâncias que são sólidas a temperatura normal. Processos de combustão de madeira ou fusão de metais: chumbo, mercúrio, arsênio, cromo, manganês e seus compostos (mais importantes), antimônio, estanho, cobre, níquel, zinco, cádmio, selênio, ferro e seus compostos (menor importância).
3.Névoas: são partículas líquidas produzidas por ruptura mecânica de líquidos.
4.Neblinas: são partículas líquidas produzidas por condensação de vapores de substâncias que são líquidas a temperatura normal.
	1. Silicose (sílica); asbestose (asbesto); pneumoconiose(minerais contendo sílica livre cristalizada ou silicatos, carvão mineral); doenças broncopulmonares crônicas: bissinose (algodão, agave (sisal), bagaçose (bagaço de cana); alergias, asmas ou dermatoses (semente de rícino, de amido e de tabaco).
2.Saturnismo ou plumbismo (fumos de chumbo); distúrbios do sistema nervoso central (mercúrio);
desarranjo intestinal (zinco)
	-Ventilação e exaustão do local.(captura do contaminante no local de origem) associado a ciclones, câmaras de sedimentação, filtro de mangas, precipitadores eletrostáticos, processos úmidos, lavadores de gases.
-Ventilação Geral diluidora
-Enclausuramento do processo
-Limpeza do local
-Fazer refeições em refeitório (não no local de trabalho)
	-Limitação da exposição.
-Óculos de segurança; Quando a concentração for superior ao LT, usar respiradores para poeira ou com filtros químicos
-Controle médico.
GRUPO DE RISCO: BIOLÓGICO
	AGENTE
	CARACTERIZAÇÃO
	CONSEQÜÊNCIA
	MEDIDAS DE CONTROLE
	
	
	
	COLETIVA
	INDIVIDUAL
	Vírus, bactérias, protozoários, fungos, parasitas, bacilos
	Os agentes biológicos podem ser encontrados na indústria da alimentação, em hospitais, laboratórios, na limpeza pública (coleta de lixo), em estações de tratamento de esgoto, estábulos, etc. 
As vias de entrada dos agentes são:
1-Cutânea: contato pela pele
2-Digestiva: na ingestão de alimentos
3-Respiratória: ao inalar o ar contaminado
 
(Vide NR 15 – Anexos 14)
	-Infecção por tétano em ferimentos e machucados (esmagamento) em atividades com carne e aves .
-Hepatite, tuberculose, micoses da pele que podem ser levados por outros funcionários ao ambiente de trabalho.
-Diarréias causadas por falta de asseio e higiene em ambientes destinados à alimentação.
1-leptospirose: pelo contato com águas contaminadas com urina de rato.
3-Pneumonia
	-Saneamento básico
-Anti-ratização.
-Higiene rigorosa nos locais de trabalho
-Hábitos de higiene pessoal
-Vacinação
-Ventilação / exaustão adequada
-Treinamento
	-Uso de EPI: máscara cirúrgica; luvas de látex ou cirúrgica, avental e botas de borracha ou látex; 
- Controle médico permanente
-Roupas adequadas
GRUPO DE RISCO: ERGONÔMICOS
	AGENTE
	CARACTERIZAÇÃO
	CONSEQÜÊNCIA
	MEDIDAS DE CONTROLE
	
	
	
	COLETIVA
	INDIVIDUAL
	Esforço físico intenso
	-O esforço físico realizado pelo trabalhador é incompatível com sua capacidade de força e comprometa a sua saúde ou sua segurança. (17.2.6)
(Vide NR 17 – Ergonomia)
	-Leões na coluna, lombalgia, hérnia, 
	-Rever o processo produtivo
-O esforço deve ser compatível com a capacidade de força do trabalhador.
-Trabalhos em dupla
-Usar equipamentos ou ferramentas que diminuam o esforço físico.
-Treinamento
	- Controle médico e das queixas 
	Levantamento e transporte manual de peso
	-Transporte manual de sacas em distâncias acima de 60 m (11.2.2)
-O peso para levantamento manual de carga é superior a 23 kg.
(Vide NR11 – Transporte, movimentação, armazenamento e manuseio de materiais)
	-Leões na coluna, lombalgia, hérnia, 
	-Rever o processo produtivo
-Usar o critério do NIOSH (National Institute for Occupational Safety and Health) para levantamento de cargas para determinar o peso máximo.
-Usar equipamentos ou ferramentas que diminuam o esforço físico.
- Treinamento
	- Controle médico e das queixas
	Exigência de postura inadequada
	-O posto de trabalho foi feito exclusivamente em função do processo. O fator humano não foi contemplado no projeto.-Mobiliário inadequado.
	-Lombalgias, lesão na coluna
	-O posto de trabalho deve ser feito em função de fatores psico-fisiológicos.
-Disponibilizar mobiliário ergonômico
- Treinamento
	-Corrigir postura do trabalho
- Controle médico e das queixas
	Controle rígido de produtividade
	-O desempenho ou a produção é controlada individualmente e nível de exigência é severo.
	-Stresse
	-Rever o processo produtivo
-Não realizar controle rígido de produtividade.
	- Controle médico e das queixas
	Imposição de ritmos excessivos
	Ritmo de trabalho muito intenso
	-Fadiga
	-Rever o processo produtivo
-Alteração no ritmo de trabalho
	- Controle médico e das queixas
	Trabalho em turno e noturno
	-O trabalho em turno de revezamento ou noturno vai contra o ritmo biológico: horários de sono principalmente.
	-Insônia, perturbação do sono
-Estresse
	-Rever o processo produtivo
	- Controle médico e das queixas
	Jornadas de trabalho prolongadas
	-Necessidade freqüente de realização de horas extras ou jornadas prolongadas, causando sono, desconcentração, cansaço, maior probabilidade de ocorrência de acidentes.
	-Sono, fadiga, estresse
	-Rever o processo produtivo
-Planejamento adequado das atividades de forma a não ser necessário a realização de HE.
	- Controle médico e das queixas
	Monotonia e repetitividade
	Trabalhos muito parados, sem mobilidade, repetitivos (ciclos < 30 s e que corresponde a + de 50% da jornada).
	-Sono, desconcentração, fadiga, estresse, DORT
	Rever o processo
	- Controle médico e das queixas
GRUPO DE RISCO: DE ACIDENTE
	AGENTE
	CARACTERIZAÇÃO
	CONSEQÜÊNCIA
	MEDIDAS DE CONTROLE
	
	
	
	COLETIVA
	INDIVIDUAL
	Arranjo físico inadequado
	Layout inadequado impossibilitando a circulação segura das pessoas. Partes baixas constituindo-se em obstáculos a passagem e possibilidade de se bater com a cabeça. Piso com aberturas desprotegidas ou não sinalizadas (saliências, depressões). Piso escorregadio (8.3).
Falta de proteção contra intempéries (8.4)
Partes móveis de máquinas com menos de 0,70 m de faixa livre (12.1.3). Distância entre máquinas e equipamentos menor do que 0,60 m (12.1.4).
(Vide NR 8 – Edificações e NR 12 – Máquinas e Equipamentos)
	Lesões na cabeça (contusão, corte, ferida contusa, hematomas) mãos, braços, joelhos e pés (torção, luxação), pernas.
	-Projeto considerando todas as normas de segurança.
-Almofadas de proteção
-Sinalização de partes baixas e salientes no piso.
	Capacete
	Máquinas e equipamentos sem proteção
	Máquinas e equipamentos sem proteção de partes móveis, dispositivos de segurança; válvulas de segurança, micro-switch, fim de curso, travas de segurança,dispositivos de parada de emergência (12.2 e 12.3), freios, dispositivos de controle de poluição.
(Vide NR 12 – Máquinas e Equipamentos)
	Lesões do tipo amputação, contusão, esmagamento, luxação, fratura, corte, ferida contusa.
	-Proteções de partes móveis (polias, engrenagens, correntes, eixos, excêntricos, etc).
-Micro-switch
-Válvulas de segurança testadas periodicamente
-Acionadores de parada de emergência
-Tapetes de segurança
-Cortina de proteção
	
	Ferramentas inadequadas ou defeituosas
	Chaves de boca e de fenda rombudas, tortas, desgastadas; cunhas encabeçadas (rombudas). Ferramentas com cabos rachados (martelo, enxada, picareta, etc.); ferramentas de uso em eletricidade sem proteção isolante ou apresentando rompimento.
	Leões do tipo corte, ferida contusa, esmagamento, fratura.
	-Ferramentas em boas condições
-Substituição de ferramentas defeituosas
-Check-list de ferramentas
	-Luvas de raspa ou vaqueta
-Óculo de segurança
	Iluminação inadequada
	Nível de iluminância abaixo dos valores estabelecidos pela NBR 5413.
(Vide NR 17 – Ergonomia)
	-Fadiga visual.
-Quedas, batidas em função da pouca visibilidade.
	Adequação aos níveis especificados pela NBR 5413.
	
	AGENTE
	CARACTERIZAÇÃO
	CONSEQÜÊNCIA
	MEDIDAS DE CONTROLE
	
	
	
	COLETIVA
	INDIVIDUAL
	Eletricidade
	Instalações elétricas desprotegidas. 
Falta de aterramento de motores, máquinas e equipamentos.
Falta de sistema de proteção contra descargas atmosféricas. 
Acúmulo de eletricidade estática.
(Vide NR 10 – Instalações e serviços em eletricidade)
	-Parada cardio-respiratória
-Queimaduras
-Fibrilação
-Morte
	-Relés de fuga
-Sistema de aterramento contra eletricidade estática, curtos circuitos, descargas atmosféricas.
-Testador de presença de tensão
-Cabos para realização de aterramento
-Duplo isolamento
-Hastes e varas de manobra
	-Calçado de segurança para eletricista
-Luvas de proteção para trabalhos em eletricidade
	Probabilidade de incêndio ou explosão
	Ambientes como depósitos de materiais combustíveis e inflamáveis com atmosfera dentro da faixa de explosividade.
	-Perda de patrimônio. 
-Morte, queimadura, fratura
	-Depósitos organizados e limpos;
-Ventilação adequada;
-Sistema de iluminação e equipamentos a prova de explosão
-Sistemas de combate a incêndio fixas (hidrantes, sprinklers) e móveis (extintores).
-Sinalização de áreas de risco;
-Proibição de condução/geração de faísca, chama, fonte de calor.
	
	Armazenamento inadequado
	Empilhamento inadequado, acima do limite de altura (mais de 30 fiadas de saco, quando o processo é mecanizado; ou mais de 20 fiadas de sacos, quando o processo de empilhamento é manual) (11.2.5 e 11.2.6) ou com número de embalagens empilhadas acima do recomendado pelo fabricante.
O empilhamento interfere na iluminação(11.3.4).
Afastamento de menos de 50 cm entre o material empilhado e as estruturas laterais do prédio, ou obstruindo o acesso a equipamentos de combate a incêndio (11.3.2 e 11.3.3).
(vide NR 11- Transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais)
	-Morte, fratura, contusão, esmagamento
	-Armazenamento dentro das normas de segurança, conforme previsto na NR 11.
-Empilhamento de embalagens segundo a especificação do fabricante.
	
	Animais peçonhentos (venenosos)
	Áreas rurais ou próximas de vegetação, mata, ou em materiais advindos de áreas rurais possibilitam a ocorrência de cobras, aranhas, escorpiões, taturanas.
	Empeçonhamento
	-Ambientes roçados e limpos;
-Colocação de telas de proteção ou outra forma de vedação de aberturas.
	-Luvas de raspa ou vaqueta; perneiras; botas de segurança
	MAPEAMENTO DE RISCOS AMBIENTAIS
	ÁREA/SETOR: Caldeiras
	
	N° DE TRABALHADORES EXPOSTOS AO RISCO: 
	10 (safra) 2 (entre safra)
	CIPEIRO RESPONSÁVEL PELA AVALIAÇÃO: Fulano de Tal
	
	
	
	 
	 
	
	
	
	
	
	 
	GRUPO I: RISCOS FÍSICOS (sinalizar no mapa com círculo verde) 
	
	DATA
	31/07/04
	 
	
	
	
	
	FOLHA
	1
	RISCO
	FONTE GERADORA
	Nº no MAPA
	PROTEÇÃO INDIVIDUAL/COLETIVA
	RECOMENDAÇÕES/SUGESTÕES
	Ruído
	Compressores, 
	1
	EPIs
	Uso obrigatório de protetor auricular
	 
	exaustores e 
	 
	 
	Diálogo prevencionista.
	 
	insufladores
	 
	 
	 
	 
	 
	Vibrações
	 
	 
	 
	 
	
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	Radiações Ionizantes
	 
	 
	 
	 
	
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	Radiações não Ionizantes
	Caldeira e Soldas
	4
	EPI'S
	Usar os EPIs específicos para 
	 
	 
	 
	 
	cada função.
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	Pressões Anormais
	 
	 
	 
	 
	
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	Temperaturas extremas
	Fornalhas das caldeiras.
	6
	EPIs
	Usar os EPIs específicos para cada função
	 
	 
	 
	 
	Atenção ao descer no porão das caldeiras. 
	 
	 
	 
	 
	Treinamento específico e diálogo.
	Umidade
	 
	 
	 
	 
	
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	Outros
	 
	 
	 
	 
	
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	MAPEAMENTO DE RISCOS AMBIENTAIS
	ÁREA/SETOR:Caldeiras
	
	N° DE TRABALHADORES EXPOSTOS AO RISCO: 
	10
	
	
	CIPEIRO RESPONSÁVEL PELA AVALIAÇÃO: 
	Fulano de Tal e Cicrano de Talio
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	GRUPO II: RISCOS QUÍMICOS (sinalizar no mapa com círculo vermelho) 
	
	DATA
	31/07/04
	
	
	
	
	
	FOLHA
	 1 / 1
	RISCO
	FONTE GERADORA
	N° no MAPA
	PROTEÇÃO INDIVIDUAL/COLETIVA
	RECOMENDAÇÕES/SUGESTÕES
	Poeiras
	Lenha, carregamento do
	10
	EPIs
	Uso de máscara para poeiras. 
	
	 
	 
	pó e cinza da fornalha.Fumos
	 
	 
	 
	 
	
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	Névoas
	 
	 
	 
	 
	
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	Vapores
	 
	 
	 
	 
	
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	Gases
	Monóxido de carbono
	14
	 
	Manter a caldeira em perfeito estado de 
	 
	 
	 
	 
	funcionamento, evitando vazamento de CO
	 
	 
	 
	 
	para o ambiente interno. Ventilar em caso de
	 
	 
	 
	 
	situação anormal ou de emergência.
	Produtos químicos em 
	Produtos para tratamento
	15
	EPIs específicos
	Máscara c/ filtro, avental, luvas nitrílicas,
	 
	 
	Geral
	da água da caldeira.
	 
	 
	calçado de segurança, treinamento e
	 
	 
	 
	 
	diálogo prevencionista.
	Neblina
	 
	 
	 
	 
	
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	Outros
	 
	 
	 
	 
	
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	MAPEAMENTO DE RISCOS AMBIENTAIS
	ÁREA/SETOR: Caldeiras
	
	 N° DE TRABALHADORES EXPOSTOS AO RISCO: 10
	CIPEIRO RESPONSÁVEL PELA AVALIAÇÃO: Fulano de Tal e Cicrano de Talio
	 
	 
	
	
	DATA: 31/07/2004
	GRUPO III: RISCOS BIOLÓGICOS (sinalizar no mapa com círculo marrom) 
	FOLHA : 1 / 1
	 
	
	
	 
	RISCO
	N° no MAPA
	LOCAL
	RECOMENDAÇÕES/SUGESTÕES
	Vírus
	16
	Sanitários
	Manter limpos e esterelizados. Orienta-
	 
	 
	 
	ção quanto ao uso correto. Quem limpa 
	 
	 
	 
	usar EPIs adequados.
	Bactérias
	17
	Sanitários
	Manter limpos e esterelizados. Orienta-
	 
	 
	 
	ção quanto ao uso correto. Quem limpa 
	 
	 
	 
	usar EPIs adequados.
	Protozoários
	18
	Sanitários
	Manter limpos e esterelizados. Orienta-
	 
	 
	 
	ção quanto ao uso correto. Quem limpa 
	 
	 
	 
	usar EPIs adequados.
	Fungos
	19
	Sanitários
	Manter limpos e esterelizados. Orienta-
	 
	 
	 
	ção quanto ao uso correto. Quem limpa 
	 
	 
	 
	usar EPIs adequados.
	Bacilos
	20
	Sanitários
	Manter limpos e esterelizados. Orienta-
	 
	 
	 
	ção quanto ao uso correto. Quem limpa 
	 
	 
	 
	usar EPIs adequados.
	Parasitas
	21
	Sanitários
	Manter limpos e esterelizados. Orienta-
	 
	 
	 
	ção quanto ao uso correto. Quem limpa 
	 
	 
	 
	usar EPIs adequados.
	Outros
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
�
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA (EPC)
Conceitos:
EPC é todo equipamento que é usado para a proteção de mais de uma pessoa contra um determinado risco ou uma combinação de riscos.
Equipamento de Proteção Individual - EPI , segundo a NR 6, em seu item 6.1, é todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. 
 
No item 6.1.1 o legislador complementa, dizendo que : Entende-se como Equipamento Conjugado de Proteção Individual, todo aquele composto por vários dispositivos, que o fabricante tenha associado contra um ou mais riscos que possam ocorrer simultaneamente e que sejam suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho
Quando usar EPC
De acordo com o conceito prevencionista a prioridade deve ser dada sempre para proteção coletiva (vide NR 9 – PPRA)
9.3.5.2 - O estudo, desenvolvimento e implantação de medidas de proteção coletiva deverá obedecer a seguinte hierarquia: 
 
a) medidas que eliminem ou reduzam a utilização ou a formação de agentes prejudiciais à saúde; 
 
b) medidas que previnam a liberação ou disseminação desses agentes no ambiente de trabalho; 
 
c) medidas que reduzam os níveis ou a concentração desses agentes no ambiente de trabalho. 
9.3.5.3 - A implantação de medidas de caráter coletivo deverá ser acompanhada de treinamento dos trabalhadores quanto aos procedimentos que assegurem a sua eficiência e de informação sobre as eventuais limitações de proteção que ofereçam. 
CUSTO DOS ACIDENTES DO TRABALHO
CUSTO SEGURADO é o total das despesas cobertas pelo seguro de acidente do trabalho (NBR 14280 de fev/2001) (é de responsabilidade do INSS).
 CUSTO NÃO SEGURADO é o total das despesas não cobertas pelo seguro de acidente do trabalho (exclusivas da empresa).
CUSTO PARA A EMPRESA
CUSTO DIRETO (CD)
É o gasto que a empresa tem dependendo do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho (SAT), que possui alíquota variável em função do grau de risco de acidente do trabalho considerado leve, médio ou grave, conforme tabela constante do anexo V do Decreto nº 3.048 de 06 de maio de 1999:
Empresa cuja atividade preponderante é de risco leve – 1% sobre o total das remunerações pagas ou creditadas
Empresa cuja atividade preponderante é de risco médio – 2% sobre o total das remunerações pagas ou creditadas 
Empresa cuja atividade preponderante é de risco grave – 3% sobre o total das remunerações pagas ou creditadas
Esta taxação visa cobrir os seguintes despesas para a seguradora (INSS):
Despesas – médicas, hospitalares e farmacêuticas necessárias na recuperação do acidentado
Pagamento de diárias e indenizações – enquanto afastado do serviço por motivos de acidente do trabalho, o acidentado receberá diárias paga pelo INPS, a partir do dia imediato ao do acidente. O acidentado com lesão permanente fará jus ao pagamento da indenização, que será calculado em função da natureza e extensão da lesão, da idade e profissão do acidentado. O valor do auxílio doença acidentário corresponde a 91% do salário de benefício.
Transporte do acidentado – do local de trabalho ao local de atendimento, ou de sua residência a este último(ida e volta) durante tratamento.
CUSTO INDIRETO
Elementos componentes do custo indireto (ou não segurado) do acidente de trabalho:
despesas com reparo ou substituição de máquinas, equipamento ou material avariado;
despesas com serviços assistenciais não segurados(despesas no ambulatório da própria empresa, com remoção da vítima);
pagamento de horas extras em decorrência do acidente (atrasos da produção, serviços urgentes);
despesas jurídicas;
salário do dia do acidente e complementação salarial ao empregado acidentado (benefício ou acordo sindical);
prejuízo decorrente da queda de produção pela interrupção do funcionamento da máquina ou da operação de que estava incumbido o acidentado, ou da impressão que o acidentado causa aos companheiros de trabalho;
desperdício de material ou produção fora de especificação em virtude da emoção causada pelo acidente;
redução da produção pela baixa do rendimento do acidentado, durante certo tempo, após regresso ao trabalho;
horas de trabalho despendidas pelos empregados que suspendem seu trabalho normal para ajudar o acidentado; 
horas de trabalho despendidas (não produtivas) pelos supervisores e por outras pessoas:
na ajuda do acidentado;
na investigação da causa do acidente;
em providências para que o trabalho do acidentado continue a ser executado;
na seleção e treinamento de novo empregado;
na assistência jurídica;
na assistência médica para os socorros de urgência;
no transporte do acidentado.
ESCLARECIMENTOS SOBRE OS CUSTOS COM ACIDENTE PARA O INSS.
Ocorrido um acidente de trabalho, suas conseqüências podem ser categorizadas em:
Simples assistência médica - o segurado recebe atendimento médico e retorna imediatamente às suas atividades profissionais; 
Incapacidade temporária - o segurado fica afastado do trabalho por um período, até que esteja apto para retomar sua atividade profissional. Para a Previdência Social é importante particionar esse período em inferior a 15 dias e superior a 15 dias, uma vez que, no segundo caso, é gerado um benefício pecuniário, o auxílio-doença por acidente do trabalho; 
Incapacidade permanente - o segurado fica incapacitado de exercer a atividade profissional que exercia à época do acidente. Essa incapacidade permanente pode ser total ou parcial. No primeiro caso o segurado fica impossibilitado de exercer qualquer tipo de trabalho e passa a receber uma aposentadoria por invalidez. No segundo caso o segurado recebe uma indenização pela incapacidade sofrida (auxílio-acidente), mas é considerado apto para o desenvolvimento de outra atividade profissional. 
Óbito - o segurado falece em função do acidente de trabalho.
Lei nº 8213, de 24/07/91
SUBSEÇÃO XI
Do Auxílio-Acidente

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