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Anamnese, Exame Clínico, Diagnóstico e Plano de Tratamento. Anamnese Levantamento dos antecedentes de uma doença ou de um paciente, incluindo seu passado desde o parto, nascimento, primeira infância, bem como seus antecedentes hereditários. → Embora não se discuta a importância da realização da anamnese no planejamento do tratamento odontopediátrico, não há evidência da melhor forma de coleta dessas informações. Não se sabe se uma coleta detalhada e sistematizada de todas as informações tenha benefícios quando comparada a uma anamnese mais simples e direcionada ao relato dos pais Ficha Clínica Identificação do paciente: Nome: Idade: Data de nascimento: RG: Telefones: Nome da mãe: Nome do pai: Endereço: Pediatra: Motivo da consulta: Anotar a queixa principal nas próprias palavras do paciente ou responsável Expectativas/Estado emocional História Pré-natal: Recebeu alguma orientação do obstetra sobre a doença cárie? Houve alguma enfermidade durante a gravidez? Tomou algum medicamento durante a gravidez? Submeteu-se ao tratamento odontológico durante a gravidez? História Natal: A criança nasceu prematura? Com quantas semanas? Recebeu informações do pediatra sobre a doença cárie e higiene bucal do recém nascido? Recebeu informações sobre a importância da amamentação no peito materno para o crescimento e desenvolvimento do bebê? A criança apresenta alguma anomalia congênita? Qual? História Pós-Natal: A criança foi amamentada no peito materno? Até que idade? Usou mamadeira? Começou com que idade? Diurna ou noturna? Conteúdo da mamadeira? Com que idade parou de usar? Quais foram os primeiros alimentos introduzidos? O que ela costuma comer no dia a dia? História Médica passada: A criança já apresentou alguma doença da infância ou doenças sistêmicas? Já esteve sob tratamento médico? Quando e porque? A criança já tomou medicamentos? Quando e porque? Foi hospitalizada? Quando e porque? História Médica atual: Qual o estado de saúde da criança? Está sendo submetida a tratamento médico? Qual? Utiliza algum tipo de medicamento atualmente? Apresenta alergia? Qual? Higiene bucal: É realizada a higiene bucal da criança? Quem realiza? Qual a frequência? Que tipo de higiene bucal é realizada (escovação/gaze/fio dental)? Utiliza pasta de dente? Com ou sem flúor? Hábitos nocivos: A criança utiliza/utilizou chupeta? Com que frequência? Largou a chupeta? Com que idade? Tem o hábito de chupar dedo, roer unha, morder lápis...? História odontológica anterior: Quando nasceram os primeiros dentes? A criança apresentou alguma manifestação (coceira, febre, inapetência, aumento da salivação, coriza, diarreia, sono agitado)? Com que idade ocorreu a primeira consulta odontológica? Motivo? Já sofreu algum tipo de traumatismo dentário? Qual tipo, época e tratamento? Já teve dor de dente? Quando e como foi? História odontológica atual: A criança costuma ranger os dentes quando dorme? Ela normalmente respira pelo nariz ou pela boca? Tem reclamado de dor de dente? Como e desde quando? Ela apresenta alguma dificuldade ao mastigar os alimentos? Hábitos alimentares: A criança come doces? Com que frequência? Diário alimentar Comportamento: A criança frequenta escola/creche? Como foi sua adaptação? Como ela é em relação aos seus irmãos? Como ela costuma se comportar quando é contrariada? Exame Clínico: O Exame Clínico ou Físico é a etapa que sucede a identificação e a abordagem anamnésica, que buscam de forma objetiva a observação de sinais presentes. A execução do exame clínico dá- se normalmente com o uso dos sentidos naturais humanos na análise dos sinais, classicamente definidos como: inspeção, palpação, percussão e auscultação. Exame dos tecidos moles: Língua Lábios: mucosa jugal: freio labial, freio lingual Exame dental: cor, forma e tamanho Erosão, abrasão e fraturas Restaurações presentes Oclusão Lesões de cárie Exame periodontal: avaliar edema gengival, sangramento, acúmulo de biofilme Diagnóstico: Um conjunto de dados, formado a partir de sinais e sintomas, do histórico clínico, do exame físico e dos exames complementares (laboratoriais, etc), é analisado pelo profissional de saúde e sintetizado em uma ou mais doenças. A partir dessa síntese, é feito o planejamento para a eventual intervenção (o tratamento) e/ou uma previsão da evolução (prognóstico), baseados no quadro apresentado. Diagnóstico de lesões de cárie • Ambiente iluminado • Dente seco O exame deve ser feito em condições adequadas de iluminação, com a superfície limpa (ausência de biofilme e de resíduos sobre a superfície) e, se possível, com a possibilidade de secagem, para que algumas características associadas às lesões de cárie se tornem mais evidentes. Exame clínico e diagnóstico de cárie devem ser realizados com a sonda OMS!! ICDAS International Caries Detection and Assessment System Sistema padronizado, baseado em evidência científica para a detecção de lesões de cárie Dividido por scores ] Deve ser avaliado por face, ex: Vestibular – score 2 Oclusal – score 3 SEMPRE FAZER PROFILAXIA ANTES Análise da dentição: arco de baume, linha média, espaço primata, relação terminal de molar sobremordida mordida aberta anterior e posterior, mordida cruzada anterior e posterior Exames complementares Radiografias: Periapical para avaliar a necessidade de endodontia ou exodontia Interproximal para avaliar a presença ou profundidade de lesões de cárie Trauma Panorâmica Tomografia Os exames complementares para detecção de lesões de cárie em dentes decíduos, tais como o exame radiográfico e o método de fluorescência, não apresentam grandes benefícios quando comparados ao exame visual realizado isoladamente. A inspeção visual é o método mais apropriado para a realização de um diagnóstico acurado, diminuindo a chance de tratamento operatório desnecessário. Documentação ortodôntica Exames laboratoriais Plano de tratamento É a aplicação de um determinado recurso terapêutico, de acordo com as condições que se apresenta o caso, desde que tenha sido estabelecido um diagnóstico completo. O plano de tratamento é dividido em cinco etapas: Sistêmica Urgencial Preparatória Restauradora Manutenção Fase sistêmica: Visa buscar o controle de alterações sistêmicas, como: Cardiopatias, diabetes, hemofilia doença renal crônica. Quando requerem intervenção prévia ao tratamento Fase urgencial: quando tiver dor, trauma ou abcesso como queixa principal Fase preparatória: Diminuir ou controlar a atividade da doença cárie Prevenir o aparecimento da doença; adequação do meio Procedimentos indicados para cada paciente, não devem ser padronizados Incluem: uso de substâncias evidenciadoras de biofilme, orientação de higiene oral... Fase restauradora: Reestabelecimento estético, anatômico e funcional das estruturas dentais Essa fase só será realizada quando o paciente estiver com a doença cárie e periodontal controladas Procedimentos restauradores sempre são realizados no sentido dos dentes posteriores para anteriores Essa fase tem um forte comportamento psicológico quando realizado na região anterior, estando diretamente ligado a estética do paciente Fase de manutenção: Nessa fase, são realizados o controle periódico das visitas, reforçando a motivação do paciente, acompanhamento clínico e radiográfico dos trabalhos executados e reavaliação dos procedimentos reabilitadores Semprepensar como uma tríade, pais- profissional-criança, a falta de colaboração de alguma das partes, afeta diretamente o sucesso do tratamento. A periodicidade do retorno clínico, deverá ser individualizada de acordo com os riscos de cada paciente.
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