Problema 02_ A indigestão e a propagação do impulso (2)

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Sistemas Orgânicos Integrados II Rita Erika - Turma XI - Medicina
. Problem� 02: A indigestã� � � propagaçã� d� impuls� .
Problem�
Teria coragem de comer um peixe que se
não for preparado da maneira correta
poderia te matar? O peixe Fugu, também
conhecido como Baiacu, pode ser muito
perigoso por causa do veneno
encontrado em seu corpo. Ele contém
quantidades letais de tetrodotoxina, uma
neurotoxina que ataca o sistema nervoso,
na região da fenda sináptica.
Objetiv��
Entender o mecanismo de ação da
tetrodotoxina no organismo.
A TTX é uma neurotoxina termoestável,
não sendo inativada pelo calor ou
congelamento. Ela age na superfície
externa de nervos e músculos como
ocluindo os canais de sódio dependentes
de voltagem da membrana plasmática,
bloqueando os canais de sódio nas
membranas celulares, interrompendo o
potencial de ação, evitando a
despolarização e consequentemente a
condução nervosa.
Essa ação ocorre nos nervos motores
periféricos, sensoriais e autonômicos. TTX
também atua deprimindo o centro
respiratório e o vasomotor do tronco
encefálico. A morte pode ocorrer por
paralisia muscular, depressão respiratória
e insuficiência circulatória . Há relatos de
morte humana por bradicardia não
responsiva a nenhum tratamento
(bloqueio atrioventricular total
O envenenamento por ingestão de
baiacus é uma das mais graves formas de
intoxicação por animais aquáticos,
podendo após o consumo provocar a
morte em alguns minutos
Compreender como ocorre a propagação
dos impulsos nas células nervosas
(potencial de ação).
Potencia� d� Repous� d� Membran� d��
Neurôni��
Potencial das membranas das fibras
nervosas mais calibrosas, quando não
estão transmitindo sinais nervoso, é cerca
de -90milivolts, ou seja, o potencial
dentro da fibra é 90 milivolts mais
negativo do que o potencial no líquido
extracelular, do lado de fora da fibra.
Potencia� d� açã� d�� Neurôni��
Os sinais nervosos são transmitidos por
potenciais de ação, que são rápidas
alterações do potencial de membrana
que se propagam com grande velocidade
por toda a membrana da fibra nervosa.
Cada potencial de ação começa por uma
alteração súbita do potencial de
membrana normal negativo (-90
milivolts) para um potencial positivo,
terminando com retorno quase tão
rápido para o potencial negativo. Para
conduzir o sinal nervoso, o potencial de
ação se desloca ao longo da fibra nervosa
até sua extremidade final.
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Estági�� sucessiv�� d� potencia� d� açã�
Estágio de Repouso
● é o potencial da membrana antes
do início do potencial de ação
● a membrana está polarizada, com
um potencial em torno de -90
milivolts (dentro da fibra).
Estágio de Despolarização
● a membrana fica subitamente
muito permeável aos íons sódio,
permitindo que grande número de
íons sódio entre no axônio.
● com o influxo de sódio a
membrana fica despolarizada,
tornando-se positiva do lado de
dentro da fibra
● em fibras calibrosas o grande
excesso dos íons sódio positivos
que se deslocam para o interior da
fibra faz com que o potencial
ultrapasse rapidamente o nível
zero, ficando positivo
● em fibras delgadas, bem como em
muitos neurônios do sistema
central, o potencial aproxima-se do
nível zero, não chegando no
positivo
Estágio de Repolarização
● alguns milésimos de segundo após
a membrana ter ficado permeável
aos íons sódios, os canais de sódio
se fecham e os canais de potássio
se abrem mais que o normal
● ocorre um rápido efluxo de
potássio, na tentativa de
restabelecer o potencial negativo
da membrana
Explicar como funciona fisiologicamente
a sinapse nervosa e como a neurotoxina
interfere na mesma.
Sina�s� Nerv�s�
Há dois tipos principais de sinapses: as
químicas e elétricas.
A maioria das sinapses utilizadas para a
transmissão de sinais no sistema nervoso
central da espécie humana são sinapses
químicas
Sinapses químicas
● o primeiro neurônio secreta por seu
terminal a substância química
chamada neurotransmissor
● e esse, por sua vez, vai atuar em
proteínas receptoras, presentes na
membrana do neurônio
subsequente, para promover
excitação, inibição ou ainda
modificar de outro modo a
sensibilidade dessa célula
Sinapses Elétricas
● os citoplasmas das células
adjacentes estão conectados
diretamente por aglomerados de
canais de íons chamados junções
comunicantes, que permitem o
movimento livre dos íons de uma
célula para outra
● é por meio dessas junções que os
potenciais de ação são transmitidos
de fibra muscular lisa para a
próxima no músculo liso visceral, e
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de célula muscular cardíaca para a
próxima no músculo cardíaco
Citar os tipos de neurotransmissores e
suas funções
Neurotransmissores de Moléculas
Pequenas e de Ação Rápida
➔ Classe I
- acetilcolina:
➔ Classe II: as aminas
- norepinefrina:
- epinefrina
- dopamina
- serotonina
- histamina
➔ Classe III: aminoácidos
- ácido gama-aminobutírico
(GABA)
- glicina
- glutamato
- aspartato
➔ Classe IV
- óxido nítrico
Neurotransmissores Peptídicos de Ação
Lenta ou Fatores de Crescimento
➔ Hormônios liberadores
hipotalâmicos
- hormônio liberador de
tirotropina
- hormônio liberador de
luteinizante
- somatostatina (fator inibitório
do hormônio de crescimento
➔ Peptídeos Hipofisários
- hormônios
adrenocorticotrófico (ACTH)
- b-endorfina
- prolactina
- hormônio luteinizantes
- tirotropina
- vasopressina
- ocitocina
➔ Peptídeos que agem no intestino e
no cérebro
- gastrina
- colecistocinina
- insulina e glucagon
- neurotensina
➔ de outros tecidos
- angiotensina II
- carnosina
- calcitonina
- peptídeos do sono
Função do neurotransmissor
O efeito que o neurotransmissor provoca
é aumentar ou diminuir a condutância
dos canais iônicos; exemplo é o aumento
da condutância ao sódio, que provoca
excitação, ou a elevação da condutância
ao potássio ou ao cloreto, o que causa
inibição.
Referências
- CARVALHO, Gabriel Domingos et al. Aspectos
relevantes sobre as intoxicações pelo consumo de
pescado.
- GUYTON, Arthur C.; HALL, John E. Tratado De
Fisiología Médica (13). Ed. Rio de Janeiro, 2016.
- Silva, Claudia Carvalho Pestana et al. Clinical and
epidemiological study of 27 poisonings caused by
ingesting puffer fish (Tetrodontidae) in the states of
Santa Catarina and Bahia, Brazil. Revista do Instituto de
Medicina Tropical de São Paulo [online]. 2010, v. 52, n.