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Lombalgia Dor em região lombar. Aguda: duração de até 4 semanas Subaguda: duração entre 4 a 12 semanas Crônica: duração ≥ 12 semanas A maioria dos casos de dor aguda é por causa muscular e não necessita de intervenções avançadas ou exames de imagem. Avaliação Anamnese: importantes questionar características da dor, sintomas urinários, sintomas sistêmicos, mulher - queixas ginecológicas. NA MAIORIA DOS CASOS É UMA DOR MECÂNICA – SURGIMENTO APÓS ATIVIDADE FÍSICA PESADA OU NÃO HABITUAL, DE INÍCIO GRADUAL, PIORA COM ATIVIDADE E MELHORA COM REPOUSO. Exemplo: paciente sedentário que faz um esforço grande sem condicionamento prévio, trabalhador braçal que faz algum movimento brusco, carrega muito peso...). Exame físico Inspeção: das costas (alinhamento dos processos espinhosos, musculatura, simetria) e postura. Palpação / percussão da coluna: avaliar sensibilidade vertebral e tecidos moles. Pode haver sensibilidade vertebral - infecção espinhal, metástases vertebrais, fraturas. Exame neurológico: avaliação dos reflexos, força, sensação e marcha. Para pacientes com suspeita de radiculopatia, o teste neurológico deve se concentrar nas raízes nervosas L5 e S1 Sinal de Lasègue: presença ou agravamento da dor radicular com a manobra da perna estendida (flexão do quadril com a perna estendida no joelho). A dor está ausente ou inalterada quando o quadril é flexionado com a perna em flexão no joelho. Um sinal de Lasègue positivo ocorre quando a flexão do quadril está entre 30 e 60 graus. Teste de elevação da perna reta contralateral (cruzada): é positivo quando o levantamento da perna não afetada reproduz a dor radicular na perna afetada. Teste de elevação reversa da perna reta (alongamento femoral): posiciona o paciente em decúbito dorsal sobre a mesa e estendendo passivamente o quadril e a perna para fora do plano da mesa, mais útil para avaliar as raízes L2, L3 e L4 Teste de Patrick: manobra em que o quadril é girado externamente com o joelho ipsilateral flexionado a 90 graus e colocado no joelho oposto. O teste é positivo se provocar dor no quadril ou nas nádegas suspeita de doença do quadril ou sacroilíaca. Sinais não orgânicos: psicológicos – dor desproporcional ao exame, queixas sem relação com achados do exame físico, ... Bandeiras vermelhas São sinais de alerta! * A evidência científica é limitada Propedêutica Em pacientes com dores aguda na maioria das vezes não é necessário, solicitar somente se suspeita de causa adjacente. Pacientes com suspeita de infecção ou malignidade (VHS) e/ou PCR + radiografia simples (para determinar a necessidade de imagens avançadas). Extraído do PebMed Imagem Podem mostrar alterações que não necessariamente são a causa ou têm relação com a dor do paciente (por exemplo, osteófitos). Por isso, só solicitar se realmente for necessário. Radiografia simples AP e lateral de coluna lombar Ressonância magnética das imagens avançadas é a melhor (sem e com contraste). Visualiza partes moles (discos, ligamentos, raízes nervosas, gordura epidural, forma e o tamanho do canal espinhal). Tomografia computadorizada Diagnóstico diferencial Compressão de medula espinhal ou cauda equina Dor Alterações motoras (fraqueza) Alterações sensoriais (parestesias) Neoplasia Dor Fratura patológica – dor súbita e intensa Radiculopatia Sintomas relacionados a uma raiz nervosa Dor, perda sensorial, fraqueza e / ou alterações reflexas de acordo com a raiz nervosa envolvida L5 – S1 CIÁTICA Dor aguda ou em queimação irradiando para baixo da nádega ao longo do curso do nervo ciático (a face posterior ou lateral da perna, geralmente no pé ou tornozelo) Estenose lombar Pode ser por espondilose (artrite degenerativa que afeta a coluna) > 60 anos Dor induzida por deambulação localizada na panturrilha e extremidade inferior distal Melhora ao sentar ou inclinar para frente (claudicação neurogênica) Osteoartrite Pode haver dor no quadril (por osteoartrite do quadril ou dor referida na coluna) > 40 anos. Dor geralmente exacerbada pela atividade e aliviada pelo repouso Somatização Características da dor e sintomas associados sem relação com a anatomia Dissecção de aorta Pancreatite Doença ulcerosa péptica Cólica ureteral Doença inflamatória pélvica Pielonefrite Sangramento retroperitoneal Outras infeções sistêmicas Lombalgia subaguda Pacientes que não melhoraram após quatro a seis semanas de terapia conservadora reavaliação. Pacientes que desenvolveram déficits neurológicos ou sintomas de infecção IMAGEM Pacientes que inicialmente tinham exames de imagem negativos para patologia repete se novos sintomas ou mudança das características da dor. Lombalgia crônica Tem que realizar IMAGEM. Tratamento da dor lombar aguda SEM SUSPEIÇÃO DE CAUSA ADJECENTE CONSERVADOR Medidas não farmacológicas: Calor local durante 15 a 20 minutos, 5 vezes por dia. Repouso relativo (fazer as atividades diárias conforme tolerado) Farmacológico: as opções são AINES, relaxantes muscular e analgesia. AINE (cetoprofeno, coques [celecoxibe], ibuprofeno, naproxeno) Relaxante muscular (ciclobenzaprina, dolamin) AINE + relaxante muscular (miosan) Analgesia: paracetamol, dipirona Dor MUITO intensa: PACO, tramadol
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