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Comunicação nas empresas Aula 5: Técnicas de redação empresarial INTRODUÇÃO Nesta aula, continuaremos nosso trabalho relacionado à produção textual, explorando o uso dos conectivos e apresentando os recursos de coesão e coerência textuais, tão importantes aos textos. Veremos formas práticas de emprego dos conectivos, assim como a identi�cação dos diversos mecanismos de coesão e coerência textuais. Vamos estudar também que a coesão e a coerência tem a ver com a harmonia das informações, ou seja, que as informações devem ser organizadas de um modo que façam sentido para quem lê. OBJETIVOS De�nir os diversos tipos de parágrafos e suas devidas aplicações. Aprender a fazer paráfrase. Usar as técnicas de resumo em textos corporativos. Pode parecer um assunto que todos dominam, mas a decodi�cação de informações e sua transmissão ainda é uma di�culdade para muitas pessoas, principalmente no ambiente coorporativo, que exige do pro�ssional rapidez e atenção a inúmeros outros detalhes. Uma situação muito comum, por exemplo, é quando temos que sintetizar informações para superiores, fornecedores, colaboradores etc. Nesse caso, temos de nos valer dos recursos da paráfrase e do resumo, mesmo sem nos dar conta. Por isso, nesta aula, vamos aprender a transmitir informações da forma mais clara e concisa possível e começaremos pelo parágrafo, peça chave em nossa escrita. Você sabe o que é parágrafo? Parágrafos (glossário) são as estruturas formadas por unidades autossu�cientes de um discurso que compõem um texto, apresentando basicamente uma ideia, pensamento ou ponto principal que o uni�ca. Essas unidades são chamadas de tópico frasal (glossário), que é acompanhado por detalhes que o complementam. A organização do texto em parágrafos permite que o leitor detecte as ideias principais do texto e acompanhe como foram desenvolvidas em seus diferentes estágios. Curto ou longo? A extensão do parágrafo é variada. Existem parágrafos de duas linhas e também aqueles que ocupam uma página inteira. Já que há essa variação, o que nos faz escrever um parágrafo curto ou estendê-lo um pouco mais? A ideia central que o parágrafo apresenta pode ser um critério para determinar se este será curto ou mais extenso. Veja: Parágrafos longos Geralmente, parágrafos longos são utilizados para manter uma continuidade do raciocínio. Em geral, obras cientí�cas e acadêmicas possuem parágrafos mais longos por duas razões: 1. As explicações são complexas e exigem várias ideias e especi�cações; 2. Os leitores possuem capacidade e fôlego para acompanhá-los. Parágrafos curtos Já os parágrafos curtos, seguindo esta lógica, são adequados para pequenos textos, e, geralmente, são escritos por quem tem pouca prática na escrita ou pensando-se nos leitores que possuem pouca prática de leitura. Você já deve ter reparado que as notícias de jornal, por exemplo, possuem parágrafos curtos, distribuídos em colunas estreitas. Ou que os textos escritos para serem lidos por meio da internet seguem esse padrão. Esses textos possuem essa característica por causa do per�l dos leitores. Tipos de tópicos mais comuns Veja os tipos mais comuns de tópicos frasais que auxiliam na hora de iniciar um parágrafo: Declaração inicial O autor declara uma opinião por meio de uma frase a�rmativa ou negativa. Serve para vários tipos de texto (você estudará tipologia textual na aula 06), mas é usualmente encontrada em textos argumentativos. Exemplo: A violência foi banalizada pelos meios de comunicação. De�nição Trata-se de um bom recurso didático. De�ne-se algo quando se delimita o seu signi�cado dentro de um campo semântico. Serve para vários tipos de texto, mas é usualmente encontrada em textos dissertativos/informativos. Exemplo: O jornal é um meio de comunicação periódico constituído por notícias, reportagens, crônicas, entrevistas, anúncios e outro tipo de informação de interesse público. Divisão O parágrafo pode se iniciar dividindo o assunto, indicando como será tratado em seu desenvolvimento. Serve para vários tipos de texto. Exemplo: As informações tomam dois caminhos para atingir o receptor: o jornal impresso e a televisão. Interrogação O autor quer aguçar a curiosidade do leitor acerca do tratamento dado a um determinado tema, mediante uma pergunta. Serve para vários tipos de texto, mas é usualmente encontrada em textos argumentativos. Exemplo: O crescente uso da internet provocará o �m do jornal impresso? Declaração inicialAlusão/Citação O autor faz referência a um fato histórico, às palavras de outra pessoa, usa um exemplo, uma lenda ou, até mesmo, uma piada, com o objetivo de prender a atenção do leitor. Serve para vários tipos de texto. Exemplo: Conta a tradição que comer manga e, em seguida, tomar leite tem como resultado morte certa. Coesão sequencial e a relação com o sentido O parágrafo não se limita ao tópico, não é mesmo? E o texto que se segue ao tópico no espaço do parágrafo chama-se desenvolvimento. Que, de fato, é o desenvolvimento da ideia introduzida no tópico. A seguir, apresentamos alguns deles para que você se inspire na elaboração de seus textos e para que �que mais atento, sendo capaz de produzir inferências, deduções, quando estiver lendo e produzindo sentidos com suas leituras. Explanação da declaração inicial O autor esclarece a a�rmação ou negação que fez no tópico. Exemplo: A violência foi banalizada pelos meios de comunicação. - Tópico frasal . Somos bombardeados todo o tempo por relatos de agressões, via televisão, rádio e jornais. Parece até que o objetivo é tornar normal a barbaridade, repetindo os feitos dos bandidos vezes sem conta, até a exaustão. – Desenvolvimento do parágrafo por meio do esclarecimento da ideia apresentado no tópico. Enumeração de detalhes Trata-se de um tipo de desenvolvimento muito especí�co, pois é bastante comum em parágrafos descritivos. Nesse sentido, há uma preocupação em apresentar detalhes da a�rmação que foi feita, de maneira mais genérica, no tópico. Exemplo: A violência foi banalizada pelos meios de comunicação. - Tópico frasal. Sendo assim, os jornais só falam de sangue e tragédia. A televisão, por sua vez, prioriza as mazelas como forma de manter a audiência. Até a internet, embora seja um meio jovem, não se diferencia dos seus antecessores, pois é ela também meio de prática de crimes de pedo�lia, por exemplo. - Desenvolvimento do parágrafo por meio da enumeração dos detalhes. Comparação Há quem faça distinção entre ANALOGIA e CONTRASTE, distinguindo as formas de comparação. Assim, a analogia seria uma comparação entre semelhantes, enquanto o contraste se con�guraria pela aproximação de termos acentuando suas diferenças. Para facilitar, trataremos apenas de Analogia. Exemplo: A violência foi banalizada pelos meios de comunicação . - Tópico frasal. Nos primórdios, as marcações nas rochas feitas pelos povos primitivos indicavam caminhos, perigos, símbolos de sentido restrito etc. Atualmente, a mídia ultrapassou esses limites físicos e permite uma pluralidade de signi�cados que, sem controle ou censura, podem ferir a sociedade. – Desenvolvimento do parágrafo por meio da comparação. Causa e consequência Esse desenvolvimento apresenta uma relação de causas para a declaração feita no tópico ou dela decorrentes. Em outros casos, pode apresentar as consequências ou, até mesmo, as causas e consequências juntas. Exemplo: A violência foi banalizada pelos meios de comunicação. - Tópico frasal. Tal uso resulta em uma série de distorções, como a apresentação de cenas chocantes em horários inadequados na televisão, por exemplo. Isso gera nos telespectadores uma espécie de senso comum que aceita a violência como algo natural. – Desenvolvimento do parágrafo por meio da apresentação das consequências. , Clique aqui (//estaciodocente.webaula.com.br/cursos/gon080/docs/a05_t08.pdf) e leia o texto “O parágrafo-chave: 18 formas para você começar um texto. ATIVIDADES Agora que já estudamos bastante sobre parágrafo, vamos saber quando realizaruma paráfrase para poder rechear os seus parágrafos de informações. Mas primeiro responda: será que você já fez uma paráfrase? Analise as duas opções abaixo e escolha a que mais de adequa ao seu per�l: • Eu nunca precisei passar uma informação de outra pessoa adiante. Vivo numa ilha deserta e por aqui eu sou o único que cria e escuta os discursos. • Vivo em sociedade e regularmente preciso comunicar algo que li ou escutei a outras pessoas. Agora, você já tem ideia do que estamos falando, certo? Você pode nem mesmo saber exatamente o que é uma paráfrase, mas com certeza já fez uma. Ainda duvida? https://estaciodocente.webaula.com.br/cursos/gon080/docs/a05_t08.pdf Resposta Correta , Paráfrase não é resumo e nem é plágio , , É importante destacar que a paráfrase não é um sinônimo de resumo., , Resumo, como veremos no decorrer da aula, privilegia a síntese, isto é, uma redução. Já a paráfrase se propõe a fazer uma espécie de tradução do texto original, podendo, inclusive, ser maior do que este. , , Outra questão muito importante é que devemos sempre informar a fonte ou o autor que estamos parafraseando, mesmo que com a paráfrase não estejamos mais utilizando as palavras de outra pessoa. , , Paráfrase não é plágio, mas se um texto for parafraseado e não informar a devida fonte se tornará um plágio, ainda que seja um ato involuntário., , Para evitar esse problema, devemos sempre dar crédito ao verdadeiro autor, ao dono da ideia que estamos parafraseando. Atividades O que você faria? Você trabalha no RH de uma empresa e recebe um e-mail com uma informação importante que terá que divulgar aos outros colaboradores. Porém, esse e-mail está com uma linguagem muito rebuscada, com palavras difíceis, e isso prejudicou o entendimento. Você inclusive precisou consultar o dicionário para veri�car o signi�cado de uma ou duas palavras. Nessa situação, você: Apenas encaminha o e-mail para os possíveis interessados, mesmo percebendo que o texto pode ser simpli�cado e que alguns colegas terão di�culdade de entendê-lo. Se você usou o dicionário, eles que deixem a preguiça de lado e pesquisem também. Talvez assim, aprendam algumas palavras novas. Você reescreve o e-mail, mantendo, como manda a regra da paráfrase, todo o seu conteúdo, mas simpli�cando a estrutura do texto e substituindo por sinônimos mais conhecidos as palavras que não são tão comuns. Assim, facilitará o entendimento dos colegas, impedirá que percam tempo e minimizará os problemas de interpretações equivocadas. Justi�cativa Como fazer uma paráfrase? Como vimos, para produzir uma paráfrase é preciso seguir as ideias do texto original, reproduzindo-as de outra maneira, de forma resumida ou mesmo ampliando o texto. Vamos ver agora algumas dicas que o ajudarão na hora de elaborar uma paráfrase: De�nir o objetivo Primeiramente, você deve de�nir o objetivo da paráfrase. Por que você precisa reescrever o texto? Para adequá-lo a novos leitores ou meio de comunicação? Para modernizá-lo? Para utilizá-lo em um trabalho acadêmico? Essa análise vai ajudá-lo a decidir qual será a linguagem utilizada na paráfrase. Fazer uma leitura cuidadosa Você deverá fazer uma leitura cuidadosa e atenta, destacando e fazendo anotações, e, a partir daí, decidir se vai apenas rea�rmar a ideia apresentada com suas palavras ou se será necessário esclarecer o tema central do texto apresentado, acrescentando aspectos relevantes. Não distorcer a imagem Embora você vá redigir a paráfrase com suas palavras e estilo próprio, deve seguir passos do texto original sem omitir informações que permitam aos seus leitores uma interpretação �el do texto estudado. Tomando sempre muito cuidado para não distorcer a mensagem. Unir ideias a�ns Você pode unir ideias a�ns, de acordo com a identidade e evolução do texto-base, reorganizando o texto em blocos de assunto, por exemplo, mas respeitando a evolução dos argumentos do autor. Substituir as palavras rebuscadas Consulte o dicionário e substitua as palavras menos usadas, ou muito rebuscadas, por palavras que sejam de conhecimento do público geral, tentando, obviamente, se preocupar com a precisão vocabular. Reler o seu texto �nal Redija o texto buscando a síntese das ideias e a clareza. Preocupe-se com a pontuação, a coesão e a coerência. Não faça comentários ou dê sua opinião. Depois, releia a paráfrase para encontrar possíveis erros e corrija-os. , Clique aqui (//estaciodocente.webaula.com.br/cursos/gon080/docs/a05_t11.pdf) e leia o texto “A Paráfrase que saiu pela culatra”. A verdadeira paráfrase Vamos analisar agora um exemplo bem sucedido de paráfrase, muito comum no meio jornalístico. É o caso das muitas versões de uma mesma notícia. Os jornalistas, seguindo seu próprio estilo, o estilo do jornal, mas principalmente do público leitor, são capazes de comunicar as mesmas informações de formas bem diferentes. https://estaciodocente.webaula.com.br/cursos/gon080/docs/a05_t11.pdf Veja agora duas versões da mesma matéria e compare, atentando para as palavras em destaque: Primeira versão Caixa aprova medidas de uso de recursos do FGTS para imóvel na planta (Brasil Agora, 21 abril 2004) Kelly Oliveira, repórter da Agência Brasil Brasília — A Caixa Econômica Federal (glossário) aprovou duas medidas (glossário) que vão facilitar a vida do comprador e do construtor de imóveis na planta com recursos do FGTS (glossário). Para o comprador (glossário), criou-se a possibilidade de utilização do seu FGTS para pagamento de até 80% do valor das prestações �nais durante a fase de construção. Para as empresas (glossário) foi aprovada a inexigibilidade (glossário) da necessidade de hipoteca de unidades não �nanciadas. A implantação das medidas é imediata. (glossário) Segunda versão CEF facilita uso de FGTS em prestação de casa(O Globo, 22 abr 2004, p. 30) Geraldo Doca Brasília: A Caixa Econômica Federal (glossário) (CEF) aprovou uma medida (glossário) que vai aliviar o bolso Resumindo... Antes de começarmos a tratar de resumo, veja este caso: Diz a lenda que Rui Barbosa, ao chegar em casa, ouviu um barulho estranho vindo do seu quintal. Foi averiguar e constatou haver um ladrão tentando levar seus patos de criação. Aproximou-se vagarosamente do indivíduo e, surpreendendo-o ao tentar pular o muro com seus patos, disse- lhe: ― Oh, bucéfalo anácrono!!!...Não o interpelo pelo valor intrínseco dos bípedes palmípedes, mas sim pelo ato vil e sorrateiro de profanares o recôndito da minha habitação, levando meus ovíparos à sorrelfa e à socapa. Se fazes isso por necessidade, transijo; mas se é para zombares da minha elevada prosopopeia de cidadão digno e honrado, dar-te-ei com minha bengala fosfórica, bem no alto da tua sinagoga, e o farei com tal ímpeto que te reduzirei à quinquagésima potência que o vulgo denomina nada. E o ladrão, confuso, respondeu: (glossário) dos candidatos aos �nanciamentos habitacionais (glossário) com recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (glossário) (FGTS), para imóveis na planta. A partir de agora (glossário), o interessado poderá usar o dinheiro do fundo para abater até 80% do valor das prestações, assim que o contrato for assinado. — Dotô, resumindo... Eu levo ou dêxo os pato??? Fonte da imagem: Blog Ditongo Poético Essa história engraçada nos faz re�etir sobre resumo, não é mesmo? Quantas vezes nos encontramos em situações em que a nossa vontade é perguntar ao interlocutor: “Dá para resumir?” Como nosso tempo é precioso, não podemos desperdiçá-lo com tantos detalhes. Então, resumir é uma técnica que vem sendo usada cada vez mais. As redes sociais, por exemplo, com seus caracteres limitados nos fazem exercitar frequentemente a nossa capacidade de resumir. Já no meio empresarial, que vamos estudar agora, o resumo abrevia o tempo dos pesquisadores, difundindo informações que podem in�uenciar e estimular a consulta do texto original. Além disso, ajudam a quem criou o resumo a estudar o texto, já que é preciso fazer uma análise de seu conteúdo antes de escrever o resumo.Mas o que é um resumo, a�nal? Resumo, diferente da paráfrase que estudamos agora, é uma condensação �el das ideias ou dos fatos contidos no texto. Signi�ca reduzi-lo ao que é essencial, mas sem perder de vista três elementos: Cada uma das partes essenciais do texto; A progressão em que elas acontecem; A correlação que o texto estabelece entre cada uma dessas partes. Aspectos metodológicos Neste aspecto, o resumo segue algumas regras: • Devemos seguir as ideias principais do autor, na ordem em que aparecem no texto (a primeira frase explica o assunto do texto); • Devemos ser capazes de, desprezando ideias particulares, registrar informações de ordem geral (este conceito aproxima-se do de tematização); • Indica-se a categoria do tratamento (Do que se trata? De estudo de caso, de análise da situação?); Fonte: O que é resumo. Texto hospedado em: Biblioteca online Scribd. Classi�cação dos Resumos • O resumo deve apresentar o objetivo, o método e as técnicas de abordagem, os assuntos, os resultados e as conclusões do trabalho. Estilo e extensão • Quanto ao estilo, deve ser composto por frases concisas, evitando-se enumerar tópicos; • É comum o uso da 3º pessoa do singular, com verbos na voz ativa (“O autor a�rma que...”); • Devemos excluir a maior parte dos detalhes, exemplos, fatos secundários, realizando a supressão de adjetivos e advérbios; • Devemos reescrevê-lo usando as nossas palavras, isto é, não se deve utilizar trechos do texto original; • Não há limite de páginas, desde que seja menor do que o texto-base, mas existem algumas recomendações (glossário). Os dois principais tipos de resumo são: Indicativo ou �chamento Resumo indicativo ou �chamento O resumo indicativo ou �chamento caracteriza-se como sumário narrativo que elimina dados qualitativos e quantitativos, mas não dispensa a leitura do original. É conhecido também como descritivo. Refere-se às partes mais importantes do texto. Pode ser usado, por exemplo, para adiantar o assunto de um anexo de e-mail. Indica as principais ideias em torno das quais o texto foi elaborado. Normalmente, é utilizado em propagandas, catálogos de editoras, livrarias e distribuidoras ou ainda em breves exposições de determinadas obras. , ROCCO, Maria Thereza Fraga. Crise na linguagem: a redação no vestibular. São Paulo: Mestre Jou, 1981. Estudo realizado sobre redações de vestibulandos da FUVEST. Examina os textos com base nas novas tendências dos estudos da linguagem, que buscam erigir uma gramática do texto, uma teoria do texto. São objeto de seu estudo a coesão, o clichê, a frase feita, o “não texto” e o discurso inde�nido. Parte de conjecturas e indagações e apresenta os critérios para a análise, informações sobre o candi dato, o texto e farta exempli�cação. Informativo Resumo informativo O resumo informativo, também conhecido como analítico, pode dispensar a leitura do texto original. Apresenta o objetivo da obra, métodos e técnicas empregados, resultados e conclusões. Nele, comentários pessoais e juízos de valor são evitados. Apresenta todas as informações, de forma sintética, que o autor usou para criar o texto. Indispensavelmente, deve conter: Assunto; Problema e/ou o objetivo; Metodologia; Ideias principais em forma sintética; Conclusões É o mais utilizado em universidades. , ROCCO, Maria Thereza Fraga. Crise na linguagem: a redação no vestibular. São Paulo: Mestre Jou, 1981. 284 p., , Examina 1.500 redações de candidatos a vestibulares (1978), obtidas da FUVEST. O livro resultou de uma tese de doutoramento apresentada à USP em maio de 1981. Objetiva caracterizar a linguagem escrita dos vestibulandos e a existência de uma crise na linguagem escrita, particularmente desses indivíduos. , , Escolheu redações de vestibulandos pela oportunidade de obtenção de um corpus homogêneo. Sua hipótese inicial é a da existência de uma possível crise na linguagem, através do estudo, estabelecer relações entre os textos e o nível de estruturação mental de seus produtores. Entre os problemas, ressaltam-se a carência de nexos de continuidade e quantidade de informações e a ausência de originalidade. Também foram objeto de análise condições externas como família, escola, cultura, fatores sociais e econômicos., , Um dos critérios utilizados para a análise é a utilização do conceito de coesão. A autora preocupa-se ainda com a progressão discursiva, com o discurso tautológico, as contradições lógicas evidentes, o nonsense, os clichês, as frases feitas. Chegou à conclusão de que 34,8% dos vestibulandos demonstram incapacidade de domínio dos termos relacionais; 16,9% apresentam problemas de contradições lógicas evidentes. A redundância ocorreu em 15,2% dos textos., , O uso excessivo de clichês e frases feitas aparece em 69,% dos textos. Somente em 40 textos veri�cou-se a presença de linguagem criativa. Às vezes, o discurso estrutura-se com frases bombásticas, pretensamente de efeito. Recomenda a autora que uma das formas de combater a crise estaria em se ensinar a refazer o discurso falho e a buscar a originalidade, valorizando o devaneio. Dentre as regras a seguir selecione aquelas que nos ajudam a elaborar um resumo: a) Julgar o texto, apresentando as suas impressões sobre ele. b) Escrever em tópicos. c) Seguir as ideias principais do autor, na ordem em que aparecem no texto. d) Implementar uma ordem mais apropriada para os argumentos texto. e) Utilizar a voz passiva e a 1ª pessoa do singular, já que vamos escrever com nossas próprias palavras. f) Utilizar a 3º pessoa do singular. g) Apresentar as ideias principais usando o próprio texto que foi resumindo, apenas cortando os excessos. h) Excluir a maior parte dos detalhes, exemplos, fatos secundários. i) Registrar o objetivo, o método e as técnicas de abordagem, os assuntos, os resultados e as conclusões. j) Apresentar em anexo as partes que foram eliminadas do texto resenhado. k) Escrever frases concisas, evitando-se enumerar tópicos. Justi�cativa Moderação é o lema do resumo Os dois principais tipos de resumo são: Podemos concluir que resumo é uma apresentação concisa dos elementos mais importantes de um texto sem perder a sua essência. Portanto, trata-se de um procedimento para reduzir um texto sem alterar seu conteúdo. Constitui-se, assim, uma forma prática de estudo que participa ativamente da aprendizagem, uma vez que favorece a retenção de informações básicas. Com certeza essa técnica fará parte de sua vida pro�ssional e acadêmica com muita frequência , Clique aqui (//estaciodocente.webaula.com.br/cursos/gon080/docs/a05_t20.pdf) e leia agora o estudo de alguns autores sobre resumo. LEMBRETE • Brevidade, pois só deve apresentar as ideias principais; • Respeito pela sequência de ideias do texto; • Clareza, já que os fatos apresentados devem ser objetivos; • Rigor, pois as ideias principais devem ser reproduzidas sem erros https://estaciodocente.webaula.com.br/cursos/gon080/docs/a05_t20.pdf Glossário PARÁGRAFOS Do grego paragraphos, que quer dizer “escrever ao lado” ou “escrito ao lado”. Othon Garcia, famoso linguista brasileiro, a�rma que “o parágrafo é uma unidade de texto composta por um ou mais de um período, em que se desenvolve determinada ideia central ou nuclear, a que se agregam outras, secundárias, intimamente relacionadas pelo sentido e logicamente decorrentes dela”. (GARCIA, Othon. Comunicação em prosa moderna: aprendendo a escrever, aprendendo a pensar. 20. ed. São Paulo: Fundação Getúlio Vargas, 2001.) TÓPICO FRASAL Para Othon Garcia, tópico frasal designa um ou dois períodos curtos iniciais que contêm a ideia-núcleo do parágrafo em texto dissertativo, descritivo ou narrativo. O tópico frasal é uma maneira prática e e�ciente de estruturar o parágrafo, pois já de início expõe a ideia que se quer passar, a qual é comprovada e reforçada pelos períodos subsequentes. PRECISÃO VOCABULAR Quando conseguimos empregar o termo certo no lugar certo. Quando escolhemos a melhor palavra para descrever o que queremos dizer, estamosexercendo a precisão vocabular. Por exemplo, é mais preciso dizer que “vamos consultar o dicionário” do que “vamos usar o dicionário”, pois podemos usar o dicionário para aumentar a altura do monitor de nosso computador. Não é a sua utilidade, mas é possível, certo? A ambiguidade é um problema que devemos considerar e exige que apresentemos sempre uma mensagem clara, um raciocínio linear, e a precisão vocabular nos auxilia muito nesta questão. TRADUÇÃO Até quando se trata do mesmo idioma a paráfrase é uma espécie de tradução do texto estudado, pois nós o reescrevemos com a intenção de facilitar o entendimento de nossos leitores ou como uma forma de evitar a citação direta. CAIXA ECONÔMICA FEDERAL Nesta paráfrase a repórter optou por usar as versões mais conhecidas, sem se preocupar em informar a sigla da Caixa Econômica Federal e sem se preocupar em explicar o que é FGTS. DUAS MEDIDAS Optou por abordar a notícia focando em dois públicos: os trabalhadores que têm FGTS e as empresas. COMPRADOR Optou por abordar a notícia focando em dois públicos: os trabalhadores que têm FGTS e as empresas. FGTS Nesta paráfrase a repórter optou por usar as versões mais conhecidas, sem se preocupar em informar a sigla da Caixa Econômica Federal e sem se preocupar em explicar o que é FGTS. EMPRESAS Optou por abordar a notícia focando em dois públicos: os trabalhadores que têm FGTS e as empresas. INEXIGIBILIDADE Foi mais detalhista e mesclou uma linguagem mais simples com a mais formal, incluindo um termo muito comum na área jurídica para informar que não se pode pedir cumprimento ou pagamento imediato da hipoteca de unidades não �nanciadas. IMPLANTAÇÃO DAS MEDIDAS É IMEDIATA: Informou que a implantação é imediata. CAIXA ECONÔMICA FEDERAL Nesta paráfrase o repórter optou por apresentar o nome e as siglas, levando em consideração o per�l dos leitores UMA MEDIDA Optou por abordar apenas a medida que interessa ao seu público, excluindo a informação relativa a empresas. VAI ALIVIAR O BOLSO Optou por uma linguagem mais simples, levando em consideração per�l de seus leitores. CANDIDATOS AOS FINANCIAMENTOS HABITACIONAIS Optou por abordar apensa a medida que interessa ao seu público, excluindo a informação relativa a empresas. FUNDO DE GARANTIA POR TEMPO DE SERVIÇO Nesta paráfrase o repórter optou por apresentar o nome e as siglas, levando em consideração o per�l dos leitores. A PARTIR DE AGORA Também informou que a medida já está em vigor, mas usando uma linguagem menos formal. RECOMENDAÇÕES Na extensão de um resumo recomenda-se: •150 a 500 palavras (monogra�a, teses, dissertações e relatórios cientí�cos); •100 a 250 palavras (artigo cientí�co); •50 a 100 palavras (os destinados a indicações breves); • Os resumos críticos, por suas características especiais, não estão sujeitos a limite de palavras.
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