Educação como Práxis e As Práticas Pedagógicas

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Educação como Práxis e As 
Práticas Pedagógicas
Isabel Machado
Educação como Práxis e As Práticas Pedagógicas 2
Sumário
Introdução ........................................................................................................ 03
Objetivos .......................................................................................................... 04
Estrutura do Conteúdo ................................................................................... 04
Educação como Práxis e As Práticas Pedagógicas
Tópico 1: Entendendo o Conceito de Práxis ..................................................... 05
Tópico 2: A Escola como Espaço de Ensino-aprendizagem ............................. 07
Tópico 3: As Práticas Pedagógicas e o Fazer Docente .................................... 09
 
Resumo ............................................................................................................ 11
Referências Bibliográficas ............................................................................. 12
Educação como Práxis e As Práticas Pedagógicas 3
Seja bem-vindo(a) ao conteúdo “Educação como Práxis e As Práticas Pedagógicas”.
Considerando que a educação é uma ciência e tem o objetivo de contribuir com 
a constante transformação da sociedade na qual estamos inseridos, o nosso estudo 
permitirá a reflexão do ato de educar. 
A práxis deve ser uma ação comprometida com a sociedade e, consequentemente, 
fundamentada teoricamente de modo que possa colaborar com a conquista da qualidade 
da educação. 
É preciso que a educação se desenvolva numa dimensão política e, portanto, social, 
através das relações intencionais entre escola e sociedade. 
Diante do atual contexto educacional, é possível observar que o paradigma da 
educação passou por uma grande transformação nos últimos anos. Hoje o professor não é 
mais considerado o dono do saber, mas sim o mediador e sistematizador do conhecimento 
em sala de aula. 
Logo, considerando que a educação é um processo social realizado pelo indivíduo 
no cotidiano escolar, mais especificamente no contexto de sala de aula, tendo em vista o 
conjunto de práticas pedagógicas realizadas pelos docentes em função da aprendizagem 
dos alunos, vamos refletir também sobre as relações que se percebem como essenciais 
para a consolidação do processo educativo. 
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Estrutura do Conteúdo
Objetivo
sEsperamos que ao final deste conteúdo, você 
seja capaz de::
1. Apresentar a escola como espaço de 
aprendizagem;
2. Reconhecer a educação como práxis políti-
ca, social e pedagógica;
3. Refletir a respeito das práticas pedagógi-
cas; 
4. Reconhecer as práticas pedagógicas e o 
fazer docente. 
Para melhor compreensão do conteúdo, este 
material foi dividido nas seguintes partes: 
1. Entendendo o Conceito de Práxis
2. A Escola como espaço de ensino aprendi-
zagem
3. As Práticas Pedagógicas e o Fazer Docente
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1. Entendendo o Conceito de Práxis 
Práxis é um processo pelo qual o indivíduo exerce uma 
ação transformadora sobre o mundo, buscando uma atividade 
prática sustentada na teoria e na reflexão.
Considerando que o processo de ensino-aprendizagem é uma prática social, refletin-
do a educação no seu sentido mais amplo, podemos dizer que educadores são todos os 
membros de uma sociedade. 
Entretanto, quando estamos tratan-
do de uma educação sistemática, ou 
seja, uma educação organizada, planeja-
da com objetivos traçados e estratégias 
preestabelecidas, se faz necessário um 
profissional da educação com formação 
adequada. 
A Educação como práxis política, 
social e pedagógica nos remete à uma 
reflexão do ato de educar, como uma prática social, inserida num contexto político e que 
através da ação pedagógica é capaz de levar o indivíduo a aprender. 
É preciso ainda entender que: 
“... toda prática social é determinada: por um jogo de forças (interesses, motiva-
ções, intencionalidades); pelo grau de consciência de seus atores; pela visão de 
mundo que os orienta; pelo contexto onde esta prática se dá; pelas necessidades 
e possibilidades próprias a seus atores e próprias à realidade em que se situam.” 
(CARVALHO; NETTO, 1994, p. 59)
Logo, não existe uma educação sem sociedade e nem uma sociedade sem educação. 
Sendo assim, o que é educar? Como podemos motivar o 
outro a aprender?
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Pérez Gómez (1998, p. 101) afirma que diferentemente das ciências naturais, o ob-
jetivo da investigação educativa “não pode reduzir-se à produção de conhecimento para 
incrementar o corpo teórico do saber pedagógico”, no entanto, esse conhecimento deverá 
incorporar-se ao pensamento e à ação dos envolvidos no processo, já que “a intenciona-
lidade e o sentido de toda investigação educativa é a transformação e aperfeiçoamento 
da prática.” 
É preciso entender que o objeto de estudo da Pedagogia é a educação e que, dian-
te da sua enorme complexidade, é necessário apropriar-se do conhecimento da prática 
educativa como uma prática social intencionada, na qual as expectativas sociais e as 
intencionalidades determinam a práxis educativa.
Pimenta (1997) afirma que a ação docente é sempre práxis, uma vez que, essa ação 
envolve necessariamente: uma intencionalidade que dirige e dá sentido à ação; o conhe-
cimento do objeto que se quer transformar, na direção de sua intencionalidade, que já é 
determinada em função desse conhecimento; intervenção planejada e científica sobre o 
objeto, com vistas à transformação da realidade social. 
Freire (1997) afirma que: “faz parte da natureza da prática docente a indagação, a 
busca, a pesquisa. O que se precisa é que, em sua formação permanente, o professor se 
perceba e se assuma, porque professor, porque pesquisador”. 
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No atual contexto educacional, é preciso entender 
uma nova concepção de mundo e, consequentemente, 
um novo sentido de homem, tendo a práxis educativa 
como ação de transformação e criação.
 
O educador, diante desse contexto, tem uma 
ação que vai muito além do que o simples fato de 
cumprir com os diferentes itens de um programa. 
Sua meta é preparar o indivíduo para uma socie-
dade democrática e justa. 
As ações intencionais e reflexivas ca-
racterizam a práxis educativa, o que as di-
ferencia de outras práticas sociais que, 
por um determinado momento, po-
dem até ser consideradas práticas 
educativas, mas, no entanto, por 
não serem organizadas e intencio-
nais, a pedagogia não faz dessas prá-
ticas seu objeto de estudo. 
2. A Escola como Espaço de Ensino-aprendi-
zagem
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Logo, a prática educativa acontece prioritariamente em ló-
cus formais, como nas instituições de ensino, mas não exclusi-
vamente, tendo em vista que ocorre também no trabalho, na fa-
mília e nos processos de comunicação social, ou seja, sempre 
que houver a intencionalidade de ensinar. 
Toda vez que se fizer necessário uma ação teórico-prática, 
isto é, uma práxis educativa, estamos diante de uma práxis pe-
dagógica. 
Leia atentamente o pensamento de Rubens Alves, a seguir: 
“Se fosse ensinar a uma criança a beleza da música, não começaria com partituras, notas 
e pautas. 
Ouviríamos juntos as melodias mais gostosas e lhe contaria sobre os instrumentos que 
fazem a música. 
Aí, encantada com a beleza da música, ela mesma me pediria que lhe ensinasse o mistério 
daquelas bolinhas pretas escritas sobre cinco linhas. 
Porque as bolinhas pretas e as cinco linhas são apenas ferramentas para a produção da 
beleza musical. A experiência da beleza tem de vir antes”. 
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A práxis pedagógica precisa ir além da sala de aula, buscando incessantemente o 
significado do ato de educar. O segredo de uma educação efetiva está no ato de encantar 
o indivíduo durante o seu processo ensino-aprendizagem. E como RubensAlves ressaltou 
no pensamento, após o encantamento, o próprio indivíduo sentirá a necessidade de 
aprender.
Acesse o Recurso Multimídia e veja a definição de práxis 
na visão de Karl Marx.
Conteúdo On-line
3. As Práticas Pedagógicas e o Fazer Docente 
É preciso compreender que as práticas pedagógicas acontecem em meio a uma série 
de elementos, tais como as relações sociais e os saberes docentes que são vivenciadas 
entre os sujeitos do processo educativo, ou seja, docentes e alunos. 
Dessa forma, a escola, nesse contexto, precisa rever suas ações e o seu papel no 
aperfeiçoamento da sua prática educativa e, se for necessário, uma análise de seus con-
ceitos didático-metodológicos, de 
maneira a adequar seu posiciona-
mento pedagógico ao contexto atu-
al, colocando-se na posição de or-
ganização primordial na evolução 
dos princípios essenciais de uma 
sociedade e, portanto, cumprindo 
sua função transformadora de co-
nhecimentos com base no resulta-
do de suas ações. 
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A prática pedagógica no momento atual e a condução do processo ensino-aprendi-
zagem na sociedade contemporânea precisam ter como ponto de partida a reformulação 
pedagógica, de maneira que priorize uma ação mediadora para o desenvolvimento do in-
divíduo, de modo que a escola deixe de ser vista como obrigatoriedade por parte do aluno 
e se torne, na verdade, uma fonte de conhecimento, o levando-o a participar do processo 
de desenvolvimento por se sentir motivado, como um idealizador de práticas, e não como 
um mero receptor de informações. 
Dessa maneira, para se fazer da prática pedagógica algo significativo, se faz neces-
sário: 
Conhecer
Trabalhar
Construir
Envolver
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No decorrer deste conteúdo, pudemos perceber que o ato de educar exige uma prá-
tica intencional pautada nas necessidades reais do indivíduo, sem esquecer do contexto 
social que está inserido. 
Logo, educar não é apenas instruir, ensinar a ler, escrever e calcular, mas sim ensi-
nar a pensar, refletir, construir e questionar em busca do desenvolvimento do seu próprio 
conhecimento. 
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 A Educação como práxis social transformadora.
Disponível em: http://www.recantodasletras.com.br/cronicas/2943369
 Por uma verdadeira práxis educativa: aproximações das teorias de Paulo Freire e 
Antonio Gramsci. Disponível em: http://www.pucpr.br/eventos/educere/educere2007/anai-
sEvento/arquivos/CI-458-04.pdf
 Práticas educativas e ambientes de aprendizagem escolar: relato de três experi-
ências. Disponível em: http://www.senept.cefetmg.br/galerias/Arquivos_senept/anais/ter-
ca_tema1/TerxaTema1Artigo17.pdf
 Práticas educativas em saúde: uma experiência de ensino-aprendizagem sob uma 
visão crítica. Disponível em: http://www2.unimep.br/endipe/2751p.pdf
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CANDAU, Vera Maria (Org.). A Didática em questão. 18. ed. Petrópolis: Vozes, 2008.
CARVALHO, Maria do Carmo; NETTO, José Paulo. Cotidiano: conhecimento e crítica. 
São Paulo: Cortez, 1994. 
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São 
Paulo: Paz e Terra, 1997. 
PÉREZ GÓMEZ, A. I. As funções sociais da escola: da reprodução à reconstrução crí-
tica do conhecimento e da experiência. In: GIMENO SACRISTÁN, J.; PÉREZ GÓMEZ, A. 
I. Compreender e transformar o ensino. 4. ed. Porto Alegre: ArtMed, 1998. 
PIMENTA, S. G. Formação de Professores – Saberes da Docência e Identidade do Pro-
fessor. Nuances, vol III, Presidente Prudente, 1997.