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Apostila Interpretação de Exames Complementares

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ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SAÚDE 
DISCIPLINA DE EXAMES COMPLEMENTARES 
 
 
APOSTILA DE EXAMES COMPLEMENTARES 
3.5 EXAMES BIOQUÍMICOS E HEMATOLÓGICOS 
O hemograma é o exame complementar mais solicitado e destina-se à 
avaliação qualitativa e quantitativa dos elementos figurados do sangue. É um 
conjunto de avaliações das células do sangue que, reunido aos dados clínicos, 
permite conclusões diagnósticas e prognósticas de grande número de 
patologias. 
As variações neste exame podem ter impacto direto na prática 
odontológica. Embora seja um exame que apresente limitações do ponto de 
vista diagnóstico, seus resultados podem identificar ou sugerir algumas 
alterações na condição imunológica, quadros de anemia (que podem interferir 
na cicatrização) e no processo de coagulação do paciente. 
Como exame complementar, indica apenas as alterações nos desvios 
de normalidade, mas não pode indicar o local onde ocorre o distúrbio que 
provoca as alterações, sendo, portanto, um exame inespecífico. Normalmente, 
do hemograma constam subsídios de três ordens: 1 - distúrbios da série 
vermelha, 2 - distúrbios da série branca e, 3 - dados sobre as plaquetas 
(LOPES, 2007; GRUPO TÉCNICO DE ODONTOLOGIA HOSPITALAR, 2012). 
FIGURA 4 – REPRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA DO SISTEMA 
HEMATOPOÉTICO 
 
 
 
ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SAÚDE 
DISCIPLINA DE EXAMES COMPLEMENTARES 
 
 
Hemograma Completo 
✓ Série vermelha (eritrócitos) 
– Hemácias 
– Hemoglobina 
– Hematócrito 
✓ Série branca (Leucócitos) 
– Neutrófilos 
– Eosinófilos 
– Basófilos 
– Linfócitos 
– Monócitos 
✓ Plaquetas 
3.6.0 Eritrograma 
É o estudo da série vermelha (eritrócitos ou hemácias). Em indivíduos 
normais, as hemácias possuem tamanho mais ou menos uniforme. Quando 
uma hemácia tem tamanho normal ela é chamada de normocítica. Quando ela 
apresenta coloração normal é chamada de normocrômica. 
Simplificando o processo de trocas de oxigênio e dióxido de carbono 
que ocorre em nosso organismo, é correto dizer que as hemácias são 
responsáveis por levar oxigênio aos tecidos do corpo. Esses elementos 
apresentam a forma de um disco bicôncavo e possuem membrana maleável, 
que permite seu trânsito tanto dentro nos grandes vasos quanto nos pequenos 
capilares. No seu interior, encontramos a hemoglobina, que é uma proteína que 
se fixa ao oxigênio disponível no pulmão, formando a oxi-hemoglobina. Ao 
chegar aos tecidos, o oxigênio é liberado e é utilizado pelas células. 
Avaliação do Eritrograma 
Os resultados a serem avaliados variam com o sexo e idade. 
✓ Número de glóbulos vermelhos - valores normais: 
– Homem de 4.600.000 - 6.200.000 
– Mulher de 4.200.000 - 5.400.000 
✓ Hematócrito: índice calculado em porcentagem, definido pelo 
volume total das hemácias ocupado em 100mL de sangue. Além de 
fornecer certas medidas médias dos eritrócitos, o hematócrito fornece a 
chamada relação plasma-glóbulo, isto é, quanto de eritrócitos e de 
plasma existe em uma determinada quantidade de sangue. 
ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SAÚDE 
DISCIPLINA DE EXAMES COMPLEMENTARES 
 
 
A contagem eritrocitária ou hematimetria é de 4.500.000 a 6.500.000 glóbulos 
vermelhos por mm3 de sangue no homem, de 4.000.000 a 5.600.000 nas mulheres 
não grávidas e de 3.900.000 a 5.600.000 nas grávidas. Em recém-nascidos, a 
contagem é de 4.000.000 a 5.600.000 e nas crianças de 3 meses a 12 anos a 
contagem varia de 4.500.000 a 4.700.000 glóbulos vermelhos por mm3 de sangue. 
Um glóbulo vermelho tem a vida média de 120 dias e apresenta como função 
conhecida, o transporte da molécula de hemoglobina, sem dispêndio de energia 
(LOPES, 2007; GRUPO TÉCNICO DE ODONTOLOGIA HOSPITALAR, 2012). 
Valores de hematócrito 
– Homem de 42 - 50% 
– Mulher de 40 - 48% 
– Recém-nascidos tem valores altos que vão abaixando com a idade 
até o valor normal de um adulto. 
✓
Hemoglobina: a medida do valor da hemoglobina define a anemia. 
Segundo a OMS é considerado anemia quando um adulto apresentar 
Hb < 12,5g/dl 
Valores 
– Homens: 13-18gdl 
– Mulheres: 12-15gdl 
A partir dos valores de eritrócitos, da porcentagem de hemoglobina e 
do hematócrito, é possível o cálculo de outras medidas chamadas de índices 
hematimétricos. Os mais importantes são: 
 
Volume corpuscular médio (VCM) 
VCM = hematócrito X 10 
número de hemácias 
em milhões 
Os valores normais oscilam entre 78 e 90 µ3. 
Hemoglobina corpuscular média 
(HbCM) HbCM = hematócrito X 10 
hematócrito 
Os valores normais são de 24-34 pg em crianças, 27-34 pg em 
mulheres e 27-34 pg em homens. 
 
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DISCIPLINA DE EXAMES COMPLEMENTARES 
 
 
 
Concentração da Hemoglobina corpuscular média 
(CHbCM) CHbCM = hemoglobina X 10 
 
hematócrito 
Os valores normais são de 24 a 37% em crianças, 31,5 a 36% em 
mulheres e 31,5 a 36% em homens (LOPES, 2007; GRUPO TÉCNICO DE 
ODONTOLOGIA HOSPITALAR, 2012). 
A identificação de valores da hemoglobina abaixo das taxas de 
normalidade aumenta a chance de ocorrência de dificuldade de cicatrização 
após procedimentos odontológicos, pois é necessário que o nível de oxigênio 
nos tecidos seja capaz de suprir as necessidades celulares no processo 
cicatricial. Outro aspecto de importância relacionado aos níveis de 
hemoglobina na prática odontológica diz respeito aos pacientes com 
hemoglobinopatias. Esses pacientes podem apresentar alterações no 
crescimento facial, que discutiremos posteriormente. 
3.6.2 Leucograma 
 
É o estudo da série branca ou leucócitos. Os leucócitos representam 
um grupo heterogêneo de células que têm como função proteger o organismo 
de processos infecciosos. Como a cavidade oral é um ambiente rico em micro-
organismos, variações na capacidade de defesa orgânica podem permitir o 
desenvolvimento de infecções. Essa situação pode ser observada, por 
exemplo, em pacientes submetidos à quimioterapia antineoplásica. 
Normalmente convivemos de maneira “pacífica” com as bactérias 
encontradas no sulco periodontal, mas nos estados de imunossupressão 
observam-se frequentemente processos infecciosos periodontais acometendo 
margens gengivais e causados por bactérias anaeróbias. 
O adulto normalmente apresenta de 5.000 - 10.000 leucócitos por 
100mL de sangue. Esses valores podem ser afetados pelo gênero e idade da 
pessoa. Outras variantes podem ser a condição física do indivíduo, 
menstruação, gravidez, etc. Em presença de valores acima de 
10.000leucócitos/ mm3 caracteriza-se um quadro de leucocitose e abaixo de 
4.000leucócitos/ mm3, de leucopenia. 
Em um paciente normal, observam-se os seguintes tipos de leucócitos: 
- Monócitos 
- Linfócitos 
- Eosinófilos 
- Basófilos 
- Neutrófilos 
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DISCIPLINA DE EXAMES COMPLEMENTARES 
 
 
Leucograma - Contagem diferencial 
- Monócito: é um leucócito agranulócito e uma das maiores 
células da série branca; podem ter vacúolos, em função da recente 
fagocitose. São consideradas células ainda não totalmente maduras, 
circulantes e somente atingem o estado final de desenvolvimento 
quando saem da corrente sanguínea para os tecidos, transformando-se 
então em macrófagos tissulares ou histiócitos. Os macrófagos 
constituem sistema de defesa contra agentes infecciosos. 
- Linfócito: é um leucócito agranulócito e a célula 
predominante nas crianças. Seu aumento é chamado de linfocitose. Em 
adultos, seu aumento pode ser indício de infecção viral ou leucemia 
linfocítica crônica. 
As células maduras são encontradas no sangue circulante em 
porcentagens variáveis, podendo ser encontradas ainda nos órgãos linfoides 
primários e secundários. 
Os órgãos linfoides primários são a medula óssea e o timo. Nesses 
locais, ocorre a linfocitopoese em que células hematopoéticas pluripotentes 
encontram condições próprias para se fixar e proliferar. Já os órgãos linfoides 
secundários são representados pelos linfonodos, pelo baço e por outrosagrupamentos linfoides como as placas de Peyer e as tonsilas. 
- Eosinófilo: é um leucócito granulócito; quando seu número 
aumenta é chamado de eosinofilia, e ocorre em casos de processos alérgicos 
ou parasitoses. 
- Basófilo: é um leucócito granulócito e, em um indivíduo normal, 
só é encontrada até uma célula (em termos percentuais). 
- Neutrófilo: é um leucócito granulócito e também a célula mais 
encontrada em adultos. Seu aumento pode indicar infecção bacteriana, mas 
pode estar aumentada em infecção viral. Os neutrófilos são importantes armas 
de defesa do organismo, sendo por isso bastante numerosos no sangue 
circulante (de 58 a 65% do todos os leucócitos). São capazes de fazer 
fagocitose, englobando partículas de pequenas dimensões (LOPES, 2007; 
GRUPO TÉCNICO DE ODONTOLOGIA HOSPITALAR, 2012). 
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DISCIPLINA DE EXAMES COMPLEMENTARES 
 
 
 
Inclusões anormais no Leucograma 
▪
Blastos: células precursoras 
– Linfoblastos: leucemia linfoide, linfoma 
 
– Mieloblastos: leucemia mieloide 
▪
Inclusões citoplasmáticas que podem ser encontradas em neutrófilos: 
- Granulações tóxicas: quando há um aumento na 
produção dos granulócitos, há uma diminuição no tempo da 
maturação das células precursoras dos neutrófilos. Por isso, os 
neutrófilos aparecem no sangue com os grânulos primários. 
Estão presentes em casos de infecções. 
- Vacúolos: são estruturas resultantes da fagocitose. 
Podem aparecer nos neutrófilos e monócitos. Seu relato só é 
importante quando aparece nos neutrófilos e estão presentes em 
casos de infecções graves. 
3.6.2 Série Plaquetária 
No hemograma, as plaquetas são observadas em relação à quantidade 
e ao seu tamanho. Seu número normal é de 150.000 a 400.000 por microlitro 
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DISCIPLINA DE EXAMES COMPLEMENTARES 
 
 
de sangue. Em valores menores que 150.000, observamos quadros de 
plaquetopenia, que se relacionam com riscos aumentados de sangramento. 
Definimos hemostasia como o conjunto de mecanismos fisiológicos 
que têm por finalidade a manutenção do sangue no interior dos vasos 
sanguíneos. Em uma pessoa normal, observa-se o equilíbrio entre a formação 
e a degradação dos coágulos decorrentes das injúrias vasculares. Para 
verificação de eventuais distúrbios de hemostasia, solicitam-se os seguintes 
exames, além da contagem de plaquetas: 
3.6.3.1 Tempo de sangramento 
Expressa de forma menos sensível a avaliação qualitativa e quantitativa das 
plaquetas. É utilizado para avaliar anormalidades da interação plaqueta-parede 
vascular, quer seja realizado pelo Teste de Duke ou pelo de Ivy; o TS é um 
teste pouco reprodutível e sujeito à grande número de variáveis. A solicitação 
de contagem das plaquetas é mais adequada, pois somente contagens abaixo 
de 90.000/mL alteram o tempo de sangramento. Atualmente, a realização dos 
exames de Tempo de Protrombina e Tempo de Tromboplastina Parcial Ativada 
praticamente extinguiu a solicitação do TS, por serem mais sensíveis. 
3.6.3.2 Tempo de protrombina 
Possibilita avaliar a via extrínseca da cascata de coagulação. O 
princípio do teste baseia-se na adição no plasma de Ca (CaCl) e fator tecidual 
com posterior mensuração do tempo necessário para a formação do coágulo. 
Razão do tempo de protrombina = tempo de protrombina do paciente 
tempo do pool (normal) 
Para a padronização dos resultados emitidos por laboratórios 
diferentes (em função de diferentes kits), estabeleceu-se o International 
Normalizatted Ratio (INR). 
O ISI (Índice de Sensibilidade) varia de acordo com o kit 
utilizado. Valores de referência: 3 a 9 minutos 
3.6.3.3 Tempo de tromboplastina parcial ativada 
É utilizado para o estudo da via extrínseca e comum da coagulação. O 
princípio do teste baseia-se na adição no plasma de Ca (CaCl) e fosfolípides 
purificados com posterior mensuração do tempo necessário para a formação 
do coágulo. A detecção pode ser feita de forma visual, mecânica ou óptica 
automatizada. Desta forma, os valores de referência podem variar conforme kit 
e população, situando-se geralmente entre 25 e 34 segundos. 
Para fins comparativos, calcula-se a Razão de Protrombina (RT). 
Razão de Protrombina = Tempo de tromboplastina do paciente 
Tempo do pool (normal) 
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DISCIPLINA DE EXAMES COMPLEMENTARES 
 
 
Valores de referência: inferior a 60s (Nigro e Harada, 2013). 
Outros exames complementares que podem auxiliar no diagnóstico 
são provas de função renal (uria, creatinina) e hepática (proteínas séricas 
totais, transaminase glutâmico-pirúvica – TGP; transaminase glutâmico-
oxalacética – TGO; bilirrubinas; gamaglutamiltransferase – GAMA - GT, 
hemoglobina glicada (Hb A1c), provas sorológicas para identificação de 
doenças infecciosas, inflamatórias e autoimunes, dentre outras condições 
(GRUPO TÉCNICO DE ODONTOLOGIA HOSPITALAR, 2012). 
4 EXAMES COMPLEMENTARES: RADIOLOGIA (RADIOGRAFIAS 
CONVENCIONAIS, TOMOGRAFIA MÉDICA, TOMOGRAFIA 
COMPUTADORIZADA, FEIXE CÔNICO, ULTRASSONOGRAFIA, RESSONÂNCIA 
MAGNÉTICA) 
Os exames de imagem desempenham papel fundamental no diagnóstico ou no 
acompanhamento da resposta terapêutica de diversas doenças. Os exames de 
imagem que utilizam radiação ionizante devem ser solicitados com rigoroso critério 
de indicação, uma vez que a exposição a esse tipo de radiação pode causar 
alterações teciduais. 
Os efeitos biológicos nos tecidos podem ser classificados em 
determinísticos, que levam à morte celular, ou estocásticos, que ocorrem em 
função da alteração aleatória no DNA de uma única célula que continua a se 
reproduzir. 
Segundo Mancusi Sobrinho (2013), os exames de raios-X de crânio 
podem ser divididos em: 
4.1 RADIOGRAFIAS CONVENCIONAIS 
4.1.1 Panorâmicas 
A ampla cobertura de área examinada, a baixa dose de radiação e o 
pouco custo financeiro para o paciente são algumas das razões para a sua 
crescente aceitação. Em pacientes com alterações posturais, impossibilidade 
de locomoção e demências, a técnica é inviável, pois depende da colaboração 
do paciente. 
4.1.2 Intraorais 
São as tomadas radiográficas na qual o filme é colocado no interior da 
cavidade oral para obtenção da radiografia. Apresentam dificuldade de 
realização em crianças, pacientes com dificuldade de compreensão ou com 
movimentos espásticos, no entanto podem ser utilizados recursos 
estabilizadores, como os posicionadores de filmes radiográficos, para facilitar 
a execução da técnica. 
Técnicas periapicais 
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DISCIPLINA DE EXAMES COMPLEMENTARES 
 
 
*Bissetriz: técnica na qual o feixe de raios-X deve incidir 
perpendicularmente à bissetriz do ângulo formado entre o filme e o dente. 
*Paralelismo: técnica na qual o feixe de raios-X deve incidir 
perpendicularmente ao filme e ao longo eixo dos dentes. Para isso são 
utilizados posicionadores para manter o filme paralelo ao longo eixo do dente. 
*Técnica interproximal: também conhecida como técnica de Bite-wing, 
por usar um filme provido de uma asa de mordida. Essas radiografias permitem 
melhor observação das faces mesial e distal dos molares e pré-molares, e de 
suas cristas marginais. Auxilia no diagnóstico de cáries e adaptações cervicais 
de restaurações proximais. 
Técnica oclusal: geralmente é indicada como um exame complementar 
aos achados obtidos quando do emprego das técnicas periapicais. A 
radiografia oclusal permite melhor verificação dos tecidos ósseos das arcadas 
e da localização vestibular/palato. Pode ser utilizada no estudo de fraturas dos 
maxilares, pesquisa de sialolitos nos condutos de Wharton, nas mensurações 
ortodônticas para determinação do tamanho dos maxilares e no estudo de 
fendas palatinas. Podem ainda detectar supranumerários, corpos estranhos, 
lesões císticas, etc... 
4.1.3 Laterais 
Tomadas radiológicas da mandíbula para o ângulo e ramo, da 
mandíbula para o corpo, da cabeçae lateral cefalométrica. São indicadas para 
avaliar lesões em corpo, ângulo e ramo ascendente da mandíbula. 
Posteroanteriores (PA): 
▪ PA de mandíbula: utilizada para o diagnóstico de fraturas 
na cabeça da mandíbula, pois o tracionamento medial do côndilo é 
facilmente observado em tomada posteroanterior. 
▪ PA de seios da face: indicada para diagnóstico de 
sinusopatias, especialmente em pacientes internados com dor em 
região maxilar ou neutropênico, na presença de dentes íntegros. 
Cefalométricas: solicitadas frequentemente pelos ortodontistas e 
raramente encontradas em hospitais. 
Axial para a base do crânio: axial invertida de Hirtz ou submento vértex. 
Oferece boa visibilidade da cabeça da mandíbula, sendo indicada quando um 
trismo impede a abertura da boca para PA de mandíbula e o objetivo é observar 
os côndilos. Permite ainda observação da base do crânio com nitidez. 
4.2 TOMOGRAFIAS 
4.2.1 Tomografia Linear 
Também conhecida como tomografia convencional, esta modalidade 
foi o primeiro método de obtenção de imagens tomográficas. Suas principais 
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DISCIPLINA DE EXAMES COMPLEMENTARES 
 
 
características são formação da imagem diretamente em filmes radiográficos e 
várias projeções no mesmo filme. 
4.2.2 Computadorizada Cone Beam 
Esse tipo de tomografia é realizado em tomógrafos específicos para 
crânio, como o Newton 3D e o Icat. O desenvolvimento desta nova tecnologia 
está provendo à Odontologia a reprodução da imagem tridimensional dos 
tecidos mineralizados maxilofaciais, com mínima distorção e dose de radiação 
significantemente reduzida em comparação à TC tradicional (SCARFE et al., 
2006). 
4.2.3 Computadorizada 
É um exame no qual a radiação emitida em torno de um plano 
anatômico do paciente é medida por um conjunto de detectores e processada 
por um computador. Dados numéricos de imagens contidos em cortes 
tomográficos adquiridos sequencialmente, no plano axial, permitem a 
reconstrução em outros planos (PARKS, 2000). Geram imagens em três 
dimensões, ajudando a observar os limites e dimensões das lesões. 
4.3.4 Ultrassonografia 
A ultrassonografia (US) ou ecografia é um método exclusivamente 
anatômico, propiciando a realização da “macroscopia patológica” in vivo por 
meio de vibrações de alta frequência 7-10MHz que se refletem nas interfaces 
de tecidos de diferentes densidades. Essa técnica é utilizada principalmente 
nas patologias das glândulas tireoide e paratireoide, glândulas salivares e 
massas cervicais (FOP/UNICAMP, 2013) e as intensidades utilizadas para fins 
diagnósticos não produzem alterações nos tecidos que atravessa. 
4.3.5 Ressonância Nuclear Magnética 
É considerada como um dos maiores avanços da medicina em matéria 
de diagnóstico por imagem neste século. Seus princípios são bastante 
complexos e envolvem conhecimentos nas mais diversas áreas das ciências 
exatas. A grande vantagem da RNM está na segurança, já que não usa 
radiação ionizante. Os prótons dos tecidos são submetidos a um campo 
magnético e tendem a alinharem-se contra ou a favor desse campo. 
O contraste da imagem em RNM é baseado nas diferenças de sinal 
entre distintas áreas ou estruturas que comporão a imagem. A RNM tem a 
capacidade de mostrar características dos diferentes tecidos do corpo com um 
contraste superior à tomografia computadorizada na resolução de tecidos ou 
partes moles. Apesar de grande aplicabilidade, a RNM tem algumas 
desvantagens. Por utilizar campos magnéticos de altíssima magnitude, é 
potencialmente perigosa para aqueles pacientes que possuem implantes 
metálicos em seus organismos, sejam marca-passos, pinos ósseos de 
sustentação, clips vasculares, etc. 
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DISCIPLINA DE EXAMES COMPLEMENTARES 
 
 
Esses pacientes devem ser minuciosamente interrogados e advertidos dos 
riscos de aproximarem-se de um campo magnético e apenas em alguns casos, 
com muita observação, os exames podem ser permitidos. Outra desvantagem 
está na pouca definição de imagem que a RNM tem de tecidos ósseos normais, 
se comparada à tomografia computadorizada, pois esses emitem pouco sinal 
(FOP/UNICAMP, 2013).

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