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@marina.junqueiraa 1 Há uma grande variedade de aves no mundo, fazendo com que as diferentes características anatômicas, morfológicas e evolutivas sofram alguma modificação ou adaptação de acordo com os hábitos, sejam eles de vida ou alimentar. Dessa forma, existem diferenças anatômicas entre as espécies. - Modificações morfológicas evolutivas: as aves desenvolveram o hábito de voar, fazendo com que tenham o desenvolvimento das asas. Os ossos das asas são predominantemente do tipo pneumático, para diminuir o seu peso durante o voo, apresentam uma musculatura peitoral extremamente desenvolvida e adaptada ao voo, além de apresentarem os sacos aéreos. Quanto ao sistema digestório, também há diferenças anatômicas visto que, existem aves carnívoras, herbívoras, onívoras, insetívoras. • Tegumento comum: constitui o manto contínuo que envolve todo o organismo, protegendo- o e adaptando-o ao meio ambiente. O tegumento comum é o maior órgão de todos os mamíferos e executa diversas funções, como: termorregulação; proteção do corpo contra fatores mecânicos, químicos, físicos e biológicos; armazenamento e excreção de água, vitaminas, eletrólitos e gorduras; percepção de pressão, dor, calor e frio; comunicação e defesa imunológica. Ademais, o tegumento comum apresenta os seguintes componentes: pele, tela subcutânea e anexos cutâneos (pelos, glândulas da pele, revestimento da falange distal e revestimento do processo cornual). As aves, apresentam crista, barbela, espora (arma de defesa), e o corpo todo revestido por penas e escamas. No entanto, a crista, barbela e espora são mais desenvolvidas nos galos apesar das galinhas também as possuírem. Já o monco, estrutura presente nos perus, é uma estrutura que se contrai ou relaxa, de acordo com o comportamento do animal. A crista e barbela são importantes para a troca de calor entre aves e o meio externo, além de sofrer influência do estrógeno. Ademais, a ave tem um aumento de tamanho e apresentam uma coloração mais avermelhada (devido à vasodilatação dessas estruturas) na crista e barbela quando ficam em postura. - Pele: é constituída por duas membranas que se justapõem e se aderem intimamente, epiderme e a derme ou cório. @marina.junqueiraa 2 A pele das aves é extremamente delgada, frouxa, pouco inervada e vascularizada. Ou seja, a sensibilidade e a nutrição são relativamente baixas e até inexistente dependendo da espécie. Dessa forma, esses animais têm pouca sensibilidade a dor e quando sofrem lesões a pele demora a se regenerar devida a baixa vascularização. As regiões em que há presença de penas é denominado de ptérilo, e onda não há inserção de penas é denominado aptério. - Glândula uropígea: localizada na região caudodorsal das aves (próximo a cauda). Sua secreção é responsável pela lubrificação e impermeabilização das penas. - Penas: suas funções são: cortejo reprodutivo, dimorfismo sexual e espanto de predadores. Apresentam o cálamo e raque como estruturas de sustentação onde se apoiam as bárbulas e vexilo. - Esqueleto das aves: ossos do crânio, vertebras cervicais, clavícula, osso coracoide, quilha do esterno (serve de base e apoio para a musculatura peitoral), cintura pélvica (ílio, púbis e ísquio), vertebra caudal, pigóstilo, sinsacro. - Sistema nervoso central: as aves têm uma capacidade de raciocínio lógico menor comparado aos de mamíferos, fazendo com que seu sistema nervoso seja um pouco menor. - Sistema respiratório: os órgãos presentes no sistema digestório são: traqueia, sacos aéreos anteriores, sacos aéreos posteriores (duplos) e os pulmões, também chamados de para- brônquios (estruturas que não aumentam de volume e auxiliam nas trocas gasosas). Os sacos aéreos são estruturas semelhantes a bolsas ligadas ao pulmão e aos ossos pneumáticos das aves. Auxiliam na movimentação dos pulmões do animal e no fluxo de ar que entra e sai do organismo, deixando a respiração mais eficiente. Devido a essa respiração eficiente é que as aves são capazes de respirar mesmo em grandes altitudes, onde o ar é rarefeito. Além disso, os sacos aéreos inflados deixam as aves mais leves, auxiliando na sua capacidade de voar. Durante a inspiração, o ar entra pela traqueia e é direcionado para os sacos aéreos. Em seguida, o ar presente nos sacos aéreos passa para o pulmão. Já durante a expiração, o ar presente no pulmão sai para o exterior e o ar presente nos sacos aéreos são direcionados para o pulmão. @marina.junqueiraa 3 - Sistema digestório geral das aves: os órgãos presentes no sistema digestório são: ranfoteca (bico), língua, esôfago, papo ou inglúvio, proventrículo, fígado, moela, pâncreas, intestino, cloaca. Ao serem engolidos os alimentos passam pela faringe, pelo esôfago e vão para o papo, cuja função é armazenar e amolecer os alimentos. Depois eles vão para o proventrículo, que é o estômago químico das aves, onde sofrem a ação de sucos digestivos e começam a serem digeridos. Logo depois, passam para a moela que tem paredes grossas e musculosas, onde os alimentos são triturados. Finalmente atingem o intestino, onde as substâncias nutritivas são absorvidas pelo organismo. Os restos não aproveitados transformam-se em fezes. As aves possuem uma bolsa única, a cloaca, onde desembocam as partes finais do sistema digestivo, urinário, e reprodutor e que se abre para o exterior. Por essa bolsa eles eliminam as fezes e a urina, além de também por os ovos. OBS: o pâncreas está loccalizado entre as alças duodenais. - Ductos pancreáticos e hepáticos: no início do duodeno vai sair ductos pancreáticos, ducto hepatoentérico comum (formado pela união dos ductos hepáticos esquerdo e direito) e ducto biliar para a região inicial cranial do duodeno. Apresentam função de disponibilizar enzimas digestivas para o condicionamento digestão de lipídeos, proteínas e gorduras, da mesma forma que ocorrem em mamíferos. - Sistema Genitourinário (sistema porta renal): desvio do fluxo de sangue antes que ele @marina.junqueiraa 4 chegue ao coração. As aves desenvolveram esse mecanismo para que qualquer injúria que ocorra em suas pernas não atinja a circulação sistêmica. Os machos possuem as gônadas nos testículos internos; muitas aves têm o dimorfismo sexual através de suas características morfológicas externas, dessa forma, é possível visualizar o sexo do animal. Entretanto, algumas aves não apresentam o dimorfismo sexual precisando assim, utilizar outras técnicas para a sexagem. Os óvulos se desenvolvem no ovário para formarem o ovo que segue o seguinte caminho: ovário infundúbulo magmo istmo útero vagina cloaca. No ovo vai estar a gema, que vai passando por esses segmentos, onde ela é acrescida de componentes como a clara e a casca. No magno começa a ocorrer a deposição da clara e no istmo começa a ter uma película para remover clara e gema. Quando chega ao útero, o ovo sofre a reposição de cálcio, formando assim a casca. Aves que sofrem com estresse térmico tendem a ter problema com a calcificação da casca dos ovos. Ademais, a coloração da casca varia de acordo com características genéticas raciais das galinhas. Em relação ao órgão copulador, em galináceos como galo e codorna ele é pouco desenvolvido pelas estruturas denominadas de tubérculos fálicos, não há penetração, mas somente o beijo cloacal. Já nas aves do tipo anseriformes, como patos e gansos, os falos são mais desenvolvidos formando um espiral e há penetração. Apenas 3% das espécies das aves apresentam os falos.
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