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CURSO ON-LINE – GESTÃO DE PESSOAS – MPU – ANALISTA PROFESSOR: FLÁVIO SPOSTO 1 www.pontodosconcursos.com.br Aula 1 – “Gestão de Pessoas nas Organizações” Preparatório para o MPU Curso “Teoria e Exercícios” Analista Aula 1 – “Gestão de Pessoas nas Organizações” ....................................................... 1 Comportamento organizacional ........................................................................................ 2 1. Relações indivíduo/organização .................................................................................. 3 2. Teorias de motivação. ..................................................................................................... 5 2.1. Teorias de condicionamento ................................................................................. 6 2.2. Teoria da Hierarquia das Necessidades de Maslow ...................................... 7 2.3. A Teoria ERC de Alderfer ...................................................................................... 12 2.4. A Teoria dos Dois Fatores de Herzberg .......................................................... 14 2.5. Teoria de McClelland .............................................................................................. 17 2.6. A Teoria da Determinação de Metas de Edwin Locke ............................... 18 2.7. Teoria da eqüidade ................................................................................................. 20 2.8. Teoria da expectativa (ou expectância) de Victor Vroom ....................... 21 2.9. Teorias X e Y de McGregor .................................................................................. 25 3. Liderança. Natureza da liderança. ............................................................................ 26 3.1. Teoria dos traços ..................................................................................................... 27 3.2. Estilos de liderança e situações de trabalho. ............................................... 28 3.3. Teoria dos enfoques situacionais ou contingencial .................................... 30 3.4. Liderança carismática, transformacional e transacional .......................... 34 4. Exercícios............................................................................................................................ 35 5. Gabarito .............................................................................................................................. 46 Olá a todos e a todas! Hoje iniciamos, oficialmente, o curo de Gestão de Pessoas em Organizações – Teoria e exercícios, preparatório para o concurso do MPU. CURSO ON-LINE – GESTÃO DE PESSOAS – MPU – ANALISTA PROFESSOR: FLÁVIO SPOSTO 2 www.pontodosconcursos.com.br Na aula de hoje, estudaremos os seguintes tópicos: III GESTÃO DE PESSOAS NAS ORGANIZAÇÕES. 3 Comportamento organizacional: relações indivíduo/organização, motivação, liderança, Todos prontos? Não podemos perder tempo, vamos ao conteúdo! Comportamento organizacional A organização possui aspectos formalmente definidos, como a estrutura organizacional, as normas e resoluções, os líderes formalmente designados pela administração. As pessoas, porém, são complexas, pouco previsíveis, e seus comportamentos são influenciados por uma infinidade de variáveis. É difícil, portanto, formalizar todos os elementos do comportamento humano. As pessoas possuem subjetividade e isso irá influenciar na maneira com que pensam e agem na organização. É este o objeto de estudo do comportamento organizacional: a dinâmica da organização e suas influências sobre o comportamento humano. Com o estudo sistemático do comportamento humano nas organizações, podemos identificar elementos que influenciam tal comportamento. As organizações investem nisso porque querem promover comportamentos positivos, querem promover o bom desempenho. Entre as principais variáveis estudadas neste campo da administração, podemos citar temas como motivação, liderança, trabalho em equipe, comunicação e gestão de conflitos. Acima de tudo, estes temas são muito cobrados em concursos, então temos que conhecê-los em profundidade. No contexto organizacional, modificando tais variáveis, podemos direcionar o comportamento humano rumo a padrões desejáveis, de CURSO ON-LINE – GESTÃO DE PESSOAS – MPU – ANALISTA PROFESSOR: FLÁVIO SPOSTO 3 www.pontodosconcursos.com.br forma a obter o desempenho desejado e alcançar melhores resultados. Item 1 (Cespe / Serpro 2005) Uma vez que o comportamento humano é multideterminado, a busca de explicações para comportamentos organizacionais deve ser realizada levantando informações de diversos possíveis preditores. Item certo. O comportamento humano é multideterminado, e estudaremos, aqui, algumas das variáveis que o influenciam e que são tema do nosso edital. 1. Relações indivíduo/organização Desde criança, nós, enquanto indivíduos, estabelecemos relações com inúmeras organizações. Todas estas relações são recíprocas nas relações profissionais. Por exemplo, se temos um vínculo empregatício, esperamos uma relação que inclua recompensa salarial justa, políticas de gestão de pessoas adequadas, oportunidades de desenvolvimento e crescimento na carreira etc. A organização, por sua vez, espera que trabalhemos de maneira adequada, com um desempenho capaz de melhorar os resultados organizacionais (e os lucros, caso estejamos em uma organização privada). Os objetivos individuais e organizacionais são particulares e decorrentes de tal relação. Se a organização tem objetivos abrangentes, tal como o lucro, o indivíduo tem objetivos específicos, tais como o salário adequado. Existe, nesse caso, uma relação de troca, e a gestão de pessoas é parte fundamental nesta troca. São as políticas de gestão de pessoas que irão garantir que, para ambas as partes, as relações sejam satisfatórias. Do ponto de vista individual, é fundamental que estas trocas sejam vistas como justas, pois isto irá influenciar na motivação, no CURSO ON-LINE – GESTÃO DE PESSOAS – MPU – ANALISTA PROFESSOR: FLÁVIO SPOSTO 4 www.pontodosconcursos.com.br desempenho, na satisfação e no comprometimento da pessoa com a organização. Vejamos um exemplo disso em uma prova do Cespe: Item 2 (Cespe / Anvisa 2004) O relacionamento indivíduo- organização é marcado por trocas e reciprocidades. Percepções individuais favoráveis acerca da reciprocidade do relacionamento indivíduo-organização estão associadas positivamente a satisfação e comprometimento afetivo no trabalho. Item certo. Percepções favoráveis terão uma série de conseqüências positivas para o indivíduo. Este item nos trouxe dois conceitos pertinentes à relação entre indivíduo e organização: o de satisfação e o de comprometimento. Em linhas gerais, podemos entender satisfação com o trabalho como um estado psicológico positivo, favorável, ao trabalho em si. Inúmeros estudos têm comprovado que a satisfação dos funcionários com o trabalho traz diversos benefícios para a organização, tais como diminuição da rotatividade e absenteísmo e melhoria do desempenho. Entender este fenômeno, e adotar ações para promover a satisfação, é uma prioridade importante de qualquer organização. Vejamos uma figura que pode nos ajudar a entender este tema1: 1 Extraída de Psicologia, Organizações e Trabalho no Brasil, p. 305. CURSO ON-LINE – GESTÃO DE PESSOAS – MPU – ANALISTA PROFESSOR: FLÁVIO SPOSTO 5 www.pontodosconcursos.com.br À esquerda, temos as variáveis antecedentes da satisfação: características individuais e condições de trabalho. Ou seja, a satisfação no trabalho depende de como o indivíduo percebe estas duas condições. À direita, temos as conseqüências da satisfação, e ao centro temos variáveis correlatas à satisfação. Comprometimentoorganizacional, por sua vez, é o nome dado ao vínculo entre o trabalhador e a organização. Ele é fortemente estudado porque há relações entre o comprometimento e a expressão de comportamentos desejados. Item de prova: Item 3 (Cespe / Banco da Amazônia 2006) O comprometimento organizacional diz respeito ao vínculo do indivíduo com o seu trabalho. O estudo desse fenômeno revela uma multiplicidade de tipos de comprometimento com o trabalho, o emprego, a carreira, a equipe, o sindicato e com a organização. Item certo. O tipo de comprometimento influenciará o tipo de vínculo do indivíduo com a organização. 2. Motivação. Motivação são processos psíquicos internos ao indivíduo que o impulsionam para a ação. Assim, o entendimento de tal fenômeno é essencial para o sucesso organizacional, já que a motivação tem reflexo direto no desempenho. No contexto público, em que são poucos e de difícil aplicação os mecanismos de punição de servidores que não apresentam bom comportamento, a promoção da motivação é fundamental para o alcance de resultados. Existem dezenas, talvez centenas, de teorias a respeito da motivação humana. Algumas, porém, são consagradas e costumam ser cobradas em concursos. Veremos, abaixo, que teorias são estas. CURSO ON-LINE – GESTÃO DE PESSOAS – MPU – ANALISTA PROFESSOR: FLÁVIO SPOSTO 6 www.pontodosconcursos.com.br 2.1. Teorias de condicionamento A teoria do reflexo condicionado surge com o russo Ivan Pavlov (1849-1936). Pavlov realizou famosos experimentos com cães. Nestes experimentos, havia estímulos sonoros, tais como o soar de um sino, associados a estímulos na alimentação dos animais. Posteriormente, observou-se que os cães passavam a salivar simplesmente com determinados estímulos sonoros, mesmo que a alimentação não fosse ocorrer. Destes experimentos, concluiu-se que alguns comportamentos decorriam de estímulos condicionados. Frederic Skinner (1904-1990), psicólogo americano, foi fortemente influenciado pelos estudos de Pavlov e também realizou experimentos com animais. Skinner é considerado o pai da psicologia comportamentalista, ou behaviorista, que advoga que o comportamento humano decorre, fundamentalmente, do binômio estímulo-resposta. Segundo esta teoria, construída com base em experimentos científicos e de base relativamente mecânica, o ser humano é fortemente influenciado pelo ambiente. As pessoas identificariam estímulos do ambiente com determinadas conseqüências, positivas, ou negativas, e, assim, aprenderiam a agir de acordo com tais estímulos. Vejamos dois itens de prova que ilustram este conteúdo: Item 4 (Cespe / CNPQ 2003) A aplicação gerencial da teoria de Skinner evidencia-se na busca de modificação do comportamento humano por meio do reforço positivo ou negativo, tendo em vista que, na teoria do condicionamento, o comportamento é influenciado pelo ambiente. Item certo. A teoria de Skinner pode ter aplicações no contexto organizacional. Para comportamentos humanos desejáveis, a CURSO ON-LINE – GESTÃO DE PESSOAS – MPU – ANALISTA PROFESSOR: FLÁVIO SPOSTO 7 www.pontodosconcursos.com.br organização promoveria reforços positivos, e, para comportamentos indesejáveis, haveria reforços negativos. Assim, as pessoas ficariam condicionadas a repetir bons comportamentos e a evitar comportamentos indesejáveis. Item 5 (Cespe / TJBA 2003) Compreendendo a motivação a partir da teoria do condicionamento e do reforço operante, os gerentes buscam aumentar a probabilidade de os comportamentos serem mantidos, a partir de reforços positivos, como o reconhecimento e as promoções. Item certo. Mais um item de prova que abordou a teoria comportamentalista, ou teoria do condicionamento e reforço operante, como denominou o Cespe. Se o gerente entender a motivação humana como derivada do condicionamento e de reforços positivos e negativos, irá utilizar reforços positivos, tais como promoções, recompensas financeiras e elogios, para tentar que as pessoas repitam comportamentos positivos, e irá utilizar reforços negativos, tais como punições administrativas e sanções salariais, para criar nas pessoas um condicionamento que evita comportamentos negativos. Para concluir, ressalto que as teorias do condicionamento são alvo de fortes críticas. São criticadas por serem muito mecânicas, simplistas e, acima de tudo, são criticadas com argumentos de base ética. O próprio Cespe já fez a seguinte afirmativa: Item 6 (Cespe / TRE-AL 2004) A questão ética constitui um fator de crítica à teoria motivacional abordada por Skinner. Item certo, conforme acabamos de ver. 2.2. Teoria da Hierarquia das Necessidades de Maslow Esta é, provavelmente, a mais famosa das teorias da motivação. A maioria das pessoas que já fez provas de concurso nas áreas de CURSO ON-LINE – GESTÃO DE PESSOAS – MPU – ANALISTA PROFESSOR: FLÁVIO SPOSTO 8 www.pontodosconcursos.com.br Administração, Recursos Humanos ou Gestão de Pessoas já viu itens que abordavam esta teoria. Abraham Maslow foi um psicólogo dos EUA que, nas décadas de 40- 50, formulou uma teoria que organiza nossos desejos em cinco grandes categorias: necessidades fisiológicas, necessidades de segurança, necessidades sociais e de amor, necessidades de auto- estima e necessidades de auto-realização. Para Maslow, “a motivação é algo constante, infinito e complexo encontrado em todos os seres humanos”2. De acordo com a hierarquia das necessidades de Maslow, estas categorias que vimos são dadas de forma crescente. O indivíduo só terá necessidades de segurança após suprir suas necessidades fisiológicas. Ele só terá necessidades sociais se suprir as necessidades de segurança. Ele só terá necessidades de auto-estima se suprir as necessidades sociais e só terá necessidades de auto-realização se suprir as necessidades de auto-estima. Ou seja, existe uma hierarquia entre estas necessidades, e o indivíduo só sente as necessidades mais altas na hierarquia após satisfazer aquelas que ocupam uma posição mais baixa na hierarquia. Vamos ver quais são as cinco categorias de necessidades humanas, segundo Maslow? • Necessidades fisiológicas: são aquelas de menor valor na pirâmide, e referem-se às necessidades imediatas do organismo. Incluem fome, sede, necessidade de respirar, inclui a necessidade biológica de reprodução (sexo) etc. É fácil entender isto. Uma pessoa que está passando fome estará motivada para procurar comida ou para ter amigos e compor uma ópera? Obviamente, esta pessoa irá procurar comida. 2 FFleurry, Maria TTeerrezzaa (org..). As peessssoas naa orrganizaaçção. Editora Gente, 2002, p. 251 CURSO ON-LINE – GESTÃO DE PESSOAS – MPU – ANALISTA PROFESSOR: FLÁVIO SPOSTO 9 www.pontodosconcursos.com.br Somente após ter a fome saciada ela irá tomar ações que contemplem necessidades de nível mais alto na hierarquia; • Necessidades de segurança: após suprir as necessidades do primeiro nível, o indivíduo irá preocupar-se com a sua segurança. Irá querer um abrigo, um local em que não esteja ameaçado por perigos imediatos, não seja perseguido, enfim, que possa viver de maneira segura. Também está relacionada a ter um salário e uma certa estabilidade na vida; • Necessidades sociais e de amor: com a garantia das condições básicas de sobrevivência, a pessoa irá buscar interações significativas com outras pessoas. Estas interações podem ser formas de amor, de amizade, filhos, família e outras relações sociais; • Necessidades de estima e de ego: são necessidades que o indivíduo tem de ter uma imagem positiva e estável de si mesmo (auto-estima) e perante outras pessoas, principalmente aquelas próximas a ele; • Necessidades de auto-realização: são aquelas relacionadas à expressão plena do potencial do indivíduo. Para a expressão destanecessidade, todas as anteriores precisam estar satisfeitas. A pirâmide abaixo representa esta teoria: CURSO ON-LINE – GESTÃO DE PESSOAS – MPU – ANALISTA PROFESSOR: FLÁVIO SPOSTO 10 www.pontodosconcursos.com.br Em relação a esta teoria, temos que saber, ainda, que ela foi criada não por expressão de testes e experimentos empíricos, e sim de forma dedutiva por seu autor. O próprio Maslow, quando ficou mais velho, apontou diversas limitações desta teoria, e apresentou algumas idéias para aperfeiçoá-la. Alguns testes e experimentos científicos mostraram que esta teoria tem pouco potencial para prever o comportamento de indivíduos. Mesmo assim, esta teoria continua sendo muito estudada, e, acima de tudo, continua caindo muito nos concursos no Brasil! É por isso que temos que conhecê-la. Vamos ver alguns exercícios do Cespe para fixarmos este conteúdo? Item 7 (Cespe / TJBA 2003) A teoria da hierarquia das necessidades constitui uma das principais teorias da motivação e tem como um de seus pontos positivos o fato de se apoiar intensamente em pesquisa empírica. Maslow, além de ter fornecido substanciação empírica para a sua teoria, acreditava que, à medida que necessidades de baixa CURSO ON-LINE – GESTÃO DE PESSOAS – MPU – ANALISTA PROFESSOR: FLÁVIO SPOSTO 11 www.pontodosconcursos.com.br ordem fossem atendidas, as necessidades de alta ordem tornar-se- iam dominantes. Item errado. Se cair um item assim na prova, espero que vocês gastem poucos segundos para perceber o erro e que todos vocês acertem. Neste caso, o erro está na afirmação de que a teoria da hierarquia das necessidades, formulada por Maslow, foi fortemente baseada em pesquisas empíricas. Na verdade, a teoria foi formulada por Maslow de maneira dedutiva, e até hoje praticamente não há estudos que confirmem os pressupostos desta teoria. Item 8 (Cespe / MCT 2004) Necessidades buscadas pelos indivíduos na organização não são, de acordo com Maslow, organizadas de modo hierarquicamente seqüencial. Item errado. A culpa é do “não”, na segunda linha. Sem ele, a afirmativa do item seria correta. Item 9 (Cespe / Serpro 2005) No quarto nível da hierarquia de Maslow — necessidade de estima — estão as necessidades de amor, afeição e de relacionamento com outras pessoas. Item errado. Que saco, né? Temos, sim, que “decorar” os cinco níveis, pois eles já foram cobrados em muitas provas de concurso. Ao invés de simplesmente decorar, tentem entender a relação entre os níveis e ver que eles estão estruturados de maneira lógica. O item é errado porque as necessidades de amor, afeição e de relacionamento com outras pessoas estão no terceiro nível, não no quarto. Apesar de ser fundamental entender o conteúdo e ser capaz de relacioná-lo com outros conteúdos, ressalto que, neste caso, infelizmente, decorar o conteúdo também é importante. Item 10 (Cespe / UEPA 2008) Segundo Maslow, em sua teoria sobre a hierarquia das necessidades, diversas categorias de necessidades podem manifestar-se simultaneamente. CURSO ON-LINE – GESTÃO DE PESSOAS – MPU – ANALISTA PROFESSOR: FLÁVIO SPOSTO 12 www.pontodosconcursos.com.br Item errado. Conforme vimos, as necessidades, para Maslow, têm uma ordem de predominância, e não se manifestam de maneira simultânea. 2.3. A Teoria ERC de Alderfer A sigla ERC refere-se aos três níveis de motivação previstos por esta teoria: Existência, Relacionamento e Crescimento. Em inglês, esta teoria é conhecida como ERG (Existence, Relatedness and Growth). Clayton Alderfer foi um psicólogo americano que se interessou pela teoria de Maslow e adaptou-a Ele enquadrou, dentro das categorias ERC, as cinco necessidades da hierarquia de Maslow. Ou seja, segundo a teoria de Alderfer, a Existência abrange as necessidades de primeira ordem de Maslow, que são as necessidades fisiológicas e de segurança. Alderfer dividiu a necessidade de quarto nível de Maslow (estima) em duas partes: o componente externo da estima (social) e o componente interno da estima (auto-estima). Assim, no nível Relacionamento, ele incluiu as necessidades sociais e o componente externo da estima. Finalmente, no nível Crescimento, Alderfer incluiu a auto-estima e a necessidade de auto-realização. O quadro abaixo representa a adaptação que Cleyton Alderfer fez na teoria das necessidades de Maslow para criar a teoria ERC: CURSO ON-LINE – GESTÃO DE PESSOAS – MPU – ANALISTA PROFESSOR: FLÁVIO SPOSTO 13 www.pontodosconcursos.com.br Percebam que o quarto nível da hierarquia de Maslow é divido em dois na teoria de Alderfer. Existem, ainda, duas outras diferenças fundamentais entre as duas teorias. A primeira diferença refere-se à simultaneidade nas necessidades. Vimos, no tópico anterior, que, para Maslow, as necessidades não podem ser simultâneas. Para Alderfer, porém, as necessidades de todos os níveis podem existir de maneira simultânea e complexa. A segunda diferença refere-se a um componente de regressão das necessidades. Para Alderfer, quando uma necessidade de nível mais alto não é atendida, o indivíduo aumenta a necessidade dos níveis mais baixos. Vamos ver alguns exemplos de provas? Item 11 (Cespe / Ministério da Ciência e Tecnologia 2004) Segundo a teoria de motivação ERC de Alderfer, mais de uma necessidade pode ativar o comportamento ao mesmo tempo. Item certo. Esta é uma das diferenças entre a teoria de Maslow e a CURSO ON-LINE – GESTÃO DE PESSOAS – MPU – ANALISTA PROFESSOR: FLÁVIO SPOSTO 14 www.pontodosconcursos.com.br de Alderfer. Enquanto para Maslow as necessidades superiores só são ativadas quando as de menor nível são satisfeitas, para Alderfer as necessidades podem ser simultâneas. Item 12 (Cespe / Cearáportos 2004) A teoria ERG (necessidades existenciais, de relacionamento e de crescimento) de Alderfer busca aperfeiçoar a teoria das necessidades humanas de Maslow e adaptá- la para o entendimento das necessidades das pessoas no trabalho. Item certo. Percebam que a prova fez menção à sigla em inglês (ERG). 2.4. A Teoria dos Dois Fatores de Herzberg Ao contrário de Maslow, Frederick Herberg elaborou sua teoria por meio de pesquisas científicas, realizadas com entrevistas para investigar desejos e motivações. Herzberg descobriu que há dois grandes blocos de necessidade humanas: os fatores de higiene (extrínsecos) e os fatores motivacionais (intrínsecos). Os fatores de higiene, também chamados insatisfacientes, são fatores extrínsecos, ou exteriores ao trabalho. Para Herzberg, eles podem causar a insatisfação e desmotivação se não atendidos, mas, se atendidos, não necessariamente causarão a motivação. Entre estes fatores, estão os seguintes: “segurança, status, relações de poder, vida pessoal, salário, condições de trabalho, supervisão, política e administração da empresa”3. Os fatores motivadores, também chamados satisfacientes, são os fatores intrínsecos, internos ao trabalho. Estes fatores podem causar a satisfação e a motivação. Entre eles, estão os seguintes: 3 Fleury, Maria Tereza (org.). As pessoas na organização. Editora Gente, 2002, p. 254. CURSO ON-LINE – GESTÃO DE PESSOAS – MPU – ANALISTA PROFESSOR: FLÁVIO SPOSTO 15 www.pontodosconcursos.com.br “crescimento, progresso, responsabilidade, o próprio trabalho, o reconhecimento e a realização”4. Percebam que a principal sutileza desta teoria refere-se ao fato de que ações organizacionais que contemplem apenas os fatores de higiene não irão causar motivação. Veja que salário está entre os fatores de higiene. Então, se a organização der um salário enorme, isto irá criar uma não-insatisfação, mas não irá, necessariamente, criar uma satisfação. Para criar a satisfação e a motivação, a organização precisa atribuir ao indivíduo trabalhos estimulantes, possibilidades de ascensão na carreira,de sentimento de desenvolvimento, de responsabilidade etc. Tânia Casado nos mostra uma comparação entre as teorias de Maslow, Alderfer e Herzberg5: Maslow Alderfer Herzberg Auto-realização Crescimento Fatores motivacionais Estima Relacionamento Fatores higiênicos Sociais Segurança Existência Fisiológicas A teoria dos dois fatores de Herzberg é relativamente simples, mas também é bastante cobrada em concursos. Vamos ver alguns exemplos de itens do Cespe? Item 13 (Cespe / SAAE 2003) Os dois fatores da teoria de Herzberg, os higiênicos e os de motivação, estão relacionados à insatisfação e à satisfação no trabalho, respectivamente. 4 Fleury, Maria Tereza (org.). As pessoas na organização. Editora Gente, 2002, p. 254. 5 Fleury, Maria Tereza (org.). As pessoas na organização. Editora Gente, 2002, p. 254, p. 254. CURSO ON-LINE – GESTÃO DE PESSOAS – MPU – ANALISTA PROFESSOR: FLÁVIO SPOSTO 16 www.pontodosconcursos.com.br Item correto. Prestem atenção nesta sutileza: os fatores higiênicos são aqueles que, se não atendidos, causam a insatisfação, enquanto os fatores de motivação são aqueles que, se não atendidos, causam a não-satisfação. Os fatores higiênicos, se atendidos, causam a não- insatisfação, enquanto os fatores de motivação, se atendidos, causam a satisfação. Parece complicado, parece um jogo de palavras, né? Mas leia de novo, que é não é tão difícil quanto parece. Item 14 (Cespe / Serpro 2005) De acordo com a teoria dos dois fatores de Herzberg, são considerados exemplos de fatores higiênicos: salário, supervisão, relacionamento com colegas de trabalho e políticas organizacionais. Esses fatores promovem a motivação para o trabalho. Item errado. Conforme vimos, os fatores higiênicos não provocam a motivação, apesar de, se não forem atendidos, provocarem a desmotivação, a insatisfação. Item 15 (Cespe / UEPA 2008) Segundo a Teoria de Hezberg (teoria dos dois fatores), um servidor público pode estar satisfeito na função que desenvolve, a despeito do salário recebido. Item certo. Este item é mais do que polêmico, mas já foi cobrado pelo Cespe mais de uma vez, então olho aberto! O salário tem a ver com fatores higiênicos (exteriores ao trabalho). Os fatores higiênicos não promovem a satisfação. Esta é promovida pelos fatores motivacionais, intrínsecos, ligados ao trabalho. Assim, mesmo com um salário medíocre, o servidor poderia estar satisfeito e motivado, se executasse tarefas desafiadoras, que proporcionem crescimento profissional, autonomia etc. Item 16 (Cespe / INSS 2008) De acordo com a teoria bifatorial de Herzberg, os fatores higiênicos são intrínsecos ao trabalho e são os responsáveis pela motivação e pela satisfação no trabalho. CURSO ON-LINE – GESTÃO DE PESSOAS – MPU – ANALISTA PROFESSOR: FLÁVIO SPOSTO 17 www.pontodosconcursos.com.br Item errado. Os fatores higiênicos são extrínsecos ao trabalho, e não causam motivação e satisfação. 2.5. Teoria de McClelland David McClelland (1917-1998), psicólogo americano, também formulou uma teoria motivacional baseada em necessidades. Ao contrário de Maslow, porém, as necessidades desta abordagem não são dispostas de forma hierárquica, e sim se interrelacionam e se manifestam em diferentes intensidades, de acordo com características psicológicas e com os processos de socialização por que passou o indivíduo. Para McClelland, há três tipos de necessidades humanas: Necessidade de realização: Busca de sucesso profissional, autonomia, realização de trabalhos interessantes. Necessidade de poder: Busca de influência, poder, status. Necessidade de afiliação: Foco na promoção dos relacionamentos interpessoais. Investe nas relações, mesmo em detrimento de interesses pessoais. Estas necessidades se manifestam de maneira interrelacionada e complexa. Assim, a teoria traz uma possibilidade maior de aplicação que a de Maslow. A organização pode, por exemplo, identificar os níveis de necessidades existentes em cada posição da organização e promover necessidades que auxiliem no trabalho. Se, neste modelo, espera-se que os líderes apresentem alta necessidade de poder (vontade de exercitar a influência sobre outros indivíduos), pode ser interessante mapear esta necessidade e focalizá-la para influências relevantes para o desempenho organizacional. Estas teorias que vimos até agora podem ser ditas teorias da motivação de conteúdo estático. Estas teorias “tratam do conteúdo do CURSO ON-LINE – GESTÃO DE PESSOAS – MPU – ANALISTA PROFESSOR: FLÁVIO SPOSTO 18 www.pontodosconcursos.com.br que efetivamente motiva as pessoas. Estes modelos também são chamados de estáticos, porque observam apenas um (ou poucos) ponto(s) no tempo, e assim são orientados para o passado ou para o presente”6. As teorias da expectativa, da determinação de metas e da equidade, que veremos a seguir, por sua vez, são consideradas teorias do processo motivacional. 2.6. A Teoria da Determinação de Metas de Edwin Locke Quando você vai estudar, você estuda sem rumo, sem objetivos? Não. Para nos motivarmos, precisamos de objetivos concretos, de metas. Isso se aplica também à realidade organizacional. O trabalhador precisa conhecer objetivos, diretrizes e metas, para agir de forma a alcançá-las. “O papel do gestor, portanto, será o de definir e clarificar metas para seus liderados, o que os fará empregar determinado esforço na sua consecução”7. Outro princípio importante desta teoria é a participação do trabalhador na definição das metas. O trabalhador irá ficar mais motivado para alcançar metas que ele ajudou a definir. Elas não podem, portanto, ser impostas: devem ser construídas conjuntamente, entre o líder e os liderados. As metas devem também ter como requisito a clareza. Elas precisam ser compreendidas pelo trabalhador para que ele possa agir no sentido de alcançá-las. Em relação à dificuldade das metas, elas não podem ser muito fáceis, nem muito difíceis. Elas têm que ser desafiadoras, mas seu alcance tem que ser possível. Metas muito fáceis ou impossíveis não irão gerar motivação. 6 Bowditch, James L. Buono, Anthony F. Elementos de comportamento organizacional. Pioneira Thompson Learning, 2004, p. 41. 7 Fleury, Maria Tereza (org.). As pessoas na organização. Editora Gente, 2002, p. 255. CURSO ON-LINE – GESTÃO DE PESSOAS – MPU – ANALISTA PROFESSOR: FLÁVIO SPOSTO 19 www.pontodosconcursos.com.br Esta teoria tem muitas implicações quanto à gestão do desempenho humano. Um dos pontos é o feedback: ao determinar uma meta, o gerente tem que dar ao profissional um feedback, um retorno, em relação ao alcance ou não das metas. Além disso, é necessário que a pessoa possa fazer, sozinha, um acompanhamento de como está indo, de quais metas está conseguindo alcançar, de forma que possa adaptar comportamentos no rumo desejado. Esta teoria tem aplicações na chamada Administração por Objetivos (APO), forma de organizar o trabalho na qual líder e liderado acordam os objetivos em função dos quais o liderado irá trabalhar. Seguimos, agora, com três itens do Cespe para exemplificar como este conteúdo pode ser cobrado em situações reais de prova. Item 17 (Cespe / TCU 2007) As metas de trabalho definidas para os funcionários devem ser de baixa complexidade para que eles não sintam receio de conseguir alcançar o que foi estabelecido. Item errado. Metas muito fáceis podem causar a desmotivação. As metas devem ser alcançáveis, mas não podem ser de complexidade muito baixa ou muito fáceis. Item 18 (Cespe / TRE-AL 2004) Não existe relação entre o desempenho e a motivação do indivíduo e o estabelecimento de metas nas organizações. Item errado. Conforme vimos, a motivação do indivíduo no trabalho está relacionada à forma com que asmetas são estabelecidas, e isto tem relação com o desempenho no trabalho. Item 19 (Cespe / Câmara dos Deputados 2003) A administração por objetivos (APO) é um exemplo da aplicação da teoria de determinação de metas e, como componentes básicos, conta com a CURSO ON-LINE – GESTÃO DE PESSOAS – MPU – ANALISTA PROFESSOR: FLÁVIO SPOSTO 20 www.pontodosconcursos.com.br especificidade de meta, a tomada de decisão unilateral, um período de tempo explícito e feedback sobre o desempenho. Item errado. Cuidado com os itens que começam com uma afirmativa correta e introduzem algo incorreto no meio ou no final! De fato, conforme vimos, a APO é um exemplo da aplicação da teoria da determinação de metas. O erro do item está na expressão “tomada de decisão unilateral”. Conforme vimos, as metas têm que ser pactuadas, combinadas. 2.7. Teoria da eqüidade Trata-se de teoria relativamente nova, segundo a qual a motivação está diretamente relacionada à percepção que o indivíduo tem a respeito da justiça de sua situação profissional. É também conhecida como teoria da comparação social. “O grau de eqüidade é definido em termos da razão entre a entrega individual (o esforço, por exemplo) e a recompensa, comparada a uma relação similar para outra pessoa que seja relevante em termos de comparação”8. Ou seja, o trabalhador faz entregas para a organização, e, em troca, recebe recompensas. O mesmo vale para outros trabalhadores. É normal que eles se comparem com seus pares. A eqüidade será maior se os empregados acharem que estão sendo recompensados de maneira justa, em relação à forma com que seus pares estão sendo recompensados. Assim, “O tema central [desta] teoria motivacional é que o maior determinante do desempenho e da satisfação no trabalho é o grau de eqüidade ou iniqüidade percebido na situação profissional”9. Caso o indivíduo tenha uma percepção de que não há eqüidade, ele poderá ficar desmotivado ou insatisfeito, e isto terá reflexos em sua 8 Fleury, Maria Tereza (org.). As pessoas na organização. Editora Gente, 2002, p. 255. 9 Fleury, Maria Tereza (org.). As pessoas na organização. Editora Gente, 2002, p. 255. CURSO ON-LINE – GESTÃO DE PESSOAS – MPU – ANALISTA PROFESSOR: FLÁVIO SPOSTO 21 www.pontodosconcursos.com.br forma de se relacionar com a organização e com ela contribuir. Em última instância, ele poderia, inclusive, pedir demissão. Entre os autores que colaboraram para a elaboração desta teoria, podemos citar Adams, Festinger e Lawler. Vamos ver alguns itens de prova? Item 20 (Cespe / TJDFT 2008) Segundo a teoria da eqüidade de Adams, as pessoas são motivadas a alcançar uma situação de justiça ou igualdade em suas relações com outras pessoas e com as organizações onde trabalham. Essa procura pela igualdade inclui o uso de mecanismos como mudança nas contribuições que o indivíduo oferece à organização e abandono temporário ou definitivo da situação. Item certo. Está de acordo com o que acabamos de estudar. Item 21 (Cespe / SGA – SEDF 2003) Segundo a teoria da eqüidade, a motivação de um empregado reduz o absenteísmo quando as comparações entre os seus insumos e resultados se equivalem aos insumos e resultados dos outros empregados. Item certo. Absenteísmo tem a ver com faltas e atrasos das pessoas em uma organização. Um trabalhador desmotivado ou insatisfeito irá faltar mais e se atrasar mais em seu trabalho. Por este item, aprendemos que, se não houver percepção de eqüidade, o absenteísmo pode aumentar, enquanto, se houver percepção de eqüidade, haverá diminuição do absenteísmo. 2.8. Teoria da expectativa (ou expectância) de Victor Vroom Esta teoria é construída em função da relação entre três variáveis: Valência, força (instrumentalidade) e expectativa, referentes a um determinado objetivo. Valência, ou valor, é a “orientação afetiva em direção a resultados CURSO ON-LINE – GESTÃO DE PESSOAS – MPU – ANALISTA PROFESSOR: FLÁVIO SPOSTO 22 www.pontodosconcursos.com.br particulares. Pode-se traduzi-la como a preferência em direção, ou não, a determinados objetivos. Valência positiva atrai o comportamento em sua direção, valência zero é indiferente e valência negativa é algo que o indivíduo prefere não buscar”10. Em outras palavras, a valência tem a ver com o desejo do indivíduo em relação a determinado resultado. No caso de valência positiva, o resultado pode ser uma recompensa ou algo que o indivíduo deseja. Valência negativa é um evento que o indivíduo não quer que ocorra. Expectativa é o grau de probabilidade que o indivíduo atribui a determinado evento, em função da relação entre o esforço que vai ser despendido no evento e o resultado que se busca alcançar. Força, ou instrumentalidade, por sua vez, é o grau de energia que o indivíduo irá ter que gastar em sua ação para alcançar o objetivo. Parece complicado, né? Mas não é não, pessoal. Vamos ver um exemplo pra esclarecer esta teoria, que apenas expressa uma relação motivação ou ação em um contexto de trabalho. Se o indivíduo quer muito alguma coisa (uma promoção, por exemplo), pode-se dizer que esta promoção tem alta valência. Para conseguir esta promoção, ele vai ter que trabalhar mais, vai ter que abrir mão de uma série de coisas da sua vida, vai ter que colocar energia nestas ações (força). Ao tomar a decisão de se dedicar a isto ou não, ele vai levar em consideração a probabilidade (expectativa) de alcançar a promoção (alta valência). Ficou mais claro com este exemplo? Esta relação pode ser expressa pela fórmula matemática M = E x I x V, onde M é motivação, e é expectativa, i é instrumentalidade e v é valência. Vamos ver alguns exercícios do Cespe para facilitar a nossa compreensão desta teoria. 10 Fleury, Maria Tereza (org.). As pessoas na organização. Editora Gente, 2002, p. 256. CURSO ON-LINE – GESTÃO DE PESSOAS – MPU – ANALISTA PROFESSOR: FLÁVIO SPOSTO 23 www.pontodosconcursos.com.br Item 22 (Cespe / Terracap 2004) A teoria motivacional da expectativa de Vroom concebe a motivação como uma força de natureza emocional e consciente, que é ativada no momento em que um indivíduo é levado a escolher entre diversos cursos de ação. A escolha seria função de três variáveis: valência, expectativa e instrumentalidade. Item certo. O item traz dois elementos novos para nós: esta teoria é de natureza emocional e consciente. Quando o indivíduo tem que tomar uma determinada decisão, no contexto organizacional, ele relaciona três variáveis: valência (grau de desejo do alcance de alguma coisa), expectativa (probabilidade) e instrumentalidade (quantidade de energia que ele vai ter que gastar). Mais um item que diz a mesma coisa: Item 23 (Cespe / SGA-SE-DF 2002) O absenteísmo está intrinsecamente ligado à motivação, e a teoria da expectância prevê a motivação como um resultado da expectativa, da instrumentalidade e da valência. Item certo. Absenteísmo está ligado às faltas e atrasos dos funcionários. O item, cujo gabarito é correto, apresentou, ainda, a teoria da expectância, na qual a motivação é resultado da relação entre três variáveis: expectativa, instrumentalidade e valência. Agora comparem os dois itens acima com o item abaixo: Item 24 (Cespe / STF 2008) No enfoque comportamental na administração, de acordo com a teoria da expectativa, acredita-se que o esforço produz o desempenho e este, o resultado, ao qual as pessoas atribuem valores. Desse modo, a motivação estaria assim representada: motivação = expectativa (de que o esforço produz o resultado) × valor atribuído ao resultado. CURSO ON-LINE – GESTÃO DE PESSOAS – MPU – ANALISTA PROFESSOR: FLÁVIO SPOSTO 24 www.pontodosconcursos.com.br Pela lógica, seríamos convencidos a marcar “errado”. Gabarito provisório: certo.Mas como? Que maldade. Acabamos de estudar que, na teoria da expectativa, a motivação é dada em função da fórmula M = E x I x V. Agora vem um item que diz que a fórmula é M = E x V e o gabarito vem “certo”. A verdade é que há as duas fórmulas. O próprio Antonio Maximiano apresenta a fórmula utilizada pelo Cespe neste item do STF. Vejam o que diz o Maximiano, de onde o item aparentemente foi copiado, a respeito deste assunto: “De acordo com a teoria da expectativa, a motivação é função da crença de que é possível alcançar um resultado, multiplicada pelo valor atribuído ao resultado: Motivação = Expectativa (crença de que o esforço produz o resultado) x valor atribuído ao resultado. A teoria da expectativa procura explicar a cadeia de causas e efeitos que liga o esforço inicial ao resultado ou recompensa final. Os componentes principais da teoria da expectativa são os seguintes: o valor dos resultados, a associação entre o desempenho e a recompensa e a associação entre o esforço e o desempenho”11. A formulação do item é muito parecida com o início da citação acima. Para a prova, portanto, ambas as fórmulas estão certas. Mais um item antes de fecharmos este assunto: Item 25 (Cespe / TRE-RS 2003) De acordo com a teoria da expectativa, um empregado estará motivado a aplicar alto nível de esforço quando ele acreditar que esse esforço levará a uma boa avaliação de desempenho e não que essa avaliação levará a determinadas recompensas. Item errado. A motivação não necessariamente tem a ver com a 11 Maximiano, Teoria Geral da Administração, p. 253. CURSO ON-LINE – GESTÃO DE PESSOAS – MPU – ANALISTA PROFESSOR: FLÁVIO SPOSTO 25 www.pontodosconcursos.com.br avaliação de desempenho. Ela tem a ver com a relação entre a valência (que pode ser uma recompensa), a expectativa e a força. 2.9. Teorias X e Y de McGregor O psicólogo americano Douglas McGregor (1906-1964) afirmava que havia duas abordagens principais de motivação e liderança: as teorias X e Y. A teoria X apresentava uma visão negativa da natureza humana: pressupunha que os indivíduos são naturalmente preguiçosos, não gostam de trabalhar, precisam ser guiados, orientados e controlados para realizarem a contento os trabalhos. É o famoso chicote, pessoal. Esta teoria resulta em práticas gerenciais autoritárias. A teoria Y é o oposto: diz que os indivíduos são auto-motivados, gostam de assumir desafios e responsabilidades e irão contribuir criativamente para o processo se tiverem suficientes oportunidades de participação. Vejam estas teorias, nas palavras do Cespe: Item 26 (Cespe / Anvisa 2004) A famosa teoria de McGregor supõe dois tipos de concepção sobre a natureza da relação homem-trabalho. A primeira, denominada teoria X, apóia-se em três princípios: o homem tem aversão ao trabalho; precisa ser controlado e punido para que se esforce no trabalho e cumpra os objetivos organizacionais; evita responsabilidades, pois está interessado apenas na sua própria segurança pessoal e financeira. A teoria Y, por outro lado, baseia-se em visão mais otimista da relação homem- trabalho. O indivíduo, segundo essa teoria, quer desenvolver-se, procura responsabilidades, é capaz de autodirigir-se e de colocar a sua criatividade a serviço da organização. Item certo. Explicação bastante instrutiva a respeito destas teorias. CURSO ON-LINE – GESTÃO DE PESSOAS – MPU – ANALISTA PROFESSOR: FLÁVIO SPOSTO 26 www.pontodosconcursos.com.br Mais um item a este respeito: Item 27 (Cespe / Câmara dos Deputados 2003) McGregor propõe duas visões distintas de seres humanos: uma negativa, a chamada de teoria y e outra positiva, a teoria x. De acordo com a teoria y, empregados não gostam de trabalho, evitam responsabilidades e, por isso, devem ser coagidos para atingirem as metas. De acordo com a teoria x, uma pessoa comum pode aceitar responsabilidades, os empregados podem ver o trabalho como sendo algo tão natural quanto o lazer, e as pessoas exercitariam auto-orientação e autocontrole se estivessem comprometidas com os objetivos organizacionais. Item errado. O erro do item foi a inversão das descrições das teorias X e Y. 3. Liderança. Natureza da liderança. Liderança é um fenômeno de natureza social, existente nas mais diferentes situações sociais. Seja em um grupo de crianças na escola, seja em uma equipe esportiva, seja em uma equipe formalmente constituída na organização, sempre há pessoas que assumem a liderança e que são reconhecidas como líderes pelas outras pessoas. No estudo de organizações, que é o que nos interessa, a liderança também se manifesta, seja institucionalmente, por pessoas colocadas formalmente em cargos de chefia e liderança, seja de forma espontânea, por pessoas que, por diferentes razões e em diferentes contextos, assumem o papel de líder. O conceito de liderança guarda grande semelhança com o conceito de poder. A liderança pode ser entendida como o exercício, a utilização, do poder. CURSO ON-LINE – GESTÃO DE PESSOAS – MPU – ANALISTA PROFESSOR: FLÁVIO SPOSTO 27 www.pontodosconcursos.com.br Lembram que, quando estudamos a motivação, vimos que existem diferentes maneiras de compreendê-la? O mesmo vale para a liderança. Existem diferentes teorias da liderança, e vamos, agora, ver quais são as principais, as que podem ser objeto de questionamento no nosso concurso. 3.1. Teoria dos traços Trata-se de teoria mais antiga, segundo a qual a liderança é dada por características inatas do indivíduo. Bryman, citado por Ana Limogi- França e Eliete Arellano 12, cita três grandes tipos de traços que influenciam a liderança: Fatores físicos. Tem a ver com características físicas dos indivíduos, tais como peso, altura, formato dos olhos, formato do queixo, tipo de voz; Habilidades: “inteligência, fluência verbal, escolaridade e conhecimento são tidos como características facilitadoras da liderança. Em princípio, quando alguém tem habilidade de se comunicar ou informar, há maior possibilidade de que atraia a atenção”; Aspectos da personalidade: “moderação, introversão, extroversão, dominância, ajustamento pessoal, autoconfiança, sensibilidade interpessoal e controle emocional são as características mais atuantes na aceitação ou não de um líder”. É inegável que estes fatores exercem, de fato, influência na liderança. Possivelmente um indivíduo extrovertido terá uma probabilidade maior de assumir um papel de liderança do que um indivíduo excessivamente tímido. Talvez um indivíduo alto e com voz grossa chame mais atenção do que um indivíduo baixo e com voz fina. Esta teoria tem, porém, inúmeras limitações. Mahatma Gandhi, 12 As pessoas na organização, p 263 CURSO ON-LINE – GESTÃO DE PESSOAS – MPU – ANALISTA PROFESSOR: FLÁVIO SPOSTO 28 www.pontodosconcursos.com.br o grande líder pacifista da Índia, é citado como contra-exemplo da teoria dos traços. O que se sabe hoje é que a liderança é influenciada por diferentes variáveis, inclusive contexto em que ocorre, objetivo do líder, características do grupo liderado etc. Sabe-se que os fatores físicos não são irrelevantes, mas não determinantes. Sabe-se, também, que as habilidades podem ser treinadas e diversos aspectos da personalidade e traços comportamentais podem ser ajustados e praticados. Item 28. (Cespe / INSS 2008) A liderança exercida em decorrência de qualidades natas do líder é denominada liderança liberal. Item errado. A teoria que diz que a liderança é exercida em razão de qualidades natas do líder é denominada teoria dos traços. 3.2. Estilos de liderança e situações de trabalho. As teorias mais utilizadas de liderança são aquelas que relacionam os estilos de liderança com determinadas situações de trabalho. Provavelmentea teoria mais famosa dos estilos de liderança é aquela que fala da liderança autocrática, liderança liberal e liderança democrática. Liderança autocrática é aquela em que as decisões são tomadas unicamente pelo líder, sem a participação da equipe. O líder autocrático decide sozinho quais são as metas e objetivos e quais as maneiras de alcançá-los. A liderança liberal, ou laissez-faire, é aquela que praticamente não conta com a participação do líder. Neste estilo de liderança, a equipe tem total autonomia para decidir quais são os objetivos e as metas e como eles serão alcançados. CURSO ON-LINE – GESTÃO DE PESSOAS – MPU – ANALISTA PROFESSOR: FLÁVIO SPOSTO 29 www.pontodosconcursos.com.br Na liderança democrática, o líder estimula na equipe os comportamentos desejados. Apesar de a equipe gozar de relativa autonomia e de decidir coletivamente, o líder encoraja e estimula a tomada de decisão, e orienta os membros da equipe. Como a equipe participa da tomada de decisão, ela se reconhece nas metas e objetivos, e possivelmente irá se sentir mais motivada para alcançá- los. Alguns itens de prova: Item 29 (Cespe / DFTRANS 2008) A liderança autocrática tem como foco a automatização dos processos de trabalho e o compartilhamento das decisões com os membros da equipe. Item errado. Liderança autocrática é aquela em que as decisões são tomadas unicamente pelo chefe, ou seja, não são compartilhadas. Além disso, não tem nenhuma relação com automatização de processos de trabalho. Item 30 (Cespe / INSS 2008) Na liderança democrática, a equipe tem total liberdade para tomar decisões e a intervenção do líder é mínima. Item errado. O estilo de liderança em que a equipe tem total liberdade é a liderança liberal, ou laissez-faire. Alguém poderia se perguntar: qual o melhor estilo de liderança? A verdade é que não existe melhor estilo. Para decidir que estilo usar, temos que avaliar o contexto, o objetivo, o tipo de equipe. Certamente, em uma situação de guerra, um batalhão do exército tem que funcionar com uma liderança autocrática. Se houvesse liderança liberal, provavelmente ele seria esmagado pelo inimigo. Em certos contextos, como em organizações públicas, em que a equipe é suficiente madura, é melhor implementar a liderança democrática. CURSO ON-LINE – GESTÃO DE PESSOAS – MPU – ANALISTA PROFESSOR: FLÁVIO SPOSTO 30 www.pontodosconcursos.com.br 3.3. Teoria dos enfoques situacionais ou contingencial A liderança deve ser compreendida de acordo com a situação de trabalho, ou contexto em que ocorre, ou seja, deve-se considerar características do líder, dos seguidores e da situação. Não existe, portanto, um estilo de liderança dado previamente e quê seja superior aos demais, o que vai determinar o melhor estilo a ser adotado pelo líder é a situação. Em relação a este aspecto, temos as teorias situacionais de liderança. Item 31 (Cespe / PGE-PA 2006) Liderança não pode ser imposta pela organização, pois se trata de um atributo que depende apenas das características do líder. Hoje em dia, sabemos que a liderança não depende apenas das características dos líderes. Ela depende, também, do contexto, das características dos liderados e do objetivo a ser alcançado. Além disso, ela pode sim ser imposta, já que as chefias são institucionalmente determinadas pela organização, mesmo que as pessoas não concordem. Item, portanto, errado. Existem diferentes teorias situacionais. Uma delas é a teoria de Fiedler, “que propõe que o desempenho do grupo depende da combinação entre o estilo do líder de interagir com seus seguidores e o grau em que a situação dá controle e influência ao líder”13. “Assim, a eficácia do líder seria determinada pela interação da orientação do empregado com três variáveis situacionais básicas que influenciam a favorabilidade de uma situação para um líder: • Relações entre líder e membros do grupo: relacionamento pessoal que o líder tem com os membros do grupo, em termos de confiança e respeito; 13 As pessoas na organização, p. 265. CURSO ON-LINE – GESTÃO DE PESSOAS – MPU – ANALISTA PROFESSOR: FLÁVIO SPOSTO 31 www.pontodosconcursos.com.br • Estrutura da tarefa: definição das metas das tarefas, procedimentos e orientações no grupo; e • Posição de poder do líder: grau de poder e influência que um líder tem sobre seus subordinados. Com base em estudos empíricos, Fiedler constatou que, quando a situação geral era muito favorável (boas relações líder-membros, tarefa estruturada, forte influência do líder) ou muito desfavorável (relações líder-membros ruins, tarefa não estruturada, posição pouco influente), o estilo de liderança mais eficaz era o autoritário. No entanto, quando a situação se caracterizava por favorabilidade mediana (por exemplo: boas relações entre líder e membros, mas tarefa pouco estruturada e pouca influência do líder), o estilo mais eficaz era o democrático”14. Questão de prova: Item 32 (Cespe / TRE-RS 2003) De acordo com o modelo contingencial desenvolvido por Fiedler, o líder eficaz é aquele que possui características especiais que o distinguem dos seus liderados, o que se denomina teoria dos traços. Item errado. Com base no que acabamos de estudar, este item era fácil, né? O modelo contingencial desenvolvido por Fiedler é centrado na situação. O item descreve a teoria dos traços, segundo a qual o melhor líder tem traços inatos que o fazem ser um bom líder. Vamos ver, agora a teoria situacional mais famosa. É a teoria de Hersey e Blanchard. Esta teoria é melhor compreendida com base na figura abaixo15: 14 Gil, p. 225-226. 15 Figura extraída de www.scielo.br/img/revistas/rlae/v6n1/13924f1.gif. CURSO ON-LINE – GESTÃO DE PESSOAS – MPU – ANALISTA PROFESSOR: FLÁVIO SPOSTO 32 www.pontodosconcursos.com.br A teoria é construída com base em quatro estágios da maturidade do liderado. Percebam que, na parte de baixo do gráfico, vemos o M1, M2, M3 e M4, que são os quatro estágios de maturidade por que passa um indivíduo na organização. Dependendo do estágio de maturidade dos liderados, o líder deve adotar um estilo de relacionamento diferente. Na parte de cima da figura, temos um gráfico com dois eixos. O eixo horizontal é a orientação à tarefa, ou comportamento de tarefa. O eixo vertical é o comportamento de relacionamento. O primeiro estágio é o determinar (E1). Nele, o chefe/líder deve se concentrar no trabalho, na tarefa. Trata-se de equipe que não possui CURSO ON-LINE – GESTÃO DE PESSOAS – MPU – ANALISTA PROFESSOR: FLÁVIO SPOSTO 33 www.pontodosconcursos.com.br maturidade (M1) suficiente para tomar decisões sozinha, ou seja, é o próprio líder que distribui as tarefas e determina como elas serão feitas. Entenda que, no gráfico, este estágio tem orientação baixa ao relacionamento e alta à tarefa. No segundo estágio, o líder deve persuadir (E2). Neste estágio, o líder deve ter ênfase tanto na tarefa como nas pessoas, no relacionamento. As pessoas já conhecem os trabalhos, mas ainda não tem maturidade suficiente para assumi-los sozinhas. O terceiro estágio é denominado compartilhar (E3). As pessoas já conhecem bastante do trabalho e já tem vontade de tomar decisões sozinhas. Nesta fase, o líder e a equipe tomam as decisões juntos. O quarto e último estágio é o delegar (E4). Nele, o liderado já tem maturidade suficiente para tomar as decisões sozinho (M4), ou seja, o líder delega ao liderado as decisões a respeito de como, onde e quando os trabalhos serão realizados. Neste quadrante, a orientação é baixa tanto para a tarefa quanto para os relacionamentos. Conseguiram entender os quatro quadrantes (“quadrados”) do gráfico (E1, E2, E3 e E4)? Este conteúdo não é fácil, mas costuma ser muito cobrado em provasde administração e de RH/Gestão de Pessoas. Item 33 (Cespe / Terracap 2004) Com relação a liderança situacional, de Hersey e Blanchard, é correto afirmar que são enfatizados especialmente os seguidores. Item certo. Segundo a teoria da liderança situacional de Hersey e Blanchard, a liderança deve ser escolhida com base na maturidade dos seguidores. CURSO ON-LINE – GESTÃO DE PESSOAS – MPU – ANALISTA PROFESSOR: FLÁVIO SPOSTO 34 www.pontodosconcursos.com.br 3.4. Liderança carismática, transformacional e transacional Os assuntos deste tópico têm sido menos cobrados em provas de concursos, mas já foram cobrados pelo Cespe, então trago aqui tal tópico para evitar surpresas. “A liderança carismática está associada ao carisma [...]. Entre as características do líder carismático, House aponta confiança nos seguidores e a similaridade de crenças. Os liderados apresentam aceitação incondicional dos líderes, obediência espontânea, envolvimento emocional com a missão, alto nível de desempenho e crença na capacidade de contribuição. Na liderança transformacional, de acordo com Burns (1978), líderes e seguidores elevam um ao outro a níveis mais altos de moralidade e motivação. Esse tipo de influência aumenta o grau de conscientização e envolvimento e ativa a busca da auto-realização. “Na liderança transacional, o processo é compreendido como a ocorrência de transações mutuamente gratificantes entre líderes e seguidores em determinado contexto situacional. O líder transacional guia seus seguidores na direção das metas e esclarece as exigências de papel e da tarefa”16. Vamos nos aprofundar nesse ponto sobre a liderança transacional e a liderança transformacional a partir dos ensinamentos de Vasconcelos17: "A liderança transacional caracteriza-se pela troca não duradoura entre o líder e o liderado. Essa liderança é marcada pelo comportamento condicionado, no qual um indivíduo aceita seguir um líder porque este tem os meios para viabilizar essa troca, seja ela por meio de remuneração, da influência política etc. No processo de 16 As pessoas, p 266-267 17 Vasconcelos, Isabela F Gouveia de Mascarenhas, André Ofenhejm Organizações em aprendizagem São Paulo: Thomson Learning, 2007 CURSO ON-LINE – GESTÃO DE PESSOAS – MPU – ANALISTA PROFESSOR: FLÁVIO SPOSTO 35 www.pontodosconcursos.com.br liderança transacional, o seguidor aceita as ordens do líder por uma questão de poder formal. O líder geralmente consegue a submissão das pessoas às suas idéias devido a esse poder formal e à prerrogativa da recompensa ou da punição. A relação de troca entre o líder e o seguidor desaparece no momento em que aquele não pode mais recompensar ou punir os liderados." "A liderança transformacional é o processo segundo o qual o líder influencia na definição da realidade dos liderados e caracteriza-se pela articulação da experiência e dos significados compartilhados pelo grupo social de modo a viabilizar determinados modos de ação. O líder transformacional assume a complexidade de motivações e de interesses que caracteriza os indivíduos e procura motivos potenciais entre seus seguidores. Em um processo de liderança trasnformacional o líder não necessita de sua autoridade formal para conseguir a adesão de seus liderados. Os vínculos entre os dois tornam-se mais próximos daqueles tipicamente afetivos, o que faz com que o liderado siga o líder voluntariamente." 4. Exercícios Vamos ao melhor simulado, que são os exercícios? Os 33 primeiros itens são itens de provas recentes do Cespe (deste ano e do ano passado), enquanto os demais da lista são os itens que vimos ao longo da aula. Aproveitem as listas de exercícios ao final de cada aula para praticar a resolução de questões! São mini-simulados, que podem ser o melhor parâmetro para vocês saberem como estão em cada disciplina e quais tópicos precisam de maior atenção de vocês. Preparados? Item 1. A teoria motivacional da equidade reconhece que os indivíduos julgam a quantidade absoluta de suas recompensas CURSO ON-LINE – GESTÃO DE PESSOAS – MPU – ANALISTA PROFESSOR: FLÁVIO SPOSTO 36 www.pontodosconcursos.com.br organizacionais, não só pelos seus esforços, mas também pela recompensa obtida pelos outros em face dos insumos por eles empregados. Item 2. Considere que um gestor de pesquisas de determinado órgão governamental da área de saúde, em vez de se esforçar para solucionar problemas e definir novas metas mais desafiadoras, idealiza ser influente e controlar os outros integrantes da sua unidade. A sua preferência é atuar em situações competitivas voltadas para o status, e ele se preocupa mais com o prestígio decorrente dos resultados e da influência sobre os outros. Com base na teoria das necessidades de McClelland, esse indivíduo possui a necessidade de afiliação como a mais preponderante. Item 3. A motivação de um indivíduo inserido em uma organização tem relação direta com a intensidade de esforços que ele emprega, por isso indivíduos motivados geram resultados favoráveis para a organização. (Cespe / Detran 2009) Julgue os itens a seguir, acerca de motivação e satisfação no trabalho. Item 4. Políticas da empresa, salários e condições de trabalho são fatores higiênicos ou de satisfação no trabalho. Esses pressupostos estão de acordo com a teoria desenvolvida por McGregor, denominada teoria Y. Item 5. Valência, na teoria da expectância de Vroom, está relacionada à força de atração de um resultado almejado por um indivíduo. Item 6. Na abordagem motivacional de estabelecimento de metas, há um ciclo motivacional que inclui valores pessoais, as próprias metas, os feedbacks provenientes da auto-avaliação e da avaliação de gerencial e o desempenho das ações relacionadas às metas. CURSO ON-LINE – GESTÃO DE PESSOAS – MPU – ANALISTA PROFESSOR: FLÁVIO SPOSTO 37 www.pontodosconcursos.com.br Item 7. (Cespe / Detran 2009) Segundo a teoria da contingência de Fiedler, a liderança está atrelada à pessoa do líder e à situação. Item 8. (Cespe / TCU 2009) O administrador público, buscando atuar alinhado com um estilo de liderança pautado em pressupostos de motivação propostos por Maslow, deve assegurar, como primeiro aspecto que motivará o seu subordinado, a garantia de atendimento das necessidades que geram o comprometimento e a satisfação do grupo no trabalho. Item 9. (Cespe / TCU 2009) Considerando a teoria dos dois fatores de Hezberg, existem duas formas de motivar os empregados: uma pautada em uma ação mais dura, voltada apenas para aspectos financeiros (fator X), e outra mais participativa, voltada para aspectos de socialização (fator Y). Item 10. (Cespe / MPS 2010) A teoria de Maslow cita as necessidades humanas como uma pirâmide, fazendo um paralelo com uma hierarquia. Na base dessa pirâmide, encontram-se as necessidades básicas ou fisiológicas e o pressuposto é: uma necessidade, em qualquer ponto da hierarquia, precisa ser atendida antes que a necessidade do nível seguinte se manifeste. Item 11. (Cespe / Embasa 2010) De acordo com as teorias motivacionais, as necessidades variam de indivíduo para indivíduo e produzem diferentes padrões de comportamento. Geralmente, estão relacionados a um desejo e(ou) direcionados a um objetivo. Item 12. (Cespe / Embasa 2010) Uma necessidade satisfeita não é motivadora de comportamento, pois apenas necessidades não satisfeitas influenciam o comportamento, embora duas necessidades possam, conjuntamente, orientar a ação das pessoas, fato que enfraquece a ideia de hierarquia de necessidades. CURSO ON-LINE – GESTÃO DE PESSOAS – MPU – ANALISTA PROFESSOR: FLÁVIO SPOSTO 38 www.pontodosconcursos.com.br Item 13. (Cespe / TRT 17ª Região 2009) Na teoria motivacional de Vroom, expectância ou expectativa é o componente da força motivacionalrelacionado ao valor que o indivíduo atribui às consequências de uma ação. Item 14. (Cespe / TRT 17ª Região 2009) Segundo a teoria motivacional de McClelland, há três tipos de necessidades humanas: o poder, a afiliação e a realização. Item 15. (Cespe / TRE PR 2009) Segundo a teoria de motivação humana, de Herzberg, as pessoas não podem subir para o próximo nível de necessidade até que os níveis abaixo sejam preenchidos. (Cespe / Banco da Amazônia 2010) Julgue os itens subsequentes, relativos à motivação e à liderança. Item 16. Se o gerente de uma agência bancária com 35 funcionários do quadro, 10 terceirizados e 5 estagiários adotar uma postura única como forma de motivar seus colaboradores, essa conduta estará de acordo com os pressupostos da teoria de Maslow. Item 17. A preocupação do gerente de uma agência bancária com a salubridade do ambiente de trabalho identifica-se com os aspectos motivacionais propostos na teoria de Herzberg. Item 18. A implantação de um novo plano de remuneração que contemple um aumento substancial no salário dos colaboradores de uma organização vai ao encontro dos fatores extrínsecos propostos na teoria de Herzberg. Item 19. A adoção de um controle rigoroso por parte de um gerente sobre seus colaboradores, por entender que estes são desmotivados e dependem de uma liderança forte, identifica-se com os pressupostos da teoria X proposta por Douglas McGregor. CURSO ON-LINE – GESTÃO DE PESSOAS – MPU – ANALISTA PROFESSOR: FLÁVIO SPOSTO 39 www.pontodosconcursos.com.br Item 20. Na atualidade, inexiste situação que comporte a aplicação da liderança autocrática no âmbito de uma organização, pois essa é uma teoria sem aplicabilidade prática. Item 21. (Cespe / Banco da Amazônia 2010) Segundo o modelo contingencial de liderança de Fiedler, a relação entre líder e liderados diz respeito à camaradagem e à preocupação pessoal do líder com seus liderados. (Cespe / FUB 2009) Acerca da motivação e da liderança nas organizações, julgue os itens seguintes. Item 22. A motivação exige a descoberta e o entendimento das necessidades e dos desejos dos empregados para que os comportamentos sejam canalizados em direção ao desempenho das atividades. Item 23. Metas eficazes necessitam não apenas serem compreendidas, como também aceitas. Item 24. Liderança é o processo de influenciar e apoiar outras pessoas para que elas trabalhem entusiasticamente para a obtenção de determinados objetivos. Item 25. Uma liderança bem sucedida depende mais dos traços pessoais do que de comportamentos, habilidades e ações apropriados. Item 26. Os líderes participativos abordam alguns empregados e pedem suas contribuições antes de tomarem as decisões, sem, no entanto, descentralizarem a autoridade. Item 27. (Cespe / FUB 2009) Liderança não tem influência nas relações interpessoais exercidas em determinada situação, mas é dirigida por meio do processo da comunicação humana à consecução de um ou de diversos objetivos específicos. CURSO ON-LINE – GESTÃO DE PESSOAS – MPU – ANALISTA PROFESSOR: FLÁVIO SPOSTO 40 www.pontodosconcursos.com.br Item 28. (Cespe / FUB 2009) Estilos de liderança referem-se aos estilos de comportamento do líder em relação aos seus subordinados, isto é, maneiras pelas quais o líder orienta sua conduta. Há três estilos de liderança: autoritária, liberal e democrática. Item 29. (Cespe / MPS 2010) O estilo de liderança adotado por uma organização influi direta e indiretamente em seus resultados. No caso da liderança orientada para tarefas, a autocracia e o autoritarismo são características marcantes. Já no estilo de liderança voltado para as pessoas, as características são democracia e participação dos funcionários. (Cespe / Embasa 2010) Liderança é a influência interpessoal exercida em determinada situação e dirigida, por meio do processo da comunicação humana, à consecução de um ou de diversos objetivos específicos. Com relação às teorias de liderança, julgue os próximos itens. Item 30. A teoria dos traços de personalidade baseia-se no pressuposto de que certos indivíduos possuem uma combinação de diversos traços de personalidade, que, ao serem analisados, permitem que sejam identificados líderes potenciais. Item 31. Segundo essas teorias, os estilos de liderança podem ser classificados em autoritário, liberal e democrático. Item 32. (Cespe / ANAC 2009) Douglas MacGregor desenvolveu as teorias X e Y. Segundo tal conceituação, a teoria X parte do pressuposto de que as pessoas teriam aversão ao trabalho e à responsabilidade, preferindo ser dirigidas, demandando, portanto, um tipo de liderança que privilegia o controle, ao passo que o pressuposto da teoria Y seria de que as pessoas são criativas, têm propensão a gostar do trabalho e, portanto, rendem melhor quando CURSO ON-LINE – GESTÃO DE PESSOAS – MPU – ANALISTA PROFESSOR: FLÁVIO SPOSTO 41 www.pontodosconcursos.com.br submetidas a um tipo de liderança que incentive a motivação e a perspectiva de valorização profissional e pessoal. Item 33. (Cespe / MS 2009) O modelo de liderança situacional proposto por Hersey e Blanchard, integrante da abordagem comportamental, vincula a competência e a motivação como elementos importantes do processo de liderança, além de reconhecer que a maturidade dos subordinados define o comportamento do líder mais orientado para a tarefa ou para o relacionamento. Item 34. (Cespe / Serpro 2005) Uma vez que o comportamento humano é multideterminado, a busca de explicações para comportamentos organizacionais deve ser realizada levantando informações de diversos possíveis preditores. Item 35. (Cespe / Anvisa 2004) O relacionamento indivíduo- organização é marcado por trocas e reciprocidades. Percepções individuais favoráveis acerca da reciprocidade do relacionamento indivíduo-organização estão associadas positivamente a satisfação e comprometimento afetivo no trabalho. Item 36. (Cespe / Banco da Amazônia 2006) O comprometimento organizacional diz respeito ao vínculo do indivíduo com o seu trabalho. O estudo desse fenômeno revela uma multiplicidade de tipos de comprometimento com o trabalho, o emprego, a carreira, a equipe, o sindicato e com a organização. Item 37. (Cespe / CNPQ 2003) A aplicação gerencial da teoria de Skinner evidencia-se na busca de modificação do comportamento humano por meio do reforço positivo ou negativo, tendo em vista que, na teoria do condicionamento, o comportamento é influenciado pelo ambiente. Item 38. (Cespe / TJBA 2003) Compreendendo a motivação a partir da teoria do condicionamento e do reforço operante, os gerentes CURSO ON-LINE – GESTÃO DE PESSOAS – MPU – ANALISTA PROFESSOR: FLÁVIO SPOSTO 42 www.pontodosconcursos.com.br buscam aumentar a probabilidade de os comportamentos serem mantidos, a partir de reforços positivos, como o reconhecimento e as promoções. Item 39. (Cespe / TRE-AL 2004) A questão ética constitui um fator de crítica à teoria motivacional abordada por Skinner. Item 40. (Cespe / TJBA 2003) A teoria da hierarquia das necessidades constitui uma das principais teorias da motivação e tem como um de seus pontos positivos o fato de se apoiar intensamente em pesquisa empírica. Maslow, além de ter fornecido substanciação empírica para a sua teoria, acreditava que, à medida que necessidades de baixa ordem fossem atendidas, as necessidades de alta ordem tornar-se-iam dominantes. Item 41. (Cespe / MCT 2004) Necessidades buscadas pelos indivíduos na organização não são, de acordo com Maslow, organizadas de modo hierarquicamente seqüencial. Item 42. (Cespe / Serpro 2005) No quarto nível da hierarquia de Maslow — necessidade de estima — estão as necessidades de amor, afeição e de relacionamento com outras pessoas. Item 43. (Cespe / UEPA 2008) Segundo Maslow, em sua teoria sobre a hierarquia das necessidades, diversascategorias de necessidades podem manifestar-se simultaneamente. Item 44. (Cespe / Ministério da Ciência e Tecnologia 2004) Segundo a teoria de motivação ERC de Alderfer, mais de uma necessidade pode ativar o comportamento ao mesmo tempo. Item 45. (Cespe / Cearáportos 2004) A teoria ERG (necessidades existenciais, de relacionamento e de crescimento) de Alderfer busca aperfeiçoar a teoria das necessidades humanas de Maslow e adaptá- la para o entendimento das necessidades das pessoas no trabalho. CURSO ON-LINE – GESTÃO DE PESSOAS – MPU – ANALISTA PROFESSOR: FLÁVIO SPOSTO 43 www.pontodosconcursos.com.br Item 46. (Cespe / SAAE 2003) Os dois fatores da teoria de Herzberg, os higiênicos e os de motivação, estão relacionados à insatisfação e à satisfação no trabalho, respectivamente. Item 47. (Cespe / Serpro 2005) De acordo com a teoria dos dois fatores de Herzberg, são considerados exemplos de fatores higiênicos: salário, supervisão, relacionamento com colegas de trabalho e políticas organizacionais. Esses fatores promovem a motivação para o trabalho. Item 48. (Cespe / UEPA 2008) Segundo a Teoria de Hezberg (teoria dos dois fatores), um servidor público pode estar satisfeito na função que desenvolve, a despeito do salário recebido. Item 49. (Cespe / INSS 2008) De acordo com a teoria bifatorial de Herzberg, os fatores higiênicos são intrínsecos ao trabalho e são os responsáveis pela motivação e pela satisfação no trabalho. Item 50. (Cespe / TCU 2007) As metas de trabalho definidas para os funcionários devem ser de baixa complexidade para que eles não sintam receio de conseguir alcançar o que foi estabelecido. Item 51. (Cespe / TRE-AL 2004) Não existe relação entre o desempenho e a motivação do indivíduo e o estabelecimento de metas nas organizações. Item 52. (Cespe / Câmara dos Deputados 2003) A administração por objetivos (APO) é um exemplo da aplicação da teoria de determinação de metas e, como componentes básicos, conta com a especificidade de meta, a tomada de decisão unilateral, um período de tempo explícito e feedback sobre o desempenho. Item 53. (Cespe / TJDFT 2008) Segundo a teoria da eqüidade de Adams, as pessoas são motivadas a alcançar uma situação de justiça ou igualdade em suas relações com outras pessoas e com as CURSO ON-LINE – GESTÃO DE PESSOAS – MPU – ANALISTA PROFESSOR: FLÁVIO SPOSTO 44 www.pontodosconcursos.com.br organizações onde trabalham. Essa procura pela igualdade inclui o uso de mecanismos como mudança nas contribuições que o indivíduo oferece à organização e abandono temporário ou definitivo da situação. Item 54. (Cespe / SGA – SEDF 2003) Segundo a teoria da eqüidade, a motivação de um empregado reduz o absenteísmo quando as comparações entre os seus insumos e resultados se equivalem aos insumos e resultados dos outros empregados. Item 55. (Cespe / Terracap 2004) A teoria motivacional da expectativa de Vroom concebe a motivação como uma força de natureza emocional e consciente, que é ativada no momento em que um indivíduo é levado a escolher entre diversos cursos de ação. A escolha seria função de três variáveis: valência, expectativa e instrumentalidade. Item 56. (Cespe / SGA-SE-DF 2002) O absenteísmo está intrinsecamente ligado à motivação, e a teoria da expectância prevê a motivação como um resultado da expectativa, da instrumentalidade e da valência. Item 57. (Cespe / STF 2008) No enfoque comportamental na administração, de acordo com a teoria da expectativa, acredita-se que o esforço produz o desempenho e este, o resultado, ao qual as pessoas atribuem valores. Desse modo, a motivação estaria assim representada: motivação = expectativa (de que o esforço produz o resultado) × valor atribuído ao resultado. Item 58. (Cespe / TRE-RS 2003) De acordo com a teoria da expectativa, um empregado estará motivado a aplicar alto nível de esforço quando ele acreditar que esse esforço levará a uma boa avaliação de desempenho e não que essa avaliação levará a determinadas recompensas. CURSO ON-LINE – GESTÃO DE PESSOAS – MPU – ANALISTA PROFESSOR: FLÁVIO SPOSTO 45 www.pontodosconcursos.com.br Item 59. (Cespe / Anvisa 2004) A famosa teoria de McGregor supõe dois tipos de concepção sobre a natureza da relação homem-trabalho. A primeira, denominada teoria X, apóia-se em três princípios: o homem tem aversão ao trabalho; precisa ser controlado e punido para que se esforce no trabalho e cumpra os objetivos organizacionais; evita responsabilidades, pois está interessado apenas na sua própria segurança pessoal e financeira. A teoria Y, por outro lado, baseia-se em visão mais otimista da relação homem- trabalho. O indivíduo, segundo essa teoria, quer desenvolver-se, procura responsabilidades, é capaz de autodirigir-se e de colocar a sua criatividade a serviço da organização. Item 60. (Cespe / Câmara dos Deputados 2003) McGregor propõe duas visões distintas de seres humanos: uma negativa, a chamada de teoria y e outra positiva, a teoria x. De acordo com a teoria y, empregados não gostam de trabalho, evitam responsabilidades e, por isso, devem ser coagidos para atingirem as metas. De acordo com a teoria x, uma pessoa comum pode aceitar responsabilidades, os empregados podem ver o trabalho como sendo algo tão natural quanto o lazer, e as pessoas exercitariam auto-orientação e autocontrole se estivessem comprometidas com os objetivos organizacionais. Item 61. (Cespe / INSS 2008) A liderança exercida em decorrência de qualidades natas do líder é denominada liderança liberal. Item 62. (Cespe / DFTRANS 2008) A liderança autocrática tem como foco a automatização dos processos de trabalho e o compartilhamento das decisões com os membros da equipe. Item 63. (Cespe / INSS 2008) Na liderança democrática, a equipe tem total liberdade para tomar decisões e a intervenção do líder é mínima. CURSO ON-LINE – GESTÃO DE PESSOAS – MPU – ANALISTA PROFESSOR: FLÁVIO SPOSTO 46 www.pontodosconcursos.com.br Item 64. (Cespe / PGE-PA 2006) Liderança não pode ser imposta pela organização, pois se trata de um atributo que depende apenas das características do líder. Item 65. (Cespe / TRE-RS 2003) De acordo com o modelo contingencial desenvolvido por Fiedler, o líder eficaz é aquele que possui características especiais que o distinguem dos seus liderados, o que se denomina teoria dos traços. Item 66. (Cespe / Terracap 2004) Com relação a liderança situacional, de Hersey e Blanchard, é correto afirmar que são enfatizados especialmente os seguidores. 5. Gabarito 1. Item certo. A teoria da equidade é uma teoria motivacional focada em uma comparação feita pelo indivíduo. Ele compara os esforços que emprega e resultados que alcança com as recompensas que recebe da organização, mas também compara isso com os esforços e resultados de outros trabalhadores e com as recompensas que esses outros trabalhadores recebem. A motivação dele, de acordo com esta teoria, varia conforme a percepção de justiça resultante de tal comparação. 2. Item errado. A teoria das necessidades de McClelland prevê que há três tipos de necessidades humanas: necessidade de realização, necessidade de poder e necessidade de afiliação. A situação descrita no item refere-se a um indivíduo em que prepondera a necessidade de poder. Ele está continuamente preocupado com poder, status, influenciar os outros. A necessidade de afiliação, por outro lado, é aquela em que o indivíduo investe em seus relacionamentos interpessoais. 3. Item errado. O item é correto até a palavra “emprega”. O erro está em afirmar que indivíduos motivados geram resultados favoráveis. CURSO ON-LINE – GESTÃO DE PESSOAS – MPU – ANALISTA PROFESSOR: FLÁVIO SPOSTO 47 www.pontodosconcursos.com.br Isso é desmentido quando, por exemplo, um indivíduo altamente motivado e com orientações incorretas gera muitos resultados medíocres.
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