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Amebíase_

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Amebíase 
● Agente etiológico: Entamoeba
histolytica - protozoario
● Distribuição geográfica de amplitude
mundial
● Quadros patológicos graves,
eventualmente fatais
● Maioria dos casos humanos → não
produz sintomas (cepas não
patogênicas)
● Amebíase intestinal não invasiva X
Amebíase intestinal invasiva
ciclo parasitário
● Infecção – ingesta do CISTO → água e
alimentos contaminados
● Desencistamento → Intestino
delgado
● Cisto tetranucleado → 8 amebas
(estádio ou forma metacíclica)
● Trofozoíta (intestino grosso) forma
que se divide, a forma adulta
● Trofozoítas → formas pré-císticas →
Cístos típicos
Transmissão
● água e alimentos contaminados
● mão contaminada
● vetores mecânicos ( mosca)
● DST - sexo oral na regiao do anus
Entamoeba histolytica
● Ingestão de alimentos: fagocitose e
pinocitose
● Microaerófila – deriva sua energia da
transformação da glicose em ácido
pirúvico
● Tem necessidade de ferro (utilizado
para formar ferro-sulfoproteínas) com
importante função no mecanismo
respiratório : avidez pelas hemácias
(hipótese) e reflete na
patogenicidade.
Infectividade
● Indivíduos suscetíveis
● Participação de bactérias, ou de
produtos gerados por elas ou das
condições que elas criam no tubo
digestivo
● Imunidade:
a) portadores assintomáticos:
em geral, não apresentam
anticorpos específicos
b) portadores sintomáticos:
várias técnicas demonstram
presença de imunoglobulinas
específicas
Patogenicidade e virulência
● Resultado do parasitismo são muito
variáveis
● Varia entre uma cepa e outra da E.
histolytica
● Infecções experimentais:
dependentes da flora microbiana
intestinal
a) Livre de germes intestinais: não
implantação
b) Contaminados por E.coli: colite
ulcerativa
• Vários fatores parecem interferir na
virulência:
a) Má nutrição
b)Imunodepressão
c)Gravidez
d) Ferro (experimental)
Lesão intestinal
● Em condições favoráveis – lesões 24 a
90h após contaminação.
● Após a invasão – multiplicação na
submucosa – necrose com formação
de pequenas úlceras superficiais –
depois se tornam mais profundas até
a camada muscular (limitante) –
depois segue lateralmente
● Macroscópico: lesões precoces
(surgimento de pontos vermelhos ao
longo da mucosa do intestino grosso)
– ulcerações superficiais de
dimensões reduzidas – ulceras de
bordos nítidos, crateriformes, cheias
de material necrótico, ou escavadas
com halo hiperêmico. Com a
progressão da necrose da mucosa e
submucosa, provoca a morte das
camadas superficiais, aumentando o
diâmetro das úlceras as tornando
confluentes e de limites irregulares.
● Microscópico: ausência ou escassez
de resposta inflamatória em torno dos
parasitos e da área necrosada
● Locais mais acometidos
a) Ceco, sigmóide e reto (estase mais
prolongada do conteúdo fecal)
b) Casos mais graves: todo intestino
● Raros: ameboma (semelhante a
tumor) grande espessamento da
parede intestinal com ou sem
ulceração
Lesão Hepática
● invasão dos vasos sanguíneos
intestinais pela ameba
● Difícil implantação (grande resistência
dos hospedeiros)
● Inicialmente lesões pequenas e
múltiplas
● Essas lesões tendem a se unir
(formando focos de necrose extensos)
→ ABSCESSOS AMEBIANOS
● Podem ser vários, mas no geral, um
só está presente, podendo alcançar
grandes dimensões
● Material de necrose → PUS
CHOCOLATE
● No parênquima vizinho encontra-se o
maior número de ameba
● As que permanecem na área necrótica
são degeneradas
● Ruptura do abscesso hepático:
- Cavidade peritoneal
- Pleura ou pericárdio
Outras localizações
● Amebíase pulmonar
● Amebíase cerebral
● Amebíase cutânea
Formas clínicas e sintomatologias
● Período de incubação
- Extremamente variável (depende da
quantidade de material infectante
ingerida e condições do aparelho
digestivo)
- 7 dias até 95 dias
Amebíase não invasiva
• Assintomática
• Ausência de anticorpos no sangue
Amebíase invasiva
• Sintomas e sinais da doença
• Presença de trofozoítos hematófagos nas
evacuações
• Alterações características da mucosa
intestinal (endoscopia)
• Presença de anticorpos específicos no soro
Amebíase intestinal invasiva
● Colite amebiana aguda ou disenteria
amebiana ( diarréia)
● Sintomas súbitos
● Dor abdominal, febre e leucocitose
● Diarreia líquida → Diarreia com muco
e sangue
● Se não tratada pode levar a
complicações
● Evolução → Forma subaguda (mais
comum)
● Febre, dor abdominal, tenesmo,
diarreia ou desinteria (10 a 20x/dia)
● Quadro se mantém por 1 a 4
semanas, quando não tratado
● Pode causar perda de peso, fraqueza,
nervosismo e abatimento
Amebíase intestinal crônica
● Sintomas mais brandos que se
intercalam com períodos
assintomáticos
● Plenitude, distensão abdominal,
desconforto epigástrico acompanhado
de náuseas e vômitos
● Períodos de constipação podem se
alternar com diarreia
● Se frequentes → fadiga, perda de
peso e reduzida capacidade para o
trabalho
● Retossigmoidoscopia: mucosa
congesta recoberta de muco,
ulcerações múltiplas superficiais e
com exudato necrótico purulento da
com amareloacinzentada
# na fase da disenteria as úlceras são
maiores e mais profundas
Colite amebiana fulminante
● Aguda
● Quadro grave
- Mulheres durante a gravidez ou
puerpério
- Pacientes com imunodepressão
● Cólon com muitas úlceras podendo
chegar a perfuração
● Quadro clínico de abdome agudo
perfurativo (tóxico)
● Pode evoluir para morte em poucos
dias ou semanas se não tratado
rapidamente e de forma agressiva
Complicações da amebíase
intestinal
● Perfuração
● Hemorragia
● Apendicite e tiflite amebianas
● Ameboma
● Perfuração
- Rara
- Abdome agudo perfurativo
● Hemorragia
- Raramente maciça
- Pode ser pequena e persistente
- Podem levar a anemia
● Apendicite e tiflite amebianas
- Mesmo sintomas da bacteriana,
exceto pela diarreia
mucosanguinolenta
- Cirurgia contraindicada
- edema da mucosa
- dificuldade na sutura
- alta mortalidade
● Ameboma
- Tecido granulomatoso firme e com
ulceração
- Tendência a crescimento contínuo
- Localiza preferencialmente na
parede anorretal e ceco
- Obstrução intestinal ou presença de
massa tumoral
- Diagnóstico diferencial: tumores,
diverticulite, esquistossomíase,
tuberculose, entre outras
- Escassez de ameba dificulta
diagnóstico mesmo com biópsia
- Teste imunológico +, rápida resposta
ao tratamento
- Pode exigir remoção cirúrgica
(fibrose ou infecção bacteriana
associada)
Amebíase hepática
● 30 a 40% tem história clínica de
amebíase intestinal
● Envolvimento do fígado pode
aparecer concomitante a amebíase
intestinal ou até 3 meses após
● Sintomas:
- Dor ou desconforto em hipocôndrio
direito
- Febre irregular e intermitente
- Calafrios, suores, náuseas e vômitos
- Fraqueza e perda de peso
• Exame físico:
- ↑ fígado / dor a percussão / icterícia
(10 a 15%)
Amebíase pleuropulmonar
● Manifestações clínicas variam muito
● Forma clássica: Febre, dor torácica,
tosse e expectoração
● Metade dos pacientes tem
comprometimento hepático ou
história de disenteria
Amebíase cerebral
● Geralmente associado a lesão
hepática por ameba
● Simula abscesso piogênico mas pode
ter sintomas inespecíficos
Diagnóstico
• Parasitológico de fezes
- Fezes formadas – cistos.
- Fezes líquidas – formas trofozoíticas.
• Outros materiais: pesquisa das formas
trofozoíticas (úlceras cutâneas, secreção
pulmonar, abscesso hepático.
• Imunológico:
- ELISA (sensível, de fácil execução)
- Contraimunoeletroforese
-Hemaglutinação indireta
- Imunofluorescência indireta - Imunodifusão
dupla em gel de ágar - Radioimunoensaio
Tratamento
• Medicamentos que agem na luz intestinal
(Dicloracetamidas: Teclosan, Furamida ou
Furoato de Diloxamida, Etofamida, Clefamida)
- Não destroem cistos
- Impedir a produção dos cistos (ciclo)
• Medicamentos que agem no tecido
- Nitroimidazóis (metronidazol, tinidazol,
ornidazol, nimorazol)
- Associar sempre com dicloracetamidas –
rápida absorção no intestino delgado e com
isso a quantidade que alcança o intestino
grosso é insuficiente paraeliminação dos
parasitos
Profilaxia
• Tratamento da fonte de infecção
• Existência de sistema de tratamento de
esgoto doméstico e resíduos sólidos
• Distribuição de água potável
• Higienização de verduras e mãos
• Exame de fezes periódicos em
manipuladores de alimentos
• Troca periódica das velas dos filtros
• Limpeza periódica de caixa d’água
• Educação sanitária, cívica e ambiental da
população

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