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Lorena Blinofi - 4° Período - Clínicas Obstetrícia --------------------Fases clínicas do parto -------------------- ➻ Fase Premonitória ou pré -parto • Fase de pré-trabalho de parto verdadeiro, entre 38 a 40 semanas de gestação, mais nítido na primípara. • Adaptação do polo que se apresenta superior. • Descida do fundo uterino (2-4 cm) • Aumento da capacidade ventilatória. • Melhora a sensação de plenitude após a alimentação. • Compressão do baixo ventre. • Dores lombares por estiramento das articulações. • Compressão da parede vesical, com polaciúria. • Transtornos circulatórios, com aumento das varizes vulvares e hemorróidas. • Saída do tampão mucoso. • Amolecimento e apagamento do colo com incorporação da cérvice ao segmento inferior do útero. • Colo centraliza. • Metrossístoles dolorosas porém incoordenadas e irregulares. • NÃO É PROPRIAMENTE UMA FASE CLÍNICA Dilatação ou Apagamento do Colo do Útero ou Primeiro Período • Dilatação progressiva do colo uterino até a cérvice expandir-se totalmente. A mulher sente dolorosas contrações rítmicas que vêm, primeiramente, a cada 30 minutos e, depois, a cada 10 minutos. ➻ Fase Latente ou preparatória • É a etapa mais longa do trabalho de parto. • Compreende o início das contrações regulares até o fim da fase de aceleração da dilatação. • Função: ↪ Amolecimento e apagamento do colo uterino ↪ Início da dilatação do colo uterino. Não há muita variação na descida da apresentação. • Duração: ↪ Multípara: até 16 horas ↪ Nulípara: até 20 horas • Disfunção: fase latente prolongada (distócia funcional) ➻ Fase ativa • Nesse momento, as contrações tornam-se dolorosas, pois a frequência e intensidade aumentam progressivamente no intuito de promover a rápida dilatação do colo uterino. • Duração: ↪ Multípara: 2,4 a 5,2 horas ↪ Nulípara: 4,6 a 11,7 horas • Período de dilatação: Começa no início do trabalho de parto com a dilatação máxima. As contrações são capazes de promover a cervicodilatação. • Dilatação cervical: ↪ Ocorre devido a ação das contrações uterinas com o consequente aumento da pressão hidrostática da bolsa amniótica e força promovida pela apresentação fetal sobre o colo do útero. • Nessa fase é bom manter a paciente em postura confortável, a melhor é em decúbito lateral esquerdo. • Controle materno: FC/ PA/ Tax a cada 4hr • Pausa alimentar? Apenas líquidos? Obstetrícia Lorena Blinofi - 4° Período - Clínicas Lorena Blinofi - 4° Período - Clínicas Obstetrícia • Monitorização fetal: ↪ Ausculta de BCF com sonar (1 min ou a cada 5 contações) ↪ A cada 15 min Período Expulsivo ou Segundo Período • Período entre o momento da dilatação completa e o nascimento do concepto. • Duração: ↪ Multípara: 30 min -1 hora ↪ Nulípara: 1 - 1,5 hora • Avaliar bcf de 15 em 15 minutos • Contrações mais intensas e duração maior (60 seg)- 5 em 10 min. • 3 tempos: ↪ Insinuação ↪ Descida ↪ Desprendimento • Aumento do sangramento do colo • Agitação, náuseas, vômitos, sudorese, desejo de defecar. • Esforços expulsivos maternos. • Vulva e ânus entreabertos e períneo distendido. • Cuidados no parto: ↪ Proteção do períneo ↪ Episiotomia - uso restrito ➢ Tipos: ○ Transversa: músculo bulbo-vestibular ○ Lateral: glândula de Bartholin ○ Médio-lateral: músculo bulbocavernoso, transverso superior do períneo e fibras do elevador do ânus. ○ Mediana: esfincter anal externo ↪ Desprendimento protegido do polo cefálico ↪ Rotação externa ↪ Desprendimento biacromial e de tronco ↪ Clampeamento oportuno de cordão (1min) Secundamento ou Terceiro período ou Estágio da Placenta • Deslocamento e expulsão da placenta e das membranas ovulares, causado pela retração das paredes uterinas • Duração: 5 -30 min ➻ Mecanismos de expulsão • Baudelocque Schultze ↪ Mais comum ↪ Hematoma retroplacentário central (placenta em fundo de útero ↪ Saída pela face fetal ↪ Sai placenta depois sangue • Baudelocque Duncan ↪ Hematoma na periferia (placenta lateral) ↪ Saída pela frente maternal ↪ Hemorragia precede ou acompanha a saída da placenta • O descolamento ocorre em consequência da permanência das contrações uterinas após expulsão fetal, diminuindo o útero e aumentando a espessura de sua parede. • O descolamento processa a nível de camada esponjosa da decídua, onde ocorre o processo de clivagem • Sinal de Ahfeid: pinçamento do cordão próximo a vulva e com o descolamento, o local de pinçamento se distancia. • Sinal de Fabre: tração intermitente e discreta do cordão umbilical a qual não se transmite ao fundo do útero quando placenta descolada. Obstetrícia Lorena Blinofi - 4° Período - Clínicas Lorena Blinofi - 4° Período - Clínicas Obstetrícia • Sinal de Strassmann: quando a percussão no fundo do útero não é propagada pelo cordão. • Sinal de Kustner: elevação do corpo uterino através da palpação abdominal, não é acompanhada da movimentação do cordão umbilical. • Manobra de Harvey: compressão na região do segmento uterino inferior. • Curagem uterina: extração da placenta manual. • Manobra de Credé: consiste na expressão uterina para auxiliar o descolamento placentário. Manobra proscrita por risco de inversão uterina (ou seja não se faz muito). Quarto período ou Greenberg • Primeira hora após o parto • Contração miometrial • Período de maior risco de hemorragias ➻ Hemostasia fisiológica do útero • Miotamponamento: globo de segurança de Pinard (vasos sanguíneos do antigo sítio placentário são comprimidos pela musculatura uterina • Trombotamponamento: coagulação sanguínea - tamponamento das arteríolas e veias • Indiferença miouterina: alternância entre contração e relaxamento, podendo se encher progressivamente com sangue. • Contrações fixas: após 1 hora o útero adquire maior tônus e a contração se sobrepõe ao relaxamento, passando a se manter contraído. Obstetrícia Lorena Blinofi - 4° Período - Clínicas
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